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Como ficam as relações do Irã após a suspensão das sanções


Saiba quais são os prognósticos da relação diplomática e financeira entre o Irã e vários países ao redor do mundo, incluindo tradicionais parceiros e desafetos históricos.

Por Redação Internacional
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- Estados Unidos É pouco provável que num primeiro momento as relações entre os dois países melhore. Mesmo depois de quatro anos de negociações diretas em segredos e das conversas abertas em 2015, que culminaram no acordo de julho e na suspensão das sanções no sábado, os EUA e o Irã ainda tem muitas tensões e questões problemáticas para tratar. Nas palavras do presidente americano, Barack Obama, os principais empecilhos que precisam ser resolvidos entre os dois lados são: o fator desestabilizador do Irã na região, as ameaças a Israel, as violações de direitos humanos no próprio país e o apoio a grupos terroristas no exterior. Do ponto de vista iraniano, o líder supremo, Aiatolá Ali Khamenei está igualmente cético quanto as intenções americanas para a região. Ele já deixou claro, por exemplo, que o acordo nuclear não abre caminho para a normalização das relações com os EUA em outras áreas.

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- Europa Bastante interessada nas possibilidades abertas com a suspensão das sanções ao Irã, a União Europeia enviará funcionários para o país já no começo de fevereiro para explorar a possibilidade de desenvolver relações comerciais na área energética. As discussões devem ser focadas no fornecimento de energia de várias formas, desde nuclear até de fontes renováveis. A Alemanha, maior economia do bloco, também está interessada no mercado iraniano. O vice-chanceler, Sigmar Gabriel, que foi duas vezes para Teerã no ano passado, participará de conferência econômica no país em maio. Antes, no fim de janeiro, o presidente iraniano Hassan Rohani visitará a Itália e a França. No roteiro francês, está programada uma parada em Toulouse, sede da empresa de aviação Airbus, onde um amplo contrato deve ser assinado.

- Arábia Saudita Com relações diplomáticas rompidas desde o início desse ano após Riad executar um clérigo xiita e ter sua embaixada em Teerã atacada, os sauditas pouco disseram oficialmente sobre o novo momento iraniano. Nos bastidores, no entanto, membros do governo dizem temer o aumento do que chamam de "atividades subversivas" no Oriente Médio, além da retomada do crescimento de um país que compete pela influência regional.

- Israel Assim como os governos sunitas da região, como a Arábia Saudita, o governo israelense vê no Irã uma força desestabilizadora do Oriente Médio e teme que a república islâmica possa usar o dinheiro que repatriará para apoiar grupos anti-Israel e outros movimentos xiitas. Para o primeiro-ministro Israelense, Binyamin Netanyahu, o acordo nuclear assinado por Teerã e as potências do P5+1 (EUA, França, China, Grã-Bretanha, China e Alemanha) não eliminou, de fato, a capacidade de os iranianos desenvolverem uma bomba atômica.

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- Rússia Moscou e Teerã já são parceiros em várias áreas. A guerra da Síria, onde ambos apoiam com armas e soldados o presidente Bashar Assad, e a própria questão nuclear, na qual os russos ajudaram os iranianos a transportarem urânio e desmantelarem seu reator de água pesada para cumprir os termos da negociação, são alguns dos exemplos. Com o Irã reintegrado os sistema financeiro internacional e com o caixa fortalecido, as transações comerciais entre os dois devem ser fortalecidas. Empresas russas de várias áreas, incluindo defesa, já anunciaram intenção de fornecer equipamentos e suprimentos para Teerã.

- Hezbollah / Assad Teerã tem historicamente apoiado grupos e governos xiitas como o Hezbollah, no Líbano, além do presidente sírio, Bashar Assad (que é alauita). Os israelenses também acusam os iranianos de apoiarem os palestinos do Hamas (sunitas), na Faixa de Gaza, mas essa não é uma relação admitida por ambos. Os rebeldes sírios temem que sem as sanções o Irã se torne mais agressivo e Assad tenha ainda menos interesse em negociar. No Líbano, os opositores do Hezbollah estão igualmente temerosos, por considerarem que o acordo do Irã fortalecerá seus aliados.

- Venezuela O ex-presidente venezuelano Hugo Chávez desenvolveu fortes laços comerciais entre os dois países, especialmente nas áreas de energia, economia e cooperação industrial, especialmente em razão das boas relações que mantinha com o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Agora, no entanto, a volta do Irã ao mercado internacional de petróleo, deve ser um problema para Nicolás Maduro, já que com uma maior oferta - causada pela integração da commodity vendida pelo iranianos - o preço da mercadoria, principal fonte de dólares de Caracas, deve cair ainda mais.

