Republicanos assumem Congresso e ameaçam reverter políticas de Obama


A partir de amanhã, oposição passa a controlar as duas Casas do Legislativo e promete lutar contra as principais bandeiras do presidente

Por WASHINGTON

O Partido Republicano assumirá amanhã o controle da Câmara dos Deputados e do Senado dos EUA. É a primeira vez que a oposição dominará as duas Casas do Legislativo durante o mandato do presidente Barack Obama. Ontem, os principais líderes republicanos prometeram lutar contra as principais políticas da Casa Branca, incluindo os decretos executivos sobre imigração e a aproximação com Cuba

.

A volta.Obama desembarca em Washington ao lado da mulher, Michelle (E), e de sua filha Malia, após férias no Havaí Foto: Doug Mills/NYT
continua após a publicidade

A primeira medida concreta, no entanto, será a aprovação do oleoduto Keystone, entre Canadá e EUA. A obra de 526 quilômetros custará US$ 5,3 bilhões e levará diariamente 830 mil barris de petróleo canadense para refinarias do Texas. Ambientalistas dizem que o projeto é uma "catástrofe ambiental" que ameaça o aquífero de Ogallala, no Estado de Nebraska. Pressionado, Obama ameaça vetar a construção e contesta o argumento de que o oleoduto criará empregos. "Serão no máximo 2 mil em um período de dois anos", afirma o presidente.

Ontem, o senador republicano Mitch McConnell, que será o líder do partido no Senado, disse que o primeiro item da nova agenda do Congresso será a aprovação da construção do oleoduto. Qualquer veto presidencial pode ser derrubado por uma maioria de dois terços nas duas Casas - e os republicanos acreditam contar com uma fatia de democratas descontentes.

Imigração.

continua após a publicidade

Outra batalha legislativa que começa a partir de amanhã será contra os decretos executivos que evitam a deportação de milhares de imigrantes ilegais. Os republicanos pretendem bloquear qualquer financiamento que permita a execução da nova política de imigração da Casa Branca.

Uma das estratégias da oposição também será descaracterizar o máximo possível a reforma do sistema de saúde, conhecida como Obamacare. Um exemplo, de acordo com o deputado republicano Rodney Davis, será alterar a definição de período integral de trabalho, que passaria de 30 horas, como quer o presidente, para 40 horas.

Obama enfrentará ainda oposição à aproximação com Cuba, anunciada em dezembro. Além de rejeitar o fim do embargo à ilha, o novo Congresso controlado pelos republicanos pretende usar o financiamento do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) como ferramenta para pressionar contra qualquer alteração da relação de Washington com Havana.

continua após a publicidade

Diplomacia.

Em dezembro, os congressistas aprovaram a verba de US$ 1,1 trilhão para manter o governo federal funcionando até setembro. Os republicanos, no entanto, excluíram o DHS da dotação orçamentária. O objetivo da decisão era bloquear fundos para a execução dos decretos de Obama sobre imigração.

O DHS tem dinheiro para funcionar até 27 de fevereiro e os líderes do Partido Republicano pretendem usar a liberação desses recursos como arma para atrapalhar a aproximação de Washington com o regime cubano. O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, o democrata Robert Menendez, reconheceu ontem que o novo Senado, provavelmente, não aprovaria a indicação de um embaixador americano em Havana. "Será muito difícil", afirmou o senador democrata à CNN.

continua após a publicidade

Obama voltou ontem a Washington após duas semanas de férias no Havaí com a família. Sem poder contar com o Congresso, o presidente pretende buscar apoio da população. Na quarta-feira, ele inicia uma viagem de três dias por três Estados: Michigan, Arizona e Tennessee. Em comícios, ele pretende defender os avanços de sua política econômica, destacar sua própria agenda para 2015 e anunciar novos programas sociais.

/ REUTERS, NYT, AP e AFP

O Partido Republicano assumirá amanhã o controle da Câmara dos Deputados e do Senado dos EUA. É a primeira vez que a oposição dominará as duas Casas do Legislativo durante o mandato do presidente Barack Obama. Ontem, os principais líderes republicanos prometeram lutar contra as principais políticas da Casa Branca, incluindo os decretos executivos sobre imigração e a aproximação com Cuba

.

A volta.Obama desembarca em Washington ao lado da mulher, Michelle (E), e de sua filha Malia, após férias no Havaí Foto: Doug Mills/NYT

A primeira medida concreta, no entanto, será a aprovação do oleoduto Keystone, entre Canadá e EUA. A obra de 526 quilômetros custará US$ 5,3 bilhões e levará diariamente 830 mil barris de petróleo canadense para refinarias do Texas. Ambientalistas dizem que o projeto é uma "catástrofe ambiental" que ameaça o aquífero de Ogallala, no Estado de Nebraska. Pressionado, Obama ameaça vetar a construção e contesta o argumento de que o oleoduto criará empregos. "Serão no máximo 2 mil em um período de dois anos", afirma o presidente.

