Retomada de reduto do EI não é nada perto do que virá depois


A reconstrução de Mossul, onde vivem minorias xiita, curda e cristã, poderá ser muito complicada

Por Tim Arango e Rick Gladstone

A campanha do Exército iraquiano para recapturar a cidade de Mossul do Estado Islâmico deve durar meses. Mas essa retomada será a parte fácil da operação. Com base em exemplos anteriores, a cidade será transformada em escombros e chamas.

Uma vez recapturada, a reconstrução de Mossul poderá ser muito mais complicada, pois é muito maior do que qualquer outra cidade conquistada pelo EI e muito mais diversificada, onde vivem minorias xiita, curda e cristã. Três outras cidades iraquianas importantes que foram recapturadas do EI sofreram níveis variados de devastação. 

Jihadistas do Estado Islâmico queimam pneus para dificultar ataques aéreos contra suas bases em Mossul e imediações Foto: AFP / BULENT KILIC
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Ramadi. Foi capturada pelo EI em maio de 2015 e recapturada pelo Exército iraquiano em dezembro. Capital da Província de Anbar, a cidade é predominantemente sunita, fica a 110 km de Bagdá, e contava com uma população em torno de meio milhão. Embora ocupada pelo EI por apenas seis meses, grande parte dela foi destruída na prolongada campanha militar iraquiana, envolvendo bombardeios americanos e confrontos de rua com os combatentes do grupo que construíram uma rede de túneis subterrâneos e esconderijos. Muitos moradores fugiram, vivendo em campos para deslocados administrados pela ONU. 

Hoje, partes da cidade continuam inabitáveis em razão das bombas remanescentes da guerra, ocultas nos escombros ou colocadas deliberadamente em escolas vazias, casas e hospitais. Segundo o gabinete do primeiro-ministro iraquiano, uma área equivalente a 90% de Ramadi estava contaminada, repleta de explosivos, quando o EI foi derrotado. Segundo a ONU, os custos da descontaminação chegará a US$ 200 milhões e os de reconstrução são estimados em bilhões.

Lise Grande, coordenadora da ajuda humanitária das Nações Unidas no Iraque, disse que 300 mil pessoas retornaram a Ramadi, mas os serviços essenciais não foram totalmente restaurados. 

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Tikrit. Foi capturada pelo EI em junho de 2014 e recapturada pelo Exército em abril de 2015. Cidade natal de Saddam Hussein, Tikrit fica a 160 km de Bagdá e foi o maior teste da capacidade do governo xiita de povoar novamente áreas sunitas tomadas do Estado Islâmico. Os esforços tiveram relativo sucesso: a maioria dos 150 mil moradores que fugiram retornou à cidade em alguns meses. Segundo Lise, o premiê Haider al-Abadi conduziu uma operação bem organizada em Tikrit, o que não se repetiu em outros lugares.

Fallujah. Foi capturada pelo Estado Islâmico em janeiro de 2014 e retomada pelo Exército em junho. Cidade dominada por sunitas, está a menos de 60 km de Bagdá. Foi a primeira a cair em mãos do EI e tornou-se uma importante incubadora do extremismo sunita. 

Os esforços iraquianos para recapturar Fallujah foram menos devastadores do que se verificou em Ramadi. Mesmo assim, semanas de bombardeios indiscriminados e os ferozes combates nas semanas finais deixaram áreas da cidade em escombros. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO SÃO JORNALISTAS

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Iraque inicia ofensiva para recuperar Mossul do Estado Islâmico

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Iraque inicia ofensiva para recuperar Mossul do Estado Islâmico

Foto: Bryan Denton/The New York Times
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Iraque inicia ofensiva para recuperar Mossul do Estado Islâmico

Foto: Bryan Denton/The New York Times
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Iraque inicia ofensiva para recuperar Mossul do Estado Islâmico

Foto: AFP PHOTO / AHMAD AL-RUBAYE
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Iraque inicia ofensiva para recuperar Mossul do Estado Islâmico

Foto: Bryan Denton/The New York Times
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Foto: Bryan Denton/The New York Times
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Iraque inicia ofensiva para recuperar Mossul do Estado Islâmico

Foto: ECPAD via AP
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Batalha de Mossul

Foto: REUTERS/Alaa Al-Marjani
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Retomada de Mossul

Foto: REUTERS/Ahmed Jadallah
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Retomada de Mossul

Foto: REUTERS/Zohra Bensemra
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Retomada de Mossul

Foto: Bulent Kilic/ AFP
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Retomada de Mossul

Foto: REUTERS/Alaa Al-Marjani

A campanha do Exército iraquiano para recapturar a cidade de Mossul do Estado Islâmico deve durar meses. Mas essa retomada será a parte fácil da operação. Com base em exemplos anteriores, a cidade será transformada em escombros e chamas.