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- Estados Unidos É pouco provável que num primeiro momento as relações entre os dois países melhore. Mesmo depois de quatro anos de negociações diretas em segredos e das conversas abertas em 2015, que culminaram no acordo de julho e na suspensão das sanções no sábado, os EUA e o Irã ainda tem muitas tensões e questões problemáticas para tratar. Nas palavras do presidente americano, Barack Obama, os principais empecilhos que precisam ser resolvidos entre os dois lados são: o fator desestabilizador do Irã na região, as ameaças a Israel, as violações de direitos humanos no próprio país e o apoio a grupos terroristas no exterior. Do ponto de vista iraniano, o líder supremo, Aiatolá Ali Khamenei está igualmente cético quanto as intenções americanas para a região. Ele já deixou claro, por exemplo, que o acordo nuclear não abre caminho para a normalização das relações com os EUA em outras áreas.

- Europa Bastante interessada nas possibilidades abertas com a suspensão das sanções ao Irã, a União Europeia enviará funcionários para o país já no começo de fevereiro para explorar a possibilidade de desenvolver relações comerciais na área energética. As discussões devem ser focadas no fornecimento de energia de várias formas, desde nuclear até de fontes renováveis. A Alemanha, maior economia do bloco, também está interessada no mercado iraniano. O vice-chanceler, Sigmar Gabriel, que foi duas vezes para Teerã no ano passado, participará de conferência econômica no país em maio. Antes, no fim de janeiro, o presidente iraniano Hassan Rohani visitará a Itália e a França. No roteiro francês, está programada uma parada em Toulouse, sede da empresa de aviação Airbus, onde um amplo contrato deve ser assinado.

- Arábia Saudita Com relações diplomáticas rompidas desde o início desse ano após Riad executar um clérigo xiita e ter sua embaixada em Teerã atacada, os sauditas pouco disseram oficialmente sobre o novo momento iraniano. Nos bastidores, no entanto, membros do governo dizem temer o aumento do que chamam de "atividades subversivas" no Oriente Médio, além da retomada do crescimento de um país que compete pela influência regional.

- Israel Assim como os governos sunitas da região, como a Arábia Saudita, o governo israelense vê no Irã uma força desestabilizadora do Oriente Médio e teme que a república islâmica possa usar o dinheiro que repatriará para apoiar grupos anti-Israel e outros movimentos xiitas. Para o primeiro-ministro Israelense, Binyamin Netanyahu, o acordo nuclear assinado por Teerã e as potências do P5+1 (EUA, França, China, Grã-Bretanha, China e Alemanha) não eliminou, de fato, a capacidade de os iranianos desenvolverem uma bomba atômica.

- Rússia Moscou e Teerã já são parceiros em várias áreas. A guerra da Síria, onde ambos apoiam com armas e soldados o presidente Bashar Assad, e a própria questão nuclear, na qual os russos ajudaram os iranianos a transportarem urânio e desmantelarem seu reator de água pesada para cumprir os termos da negociação, são alguns dos exemplos. Com o Irã reintegrado os sistema financeiro internacional e com o caixa fortalecido, as transações comerciais entre os dois devem ser fortalecidas. Empresas russas de várias áreas, incluindo defesa, já anunciaram intenção de fornecer equipamentos e suprimentos para Teerã.

- Hezbollah / Assad Teerã tem historicamente apoiado grupos e governos xiitas como o Hezbollah, no Líbano, além do presidente sírio, Bashar Assad (que é alauita). Os israelenses também acusam os iranianos de apoiarem os palestinos do Hamas (sunitas), na Faixa de Gaza, mas essa não é uma relação admitida por ambos. Os rebeldes sírios temem que sem as sanções o Irã se torne mais agressivo e Assad tenha ainda menos interesse em negociar. No Líbano, os opositores do Hezbollah estão igualmente temerosos, por considerarem que o acordo do Irã fortalecerá seus aliados.

- Venezuela O ex-presidente venezuelano Hugo Chávez desenvolveu fortes laços comerciais entre os dois países, especialmente nas áreas de energia, economia e cooperação industrial, especialmente em razão das boas relações que mantinha com o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Agora, no entanto, a volta do Irã ao mercado internacional de petróleo, deve ser um problema para Nicolás Maduro, já que com uma maior oferta - causada pela integração da commodity vendida pelo iranianos - o preço da mercadoria, principal fonte de dólares de Caracas, deve cair ainda mais.

