Republicano presidente da Câmara diz que renunciará ao cargo e à vaga no Congresso


John Boehner, pressionado pela ala conservadora de seu partido, deixará a presidência da Câmara em outubro, informou assessor 

(ATUALIZADA ÁS 16h45) WASHINGTON - O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, que tem sido repetidamente desafiado pela ala conservadora de seu partido, confirmou nesta sexta-feira, 25, que renunciará ao cargo, assim como à sua cadeira na Casa, em 30 de outubro. A informação havia sido adiantada por assessores de Boehner na manhã desta sexta.

Boehner, de 65 anos, está há quase 25 anos no Congresso, para o qual foi eleito como representante de Ohio em 1990. Ele estava à frente da liderança republicana na Câmara desde janeiro de 2011 e anunciou sua decisão em um emocionado encontro com outros congressistas republicanos nesta manhã.

Boehner se prepara para discursar no Congresso americano Foto: Doug Mills/The New York Times
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"Meu primeiro trabalho como presidente da Câmara é proteger a instituição", disse o republicano. "Ficou claro para mim que esta prolongada crise que vive a liderança (da Câmara) faria um dano irreparável à instituição."

Aparentando estar bem equilibrado e com um discurso ensaiado, Boehner - que surpreendeu Washington com seu anúncio - se emocionou ao relembrar os momentos a sós que teve na quinta-feira com o papa Francisco. "Nesta manhã, levantei, fiz minhas preces, como de costume, e pensei: 'este é o dia em que vou fazer isso (anunciar a renúncia)'", contou. "Nunca pensei em chegar ao Congresso e muito menos em ser presidente da Câmara."

O período de Boehner à frente dos republicanos se tornou mais tumultuado à medida em que crescia o movimento ultraconservador Tea Party, por quem ele foi criticado várias vezes de ser membro do "establishment" e da burocracia autocomplacente dos corredores do Capitólio.

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Recentemente, mais de 30 congressistas republicanos ameaçaram forçar um voto de não-confiança sobre sua posição como presidente da Câmara, o que poderia fazê-lo forçar a buscar votos democratas para manter-se no cargo.

Segundo assessores de Boehner, o plano inicial do legislador era exercer seu cargo só até o final do ano passado, quando houve eleições legislativas nos Estados Unidos. No entanto, a inesperada derrota do "número dois" na hierarquia republicana na Câmara, Eric Cantor, nas primárias do partido em novembro "mudou os planos" do político. 

O presidente americano, Barack Obama, afirmou que foi pego de supresa pelo anúncio de Boehner. Obama disse que ligou para o republicano momentos antes de participar de uma entrevista com o presidente chinês, Xi Jinping, e o elogiou por ser um "bom homem" e um "patriota" que se preocupa profundamente com a Câmara dos Deputados.

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"Nós temos, obviamente, muitos pontos de desacordo e, politicamente, estamos em lados opostos do espectro", disse o presidente. "Mas ele sempre teve uma conduta de civilidade e cortesia em relação à mim."

Obama disse ainda que Boehner é uma pessoa que "entende que no governo, você não consegue sempre 100% do que deseja". O presidente se recusou a especular sobre possíveis sucessores de Boehner, mas prometeu "entrar em contato imediatamente" com quem quer que seja escolhido e disse que continuará trabalhando com o atual presidente da Câmara antes que ele deixe a Casa.

Sucessão. Caberá à maioria republicana dos deputados escolher o novo presidente da Câmara. O principal candidato para ocupar o cargo é Kevin McCarthy, eleito pela Califórnia, que atualmente é o líder da maioria e é visto de forma mais favorável do que Boehner pelos membros mais conservadores da Casa. Outro nome bastante cotado entre os republicanos, Paul Ryan, do Wisconsin, já disse que não quer o cargo.

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"John Boehner foi um grande líder do Partido Republicano e da Câmara dos Deputados", disse Ryan, em nota divulgada nesta sexta-feira. "Sua decisão foi um ato puro de altruísmo. As décadas de serviço de John ajudaram a fazer o país avançar e valorizo profundamente sua amizade. Sentiremos sua falta, mas estou confiante que nossa conferência elegerá líderes que são capazes de enfrentar os desafios que nossa nação enfrenta. Desejo tudo de bom a John e a sua família assim que ele começar a próxima fase de sua vida."

