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Kadafi teria financiado Lula e comprado apoio de líderes africanos


Ex-presidente brasileiro se referia ao líbio como 'irmão' e é acusado por seu ex-ministro Antonio Palocci de ter recebido US$ 1 milhão para eleição; reportagem do NYT aponta que ex-ditador investiu milhões de dólares em países vizinhos em troca de apoio

Por Redação Internacional

Além da suspeita de que Muamar Kadafi tenha financiado a campanha à presidência de Nikolas Sarkozy, em 2007, diversos relatos indicam que o ex-ditador líbio também buscou apoio no Brasil e em nações vizinhas na África.

Filho de Kadafi concorrerá às eleições presidenciais da Líbia

Em dezembro, durante tratativas de um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, o ex-ministro do petista Antonio Palocci teria afirmado que Kadafi - capturado e morto em 20 de outubro de 2011 - enviou ao Brasil, secretamente, US$ 1 milhão para financiar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

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Kadafi e Lula (E) se cumprimentam em encontro de líderes da África e da América do Sul na Nigéria, em 2006 (REUTERS/Brazilian Presidency/Ricardo Stuckert) Foto: Estadão

Lula sempre manteve relação cordial com o Kaddafi, a quem se referia como "amigo" ou "irmão". Durante seu mandato, o petista reuniu pessoalmente quatro vezes com o ditador, que governou a Líbia com mãos de ferro durante 41 anos.

Na época, o PT não se pronunciou a respeito da suposta delação de Palocci e sua assessoria de imprensa disse que o partido não comenta "notícias sem fonte".

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Ex-ditador da Líbia por pouco não comprou o United, revela empresário

Além disso, segundo o jornal americano The New York Times, Kadafi usou os abundantes recursos provenientes do petróleo do país para comprar aliados em muitas partes do continente.

"(Kadafi) aproveitou as vastas reservas de petróleo da Líbia para espalhar bilhões de dólares pela África subsaariana, jogando com todos os lados e investindo em quase tudo - governos, grupos rebeldes, hotéis de luxo, organizações islâmicas, fábricas de borracha, plantações de arroz, minas de diamantes, supermercados e os inúmeros postos de gasolina da OiLibya (estatal petroleira)", diz a reportagem do Times, publicada meses antes da morte do ditador.

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Cinco anos sem o ditador líbio Muamar Kadafi

1 | 15

Ditador líbio Muamar Kadafi

Foto: REUTERS/Kate Dourian
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Ditador líbio Muamar Kadafi

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Ditador líbio Muamar Kadafi

Foto: REUTERS/Frederic Neema
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Ditador líbio Muamar Kadafi

Foto: REUTERS/Charles Platiau
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Ditador líbio Muamar Kadafi

Foto: REUTERS/Segodnya Newspaper
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Foto: REUTERS
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Foto: REUTERS
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Foto: REUTERS
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Foto: REUTERS/Brazilian Presidency/Ricardo Stuckert
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Ditador líbio Muamar Kadafi

Foto: REUTERS/Mike Segar
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Ditador líbio Muamar Kadafi

Foto: REUTERS/Zohra Bensemra
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Ditador líbio Muamar Kadafi

Foto: REUTERS/Asmaa Waguih
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Ditador líbio Muamar Kadafi

Foto: REUTERS/Alessandro Bianchi
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Ditador líbio Muamar Kadafi

Foto: REUTERS/Thaier al-Sudani
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Ditador líbio Muamar Kadafi

Foto: REUTERS

Segundo o jornal, países como Libéria, África do Sul, Mali, Madagáscar, Sudão, Chade, Níger, Mauritânia e Burkina Faso, entre outros, estão na lista dos que receberam amplos investimentos líbios em trocar de apoiarem Kadafi em alguma instância. "Isto também pode ajudar a explicar como Kadafi foi capaz de convocar soldados da África subsaariana para lutar por ele em seu momento de necessidade".

Além da suspeita de que Muamar Kadafi tenha financiado a campanha à presidência de Nikolas Sarkozy, em 2007, diversos relatos indicam que o ex-ditador líbio também buscou apoio no Brasil e em nações vizinhas na África.

Filho de Kadafi concorrerá às eleições presidenciais da Líbia

Em dezembro, durante tratativas de um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, o ex-ministro do petista Antonio Palocci teria afirmado que Kadafi - capturado e morto em 20 de outubro de 2011 - enviou ao Brasil, secretamente, US$ 1 milhão para financiar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

Kadafi e Lula (E) se cumprimentam em encontro de líderes da África e da América do Sul na Nigéria, em 2006 (REUTERS/Brazilian Presidency/Ricardo Stuckert) Foto: Estadão

Lula sempre manteve relação cordial com o Kaddafi, a quem se referia como "amigo" ou "irmão". Durante seu mandato, o petista reuniu pessoalmente quatro vezes com o ditador, que governou a Líbia com mãos de ferro durante 41 anos.

Na época, o PT não se pronunciou a respeito da suposta delação de Palocci e sua assessoria de imprensa disse que o partido não comenta "notícias sem fonte".

Ex-ditador da Líbia por pouco não comprou o United, revela empresário

Além disso, segundo o jornal americano The New York Times, Kadafi usou os abundantes recursos provenientes do petróleo do país para comprar aliados em muitas partes do continente.