Uma vez recapturada, a reconstrução de Mossul poderá ser muito mais complicada, pois é muito maior do que qualquer outra cidade conquistada pelo EI e muito mais diversificada, onde vivem minorias xiita, curda e cristã. Três outras cidades iraquianas importantes que foram recapturadas do EI sofreram níveis variados de devastação. 

Jihadistas do Estado Islâmico queimam pneus para dificultar ataques aéreos contra suas bases em Mossul e imediações Foto: AFP / BULENT KILIC

Ramadi. Foi capturada pelo EI em maio de 2015 e recapturada pelo Exército iraquiano em dezembro. Capital da Província de Anbar, a cidade é predominantemente sunita, fica a 110 km de Bagdá, e contava com uma população em torno de meio milhão. Embora ocupada pelo EI por apenas seis meses, grande parte dela foi destruída na prolongada campanha militar iraquiana, envolvendo bombardeios americanos e confrontos de rua com os combatentes do grupo que construíram uma rede de túneis subterrâneos e esconderijos. Muitos moradores fugiram, vivendo em campos para deslocados administrados pela ONU. 

Hoje, partes da cidade continuam inabitáveis em razão das bombas remanescentes da guerra, ocultas nos escombros ou colocadas deliberadamente em escolas vazias, casas e hospitais. Segundo o gabinete do primeiro-ministro iraquiano, uma área equivalente a 90% de Ramadi estava contaminada, repleta de explosivos, quando o EI foi derrotado. Segundo a ONU, os custos da descontaminação chegará a US$ 200 milhões e os de reconstrução são estimados em bilhões.

Lise Grande, coordenadora da ajuda humanitária das Nações Unidas no Iraque, disse que 300 mil pessoas retornaram a Ramadi, mas os serviços essenciais não foram totalmente restaurados. 

Tikrit. Foi capturada pelo EI em junho de 2014 e recapturada pelo Exército em abril de 2015. Cidade natal de Saddam Hussein, Tikrit fica a 160 km de Bagdá e foi o maior teste da capacidade do governo xiita de povoar novamente áreas sunitas tomadas do Estado Islâmico. Os esforços tiveram relativo sucesso: a maioria dos 150 mil moradores que fugiram retornou à cidade em alguns meses. Segundo Lise, o premiê Haider al-Abadi conduziu uma operação bem organizada em Tikrit, o que não se repetiu em outros lugares.

Fallujah. Foi capturada pelo Estado Islâmico em janeiro de 2014 e retomada pelo Exército em junho. Cidade dominada por sunitas, está a menos de 60 km de Bagdá. Foi a primeira a cair em mãos do EI e tornou-se uma importante incubadora do extremismo sunita. 

Os esforços iraquianos para recapturar Fallujah foram menos devastadores do que se verificou em Ramadi. Mesmo assim, semanas de bombardeios indiscriminados e os ferozes combates nas semanas finais deixaram áreas da cidade em escombros. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO SÃO JORNALISTAS

Iraque inicia ofensiva para recuperar Mossul do Estado Islâmico

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Foto: Bryan Denton/The New York Times
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Foto: Bryan Denton/The New York Times
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Foto: AFP PHOTO / AHMAD AL-RUBAYE
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Foto: Bryan Denton/The New York Times
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Foto: ECPAD via AP
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Batalha de Mossul

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Retomada de Mossul

Foto: REUTERS/Ahmed Jadallah
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Retomada de Mossul

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Retomada de Mossul

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Retomada de Mossul

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A campanha do Exército iraquiano para recapturar a cidade de Mossul do Estado Islâmico deve durar meses. Mas essa retomada será a parte fácil da operação. Com base em exemplos anteriores, a cidade será transformada em escombros e chamas.

Uma vez recapturada, a reconstrução de Mossul poderá ser muito mais complicada, pois é muito maior do que qualquer outra cidade conquistada pelo EI e muito mais diversificada, onde vivem minorias xiita, curda e cristã. Três outras cidades iraquianas importantes que foram recapturadas do EI sofreram níveis variados de devastação. 

Jihadistas do Estado Islâmico queimam pneus para dificultar ataques aéreos contra suas bases em Mossul e imediações Foto: AFP / BULENT KILIC

Ramadi. Foi capturada pelo EI em maio de 2015 e recapturada pelo Exército iraquiano em dezembro. Capital da Província de Anbar, a cidade é predominantemente sunita, fica a 110 km de Bagdá, e contava com uma população em torno de meio milhão. Embora ocupada pelo EI por apenas seis meses, grande parte dela foi destruída na prolongada campanha militar iraquiana, envolvendo bombardeios americanos e confrontos de rua com os combatentes do grupo que construíram uma rede de túneis subterrâneos e esconderijos. Muitos moradores fugiram, vivendo em campos para deslocados administrados pela ONU. 

