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Para entender: Os rebeldes sírios envolvidos na operação turca na Síria


Grupo diz que combate as YPG e sua ala política, o Partido da União Democrática (PYD), qualificando-os de grupos "terroristas" e "separatistas"

Por Redação Internacional

BEIRUTE - O Exército turco e grupos aliados de rebeldes sírios lançaram no sábado 20 uma ofensiva batizada "Ramo de oliveira" na região de Afrin, localizada no norte da Síria e controlada por uma poderosa milícia curda. Saiba quem são esses rebeldes sírios pró-turcos e entenda quais são seus objetivos.

+ Turquia volta a atacar rebeldes curdos na Síria e mata 21

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Frentes de combate

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A região de Afrin está localizada no noroeste da Província de Alepo, cercada pela Turquia (ao oeste e ao norte) e pelos rebeldes pró-Ancara (ao sul e ao leste). A leste de Afrin, os rebeldes estão postados ao longo de uma rodovia entre as cidades de Azaz e Marea, dois de seus redutos na região.

+ Turquia avança contra milícia curda apoiada pelos EUA no norte da Síria

Outras forças - incluindo combatentes da vizinha Província de Idlib - estão espalhadas ao sul do enclave. Centenas de rebeldes também avançaram ao lado das tropas de Ancara, partindo do território turco, para onde foram levados em uma preparação para a ofensiva.

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As forças

O número de rebeldes apoiados pela Turquia e envolvidos na ofensiva é estimado em cerca de 25 mil, de acordo com Yasser Abdelrahim, membro do centro de operações conjuntas dessa tarefa. Entre eles, estão facções que, em 2016, participaram da operação militar turca em território sírio "Escudo do Eufrates", contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e as Unidades de Proteção do Povo (YPG), milícia curda considerada "terrorista" por Ancara.

Esta ofensiva reuniu grupos não-extremistas apoiados ao mesmo tempo por Ancara e por Washington, como as brigadas Sultan Murad ou Mutassem. Elas voltaram a lutar lado a lado na nova ação turca.

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Escalada da violência na Síria. Neste fim de semana a Turquia atacou alvos de uma milícia curda na Síria, o que elevou a tensão na região

Os combatentes da Jabha Shamiya e da Faylaq al-Sham, duas coalizões rebeldes ativas no norte da Síria desde 2014, também participam da ofensiva. Muitos desses grupos travaram momentos de tensões com as YPG, que vão desde ameaças até confrontos.

Objetivo da ofensiva

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As forças rebeldes envolvidas na operação turca dizem que combatem as YPG e sua ala política, o Partido da União Democrática (PYD), qualificando-os de grupos "terroristas" e "separatistas".

"A operação visa libertar a área de todos os tipos de terrorismo e proteger civis, árabes e curdos", afirma Yasser Abdelrahim, líder da Faylaq al-Sham. "Não estamos atacando para alcançar a cidade de Afrin. Os prédios residenciais não são nosso objetivo, (visamos) apenas as bases e as posições militares das PYD e YPG", garante.

Os rebeldes também acusam as YPG de não combaterem as forças do governo sírio e de trabalharem para uma divisão étnica, ao deslocarem as populações árabes. "O objetivo da ofensiva é, inicialmente, expulsar os grupos separatistas das aldeias árabes localizadas em nossas regiões", afirma Abu Meslem, um comandante da coalizão rebelde Jabha Shamiya.

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Segundo ele, a operação "Ramo de oliveira" não se destina a expulsar toda a comunidade curda. "Nosso dever é expulsar as partes separatistas e trazer de volta as famílias deslocadas que viveram em tendas todo o inverno", disse Meslem.

A operação

Enquanto a ofensiva entra nesta segunda-feira, 22, em seu terceiro dia, os rebeldes pró-turcos asseguraram que assumiram o controle de vários vilarejos e posições estratégicas na região de Afrin.

Segundo a agência de notícias turca Anadolu, os rebeldes sírios e as tropas turcas avançaram cinco quilômetros no interior do território sírio. A Turquia conduz a operação com aviões e ataques aéreos, bem como com artilharia contra as posições curdas. / AFP

BEIRUTE - O Exército turco e grupos aliados de rebeldes sírios lançaram no sábado 20 uma ofensiva batizada "Ramo de oliveira" na região de Afrin, localizada no norte da Síria e controlada por uma poderosa milícia curda. Saiba quem são esses rebeldes sírios pró-turcos e entenda quais são seus objetivos.

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Frentes de combate

A região de Afrin está localizada no noroeste da Província de Alepo, cercada pela Turquia (ao oeste e ao norte) e pelos rebeldes pró-Ancara (ao sul e ao leste). A leste de Afrin, os rebeldes estão postados ao longo de uma rodovia entre as cidades de Azaz e Marea, dois de seus redutos na região.

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Outras forças - incluindo combatentes da vizinha Província de Idlib - estão espalhadas ao sul do enclave. Centenas de rebeldes também avançaram ao lado das tropas de Ancara, partindo do território turco, para onde foram levados em uma preparação para a ofensiva.