"(Kadafi) aproveitou as vastas reservas de petróleo da Líbia para espalhar bilhões de dólares pela África subsaariana, jogando com todos os lados e investindo em quase tudo - governos, grupos rebeldes, hotéis de luxo, organizações islâmicas, fábricas de borracha, plantações de arroz, minas de diamantes, supermercados e os inúmeros postos de gasolina da OiLibya (estatal petroleira)", diz a reportagem do Times, publicada meses antes da morte do ditador.

Cinco anos sem o ditador líbio Muamar Kadafi

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Segundo o jornal, países como Libéria, África do Sul, Mali, Madagáscar, Sudão, Chade, Níger, Mauritânia e Burkina Faso, entre outros, estão na lista dos que receberam amplos investimentos líbios em trocar de apoiarem Kadafi em alguma instância. "Isto também pode ajudar a explicar como Kadafi foi capaz de convocar soldados da África subsaariana para lutar por ele em seu momento de necessidade".

Além da suspeita de que Muamar Kadafi tenha financiado a campanha à presidência de Nikolas Sarkozy, em 2007, diversos relatos indicam que o ex-ditador líbio também buscou apoio no Brasil e em nações vizinhas na África.

Filho de Kadafi concorrerá às eleições presidenciais da Líbia

Em dezembro, durante tratativas de um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, o ex-ministro do petista Antonio Palocci teria afirmado que Kadafi - capturado e morto em 20 de outubro de 2011 - enviou ao Brasil, secretamente, US$ 1 milhão para financiar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

Kadafi e Lula (E) se cumprimentam em encontro de líderes da África e da América do Sul na Nigéria, em 2006 (REUTERS/Brazilian Presidency/Ricardo Stuckert) Foto: Estadão

Lula sempre manteve relação cordial com o Kaddafi, a quem se referia como "amigo" ou "irmão". Durante seu mandato, o petista reuniu pessoalmente quatro vezes com o ditador, que governou a Líbia com mãos de ferro durante 41 anos.

Na época, o PT não se pronunciou a respeito da suposta delação de Palocci e sua assessoria de imprensa disse que o partido não comenta "notícias sem fonte".

Ex-ditador da Líbia por pouco não comprou o United, revela empresário

Além disso, segundo o jornal americano The New York Times, Kadafi usou os abundantes recursos provenientes do petróleo do país para comprar aliados em muitas partes do continente.

"(Kadafi) aproveitou as vastas reservas de petróleo da Líbia para espalhar bilhões de dólares pela África subsaariana, jogando com todos os lados e investindo em quase tudo - governos, grupos rebeldes, hotéis de luxo, organizações islâmicas, fábricas de borracha, plantações de arroz, minas de diamantes, supermercados e os inúmeros postos de gasolina da OiLibya (estatal petroleira)", diz a reportagem do Times, publicada meses antes da morte do ditador.

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Segundo o jornal, países como Libéria, África do Sul, Mali, Madagáscar, Sudão, Chade, Níger, Mauritânia e Burkina Faso, entre outros, estão na lista dos que receberam amplos investimentos líbios em trocar de apoiarem Kadafi em alguma instância. "Isto também pode ajudar a explicar como Kadafi foi capaz de convocar soldados da África subsaariana para lutar por ele em seu momento de necessidade".

Além da suspeita de que Muamar Kadafi tenha financiado a campanha à presidência de Nikolas Sarkozy, em 2007, diversos relatos indicam que o ex-ditador líbio também buscou apoio no Brasil e em nações vizinhas na África.

Filho de Kadafi concorrerá às eleições presidenciais da Líbia

Em dezembro, durante tratativas de um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, o ex-ministro do petista Antonio Palocci teria afirmado que Kadafi - capturado e morto em 20 de outubro de 2011 - enviou ao Brasil, secretamente, US$ 1 milhão para financiar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

Kadafi e Lula (E) se cumprimentam em encontro de líderes da África e da América do Sul na Nigéria, em 2006 (REUTERS/Brazilian Presidency/Ricardo Stuckert) Foto: Estadão

Lula sempre manteve relação cordial com o Kaddafi, a quem se referia como "amigo" ou "irmão". Durante seu mandato, o petista reuniu pessoalmente quatro vezes com o ditador, que governou a Líbia com mãos de ferro durante 41 anos.

Na época, o PT não se pronunciou a respeito da suposta delação de Palocci e sua assessoria de imprensa disse que o partido não comenta "notícias sem fonte".

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Além disso, segundo o jornal americano The New York Times, Kadafi usou os abundantes recursos provenientes do petróleo do país para comprar aliados em muitas partes do continente.

"(Kadafi) aproveitou as vastas reservas de petróleo da Líbia para espalhar bilhões de dólares pela África subsaariana, jogando com todos os lados e investindo em quase tudo - governos, grupos rebeldes, hotéis de luxo, organizações islâmicas, fábricas de borracha, plantações de arroz, minas de diamantes, supermercados e os inúmeros postos de gasolina da OiLibya (estatal petroleira)", diz a reportagem do Times, publicada meses antes da morte do ditador.

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Segundo o jornal, países como Libéria, África do Sul, Mali, Madagáscar, Sudão, Chade, Níger, Mauritânia e Burkina Faso, entre outros, estão na lista dos que receberam amplos investimentos líbios em trocar de apoiarem Kadafi em alguma instância. "Isto também pode ajudar a explicar como Kadafi foi capaz de convocar soldados da África subsaariana para lutar por ele em seu momento de necessidade".

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