Medvedev não deu detalhes de como seria feita a mudança, nem mesmo os valores envolvidos, mas especialistas apontam que o ideal seria manter apenas quatro fusos horários em todo o território russo: para Kaliningrado, Moscou, os montes Urais e a região da Sibéria e extremo leste. A redução das sete variações de horário não vai apenas diminuir o inconveniente para viagens internas pelo país - principalmente para os que cruzam o território - mas principalmente pode garantir a melhora das relações econômicas entre Moscou e o leste e garantir que o governo execerça um controle maior nas áreas mais afastadas da capital, cenário de protestos contra o Kremlin.
Medvedev enfatizou a importância de se analisar de modo objetivo as vantagens econômicas de tal alteração. Segundo o presidente, a extensão do território é motivo de orgulho, mas também atrapalha a integração do país. Ele citou exemplos como EUA e China, grandes países que conseguem lidar com a diferença menor de tempo.
Caso chinês - Antes da Revolução Comunista na China, o país tinha cinco fusos. Sob o comando de Mao Tsé-Tung, o regime unificou o horário de todo o país com base no de Pequim. O maior impacto foi fazer com que o expediente em cidades como Kashgar, no oeste do país e no mesmo fuso que a Índia, abrissem no "amanhecer oficial". Alguns moradores desafiaram a medida, atrasando seus relógios em três horas e meia.