Promotoria retira acusações contra policiais pela morte de jovem negro nos EUA


Para procuradora-geral de Maryland, investigação sobre caso Freddie Gray estava ‘enviesado’; episódio desencadeou protestos em 2015

Por Redação

WASHINGTON - A Promotoria do Estado da Maryland, nos Estados Unidos, encarregada do julgamento sobre a morte do jovem negro Freddie Gray, na cidade de Baltimore, decidiu nesta quarta-feira, 27, retirar todas as acusações contra os três policiais que ainda deveriam ser julgados. A decisão coloca fim ao caso sem a condenação de nenhum dos seisenvolvidos. 

Com a denúncia de que o processo estava “enviesado”, o órgão anunciou a retirada das queixas contra Garrett Miller, William Porter e Alicia White, que seriam julgados pela morte de Gray. O jovem morreu em abril do ano passado, após uma semana em coma em razão das graves lesões sofridas enquanto era transportado em um furgão da polícia.

Gloria Darden emociona-se ao saber que policiais envolvidos na morte de seu filho, Freddie Gray, não serão julgados Foto: AP Photo/Steve Ruark
continua após a publicidade

“Poderíamos ter julgado esse caso e casos como esse cem vezes e ainda assim teríamos o mesmo resultado”, declarou a procuradora-geral de Baltimore, Marilyn Mosby, em um discurso depois do anúncio. Ela havia prometido fazer justiça ao que considera um “homicídio” em razão da negligência dos policiais. 

“Tivemos de considerar que as probabilidades de condenação eram péssimas”, disse Marilyn. Segundo ela, o juiz encarregado do caso, Barry Williams, já havia livrado do caso outros três policiais que enfrentavam acusações: Brian Rice, Edward Nero eCaesar Goodson. A procuradora denunciou que o Departamento de Polícia de Baltimore influenciou de forma desmedida “todas as etapas da investigação”. 

O caso de Freddie Gray reabriu a fissura racial existente no país e gerou graves conflitos em Baltimore, centenas de detenções e protestos em todo o país dentro do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). A decisãorepresenta o encerramento de um dos julgamentos mais acompanhados nos EUA nos últimos tempos.

continua após a publicidade

Negros assassinados por policiais nos EUA

1 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Reprodução
2 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Aaron Josefczyk / Reuters
3 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Whitney Curtis / NYT
4 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Shannon Stapleton / Reuters
5 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Drew Angerer / NYT
6 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: John Sommers II/Reuters
7 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Jim Wilson/The New York Times
8 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: REUTERS/Handout
9 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: REUTERS/Cleveland Police Department
10 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Randall Hill / Reuters
11 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: William Philpott / Reuters
12 | 14

Negros assassinados por policiais

13 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Abdullah Muflahi/Handout via REUTERS
14 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Stephen Maturen/Getty Images/AFP

No dia 18, um tribunal inocentou de todas as acusações o tenente Brian Rice, acusado de não impedir os ferimentos mortais sofridos por Gray sob custódia policial. Rice, que é branco e estava em liberdade após ter pago uma fiança de US$ 350 mil, se livrou de outra acusação de má conduta e de um crime de agressão em segundo grau durante o processo judicial.

Os seis agentes da polícia local acusados da morte de Gray, três negros e três brancos, estavam sendo julgados separadamente. Rice é um dos policiais que decidiu deter Gray enquanto patrulhava de bicicleta pelo bairro de Sandtown.

continua após a publicidade

A promotoria afirmou que elenão cumpriu com seu dever ao não colocar o cinto de segurança em Gray, enquanto outros agentes puseram algemas nos punhos e nas pernas do detido, o que o impedia de se segurar para não se chocar com as paredes do veículo.

A acusação considerou que o jovem negro pode ter sido submetido à prática conhecida como “passeio do cowboy”, no qual os detidos são transferidos sem cinto de segurança na cela metálica do veículo entre freadas fortes e viradas bruscas, para que se machuquem.

