Repressão na Venezuela não permitiu eleições livres, diz representante da ONU


Alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos disse em março que estava preocupado com a repressão e a falta de liberdade de opinião no país; para ele, as condições não mudaram desde então

Por Jamil Chade, correspondente e Genebra
Atualização:

GENEBRA - A ONU alerta que as condições nas quais ocorreu a votação na Venezuela no fim de semana, inclusive a repressão, não garantiram que a eleição pudesse ser considerada livre. 

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No fim de semana, Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais na Venezuela, levando diversos governos a denunciar uma "farsa eleitoral" Foto: AFP PHOTO / Juan BARRETO

"Já em março, o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al-Hussein, indicou que estava preocupado com a repressão, falta de liberdade de opinião, associação, e que não existiam condições mínimas para uma eleição livre", declarou nesta terça-feira, 22, Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos. Para a entidade, as condições não mudaram desde então. 

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No fim de semana, Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais na Venezuela, levando diversos governos a denunciar uma "farsa eleitoral". Vários países latino-americanos retiraram seus embaixadores de Caracas, enquanto o governo americano anunciou novas medidas de sanção contra chavistas. Rússia e China, porém, saíram a favor de Maduro, alertando contra interferências externas no país. 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, também deixou claro sua preocupação e insistiu que as lideranças políticas precisam lidar com os problemas do país dentro das leis do "estado de direito". "Mais além da situação política, estamos preocupados diante dos grandes desafios que continuam prejudicando severamente o bem-estar e o sustento de sua população", disse ele por meio de seu porta-voz.

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Esta não é a primeira vez que o representante da ONU critica o governo de Maduro. Em agosto, a entidade já havia alertado que a democracia em Caracas estava "à beira da morte". Ela também apontou que não descartava que o regime do chavista na Venezuela pudesse ter cometido crimes contra a humanidade. 

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Os 14 países do Grupo de Lima convocaram seus embaixadores em Caracas para consultas e concordaram em "reduzir o nível de suas relações diplomáticas com a Venezuela", em protesto contra o polêmico processo eleitoral que resultou na reeleição do presidente Nicolás Maduro - anunciou a organização.

De acordo com a ONU, o terror como política de estado incluiu violações sistemáticas de direitos, uma política de execuções extrajudiciais, torturas, prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, destruição de casas e milhares de feridos, inclusive com o uso de grupos paramilitares. "O uso generalizado e sistemático da força excessiva denota que não se trata apenas de atos ilegais ou insubordinações de funcionários isolados", alertou a entidade. A meta seria "impedir manifestações, sufocar a dissidência e espalhar o medo".

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Na avaliação das Nações Unidas, é a democracia que está golpeada. "Ao longo do tempo, vimos uma erosão da vida democrática na Venezuela e passos mais recentes de apoio ao sentimento de que o que resta de democracia está sendo espremido", disse Zeid Al-Hussein no fim de 2017. Ele lembrou que, de fato, Maduro foi eleito pelo voto popular. "Mas desde então houve uma erosão", insistiu. "Ela (democracia) mal está viva, se é que está viva."

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Os principais rivais Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela, Henri Falcon e Javier Bertucci, rejeitaram a reeleição do presidente venezuelano e pediram por um novo pleito

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No fim de semana, Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais na Venezuela, levando diversos governos a denunciar uma "farsa eleitoral" Foto: AFP PHOTO / Juan BARRETO

"Já em março, o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al-Hussein, indicou que estava preocupado com a repressão, falta de liberdade de opinião, associação, e que não existiam condições mínimas para uma eleição livre", declarou nesta terça-feira, 22, Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos. Para a entidade, as condições não mudaram desde então. 

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, também deixou claro sua preocupação e insistiu que as lideranças políticas precisam lidar com os problemas do país dentro das leis do "estado de direito". "Mais além da situação política, estamos preocupados diante dos grandes desafios que continuam prejudicando severamente o bem-estar e o sustento de sua população", disse ele por meio de seu porta-voz.

Esta não é a primeira vez que o representante da ONU critica o governo de Maduro. Em agosto, a entidade já havia alertado que a democracia em Caracas estava "à beira da morte". Ela também apontou que não descartava que o regime do chavista na Venezuela pudesse ter cometido crimes contra a humanidade. 

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De acordo com a ONU, o terror como política de estado incluiu violações sistemáticas de direitos, uma política de execuções extrajudiciais, torturas, prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, destruição de casas e milhares de feridos, inclusive com o uso de grupos paramilitares. "O uso generalizado e sistemático da força excessiva denota que não se trata apenas de atos ilegais ou insubordinações de funcionários isolados", alertou a entidade. A meta seria "impedir manifestações, sufocar a dissidência e espalhar o medo".

Na avaliação das Nações Unidas, é a democracia que está golpeada. "Ao longo do tempo, vimos uma erosão da vida democrática na Venezuela e passos mais recentes de apoio ao sentimento de que o que resta de democracia está sendo espremido", disse Zeid Al-Hussein no fim de 2017. Ele lembrou que, de fato, Maduro foi eleito pelo voto popular. "Mas desde então houve uma erosão", insistiu. "Ela (democracia) mal está viva, se é que está viva."

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, também deixou claro sua preocupação e insistiu que as lideranças políticas precisam lidar com os problemas do país dentro das leis do "estado de direito". "Mais além da situação política, estamos preocupados diante dos grandes desafios que continuam prejudicando severamente o bem-estar e o sustento de sua população", disse ele por meio de seu porta-voz.

Esta não é a primeira vez que o representante da ONU critica o governo de Maduro. Em agosto, a entidade já havia alertado que a democracia em Caracas estava "à beira da morte". Ela também apontou que não descartava que o regime do chavista na Venezuela pudesse ter cometido crimes contra a humanidade. 

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De acordo com a ONU, o terror como política de estado incluiu violações sistemáticas de direitos, uma política de execuções extrajudiciais, torturas, prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, destruição de casas e milhares de feridos, inclusive com o uso de grupos paramilitares. "O uso generalizado e sistemático da força excessiva denota que não se trata apenas de atos ilegais ou insubordinações de funcionários isolados", alertou a entidade. A meta seria "impedir manifestações, sufocar a dissidência e espalhar o medo".

Na avaliação das Nações Unidas, é a democracia que está golpeada. "Ao longo do tempo, vimos uma erosão da vida democrática na Venezuela e passos mais recentes de apoio ao sentimento de que o que resta de democracia está sendo espremido", disse Zeid Al-Hussein no fim de 2017. Ele lembrou que, de fato, Maduro foi eleito pelo voto popular. "Mas desde então houve uma erosão", insistiu. "Ela (democracia) mal está viva, se é que está viva."

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"Já em março, o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al-Hussein, indicou que estava preocupado com a repressão, falta de liberdade de opinião, associação, e que não existiam condições mínimas para uma eleição livre", declarou nesta terça-feira, 22, Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos. Para a entidade, as condições não mudaram desde então. 

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