Hoje, partes da cidade continuam inabitáveis em razão das bombas remanescentes da guerra, ocultas nos escombros ou colocadas deliberadamente em escolas vazias, casas e hospitais. Segundo o gabinete do primeiro-ministro iraquiano, uma área equivalente a 90% de Ramadi estava contaminada, repleta de explosivos, quando o EI foi derrotado. Segundo a ONU, os custos da descontaminação chegará a US$ 200 milhões e os de reconstrução são estimados em bilhões.

Lise Grande, coordenadora da ajuda humanitária das Nações Unidas no Iraque, disse que 300 mil pessoas retornaram a Ramadi, mas os serviços essenciais não foram totalmente restaurados. 

Tikrit. Foi capturada pelo EI em junho de 2014 e recapturada pelo Exército em abril de 2015. Cidade natal de Saddam Hussein, Tikrit fica a 160 km de Bagdá e foi o maior teste da capacidade do governo xiita de povoar novamente áreas sunitas tomadas do Estado Islâmico. Os esforços tiveram relativo sucesso: a maioria dos 150 mil moradores que fugiram retornou à cidade em alguns meses. Segundo Lise, o premiê Haider al-Abadi conduziu uma operação bem organizada em Tikrit, o que não se repetiu em outros lugares.

Fallujah. Foi capturada pelo Estado Islâmico em janeiro de 2014 e retomada pelo Exército em junho. Cidade dominada por sunitas, está a menos de 60 km de Bagdá. Foi a primeira a cair em mãos do EI e tornou-se uma importante incubadora do extremismo sunita. 

Os esforços iraquianos para recapturar Fallujah foram menos devastadores do que se verificou em Ramadi. Mesmo assim, semanas de bombardeios indiscriminados e os ferozes combates nas semanas finais deixaram áreas da cidade em escombros. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO SÃO JORNALISTAS

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Retomada de Mossul

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A campanha do Exército iraquiano para recapturar a cidade de Mossul do Estado Islâmico deve durar meses. Mas essa retomada será a parte fácil da operação. Com base em exemplos anteriores, a cidade será transformada em escombros e chamas.

Uma vez recapturada, a reconstrução de Mossul poderá ser muito mais complicada, pois é muito maior do que qualquer outra cidade conquistada pelo EI e muito mais diversificada, onde vivem minorias xiita, curda e cristã. Três outras cidades iraquianas importantes que foram recapturadas do EI sofreram níveis variados de devastação. 

Jihadistas do Estado Islâmico queimam pneus para dificultar ataques aéreos contra suas bases em Mossul e imediações Foto: AFP / BULENT KILIC

Ramadi. Foi capturada pelo EI em maio de 2015 e recapturada pelo Exército iraquiano em dezembro. Capital da Província de Anbar, a cidade é predominantemente sunita, fica a 110 km de Bagdá, e contava com uma população em torno de meio milhão. Embora ocupada pelo EI por apenas seis meses, grande parte dela foi destruída na prolongada campanha militar iraquiana, envolvendo bombardeios americanos e confrontos de rua com os combatentes do grupo que construíram uma rede de túneis subterrâneos e esconderijos. Muitos moradores fugiram, vivendo em campos para deslocados administrados pela ONU. 

Hoje, partes da cidade continuam inabitáveis em razão das bombas remanescentes da guerra, ocultas nos escombros ou colocadas deliberadamente em escolas vazias, casas e hospitais. Segundo o gabinete do primeiro-ministro iraquiano, uma área equivalente a 90% de Ramadi estava contaminada, repleta de explosivos, quando o EI foi derrotado. Segundo a ONU, os custos da descontaminação chegará a US$ 200 milhões e os de reconstrução são estimados em bilhões.

Lise Grande, coordenadora da ajuda humanitária das Nações Unidas no Iraque, disse que 300 mil pessoas retornaram a Ramadi, mas os serviços essenciais não foram totalmente restaurados. 

Tikrit. Foi capturada pelo EI em junho de 2014 e recapturada pelo Exército em abril de 2015. Cidade natal de Saddam Hussein, Tikrit fica a 160 km de Bagdá e foi o maior teste da capacidade do governo xiita de povoar novamente áreas sunitas tomadas do Estado Islâmico. Os esforços tiveram relativo sucesso: a maioria dos 150 mil moradores que fugiram retornou à cidade em alguns meses. Segundo Lise, o premiê Haider al-Abadi conduziu uma operação bem organizada em Tikrit, o que não se repetiu em outros lugares.

Fallujah. Foi capturada pelo Estado Islâmico em janeiro de 2014 e retomada pelo Exército em junho. Cidade dominada por sunitas, está a menos de 60 km de Bagdá. Foi a primeira a cair em mãos do EI e tornou-se uma importante incubadora do extremismo sunita. 

Os esforços iraquianos para recapturar Fallujah foram menos devastadores do que se verificou em Ramadi. Mesmo assim, semanas de bombardeios indiscriminados e os ferozes combates nas semanas finais deixaram áreas da cidade em escombros. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO SÃO JORNALISTAS

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