O congressista Charlie Dent, republicano da Pensilvânia, comentou: "o próximo presidente da Câmara terá um trabalho duro. A dinâmica fundamental não mudará". Ainda segundo Dent, havia "muita tristeza na sala" quando Boehner anunciou sua renúncia aos colegas de partido.

(ATUALIZADA ÁS 16h45) WASHINGTON - O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, que tem sido repetidamente desafiado pela ala conservadora de seu partido, confirmou nesta sexta-feira, 25, que renunciará ao cargo, assim como à sua cadeira na Casa, em 30 de outubro. A informação havia sido adiantada por assessores de Boehner na manhã desta sexta.

Boehner, de 65 anos, está há quase 25 anos no Congresso, para o qual foi eleito como representante de Ohio em 1990. Ele estava à frente da liderança republicana na Câmara desde janeiro de 2011 e anunciou sua decisão em um emocionado encontro com outros congressistas republicanos nesta manhã.

Boehner se prepara para discursar no Congresso americano Foto: Doug Mills/The New York Times

"Meu primeiro trabalho como presidente da Câmara é proteger a instituição", disse o republicano. "Ficou claro para mim que esta prolongada crise que vive a liderança (da Câmara) faria um dano irreparável à instituição."

Aparentando estar bem equilibrado e com um discurso ensaiado, Boehner - que surpreendeu Washington com seu anúncio - se emocionou ao relembrar os momentos a sós que teve na quinta-feira com o papa Francisco. "Nesta manhã, levantei, fiz minhas preces, como de costume, e pensei: 'este é o dia em que vou fazer isso (anunciar a renúncia)'", contou. "Nunca pensei em chegar ao Congresso e muito menos em ser presidente da Câmara."

O período de Boehner à frente dos republicanos se tornou mais tumultuado à medida em que crescia o movimento ultraconservador Tea Party, por quem ele foi criticado várias vezes de ser membro do "establishment" e da burocracia autocomplacente dos corredores do Capitólio.

Recentemente, mais de 30 congressistas republicanos ameaçaram forçar um voto de não-confiança sobre sua posição como presidente da Câmara, o que poderia fazê-lo forçar a buscar votos democratas para manter-se no cargo.

Segundo assessores de Boehner, o plano inicial do legislador era exercer seu cargo só até o final do ano passado, quando houve eleições legislativas nos Estados Unidos. No entanto, a inesperada derrota do "número dois" na hierarquia republicana na Câmara, Eric Cantor, nas primárias do partido em novembro "mudou os planos" do político. 

O presidente americano, Barack Obama, afirmou que foi pego de supresa pelo anúncio de Boehner. Obama disse que ligou para o republicano momentos antes de participar de uma entrevista com o presidente chinês, Xi Jinping, e o elogiou por ser um "bom homem" e um "patriota" que se preocupa profundamente com a Câmara dos Deputados.

"Nós temos, obviamente, muitos pontos de desacordo e, politicamente, estamos em lados opostos do espectro", disse o presidente. "Mas ele sempre teve uma conduta de civilidade e cortesia em relação à mim."

Obama disse ainda que Boehner é uma pessoa que "entende que no governo, você não consegue sempre 100% do que deseja". O presidente se recusou a especular sobre possíveis sucessores de Boehner, mas prometeu "entrar em contato imediatamente" com quem quer que seja escolhido e disse que continuará trabalhando com o atual presidente da Câmara antes que ele deixe a Casa.

Sucessão. Caberá à maioria republicana dos deputados escolher o novo presidente da Câmara. O principal candidato para ocupar o cargo é Kevin McCarthy, eleito pela Califórnia, que atualmente é o líder da maioria e é visto de forma mais favorável do que Boehner pelos membros mais conservadores da Casa. Outro nome bastante cotado entre os republicanos, Paul Ryan, do Wisconsin, já disse que não quer o cargo.

"John Boehner foi um grande líder do Partido Republicano e da Câmara dos Deputados", disse Ryan, em nota divulgada nesta sexta-feira. "Sua decisão foi um ato puro de altruísmo. As décadas de serviço de John ajudaram a fazer o país avançar e valorizo profundamente sua amizade. Sentiremos sua falta, mas estou confiante que nossa conferência elegerá líderes que são capazes de enfrentar os desafios que nossa nação enfrenta. Desejo tudo de bom a John e a sua família assim que ele começar a próxima fase de sua vida."

O congressista Charlie Dent, republicano da Pensilvânia, comentou: "o próximo presidente da Câmara terá um trabalho duro. A dinâmica fundamental não mudará". Ainda segundo Dent, havia "muita tristeza na sala" quando Boehner anunciou sua renúncia aos colegas de partido.

