Rohani diz que Irã violará sanções impostas pelos EUA e seguirá com venda de petróleo


Presidente iraniano diz que está ‘em uma situação de guerra econômica e enfrentando uma tentativa de intimidação’

Por Redação
Atualização:

DUBAI - O Irã seguirá com a venda de petróleo, violando as sanções impostas novamente pelos Estados Unidos contra os setores bancário e de energia do país, afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani, nesta segunda-feira, 5.

"Anuncio que vamos contornar com orgulho suas sanções ilegais e injustas, uma vez que elas são contrárias ao direito internacional", disse Rohani Foto: Iranian Presidency Office / AP

“Os EUA queriam cortar a zero as vendas de petróleo do Irã, mas nós continuaremos a vender o nosso petróleo para violar as sanções”, disse Rohani a economistas durante uma reunião transmitida ao vivo pela televisão estatal.

continua após a publicidade

O mandatário iraniano prometeu também “contornar com orgulho” as novas sanções. "Anuncio que vamos contornar com orgulho suas sanções ilegais e injustas, uma vez que elas são contrárias ao direito internacional."

Washington afirmou na sexta-feira que permitirá temporariamente que oito importadores continuem a comprar petróleo iraniano quando as sanções - que têm como objetivo forçar Teerã a encerrar suas atividades nucleares e de mísseis - forem impostas novamente nesta segunda.

Acredita-se que China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Turquia- todos importantes importadores do petróleo iraniano - estarão entre os oito países que receberão as isenções temporárias para garantir que os preços do petróleo não sejam desestabilizados.

continua após a publicidade

Seu navegador não suporta esse video.

Milhares de iranianos se manifestaram neste domingo para comemorar a tomada da embaixada dos Estados Unidos durante a Revolução Islâmica de 1979. A celebração ocorreu num contexto de fortes tensões com Washington, na véspera do restabelecimento de uma nova rodada de sanções econômicas contra Teerã.

A retomada das sanções faz parte de esforços do presidente americano, Donald Trump, para forçar o Irã a encerrar seus programas nucleares e de mísseis, assim como seu apoio às forças no Iêmen, Síria, Líbano e em outras partes do Oriente Médio.

Guerra econômica

continua após a publicidade

"Estamos em uma situação de guerra econômica e enfrentando uma tentativa de intimidação, e não acho que na história americana tenha havido alguém na Casa Branca a ponto de contrariar as leis e convenções internacionais", disse Rohani.

Adotando uma política hostil em relação ao Irã desde que assumiu o cargo em janeiro de 2017, Trump, para quem o acordo nuclear é uma aberração, restabeleceu em agosto uma primeira série de sanções econômicas contra Teerã.

Elas funcionam como uma chantagem contra países que negociam atualmente com o Irã: empresas asiáticas ou europeias serão banidas do mercado americano se continuarem a importar petróleo iraniano, ou realizar operações com bancos iranianos. Muitos já escolheram ou vão escolher os EUA.

continua após a publicidade

Oito países, no entanto, irão se beneficiar de uma isenção para o petróleo, incluindo a Turquia e, possivelmente, a China e a Índia. A lista será anunciada nesta segunda.

Este regime de isenção é semelhante ao que os EUA praticaram de 2012 a 2015, antes do acordo nuclear do Irã negociado sob Barack Obama. Na época, China, Índia, Turquia, Coreia do Sul, Japão e Taiwan foram poupados das sanções americanas, uma vez que estavam gradualmente reduzindo suas importações de petróleo iraniano. Anos depois, a administração Trump assumiu o mesmo argumento. "Há um grupo de países que já reduziu significativamente suas importações de petróleo e que precisa de um pouco mais de tempo para chegar a zero, e nós daremos esse tempo", disse o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, em entrevista no domingo ao canal Fox.

'Desconectar o Irã'

continua após a publicidade

Sobre as sanções financeiras, mais de 600 indivíduos e entidades no Irã serão colocados em uma lista de alvos das sanções, um número superior ao estabelecido após a conclusão do acordo de 2015.

Seu navegador não suporta esse video.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos estariam se "prejudicando" se adotassem sanções contra a Arábia Saudita. Já o secretário de Estados Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos irão revogar os vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado de Riad em Istambul.

