O blog da Internacional do Estadão

PERFIL: Luis Lacalle Pou - nem Chicago boy nem keynesiano


Candidato pode derrotar o partido governista Frente Ampla

Por redacaointer

Ariel Palacios, correspondente / Buenos Aires

O jovem líder do conservador Partido Nacional Luis Lacalle Pou, candidato capaz de derrotar o governista da Frente Ampla, nasceu em 1973, um mês e meio depois do início da ditadura no Uruguai.

Quando tinha cinco anos de idade, seus pais escaparam de uma tentativa de assassinato da ditadura militar. O pai, Luis Alberto Lacalle Herrera, recebeu de presente de um "admirador anônimo" três garrafas de vinho. A mãe, María Julia Pou, desconfiou e esvaziou as garrafas na pia da cozinha. No mesmo dia, um amigo do Partido Nacional recebeu uma garrafa similar, bebeu o líquido e morreu envenenado.

continua após a publicidade

Quando Lacalle Pou era adolescente, o pai - de posições neoliberais - foi eleito presidente do Uruguai, mas o filho continuava a não demonstrar interesse pela política. Isso mudou na vida adulta, quando ele começou a trabalhar para o partido e foi eleito deputado em 2000.

Ideologicamente posicionado no centro, Lacalle Pou é definido com ironia por analistas com a frase "não é um Chicago Boy nem um keynesiano". Sua campanha foi marcada pelo tom conciliador e pela colaboração de ex-integrantes da centro-esquerdista Frente Ampla.

Em junho causou polêmica ao afirmar que, se for eleito, terá que "aguentar quase um ano de Cristina Kirchner", em alusão à convivência que teria no Mercosul com a presidente argentina, cujo mandato termina em dezembro de 2015. De quebra, ressaltou que Cristina "é uma mulher desequilibrada". A frase foi condenada nos meios diplomáticos. No entanto, despertou simpatia da opinião pública, crítica ao governo argentino.

continua após a publicidade

Campanha. Desde que se lançou candidato presidencial, Lacalle Pou não deixou de crescer nas intenções de voto até o ponto de dar por certa sua passagem a um segundo turno no qual o candidato da Frente Ampla, Tabaré Vázquez, não terá tudo a seu favor para ganhar.

De aparência jovem, o candidato baseou sua empreitada para ganhar a presidência em fazer ações "pelo positivo" - lema de sua campanha -, e, ajudado por grupos entusiastas, apostou por municiar os eleitores de propostas antes que criticar duramente seus oponentes.

O apoio inicial dele à muito criticada proposta de modificar a Constituição para diminuir a maioridade penal lançada pelo Partido Colorado foi diluída em sua caminhada eleitoral para não prejudicar sua imagem.

continua após a publicidade

Outro ponto importante de sua campanha, muito efetiva segundo vários analistas e que lhe rendeu o apelido dado pela imprensa de "Lacalle Pop", foi sua imagem e sua mensagem emotiva em algumas ocasiões, festiva em outras, acompanhada em vários atos por música e dança e com grande presença de jovens militantes. / Com EFE

Ariel Palacios, correspondente / Buenos Aires

O jovem líder do conservador Partido Nacional Luis Lacalle Pou, candidato capaz de derrotar o governista da Frente Ampla, nasceu em 1973, um mês e meio depois do início da ditadura no Uruguai.

Quando tinha cinco anos de idade, seus pais escaparam de uma tentativa de assassinato da ditadura militar. O pai, Luis Alberto Lacalle Herrera, recebeu de presente de um "admirador anônimo" três garrafas de vinho. A mãe, María Julia Pou, desconfiou e esvaziou as garrafas na pia da cozinha. No mesmo dia, um amigo do Partido Nacional recebeu uma garrafa similar, bebeu o líquido e morreu envenenado.

Quando Lacalle Pou era adolescente, o pai - de posições neoliberais - foi eleito presidente do Uruguai, mas o filho continuava a não demonstrar interesse pela política. Isso mudou na vida adulta, quando ele começou a trabalhar para o partido e foi eleito deputado em 2000.

Ideologicamente posicionado no centro, Lacalle Pou é definido com ironia por analistas com a frase "não é um Chicago Boy nem um keynesiano". Sua campanha foi marcada pelo tom conciliador e pela colaboração de ex-integrantes da centro-esquerdista Frente Ampla.

Em junho causou polêmica ao afirmar que, se for eleito, terá que "aguentar quase um ano de Cristina Kirchner", em alusão à convivência que teria no Mercosul com a presidente argentina, cujo mandato termina em dezembro de 2015. De quebra, ressaltou que Cristina "é uma mulher desequilibrada". A frase foi condenada nos meios diplomáticos. No entanto, despertou simpatia da opinião pública, crítica ao governo argentino.

Campanha. Desde que se lançou candidato presidencial, Lacalle Pou não deixou de crescer nas intenções de voto até o ponto de dar por certa sua passagem a um segundo turno no qual o candidato da Frente Ampla, Tabaré Vázquez, não terá tudo a seu favor para ganhar.

De aparência jovem, o candidato baseou sua empreitada para ganhar a presidência em fazer ações "pelo positivo" - lema de sua campanha -, e, ajudado por grupos entusiastas, apostou por municiar os eleitores de propostas antes que criticar duramente seus oponentes.

O apoio inicial dele à muito criticada proposta de modificar a Constituição para diminuir a maioridade penal lançada pelo Partido Colorado foi diluída em sua caminhada eleitoral para não prejudicar sua imagem.