(ATUALIZADA ÁS 16h45) WASHINGTON - O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, que tem sido repetidamente desafiado pela ala conservadora de seu partido, confirmou nesta sexta-feira, 25, que renunciará ao cargo, assim como à sua cadeira na Casa, em 30 de outubro. A informação havia sido adiantada por assessores de Boehner na manhã desta sexta.

Boehner, de 65 anos, está há quase 25 anos no Congresso, para o qual foi eleito como representante de Ohio em 1990. Ele estava à frente da liderança republicana na Câmara desde janeiro de 2011 e anunciou sua decisão em um emocionado encontro com outros congressistas republicanos nesta manhã.

Boehner se prepara para discursar no Congresso americano Foto: Doug Mills/The New York Times

"Meu primeiro trabalho como presidente da Câmara é proteger a instituição", disse o republicano. "Ficou claro para mim que esta prolongada crise que vive a liderança (da Câmara) faria um dano irreparável à instituição."

Aparentando estar bem equilibrado e com um discurso ensaiado, Boehner - que surpreendeu Washington com seu anúncio - se emocionou ao relembrar os momentos a sós que teve na quinta-feira com o papa Francisco. "Nesta manhã, levantei, fiz minhas preces, como de costume, e pensei: 'este é o dia em que vou fazer isso (anunciar a renúncia)'", contou. "Nunca pensei em chegar ao Congresso e muito menos em ser presidente da Câmara."

O período de Boehner à frente dos republicanos se tornou mais tumultuado à medida em que crescia o movimento ultraconservador Tea Party, por quem ele foi criticado várias vezes de ser membro do "establishment" e da burocracia autocomplacente dos corredores do Capitólio.

Recentemente, mais de 30 congressistas republicanos ameaçaram forçar um voto de não-confiança sobre sua posição como presidente da Câmara, o que poderia fazê-lo forçar a buscar votos democratas para manter-se no cargo.

Segundo assessores de Boehner, o plano inicial do legislador era exercer seu cargo só até o final do ano passado, quando houve eleições legislativas nos Estados Unidos. No entanto, a inesperada derrota do "número dois" na hierarquia republicana na Câmara, Eric Cantor, nas primárias do partido em novembro "mudou os planos" do político. 

O presidente americano, Barack Obama, afirmou que foi pego de supresa pelo anúncio de Boehner. Obama disse que ligou para o republicano momentos antes de participar de uma entrevista com o presidente chinês, Xi Jinping, e o elogiou por ser um "bom homem" e um "patriota" que se preocupa profundamente com a Câmara dos Deputados.

"Nós temos, obviamente, muitos pontos de desacordo e, politicamente, estamos em lados opostos do espectro", disse o presidente. "Mas ele sempre teve uma conduta de civilidade e cortesia em relação à mim."

Obama disse ainda que Boehner é uma pessoa que "entende que no governo, você não consegue sempre 100% do que deseja". O presidente se recusou a especular sobre possíveis sucessores de Boehner, mas prometeu "entrar em contato imediatamente" com quem quer que seja escolhido e disse que continuará trabalhando com o atual presidente da Câmara antes que ele deixe a Casa.

Sucessão. Caberá à maioria republicana dos deputados escolher o novo presidente da Câmara. O principal candidato para ocupar o cargo é Kevin McCarthy, eleito pela Califórnia, que atualmente é o líder da maioria e é visto de forma mais favorável do que Boehner pelos membros mais conservadores da Casa. Outro nome bastante cotado entre os republicanos, Paul Ryan, do Wisconsin, já disse que não quer o cargo.

"John Boehner foi um grande líder do Partido Republicano e da Câmara dos Deputados", disse Ryan, em nota divulgada nesta sexta-feira. "Sua decisão foi um ato puro de altruísmo. As décadas de serviço de John ajudaram a fazer o país avançar e valorizo profundamente sua amizade. Sentiremos sua falta, mas estou confiante que nossa conferência elegerá líderes que são capazes de enfrentar os desafios que nossa nação enfrenta. Desejo tudo de bom a John e a sua família assim que ele começar a próxima fase de sua vida."

O congressista Charlie Dent, republicano da Pensilvânia, comentou: "o próximo presidente da Câmara terá um trabalho duro. A dinâmica fundamental não mudará". Ainda segundo Dent, havia "muita tristeza na sala" quando Boehner anunciou sua renúncia aos colegas de partido.