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- Estados Unidos É pouco provável que num primeiro momento as relações entre os dois países melhore. Mesmo depois de quatro anos de negociações diretas em segredos e das conversas abertas em 2015, que culminaram no acordo de julho e na suspensão das sanções no sábado, os EUA e o Irã ainda tem muitas tensões e questões problemáticas para tratar. Nas palavras do presidente americano, Barack Obama, os principais empecilhos que precisam ser resolvidos entre os dois lados são: o fator desestabilizador do Irã na região, as ameaças a Israel, as violações de direitos humanos no próprio país e o apoio a grupos terroristas no exterior. Do ponto de vista iraniano, o líder supremo, Aiatolá Ali Khamenei está igualmente cético quanto as intenções americanas para a região. Ele já deixou claro, por exemplo, que o acordo nuclear não abre caminho para a normalização das relações com os EUA em outras áreas.

- Europa Bastante interessada nas possibilidades abertas com a suspensão das sanções ao Irã, a União Europeia enviará funcionários para o país já no começo de fevereiro para explorar a possibilidade de desenvolver relações comerciais na área energética. As discussões devem ser focadas no fornecimento de energia de várias formas, desde nuclear até de fontes renováveis. A Alemanha, maior economia do bloco, também está interessada no mercado iraniano. O vice-chanceler, Sigmar Gabriel, que foi duas vezes para Teerã no ano passado, participará de conferência econômica no país em maio. Antes, no fim de janeiro, o presidente iraniano Hassan Rohani visitará a Itália e a França. No roteiro francês, está programada uma parada em Toulouse, sede da empresa de aviação Airbus, onde um amplo contrato deve ser assinado.

- Arábia Saudita Com relações diplomáticas rompidas desde o início desse ano após Riad executar um clérigo xiita e ter sua embaixada em Teerã atacada, os sauditas pouco disseram oficialmente sobre o novo momento iraniano. Nos bastidores, no entanto, membros do governo dizem temer o aumento do que chamam de "atividades subversivas" no Oriente Médio, além da retomada do crescimento de um país que compete pela influência regional.

- Israel Assim como os governos sunitas da região, como a Arábia Saudita, o governo israelense vê no Irã uma força desestabilizadora do Oriente Médio e teme que a república islâmica possa usar o dinheiro que repatriará para apoiar grupos anti-Israel e outros movimentos xiitas. Para o primeiro-ministro Israelense, Binyamin Netanyahu, o acordo nuclear assinado por Teerã e as potências do P5+1 (EUA, França, China, Grã-Bretanha, China e Alemanha) não eliminou, de fato, a capacidade de os iranianos desenvolverem uma bomba atômica.

- Rússia Moscou e Teerã já são parceiros em várias áreas. A guerra da Síria, onde ambos apoiam com armas e soldados o presidente Bashar Assad, e a própria questão nuclear, na qual os russos ajudaram os iranianos a transportarem urânio e desmantelarem seu reator de água pesada para cumprir os termos da negociação, são alguns dos exemplos. Com o Irã reintegrado os sistema financeiro internacional e com o caixa fortalecido, as transações comerciais entre os dois devem ser fortalecidas. Empresas russas de várias áreas, incluindo defesa, já anunciaram intenção de fornecer equipamentos e suprimentos para Teerã.

- Hezbollah / Assad Teerã tem historicamente apoiado grupos e governos xiitas como o Hezbollah, no Líbano, além do presidente sírio, Bashar Assad (que é alauita). Os israelenses também acusam os iranianos de apoiarem os palestinos do Hamas (sunitas), na Faixa de Gaza, mas essa não é uma relação admitida por ambos. Os rebeldes sírios temem que sem as sanções o Irã se torne mais agressivo e Assad tenha ainda menos interesse em negociar. No Líbano, os opositores do Hezbollah estão igualmente temerosos, por considerarem que o acordo do Irã fortalecerá seus aliados.

- Venezuela O ex-presidente venezuelano Hugo Chávez desenvolveu fortes laços comerciais entre os dois países, especialmente nas áreas de energia, economia e cooperação industrial, especialmente em razão das boas relações que mantinha com o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Agora, no entanto, a volta do Irã ao mercado internacional de petróleo, deve ser um problema para Nicolás Maduro, já que com uma maior oferta - causada pela integração da commodity vendida pelo iranianos - o preço da mercadoria, principal fonte de dólares de Caracas, deve cair ainda mais.