“O que (os policiais) fizeram a meu filho foi mal. Sei que mentiram. Sei que o mataram”, declarou a mãe de Gray, Gloria Darden, ontem, após conhecer a decisão. / EFE

WASHINGTON - A Promotoria do Estado da Maryland, nos Estados Unidos, encarregada do julgamento sobre a morte do jovem negro Freddie Gray, na cidade de Baltimore, decidiu nesta quarta-feira, 27, retirar todas as acusações contra os três policiais que ainda deveriam ser julgados. A decisão coloca fim ao caso sem a condenação de nenhum dos seisenvolvidos. 

Com a denúncia de que o processo estava “enviesado”, o órgão anunciou a retirada das queixas contra Garrett Miller, William Porter e Alicia White, que seriam julgados pela morte de Gray. O jovem morreu em abril do ano passado, após uma semana em coma em razão das graves lesões sofridas enquanto era transportado em um furgão da polícia.

Gloria Darden emociona-se ao saber que policiais envolvidos na morte de seu filho, Freddie Gray, não serão julgados Foto: AP Photo/Steve Ruark

“Poderíamos ter julgado esse caso e casos como esse cem vezes e ainda assim teríamos o mesmo resultado”, declarou a procuradora-geral de Baltimore, Marilyn Mosby, em um discurso depois do anúncio. Ela havia prometido fazer justiça ao que considera um “homicídio” em razão da negligência dos policiais. 

“Tivemos de considerar que as probabilidades de condenação eram péssimas”, disse Marilyn. Segundo ela, o juiz encarregado do caso, Barry Williams, já havia livrado do caso outros três policiais que enfrentavam acusações: Brian Rice, Edward Nero eCaesar Goodson. A procuradora denunciou que o Departamento de Polícia de Baltimore influenciou de forma desmedida “todas as etapas da investigação”. 

O caso de Freddie Gray reabriu a fissura racial existente no país e gerou graves conflitos em Baltimore, centenas de detenções e protestos em todo o país dentro do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). A decisãorepresenta o encerramento de um dos julgamentos mais acompanhados nos EUA nos últimos tempos.

Negros assassinados por policiais nos EUA

1 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Reprodução
2 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Aaron Josefczyk / Reuters
3 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Whitney Curtis / NYT
4 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Shannon Stapleton / Reuters
5 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Drew Angerer / NYT
6 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: John Sommers II/Reuters
7 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Jim Wilson/The New York Times
8 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: REUTERS/Handout
9 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: REUTERS/Cleveland Police Department
10 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Randall Hill / Reuters
11 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: William Philpott / Reuters
12 | 14

Negros assassinados por policiais

13 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Abdullah Muflahi/Handout via REUTERS
14 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Stephen Maturen/Getty Images/AFP

No dia 18, um tribunal inocentou de todas as acusações o tenente Brian Rice, acusado de não impedir os ferimentos mortais sofridos por Gray sob custódia policial. Rice, que é branco e estava em liberdade após ter pago uma fiança de US$ 350 mil, se livrou de outra acusação de má conduta e de um crime de agressão em segundo grau durante o processo judicial.

Os seis agentes da polícia local acusados da morte de Gray, três negros e três brancos, estavam sendo julgados separadamente. Rice é um dos policiais que decidiu deter Gray enquanto patrulhava de bicicleta pelo bairro de Sandtown.

A promotoria afirmou que elenão cumpriu com seu dever ao não colocar o cinto de segurança em Gray, enquanto outros agentes puseram algemas nos punhos e nas pernas do detido, o que o impedia de se segurar para não se chocar com as paredes do veículo.

A acusação considerou que o jovem negro pode ter sido submetido à prática conhecida como “passeio do cowboy”, no qual os detidos são transferidos sem cinto de segurança na cela metálica do veículo entre freadas fortes e viradas bruscas, para que se machuquem.