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, explicou na semana passada que os EUA querem desconectar o Irã do sistema bancário internacional Swift, a espinha dorsal do sistema financeiro global, como foi o caso de 2012 a 2016.

continua após a publicidade

A economia iraniana já sofria muitos males antes da ofensiva de Trump. As exportações de petróleo, que respondem por 40% das receitas do Estado iraniano, segundo o Banco Mundial, caíram 2,5 milhões de barris por dia para 1,6 milhão de barris em setembro.

Para continuar a vender seu petróleo bruto, os petroleiros iranianos estão há algumas semanas desligando seus transponders para não serem vistos, mas os satélites os rastreiam.

O maior mercado para o petróleo iraniano é a China, seguido pela União Europeia, Índia e Turquia. O Japão e a Coreia do Sul praticamente reduziram suas importações a zero.

Apesar da animosidade, Trump reitera que está disposto a se reunir com os líderes iranianos para negociar um acordo global com base em 12 condições: restrições muito mais firmes e duradouras sobre o nuclear, mas também o fim da proliferação de mísseis e atividades consideradas "desestabilizadoras" de Teerã no Oriente Médio.

"Continuamos prontos para chegar a um novo acordo mais abrangente com o Irã", disse Trump na sexta-feira. Mas os iranianos já disseram que rejeitam um diálogo com Washington. "Não haverá negociações com os EUA", afirmou o aiatolá Khamenei em agosto. / REUTERS e AFP

DUBAI - O Irã seguirá com a venda de petróleo, violando as sanções impostas novamente pelos Estados Unidos contra os setores bancário e de energia do país, afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani, nesta segunda-feira, 5.

"Anuncio que vamos contornar com orgulho suas sanções ilegais e injustas, uma vez que elas são contrárias ao direito internacional", disse Rohani Foto: Iranian Presidency Office / AP

“Os EUA queriam cortar a zero as vendas de petróleo do Irã, mas nós continuaremos a vender o nosso petróleo para violar as sanções”, disse Rohani a economistas durante uma reunião transmitida ao vivo pela televisão estatal.

O mandatário iraniano prometeu também “contornar com orgulho” as novas sanções. "Anuncio que vamos contornar com orgulho suas sanções ilegais e injustas, uma vez que elas são contrárias ao direito internacional."

Washington afirmou na sexta-feira que permitirá temporariamente que oito importadores continuem a comprar petróleo iraniano quando as sanções - que têm como objetivo forçar Teerã a encerrar suas atividades nucleares e de mísseis - forem impostas novamente nesta segunda.

Acredita-se que China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Turquia- todos importantes importadores do petróleo iraniano - estarão entre os oito países que receberão as isenções temporárias para garantir que os preços do petróleo não sejam desestabilizados.

Seu navegador não suporta esse video.

Milhares de iranianos se manifestaram neste domingo para comemorar a tomada da embaixada dos Estados Unidos durante a Revolução Islâmica de 1979. A celebração ocorreu num contexto de fortes tensões com Washington, na véspera do restabelecimento de uma nova rodada de sanções econômicas contra Teerã.

A retomada das sanções faz parte de esforços do presidente americano, Donald Trump, para forçar o Irã a encerrar seus programas nucleares e de mísseis, assim como seu apoio às forças no Iêmen, Síria, Líbano e em outras partes do Oriente Médio.

Guerra econômica

"Estamos em uma situação de guerra econômica e enfrentando uma tentativa de intimidação, e não acho que na história americana tenha havido alguém na Casa Branca a ponto de contrariar as leis e convenções internacionais", disse Rohani.

Adotando uma política hostil em relação ao Irã desde que assumiu o cargo em janeiro de 2017, Trump, para quem o acordo nuclear é uma aberração, restabeleceu em agosto uma primeira série de sanções econômicas contra Teerã.

Elas funcionam como uma chantagem contra países que negociam atualmente com o Irã: empresas asiáticas ou europeias serão banidas do mercado americano se continuarem a importar petróleo iraniano, ou realizar operações com bancos iranianos. Muitos já escolheram ou vão escolher os EUA.

Oito países, no entanto, irão se beneficiar de uma isenção para o petróleo, incluindo a Turquia e, possivelmente, a China e a Índia. A lista será anunciada nesta segunda.