Ontem, o senador republicano Mitch McConnell, que será o líder do partido no Senado, disse que o primeiro item da nova agenda do Congresso será a aprovação da construção do oleoduto. Qualquer veto presidencial pode ser derrubado por uma maioria de dois terços nas duas Casas - e os republicanos acreditam contar com uma fatia de democratas descontentes.

Imigração.

Outra batalha legislativa que começa a partir de amanhã será contra os decretos executivos que evitam a deportação de milhares de imigrantes ilegais. Os republicanos pretendem bloquear qualquer financiamento que permita a execução da nova política de imigração da Casa Branca.

Uma das estratégias da oposição também será descaracterizar o máximo possível a reforma do sistema de saúde, conhecida como Obamacare. Um exemplo, de acordo com o deputado republicano Rodney Davis, será alterar a definição de período integral de trabalho, que passaria de 30 horas, como quer o presidente, para 40 horas.

Obama enfrentará ainda oposição à aproximação com Cuba, anunciada em dezembro. Além de rejeitar o fim do embargo à ilha, o novo Congresso controlado pelos republicanos pretende usar o financiamento do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) como ferramenta para pressionar contra qualquer alteração da relação de Washington com Havana.

Diplomacia.

Em dezembro, os congressistas aprovaram a verba de US$ 1,1 trilhão para manter o governo federal funcionando até setembro. Os republicanos, no entanto, excluíram o DHS da dotação orçamentária. O objetivo da decisão era bloquear fundos para a execução dos decretos de Obama sobre imigração.

O DHS tem dinheiro para funcionar até 27 de fevereiro e os líderes do Partido Republicano pretendem usar a liberação desses recursos como arma para atrapalhar a aproximação de Washington com o regime cubano. O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, o democrata Robert Menendez, reconheceu ontem que o novo Senado, provavelmente, não aprovaria a indicação de um embaixador americano em Havana. "Será muito difícil", afirmou o senador democrata à CNN.

Obama voltou ontem a Washington após duas semanas de férias no Havaí com a família. Sem poder contar com o Congresso, o presidente pretende buscar apoio da população. Na quarta-feira, ele inicia uma viagem de três dias por três Estados: Michigan, Arizona e Tennessee. Em comícios, ele pretende defender os avanços de sua política econômica, destacar sua própria agenda para 2015 e anunciar novos programas sociais.

/ REUTERS, NYT, AP e AFP

O Partido Republicano assumirá amanhã o controle da Câmara dos Deputados e do Senado dos EUA. É a primeira vez que a oposição dominará as duas Casas do Legislativo durante o mandato do presidente Barack Obama. Ontem, os principais líderes republicanos prometeram lutar contra as principais políticas da Casa Branca, incluindo os decretos executivos sobre imigração e a aproximação com Cuba

.

A volta.Obama desembarca em Washington ao lado da mulher, Michelle (E), e de sua filha Malia, após férias no Havaí Foto: Doug Mills/NYT

A primeira medida concreta, no entanto, será a aprovação do oleoduto Keystone, entre Canadá e EUA. A obra de 526 quilômetros custará US$ 5,3 bilhões e levará diariamente 830 mil barris de petróleo canadense para refinarias do Texas. Ambientalistas dizem que o projeto é uma "catástrofe ambiental" que ameaça o aquífero de Ogallala, no Estado de Nebraska. Pressionado, Obama ameaça vetar a construção e contesta o argumento de que o oleoduto criará empregos. "Serão no máximo 2 mil em um período de dois anos", afirma o presidente.

Ontem, o senador republicano Mitch McConnell, que será o líder do partido no Senado, disse que o primeiro item da nova agenda do Congresso será a aprovação da construção do oleoduto. Qualquer veto presidencial pode ser derrubado por uma maioria de dois terços nas duas Casas - e os republicanos acreditam contar com uma fatia de democratas descontentes.

Imigração.

Outra batalha legislativa que começa a partir de amanhã será contra os decretos executivos que evitam a deportação de milhares de imigrantes ilegais. Os republicanos pretendem bloquear qualquer financiamento que permita a execução da nova política de imigração da Casa Branca.

Uma das estratégias da oposição também será descaracterizar o máximo possível a reforma do sistema de saúde, conhecida como Obamacare. Um exemplo, de acordo com o deputado republicano Rodney Davis, será alterar a definição de período integral de trabalho, que passaria de 30 horas, como quer o presidente, para 40 horas.

Obama enfrentará ainda oposição à aproximação com Cuba, anunciada em dezembro. Além de rejeitar o fim do embargo à ilha, o novo Congresso controlado pelos republicanos pretende usar o financiamento do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) como ferramenta para pressionar contra qualquer alteração da relação de Washington com Havana.