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- Estados Unidos É pouco provável que num primeiro momento as relações entre os dois países melhore. Mesmo depois de quatro anos de negociações diretas em segredos e das conversas abertas em 2015, que culminaram no acordo de julho e na suspensão das sanções no sábado, os EUA e o Irã ainda tem muitas tensões e questões problemáticas para tratar. Nas palavras do presidente americano, Barack Obama, os principais empecilhos que precisam ser resolvidos entre os dois lados são: o fator desestabilizador do Irã na região, as ameaças a Israel, as violações de direitos humanos no próprio país e o apoio a grupos terroristas no exterior. Do ponto de vista iraniano, o líder supremo, Aiatolá Ali Khamenei está igualmente cético quanto as intenções americanas para a região. Ele já deixou claro, por exemplo, que o acordo nuclear não abre caminho para a normalização das relações com os EUA em outras áreas.

- Europa Bastante interessada nas possibilidades abertas com a suspensão das sanções ao Irã, a União Europeia enviará funcionários para o país já no começo de fevereiro para explorar a possibilidade de desenvolver relações comerciais na área energética. As discussões devem ser focadas no fornecimento de energia de várias formas, desde nuclear até de fontes renováveis. A Alemanha, maior economia do bloco, também está interessada no mercado iraniano. O vice-chanceler, Sigmar Gabriel, que foi duas vezes para Teerã no ano passado, participará de conferência econômica no país em maio. Antes, no fim de janeiro, o presidente iraniano Hassan Rohani visitará a Itália e a França. No roteiro francês, está programada uma parada em Toulouse, sede da empresa de aviação Airbus, onde um amplo contrato deve ser assinado.

- Arábia Saudita Com relações diplomáticas rompidas desde o início desse ano após Riad executar um clérigo xiita e ter sua embaixada em Teerã atacada, os sauditas pouco disseram oficialmente sobre o novo momento iraniano. Nos bastidores, no entanto, membros do governo dizem temer o aumento do que chamam de "atividades subversivas" no Oriente Médio, além da retomada do crescimento de um país que compete pela influência regional.

- Israel Assim como os governos sunitas da região, como a Arábia Saudita, o governo israelense vê no Irã uma força desestabilizadora do Oriente Médio e teme que a república islâmica possa usar o dinheiro que repatriará para apoiar grupos anti-Israel e outros movimentos xiitas. Para o primeiro-ministro Israelense, Binyamin Netanyahu, o acordo nuclear assinado por Teerã e as potências do P5+1 (EUA, França, China, Grã-Bretanha, China e Alemanha) não eliminou, de fato, a capacidade de os iranianos desenvolverem uma bomba atômica.

- Rússia Moscou e Teerã já são parceiros em várias áreas. A guerra da Síria, onde ambos apoiam com armas e soldados o presidente Bashar Assad, e a própria questão nuclear, na qual os russos ajudaram os iranianos a transportarem urânio e desmantelarem seu reator de água pesada para cumprir os termos da negociação, são alguns dos exemplos. Com o Irã reintegrado os sistema financeiro internacional e com o caixa fortalecido, as transações comerciais entre os dois devem ser fortalecidas. Empresas russas de várias áreas, incluindo defesa, já anunciaram intenção de fornecer equipamentos e suprimentos para Teerã.

- Hezbollah / Assad Teerã tem historicamente apoiado grupos e governos xiitas como o Hezbollah, no Líbano, além do presidente sírio, Bashar Assad (que é alauita). Os israelenses também acusam os iranianos de apoiarem os palestinos do Hamas (sunitas), na Faixa de Gaza, mas essa não é uma relação admitida por ambos. Os rebeldes sírios temem que sem as sanções o Irã se torne mais agressivo e Assad tenha ainda menos interesse em negociar. No Líbano, os opositores do Hezbollah estão igualmente temerosos, por considerarem que o acordo do Irã fortalecerá seus aliados.

- Venezuela O ex-presidente venezuelano Hugo Chávez desenvolveu fortes laços comerciais entre os dois países, especialmente nas áreas de energia, economia e cooperação industrial, especialmente em razão das boas relações que mantinha com o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Agora, no entanto, a volta do Irã ao mercado internacional de petróleo, deve ser um problema para Nicolás Maduro, já que com uma maior oferta - causada pela integração da commodity vendida pelo iranianos - o preço da mercadoria, principal fonte de dólares de Caracas, deve cair ainda mais.

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