HAVANA - A rede Starwood se tornou na terça-feira a primeira companhia dos Estados Unidos a operar um hotel em Cuba desde 1959, o Four Points by Sheraton de Havana, que será comandado em conjunto com a empresa estatal cubana Gaivota.
"Este projeto é uma grande conquista e considero que é um grande passo não só para Starwood, mas para a indústria hoteleira cubana", disse o chefe de Operações da Starwood para a América Latina, Jorge Giannattasio, durante apresentação da nova marca da instalação cubana.
O antigo Hotel Quinta Avenida agora batizado de Four Points by Sheraton é fruto do primeiro acordo bilateral entre o governo de Cuba e uma empresa hoteleira dos EUA em mais de cinco décadas. Ele foi obtido após a Starwood receber autorização do Departamento do Tesouro americano para operar em Cuba, no contexto do processo da normalização de relações entre os dois países.
Giannattasio comentou sobre o futuro da rede hoteleira em Cuba: "Este é um país que está cheio de oportunidades, há grande entusiasmo no mundo por Cuba, e é uma excelente oportunidade para a Starwood estar presente no momento e no mercado adequado".
Ele disse que a empresa tem outros dois projetos em Havana, um deles assinado com o Hotel Inglaterra, já em fase avançada, e uma carta de intenção assinada com o Santa Isabel, localizado no centro histórico da capital cubana, que esperam em um futuro próximo serem incluídos na "Coleção de Luxo".
Para a Gaivota, segundo afirmou seu presidente, Carlos Latuff, durante a cerimônia de inauguração, este momento significa um "novo capítulo" para a hotelaria cubana com relação à ligação de seu "profissionalismo e experiência" ao reconhecido prestígio internacional da Starwood.
"Este é o início de uma longa relação de trabalho que será marcado pelo respeito mútuo e pela convicção de que o futuro nos trará grandes realizações", disse.
Cuba recebeu mais de 3,5 milhões visitantes estrangeiros em 2015, e segundo economistas do setor, entre eles estão com cerca de 145 mil americanos, 79% a mais do que no ano anterior, amparados em 12 licenças gerais aprovadas pelo governo do presidente americano Barack Obama.
Neste ano, as previsões das autoridades turísticas cubanas indicam que o país receberá 3,7 milhões de turistas estrangeiros. /EFE