As forças

O número de rebeldes apoiados pela Turquia e envolvidos na ofensiva é estimado em cerca de 25 mil, de acordo com Yasser Abdelrahim, membro do centro de operações conjuntas dessa tarefa. Entre eles, estão facções que, em 2016, participaram da operação militar turca em território sírio "Escudo do Eufrates", contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e as Unidades de Proteção do Povo (YPG), milícia curda considerada "terrorista" por Ancara.

Esta ofensiva reuniu grupos não-extremistas apoiados ao mesmo tempo por Ancara e por Washington, como as brigadas Sultan Murad ou Mutassem. Elas voltaram a lutar lado a lado na nova ação turca.

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Os combatentes da Jabha Shamiya e da Faylaq al-Sham, duas coalizões rebeldes ativas no norte da Síria desde 2014, também participam da ofensiva. Muitos desses grupos travaram momentos de tensões com as YPG, que vão desde ameaças até confrontos.

Objetivo da ofensiva

As forças rebeldes envolvidas na operação turca dizem que combatem as YPG e sua ala política, o Partido da União Democrática (PYD), qualificando-os de grupos "terroristas" e "separatistas".

"A operação visa libertar a área de todos os tipos de terrorismo e proteger civis, árabes e curdos", afirma Yasser Abdelrahim, líder da Faylaq al-Sham. "Não estamos atacando para alcançar a cidade de Afrin. Os prédios residenciais não são nosso objetivo, (visamos) apenas as bases e as posições militares das PYD e YPG", garante.

Os rebeldes também acusam as YPG de não combaterem as forças do governo sírio e de trabalharem para uma divisão étnica, ao deslocarem as populações árabes. "O objetivo da ofensiva é, inicialmente, expulsar os grupos separatistas das aldeias árabes localizadas em nossas regiões", afirma Abu Meslem, um comandante da coalizão rebelde Jabha Shamiya.

Segundo ele, a operação "Ramo de oliveira" não se destina a expulsar toda a comunidade curda. "Nosso dever é expulsar as partes separatistas e trazer de volta as famílias deslocadas que viveram em tendas todo o inverno", disse Meslem.

A operação

Enquanto a ofensiva entra nesta segunda-feira, 22, em seu terceiro dia, os rebeldes pró-turcos asseguraram que assumiram o controle de vários vilarejos e posições estratégicas na região de Afrin.

Segundo a agência de notícias turca Anadolu, os rebeldes sírios e as tropas turcas avançaram cinco quilômetros no interior do território sírio. A Turquia conduz a operação com aviões e ataques aéreos, bem como com artilharia contra as posições curdas. / AFP

BEIRUTE - O Exército turco e grupos aliados de rebeldes sírios lançaram no sábado 20 uma ofensiva batizada "Ramo de oliveira" na região de Afrin, localizada no norte da Síria e controlada por uma poderosa milícia curda. Saiba quem são esses rebeldes sírios pró-turcos e entenda quais são seus objetivos.

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A região de Afrin está localizada no noroeste da Província de Alepo, cercada pela Turquia (ao oeste e ao norte) e pelos rebeldes pró-Ancara (ao sul e ao leste). A leste de Afrin, os rebeldes estão postados ao longo de uma rodovia entre as cidades de Azaz e Marea, dois de seus redutos na região.

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Outras forças - incluindo combatentes da vizinha Província de Idlib - estão espalhadas ao sul do enclave. Centenas de rebeldes também avançaram ao lado das tropas de Ancara, partindo do território turco, para onde foram levados em uma preparação para a ofensiva.

As forças

O número de rebeldes apoiados pela Turquia e envolvidos na ofensiva é estimado em cerca de 25 mil, de acordo com Yasser Abdelrahim, membro do centro de operações conjuntas dessa tarefa. Entre eles, estão facções que, em 2016, participaram da operação militar turca em território sírio "Escudo do Eufrates", contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e as Unidades de Proteção do Povo (YPG), milícia curda considerada "terrorista" por Ancara.

Esta ofensiva reuniu grupos não-extremistas apoiados ao mesmo tempo por Ancara e por Washington, como as brigadas Sultan Murad ou Mutassem. Elas voltaram a lutar lado a lado na nova ação turca.

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Escalada da violência na Síria. Neste fim de semana a Turquia atacou alvos de uma milícia curda na Síria, o que elevou a tensão na região

Os combatentes da Jabha Shamiya e da Faylaq al-Sham, duas coalizões rebeldes ativas no norte da Síria desde 2014, também participam da ofensiva. Muitos desses grupos travaram momentos de tensões com as YPG, que vão desde ameaças até confrontos.

Objetivo da ofensiva

As forças rebeldes envolvidas na operação turca dizem que combatem as YPG e sua ala política, o Partido da União Democrática (PYD), qualificando-os de grupos "terroristas" e "separatistas".