(ATUALIZADA ÁS 16h45) WASHINGTON - O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, que tem sido repetidamente desafiado pela ala conservadora de seu partido, confirmou nesta sexta-feira, 25, que renunciará ao cargo, assim como à sua cadeira na Casa, em 30 de outubro. A informação havia sido adiantada por assessores de Boehner na manhã desta sexta.

Boehner, de 65 anos, está há quase 25 anos no Congresso, para o qual foi eleito como representante de Ohio em 1990. Ele estava à frente da liderança republicana na Câmara desde janeiro de 2011 e anunciou sua decisão em um emocionado encontro com outros congressistas republicanos nesta manhã.

Boehner se prepara para discursar no Congresso americano Foto: Doug Mills/The New York Times

"Meu primeiro trabalho como presidente da Câmara é proteger a instituição", disse o republicano. "Ficou claro para mim que esta prolongada crise que vive a liderança (da Câmara) faria um dano irreparável à instituição."

Aparentando estar bem equilibrado e com um discurso ensaiado, Boehner - que surpreendeu Washington com seu anúncio - se emocionou ao relembrar os momentos a sós que teve na quinta-feira com o papa Francisco. "Nesta manhã, levantei, fiz minhas preces, como de costume, e pensei: 'este é o dia em que vou fazer isso (anunciar a renúncia)'", contou. "Nunca pensei em chegar ao Congresso e muito menos em ser presidente da Câmara."

O período de Boehner à frente dos republicanos se tornou mais tumultuado à medida em que crescia o movimento ultraconservador Tea Party, por quem ele foi criticado várias vezes de ser membro do "establishment" e da burocracia autocomplacente dos corredores do Capitólio.

Recentemente, mais de 30 congressistas republicanos ameaçaram forçar um voto de não-confiança sobre sua posição como presidente da Câmara, o que poderia fazê-lo forçar a buscar votos democratas para manter-se no cargo.

Segundo assessores de Boehner, o plano inicial do legislador era exercer seu cargo só até o final do ano passado, quando houve eleições legislativas nos Estados Unidos. No entanto, a inesperada derrota do "número dois" na hierarquia republicana na Câmara, Eric Cantor, nas primárias do partido em novembro "mudou os planos" do político. 

O presidente americano, Barack Obama, afirmou que foi pego de supresa pelo anúncio de Boehner. Obama disse que ligou para o republicano momentos antes de participar de uma entrevista com o presidente chinês, Xi Jinping, e o elogiou por ser um "bom homem" e um "patriota" que se preocupa profundamente com a Câmara dos Deputados.

"Nós temos, obviamente, muitos pontos de desacordo e, politicamente, estamos em lados opostos do espectro", disse o presidente. "Mas ele sempre teve uma conduta de civilidade e cortesia em relação à mim."

Obama disse ainda que Boehner é uma pessoa que "entende que no governo, você não consegue sempre 100% do que deseja". O presidente se recusou a especular sobre possíveis sucessores de Boehner, mas prometeu "entrar em contato imediatamente" com quem quer que seja escolhido e disse que continuará trabalhando com o atual presidente da Câmara antes que ele deixe a Casa.

Sucessão. Caberá à maioria republicana dos deputados escolher o novo presidente da Câmara. O principal candidato para ocupar o cargo é Kevin McCarthy, eleito pela Califórnia, que atualmente é o líder da maioria e é visto de forma mais favorável do que Boehner pelos membros mais conservadores da Casa. Outro nome bastante cotado entre os republicanos, Paul Ryan, do Wisconsin, já disse que não quer o cargo.

"John Boehner foi um grande líder do Partido Republicano e da Câmara dos Deputados", disse Ryan, em nota divulgada nesta sexta-feira. "Sua decisão foi um ato puro de altruísmo. As décadas de serviço de John ajudaram a fazer o país avançar e valorizo profundamente sua amizade. Sentiremos sua falta, mas estou confiante que nossa conferência elegerá líderes que são capazes de enfrentar os desafios que nossa nação enfrenta. Desejo tudo de bom a John e a sua família assim que ele começar a próxima fase de sua vida."

O congressista Charlie Dent, republicano da Pensilvânia, comentou: "o próximo presidente da Câmara terá um trabalho duro. A dinâmica fundamental não mudará". Ainda segundo Dent, havia "muita tristeza na sala" quando Boehner anunciou sua renúncia aos colegas de partido.

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