“O que (os policiais) fizeram a meu filho foi mal. Sei que mentiram. Sei que o mataram”, declarou a mãe de Gray, Gloria Darden, ontem, após conhecer a decisão. / EFE

WASHINGTON - A Promotoria do Estado da Maryland, nos Estados Unidos, encarregada do julgamento sobre a morte do jovem negro Freddie Gray, na cidade de Baltimore, decidiu nesta quarta-feira, 27, retirar todas as acusações contra os três policiais que ainda deveriam ser julgados. A decisão coloca fim ao caso sem a condenação de nenhum dos seisenvolvidos. 

Com a denúncia de que o processo estava “enviesado”, o órgão anunciou a retirada das queixas contra Garrett Miller, William Porter e Alicia White, que seriam julgados pela morte de Gray. O jovem morreu em abril do ano passado, após uma semana em coma em razão das graves lesões sofridas enquanto era transportado em um furgão da polícia.

Gloria Darden emociona-se ao saber que policiais envolvidos na morte de seu filho, Freddie Gray, não serão julgados Foto: AP Photo/Steve Ruark

“Poderíamos ter julgado esse caso e casos como esse cem vezes e ainda assim teríamos o mesmo resultado”, declarou a procuradora-geral de Baltimore, Marilyn Mosby, em um discurso depois do anúncio. Ela havia prometido fazer justiça ao que considera um “homicídio” em razão da negligência dos policiais. 

“Tivemos de considerar que as probabilidades de condenação eram péssimas”, disse Marilyn. Segundo ela, o juiz encarregado do caso, Barry Williams, já havia livrado do caso outros três policiais que enfrentavam acusações: Brian Rice, Edward Nero eCaesar Goodson. A procuradora denunciou que o Departamento de Polícia de Baltimore influenciou de forma desmedida “todas as etapas da investigação”. 

O caso de Freddie Gray reabriu a fissura racial existente no país e gerou graves conflitos em Baltimore, centenas de detenções e protestos em todo o país dentro do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). A decisãorepresenta o encerramento de um dos julgamentos mais acompanhados nos EUA nos últimos tempos.

Negros assassinados por policiais nos EUA

1 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Reprodução
2 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Aaron Josefczyk / Reuters
3 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Whitney Curtis / NYT
4 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Shannon Stapleton / Reuters
5 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Drew Angerer / NYT
6 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: John Sommers II/Reuters
7 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Jim Wilson/The New York Times
8 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: REUTERS/Handout
9 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: REUTERS/Cleveland Police Department
10 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Randall Hill / Reuters
11 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: William Philpott / Reuters
12 | 14

Negros assassinados por policiais

13 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Abdullah Muflahi/Handout via REUTERS
14 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Stephen Maturen/Getty Images/AFP

No dia 18, um tribunal inocentou de todas as acusações o tenente Brian Rice, acusado de não impedir os ferimentos mortais sofridos por Gray sob custódia policial. Rice, que é branco e estava em liberdade após ter pago uma fiança de US$ 350 mil, se livrou de outra acusação de má conduta e de um crime de agressão em segundo grau durante o processo judicial.

Os seis agentes da polícia local acusados da morte de Gray, três negros e três brancos, estavam sendo julgados separadamente. Rice é um dos policiais que decidiu deter Gray enquanto patrulhava de bicicleta pelo bairro de Sandtown.

A promotoria afirmou que elenão cumpriu com seu dever ao não colocar o cinto de segurança em Gray, enquanto outros agentes puseram algemas nos punhos e nas pernas do detido, o que o impedia de se segurar para não se chocar com as paredes do veículo.

A acusação considerou que o jovem negro pode ter sido submetido à prática conhecida como “passeio do cowboy”, no qual os detidos são transferidos sem cinto de segurança na cela metálica do veículo entre freadas fortes e viradas bruscas, para que se machuquem.