Outro ponto importante de sua campanha, muito efetiva segundo vários analistas e que lhe rendeu o apelido dado pela imprensa de "Lacalle Pop", foi sua imagem e sua mensagem emotiva em algumas ocasiões, festiva em outras, acompanhada em vários atos por música e dança e com grande presença de jovens militantes. / Com EFE

Ariel Palacios, correspondente / Buenos Aires

O jovem líder do conservador Partido Nacional Luis Lacalle Pou, candidato capaz de derrotar o governista da Frente Ampla, nasceu em 1973, um mês e meio depois do início da ditadura no Uruguai.

Quando tinha cinco anos de idade, seus pais escaparam de uma tentativa de assassinato da ditadura militar. O pai, Luis Alberto Lacalle Herrera, recebeu de presente de um "admirador anônimo" três garrafas de vinho. A mãe, María Julia Pou, desconfiou e esvaziou as garrafas na pia da cozinha. No mesmo dia, um amigo do Partido Nacional recebeu uma garrafa similar, bebeu o líquido e morreu envenenado.

Quando Lacalle Pou era adolescente, o pai - de posições neoliberais - foi eleito presidente do Uruguai, mas o filho continuava a não demonstrar interesse pela política. Isso mudou na vida adulta, quando ele começou a trabalhar para o partido e foi eleito deputado em 2000.

Ideologicamente posicionado no centro, Lacalle Pou é definido com ironia por analistas com a frase "não é um Chicago Boy nem um keynesiano". Sua campanha foi marcada pelo tom conciliador e pela colaboração de ex-integrantes da centro-esquerdista Frente Ampla.

Em junho causou polêmica ao afirmar que, se for eleito, terá que "aguentar quase um ano de Cristina Kirchner", em alusão à convivência que teria no Mercosul com a presidente argentina, cujo mandato termina em dezembro de 2015. De quebra, ressaltou que Cristina "é uma mulher desequilibrada". A frase foi condenada nos meios diplomáticos. No entanto, despertou simpatia da opinião pública, crítica ao governo argentino.

Campanha. Desde que se lançou candidato presidencial, Lacalle Pou não deixou de crescer nas intenções de voto até o ponto de dar por certa sua passagem a um segundo turno no qual o candidato da Frente Ampla, Tabaré Vázquez, não terá tudo a seu favor para ganhar.

De aparência jovem, o candidato baseou sua empreitada para ganhar a presidência em fazer ações "pelo positivo" - lema de sua campanha -, e, ajudado por grupos entusiastas, apostou por municiar os eleitores de propostas antes que criticar duramente seus oponentes.

O apoio inicial dele à muito criticada proposta de modificar a Constituição para diminuir a maioridade penal lançada pelo Partido Colorado foi diluída em sua caminhada eleitoral para não prejudicar sua imagem.

Outro ponto importante de sua campanha, muito efetiva segundo vários analistas e que lhe rendeu o apelido dado pela imprensa de "Lacalle Pop", foi sua imagem e sua mensagem emotiva em algumas ocasiões, festiva em outras, acompanhada em vários atos por música e dança e com grande presença de jovens militantes. / Com EFE

Ariel Palacios, correspondente / Buenos Aires

O jovem líder do conservador Partido Nacional Luis Lacalle Pou, candidato capaz de derrotar o governista da Frente Ampla, nasceu em 1973, um mês e meio depois do início da ditadura no Uruguai.

Quando tinha cinco anos de idade, seus pais escaparam de uma tentativa de assassinato da ditadura militar. O pai, Luis Alberto Lacalle Herrera, recebeu de presente de um "admirador anônimo" três garrafas de vinho. A mãe, María Julia Pou, desconfiou e esvaziou as garrafas na pia da cozinha. No mesmo dia, um amigo do Partido Nacional recebeu uma garrafa similar, bebeu o líquido e morreu envenenado.

Quando Lacalle Pou era adolescente, o pai - de posições neoliberais - foi eleito presidente do Uruguai, mas o filho continuava a não demonstrar interesse pela política. Isso mudou na vida adulta, quando ele começou a trabalhar para o partido e foi eleito deputado em 2000.

Ideologicamente posicionado no centro, Lacalle Pou é definido com ironia por analistas com a frase "não é um Chicago Boy nem um keynesiano". Sua campanha foi marcada pelo tom conciliador e pela colaboração de ex-integrantes da centro-esquerdista Frente Ampla.

Em junho causou polêmica ao afirmar que, se for eleito, terá que "aguentar quase um ano de Cristina Kirchner", em alusão à convivência que teria no Mercosul com a presidente argentina, cujo mandato termina em dezembro de 2015. De quebra, ressaltou que Cristina "é uma mulher desequilibrada". A frase foi condenada nos meios diplomáticos. No entanto, despertou simpatia da opinião pública, crítica ao governo argentino.

Campanha. Desde que se lançou candidato presidencial, Lacalle Pou não deixou de crescer nas intenções de voto até o ponto de dar por certa sua passagem a um segundo turno no qual o candidato da Frente Ampla, Tabaré Vázquez, não terá tudo a seu favor para ganhar.

De aparência jovem, o candidato baseou sua empreitada para ganhar a presidência em fazer ações "pelo positivo" - lema de sua campanha -, e, ajudado por grupos entusiastas, apostou por municiar os eleitores de propostas antes que criticar duramente seus oponentes.

O apoio inicial dele à muito criticada proposta de modificar a Constituição para diminuir a maioridade penal lançada pelo Partido Colorado foi diluída em sua caminhada eleitoral para não prejudicar sua imagem.

Outro ponto importante de sua campanha, muito efetiva segundo vários analistas e que lhe rendeu o apelido dado pela imprensa de "Lacalle Pop", foi sua imagem e sua mensagem emotiva em algumas ocasiões, festiva em outras, acompanhada em vários atos por música e dança e com grande presença de jovens militantes. / Com EFE

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.