"A operação visa libertar a área de todos os tipos de terrorismo e proteger civis, árabes e curdos", afirma Yasser Abdelrahim, líder da Faylaq al-Sham. "Não estamos atacando para alcançar a cidade de Afrin. Os prédios residenciais não são nosso objetivo, (visamos) apenas as bases e as posições militares das PYD e YPG", garante.

Os rebeldes também acusam as YPG de não combaterem as forças do governo sírio e de trabalharem para uma divisão étnica, ao deslocarem as populações árabes. "O objetivo da ofensiva é, inicialmente, expulsar os grupos separatistas das aldeias árabes localizadas em nossas regiões", afirma Abu Meslem, um comandante da coalizão rebelde Jabha Shamiya.

Segundo ele, a operação "Ramo de oliveira" não se destina a expulsar toda a comunidade curda. "Nosso dever é expulsar as partes separatistas e trazer de volta as famílias deslocadas que viveram em tendas todo o inverno", disse Meslem.

A operação

Enquanto a ofensiva entra nesta segunda-feira, 22, em seu terceiro dia, os rebeldes pró-turcos asseguraram que assumiram o controle de vários vilarejos e posições estratégicas na região de Afrin.

Segundo a agência de notícias turca Anadolu, os rebeldes sírios e as tropas turcas avançaram cinco quilômetros no interior do território sírio. A Turquia conduz a operação com aviões e ataques aéreos, bem como com artilharia contra as posições curdas. / AFP

BEIRUTE - O Exército turco e grupos aliados de rebeldes sírios lançaram no sábado 20 uma ofensiva batizada "Ramo de oliveira" na região de Afrin, localizada no norte da Síria e controlada por uma poderosa milícia curda. Saiba quem são esses rebeldes sírios pró-turcos e entenda quais são seus objetivos.

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Frentes de combate

A região de Afrin está localizada no noroeste da Província de Alepo, cercada pela Turquia (ao oeste e ao norte) e pelos rebeldes pró-Ancara (ao sul e ao leste). A leste de Afrin, os rebeldes estão postados ao longo de uma rodovia entre as cidades de Azaz e Marea, dois de seus redutos na região.

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Outras forças - incluindo combatentes da vizinha Província de Idlib - estão espalhadas ao sul do enclave. Centenas de rebeldes também avançaram ao lado das tropas de Ancara, partindo do território turco, para onde foram levados em uma preparação para a ofensiva.

As forças

O número de rebeldes apoiados pela Turquia e envolvidos na ofensiva é estimado em cerca de 25 mil, de acordo com Yasser Abdelrahim, membro do centro de operações conjuntas dessa tarefa. Entre eles, estão facções que, em 2016, participaram da operação militar turca em território sírio "Escudo do Eufrates", contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e as Unidades de Proteção do Povo (YPG), milícia curda considerada "terrorista" por Ancara.

Esta ofensiva reuniu grupos não-extremistas apoiados ao mesmo tempo por Ancara e por Washington, como as brigadas Sultan Murad ou Mutassem. Elas voltaram a lutar lado a lado na nova ação turca.

Seu navegador não suporta esse video.

Escalada da violência na Síria. Neste fim de semana a Turquia atacou alvos de uma milícia curda na Síria, o que elevou a tensão na região

Os combatentes da Jabha Shamiya e da Faylaq al-Sham, duas coalizões rebeldes ativas no norte da Síria desde 2014, também participam da ofensiva. Muitos desses grupos travaram momentos de tensões com as YPG, que vão desde ameaças até confrontos.

Objetivo da ofensiva

As forças rebeldes envolvidas na operação turca dizem que combatem as YPG e sua ala política, o Partido da União Democrática (PYD), qualificando-os de grupos "terroristas" e "separatistas".

"A operação visa libertar a área de todos os tipos de terrorismo e proteger civis, árabes e curdos", afirma Yasser Abdelrahim, líder da Faylaq al-Sham. "Não estamos atacando para alcançar a cidade de Afrin. Os prédios residenciais não são nosso objetivo, (visamos) apenas as bases e as posições militares das PYD e YPG", garante.

Os rebeldes também acusam as YPG de não combaterem as forças do governo sírio e de trabalharem para uma divisão étnica, ao deslocarem as populações árabes. "O objetivo da ofensiva é, inicialmente, expulsar os grupos separatistas das aldeias árabes localizadas em nossas regiões", afirma Abu Meslem, um comandante da coalizão rebelde Jabha Shamiya.

Segundo ele, a operação "Ramo de oliveira" não se destina a expulsar toda a comunidade curda. "Nosso dever é expulsar as partes separatistas e trazer de volta as famílias deslocadas que viveram em tendas todo o inverno", disse Meslem.

A operação

Enquanto a ofensiva entra nesta segunda-feira, 22, em seu terceiro dia, os rebeldes pró-turcos asseguraram que assumiram o controle de vários vilarejos e posições estratégicas na região de Afrin.

Segundo a agência de notícias turca Anadolu, os rebeldes sírios e as tropas turcas avançaram cinco quilômetros no interior do território sírio. A Turquia conduz a operação com aviões e ataques aéreos, bem como com artilharia contra as posições curdas. / AFP

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