Este regime de isenção é semelhante ao que os EUA praticaram de 2012 a 2015, antes do acordo nuclear do Irã negociado sob Barack Obama. Na época, China, Índia, Turquia, Coreia do Sul, Japão e Taiwan foram poupados das sanções americanas, uma vez que estavam gradualmente reduzindo suas importações de petróleo iraniano. Anos depois, a administração Trump assumiu o mesmo argumento. "Há um grupo de países que já reduziu significativamente suas importações de petróleo e que precisa de um pouco mais de tempo para chegar a zero, e nós daremos esse tempo", disse o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, em entrevista no domingo ao canal Fox.

'Desconectar o Irã'

Sobre as sanções financeiras, mais de 600 indivíduos e entidades no Irã serão colocados em uma lista de alvos das sanções, um número superior ao estabelecido após a conclusão do acordo de 2015.

Seu navegador não suporta esse video.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos estariam se "prejudicando" se adotassem sanções contra a Arábia Saudita. Já o secretário de Estados Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos irão revogar os vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado de Riad em Istambul.

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, explicou na semana passada que os EUA querem desconectar o Irã do sistema bancário internacional Swift, a espinha dorsal do sistema financeiro global, como foi o caso de 2012 a 2016.

A economia iraniana já sofria muitos males antes da ofensiva de Trump. As exportações de petróleo, que respondem por 40% das receitas do Estado iraniano, segundo o Banco Mundial, caíram 2,5 milhões de barris por dia para 1,6 milhão de barris em setembro.

Para continuar a vender seu petróleo bruto, os petroleiros iranianos estão há algumas semanas desligando seus transponders para não serem vistos, mas os satélites os rastreiam.

O maior mercado para o petróleo iraniano é a China, seguido pela União Europeia, Índia e Turquia. O Japão e a Coreia do Sul praticamente reduziram suas importações a zero.

Apesar da animosidade, Trump reitera que está disposto a se reunir com os líderes iranianos para negociar um acordo global com base em 12 condições: restrições muito mais firmes e duradouras sobre o nuclear, mas também o fim da proliferação de mísseis e atividades consideradas "desestabilizadoras" de Teerã no Oriente Médio.

"Continuamos prontos para chegar a um novo acordo mais abrangente com o Irã", disse Trump na sexta-feira. Mas os iranianos já disseram que rejeitam um diálogo com Washington. "Não haverá negociações com os EUA", afirmou o aiatolá Khamenei em agosto. / REUTERS e AFP

DUBAI - O Irã seguirá com a venda de petróleo, violando as sanções impostas novamente pelos Estados Unidos contra os setores bancário e de energia do país, afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani, nesta segunda-feira, 5.

"Anuncio que vamos contornar com orgulho suas sanções ilegais e injustas, uma vez que elas são contrárias ao direito internacional", disse Rohani Foto: Iranian Presidency Office / AP

“Os EUA queriam cortar a zero as vendas de petróleo do Irã, mas nós continuaremos a vender o nosso petróleo para violar as sanções”, disse Rohani a economistas durante uma reunião transmitida ao vivo pela televisão estatal.

O mandatário iraniano prometeu também “contornar com orgulho” as novas sanções. "Anuncio que vamos contornar com orgulho suas sanções ilegais e injustas, uma vez que elas são contrárias ao direito internacional."

Washington afirmou na sexta-feira que permitirá temporariamente que oito importadores continuem a comprar petróleo iraniano quando as sanções - que têm como objetivo forçar Teerã a encerrar suas atividades nucleares e de mísseis - forem impostas novamente nesta segunda.

Acredita-se que China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Turquia- todos importantes importadores do petróleo iraniano - estarão entre os oito países que receberão as isenções temporárias para garantir que os preços do petróleo não sejam desestabilizados.

Seu navegador não suporta esse video.

Milhares de iranianos se manifestaram neste domingo para comemorar a tomada da embaixada dos Estados Unidos durante a Revolução Islâmica de 1979. A celebração ocorreu num contexto de fortes tensões com Washington, na véspera do restabelecimento de uma nova rodada de sanções econômicas contra Teerã.

A retomada das sanções faz parte de esforços do presidente americano, Donald Trump, para forçar o Irã a encerrar seus programas nucleares e de mísseis, assim como seu apoio às forças no Iêmen, Síria, Líbano e em outras partes do Oriente Médio.