Diplomacia.

Em dezembro, os congressistas aprovaram a verba de US$ 1,1 trilhão para manter o governo federal funcionando até setembro. Os republicanos, no entanto, excluíram o DHS da dotação orçamentária. O objetivo da decisão era bloquear fundos para a execução dos decretos de Obama sobre imigração.

O DHS tem dinheiro para funcionar até 27 de fevereiro e os líderes do Partido Republicano pretendem usar a liberação desses recursos como arma para atrapalhar a aproximação de Washington com o regime cubano. O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, o democrata Robert Menendez, reconheceu ontem que o novo Senado, provavelmente, não aprovaria a indicação de um embaixador americano em Havana. "Será muito difícil", afirmou o senador democrata à CNN.

Obama voltou ontem a Washington após duas semanas de férias no Havaí com a família. Sem poder contar com o Congresso, o presidente pretende buscar apoio da população. Na quarta-feira, ele inicia uma viagem de três dias por três Estados: Michigan, Arizona e Tennessee. Em comícios, ele pretende defender os avanços de sua política econômica, destacar sua própria agenda para 2015 e anunciar novos programas sociais.

/ REUTERS, NYT, AP e AFP

O Partido Republicano assumirá amanhã o controle da Câmara dos Deputados e do Senado dos EUA. É a primeira vez que a oposição dominará as duas Casas do Legislativo durante o mandato do presidente Barack Obama. Ontem, os principais líderes republicanos prometeram lutar contra as principais políticas da Casa Branca, incluindo os decretos executivos sobre imigração e a aproximação com Cuba

.

A volta.Obama desembarca em Washington ao lado da mulher, Michelle (E), e de sua filha Malia, após férias no Havaí Foto: Doug Mills/NYT

A primeira medida concreta, no entanto, será a aprovação do oleoduto Keystone, entre Canadá e EUA. A obra de 526 quilômetros custará US$ 5,3 bilhões e levará diariamente 830 mil barris de petróleo canadense para refinarias do Texas. Ambientalistas dizem que o projeto é uma "catástrofe ambiental" que ameaça o aquífero de Ogallala, no Estado de Nebraska. Pressionado, Obama ameaça vetar a construção e contesta o argumento de que o oleoduto criará empregos. "Serão no máximo 2 mil em um período de dois anos", afirma o presidente.

Ontem, o senador republicano Mitch McConnell, que será o líder do partido no Senado, disse que o primeiro item da nova agenda do Congresso será a aprovação da construção do oleoduto. Qualquer veto presidencial pode ser derrubado por uma maioria de dois terços nas duas Casas - e os republicanos acreditam contar com uma fatia de democratas descontentes.

Imigração.

Outra batalha legislativa que começa a partir de amanhã será contra os decretos executivos que evitam a deportação de milhares de imigrantes ilegais. Os republicanos pretendem bloquear qualquer financiamento que permita a execução da nova política de imigração da Casa Branca.

Uma das estratégias da oposição também será descaracterizar o máximo possível a reforma do sistema de saúde, conhecida como Obamacare. Um exemplo, de acordo com o deputado republicano Rodney Davis, será alterar a definição de período integral de trabalho, que passaria de 30 horas, como quer o presidente, para 40 horas.

Obama enfrentará ainda oposição à aproximação com Cuba, anunciada em dezembro. Além de rejeitar o fim do embargo à ilha, o novo Congresso controlado pelos republicanos pretende usar o financiamento do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) como ferramenta para pressionar contra qualquer alteração da relação de Washington com Havana.

Diplomacia.

Em dezembro, os congressistas aprovaram a verba de US$ 1,1 trilhão para manter o governo federal funcionando até setembro. Os republicanos, no entanto, excluíram o DHS da dotação orçamentária. O objetivo da decisão era bloquear fundos para a execução dos decretos de Obama sobre imigração.

O DHS tem dinheiro para funcionar até 27 de fevereiro e os líderes do Partido Republicano pretendem usar a liberação desses recursos como arma para atrapalhar a aproximação de Washington com o regime cubano. O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, o democrata Robert Menendez, reconheceu ontem que o novo Senado, provavelmente, não aprovaria a indicação de um embaixador americano em Havana. "Será muito difícil", afirmou o senador democrata à CNN.

Obama voltou ontem a Washington após duas semanas de férias no Havaí com a família. Sem poder contar com o Congresso, o presidente pretende buscar apoio da população. Na quarta-feira, ele inicia uma viagem de três dias por três Estados: Michigan, Arizona e Tennessee. Em comícios, ele pretende defender os avanços de sua política econômica, destacar sua própria agenda para 2015 e anunciar novos programas sociais.

/ REUTERS, NYT, AP e AFP

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.