“O que (os policiais) fizeram a meu filho foi mal. Sei que mentiram. Sei que o mataram”, declarou a mãe de Gray, Gloria Darden, ontem, após conhecer a decisão. / EFE

WASHINGTON - A Promotoria do Estado da Maryland, nos Estados Unidos, encarregada do julgamento sobre a morte do jovem negro Freddie Gray, na cidade de Baltimore, decidiu nesta quarta-feira, 27, retirar todas as acusações contra os três policiais que ainda deveriam ser julgados. A decisão coloca fim ao caso sem a condenação de nenhum dos seisenvolvidos. 

Com a denúncia de que o processo estava “enviesado”, o órgão anunciou a retirada das queixas contra Garrett Miller, William Porter e Alicia White, que seriam julgados pela morte de Gray. O jovem morreu em abril do ano passado, após uma semana em coma em razão das graves lesões sofridas enquanto era transportado em um furgão da polícia.

Gloria Darden emociona-se ao saber que policiais envolvidos na morte de seu filho, Freddie Gray, não serão julgados Foto: AP Photo/Steve Ruark

“Poderíamos ter julgado esse caso e casos como esse cem vezes e ainda assim teríamos o mesmo resultado”, declarou a procuradora-geral de Baltimore, Marilyn Mosby, em um discurso depois do anúncio. Ela havia prometido fazer justiça ao que considera um “homicídio” em razão da negligência dos policiais. 

“Tivemos de considerar que as probabilidades de condenação eram péssimas”, disse Marilyn. Segundo ela, o juiz encarregado do caso, Barry Williams, já havia livrado do caso outros três policiais que enfrentavam acusações: Brian Rice, Edward Nero eCaesar Goodson. A procuradora denunciou que o Departamento de Polícia de Baltimore influenciou de forma desmedida “todas as etapas da investigação”. 

O caso de Freddie Gray reabriu a fissura racial existente no país e gerou graves conflitos em Baltimore, centenas de detenções e protestos em todo o país dentro do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). A decisãorepresenta o encerramento de um dos julgamentos mais acompanhados nos EUA nos últimos tempos.

Negros assassinados por policiais nos EUA

1 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Reprodução
2 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Aaron Josefczyk / Reuters
3 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Whitney Curtis / NYT
4 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Shannon Stapleton / Reuters
5 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Drew Angerer / NYT
6 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: John Sommers II/Reuters
7 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Jim Wilson/The New York Times
8 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: REUTERS/Handout
9 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: REUTERS/Cleveland Police Department
10 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Randall Hill / Reuters
11 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: William Philpott / Reuters
12 | 14

Negros assassinados por policiais

13 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Abdullah Muflahi/Handout via REUTERS
14 | 14

Negros assassinados por policiais

Foto: Stephen Maturen/Getty Images/AFP

No dia 18, um tribunal inocentou de todas as acusações o tenente Brian Rice, acusado de não impedir os ferimentos mortais sofridos por Gray sob custódia policial. Rice, que é branco e estava em liberdade após ter pago uma fiança de US$ 350 mil, se livrou de outra acusação de má conduta e de um crime de agressão em segundo grau durante o processo judicial.

Os seis agentes da polícia local acusados da morte de Gray, três negros e três brancos, estavam sendo julgados separadamente. Rice é um dos policiais que decidiu deter Gray enquanto patrulhava de bicicleta pelo bairro de Sandtown.

A promotoria afirmou que elenão cumpriu com seu dever ao não colocar o cinto de segurança em Gray, enquanto outros agentes puseram algemas nos punhos e nas pernas do detido, o que o impedia de se segurar para não se chocar com as paredes do veículo.

A acusação considerou que o jovem negro pode ter sido submetido à prática conhecida como “passeio do cowboy”, no qual os detidos são transferidos sem cinto de segurança na cela metálica do veículo entre freadas fortes e viradas bruscas, para que se machuquem.

“O que (os policiais) fizeram a meu filho foi mal. Sei que mentiram. Sei que o mataram”, declarou a mãe de Gray, Gloria Darden, ontem, após conhecer a decisão. / EFE

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.