Guerra econômica

"Estamos em uma situação de guerra econômica e enfrentando uma tentativa de intimidação, e não acho que na história americana tenha havido alguém na Casa Branca a ponto de contrariar as leis e convenções internacionais", disse Rohani.

Adotando uma política hostil em relação ao Irã desde que assumiu o cargo em janeiro de 2017, Trump, para quem o acordo nuclear é uma aberração, restabeleceu em agosto uma primeira série de sanções econômicas contra Teerã.

Elas funcionam como uma chantagem contra países que negociam atualmente com o Irã: empresas asiáticas ou europeias serão banidas do mercado americano se continuarem a importar petróleo iraniano, ou realizar operações com bancos iranianos. Muitos já escolheram ou vão escolher os EUA.

Oito países, no entanto, irão se beneficiar de uma isenção para o petróleo, incluindo a Turquia e, possivelmente, a China e a Índia. A lista será anunciada nesta segunda.

Este regime de isenção é semelhante ao que os EUA praticaram de 2012 a 2015, antes do acordo nuclear do Irã negociado sob Barack Obama. Na época, China, Índia, Turquia, Coreia do Sul, Japão e Taiwan foram poupados das sanções americanas, uma vez que estavam gradualmente reduzindo suas importações de petróleo iraniano. Anos depois, a administração Trump assumiu o mesmo argumento. "Há um grupo de países que já reduziu significativamente suas importações de petróleo e que precisa de um pouco mais de tempo para chegar a zero, e nós daremos esse tempo", disse o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, em entrevista no domingo ao canal Fox.

'Desconectar o Irã'

Sobre as sanções financeiras, mais de 600 indivíduos e entidades no Irã serão colocados em uma lista de alvos das sanções, um número superior ao estabelecido após a conclusão do acordo de 2015.

Seu navegador não suporta esse video.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos estariam se "prejudicando" se adotassem sanções contra a Arábia Saudita. Já o secretário de Estados Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos irão revogar os vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado de Riad em Istambul.

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, explicou na semana passada que os EUA querem desconectar o Irã do sistema bancário internacional Swift, a espinha dorsal do sistema financeiro global, como foi o caso de 2012 a 2016.

A economia iraniana já sofria muitos males antes da ofensiva de Trump. As exportações de petróleo, que respondem por 40% das receitas do Estado iraniano, segundo o Banco Mundial, caíram 2,5 milhões de barris por dia para 1,6 milhão de barris em setembro.

Para continuar a vender seu petróleo bruto, os petroleiros iranianos estão há algumas semanas desligando seus transponders para não serem vistos, mas os satélites os rastreiam.

O maior mercado para o petróleo iraniano é a China, seguido pela União Europeia, Índia e Turquia. O Japão e a Coreia do Sul praticamente reduziram suas importações a zero.

Apesar da animosidade, Trump reitera que está disposto a se reunir com os líderes iranianos para negociar um acordo global com base em 12 condições: restrições muito mais firmes e duradouras sobre o nuclear, mas também o fim da proliferação de mísseis e atividades consideradas "desestabilizadoras" de Teerã no Oriente Médio.

"Continuamos prontos para chegar a um novo acordo mais abrangente com o Irã", disse Trump na sexta-feira. Mas os iranianos já disseram que rejeitam um diálogo com Washington. "Não haverá negociações com os EUA", afirmou o aiatolá Khamenei em agosto. / REUTERS e AFP

DUBAI - O Irã seguirá com a venda de petróleo, violando as sanções impostas novamente pelos Estados Unidos contra os setores bancário e de energia do país, afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani, nesta segunda-feira, 5.

"Anuncio que vamos contornar com orgulho suas sanções ilegais e injustas, uma vez que elas são contrárias ao direito internacional", disse Rohani Foto: Iranian Presidency Office / AP

“Os EUA queriam cortar a zero as vendas de petróleo do Irã, mas nós continuaremos a vender o nosso petróleo para violar as sanções”, disse Rohani a economistas durante uma reunião transmitida ao vivo pela televisão estatal.

O mandatário iraniano prometeu também “contornar com orgulho” as novas sanções. "Anuncio que vamos contornar com orgulho suas sanções ilegais e injustas, uma vez que elas são contrárias ao direito internacional."

Washington afirmou na sexta-feira que permitirá temporariamente que oito importadores continuem a comprar petróleo iraniano quando as sanções - que têm como objetivo forçar Teerã a encerrar suas atividades nucleares e de mísseis - forem impostas novamente nesta segunda.

Acredita-se que China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Turquia- todos importantes importadores do petróleo iraniano - estarão entre os oito países que receberão as isenções temporárias para garantir que os preços do petróleo não sejam desestabilizados.

Seu navegador não suporta esse video.

Milhares de iranianos se manifestaram neste domingo para comemorar a tomada da embaixada dos Estados Unidos durante a Revolução Islâmica de 1979. A celebração ocorreu num contexto de fortes tensões com Washington, na véspera do restabelecimento de uma nova rodada de sanções econômicas contra Teerã.

A retomada das sanções faz parte de esforços do presidente americano, Donald Trump, para forçar o Irã a encerrar seus programas nucleares e de mísseis, assim como seu apoio às forças no Iêmen, Síria, Líbano e em outras partes do Oriente Médio.

Guerra econômica

"Estamos em uma situação de guerra econômica e enfrentando uma tentativa de intimidação, e não acho que na história americana tenha havido alguém na Casa Branca a ponto de contrariar as leis e convenções internacionais", disse Rohani.

Adotando uma política hostil em relação ao Irã desde que assumiu o cargo em janeiro de 2017, Trump, para quem o acordo nuclear é uma aberração, restabeleceu em agosto uma primeira série de sanções econômicas contra Teerã.

Elas funcionam como uma chantagem contra países que negociam atualmente com o Irã: empresas asiáticas ou europeias serão banidas do mercado americano se continuarem a importar petróleo iraniano, ou realizar operações com bancos iranianos. Muitos já escolheram ou vão escolher os EUA.

Oito países, no entanto, irão se beneficiar de uma isenção para o petróleo, incluindo a Turquia e, possivelmente, a China e a Índia. A lista será anunciada nesta segunda.

Este regime de isenção é semelhante ao que os EUA praticaram de 2012 a 2015, antes do acordo nuclear do Irã negociado sob Barack Obama. Na época, China, Índia, Turquia, Coreia do Sul, Japão e Taiwan foram poupados das sanções americanas, uma vez que estavam gradualmente reduzindo suas importações de petróleo iraniano. Anos depois, a administração Trump assumiu o mesmo argumento. "Há um grupo de países que já reduziu significativamente suas importações de petróleo e que precisa de um pouco mais de tempo para chegar a zero, e nós daremos esse tempo", disse o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, em entrevista no domingo ao canal Fox.

'Desconectar o Irã'

Sobre as sanções financeiras, mais de 600 indivíduos e entidades no Irã serão colocados em uma lista de alvos das sanções, um número superior ao estabelecido após a conclusão do acordo de 2015.

Seu navegador não suporta esse video.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos estariam se "prejudicando" se adotassem sanções contra a Arábia Saudita. Já o secretário de Estados Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos irão revogar os vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado de Riad em Istambul.

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, explicou na semana passada que os EUA querem desconectar o Irã do sistema bancário internacional Swift, a espinha dorsal do sistema financeiro global, como foi o caso de 2012 a 2016.

A economia iraniana já sofria muitos males antes da ofensiva de Trump. As exportações de petróleo, que respondem por 40% das receitas do Estado iraniano, segundo o Banco Mundial, caíram 2,5 milhões de barris por dia para 1,6 milhão de barris em setembro.

Para continuar a vender seu petróleo bruto, os petroleiros iranianos estão há algumas semanas desligando seus transponders para não serem vistos, mas os satélites os rastreiam.

O maior mercado para o petróleo iraniano é a China, seguido pela União Europeia, Índia e Turquia. O Japão e a Coreia do Sul praticamente reduziram suas importações a zero.

Apesar da animosidade, Trump reitera que está disposto a se reunir com os líderes iranianos para negociar um acordo global com base em 12 condições: restrições muito mais firmes e duradouras sobre o nuclear, mas também o fim da proliferação de mísseis e atividades consideradas "desestabilizadoras" de Teerã no Oriente Médio.

"Continuamos prontos para chegar a um novo acordo mais abrangente com o Irã", disse Trump na sexta-feira. Mas os iranianos já disseram que rejeitam um diálogo com Washington. "Não haverá negociações com os EUA", afirmou o aiatolá Khamenei em agosto. / REUTERS e AFP

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.