Rússia e países africanos criticam França por dar armas a rebeldes líbios


França afirma ter usado aviões para lançar armamentos aos insurgentes que combatem forças de Kadafi

Por BBC Brasil

Representantes de países africanos se reúnem na capital da Guiné Equatorial, Malabo

 

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A Rússia e a União Africana criticaram nesta quinta-feira, 30, a decisão da França de entregar 40 toneladas de armas diretamente aos rebeldes líbios que combatem as forças leais ao regime do coronel Muamar Kadafi no país.

 

Veja também:França admite ter lançado 40 toneladas de armas O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, afirmou que, caso a informação sobre a entrega de armas seja verdadeira, isto seria uma violação da resolução 1970 do Conselho de Segurança da ONU, que impôs um embargo de venda de armas à Líbia. Já o bloco de países africanos afirmou que a entrega de armas aos insurgentes traz riscos de criar na Líbia uma situação semelhante à da Somália, país devastado por uma guerra civil. "O risco de guerra civil, o risco da partilha do país, o risco da 'somalização' do país, o risco de ter armas em todo o lugar (...) com o terrorismo. Estes riscos preocupam os países vizinhos", disse à BBC o presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping. Por via aérea As forças armadas francesas afirmam ter largado, no início do mês, por meio de aviões, armas para combatentes tribais nas montanhas a sudoeste da capital libia, Trípoli. Lavrov afirma que a Rússia pediu formalmente informações à França sobre a decisão, para checar se ela "corresponde com a realidade". Moscou se absteve de votar na resolução 1973 do Conselho de Segurança, em março, que autorizou bombardeios em território líbio com a justificativa de "proteger civis". Tanto a Rússia quanto a China criticaram recentemente as operações internacionais na Líbia, comandadas pela Otan, afirmando que elas estão extrapolando a resolução 1973. No entanto, autoridades americanas e britânicas afirmam que a resolução pode autorizar o suprimento de armas para os insurgentes líbios que tentam derrubar Kadafi do poder. Defesa de civis Autoridades francesas alegam que a entrega de armas aos rebeldes tinha o objetivo de proteger os civis ameaçados pelas forças pró-Kadafi. O embaixador da França na ONU afirmou que o armamento deixado com os insurgentes era formado apenas de "armas para defesa própria". Já o porta-voz das forças armadas francesas, Thierry Burkhard, disse que, em certas zonas da Líbia, a situação de segurança parecia "extremamente tensa para a população indefesa". Ele afirmou que o suprimento entregue aos insurgentes se limitou a armas leves e munição, o que inclui lança-foguetes e metralhadoras. No entanto, ele negou informação do jornal Le Figaro que mísseis antitanque tenham sido largados de aviões para os rebeldes. Relatos da mídia francesa afirmam, no entanto, que, além destes armamentos, veículos blindados leves também teriam sido entregues pela França aos insurgentes. Os franceses não informaram seus aliados a respeito da medida.

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A Rússia e a União Africana criticaram nesta quinta-feira, 30, a decisão da França de entregar 40 toneladas de armas diretamente aos rebeldes líbios que combatem as forças leais ao regime do coronel Muamar Kadafi no país.

 

Veja também:França admite ter lançado 40 toneladas de armas O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, afirmou que, caso a informação sobre a entrega de armas seja verdadeira, isto seria uma violação da resolução 1970 do Conselho de Segurança da ONU, que impôs um embargo de venda de armas à Líbia. Já o bloco de países africanos afirmou que a entrega de armas aos insurgentes traz riscos de criar na Líbia uma situação semelhante à da Somália, país devastado por uma guerra civil. "O risco de guerra civil, o risco da partilha do país, o risco da 'somalização' do país, o risco de ter armas em todo o lugar (...) com o terrorismo. Estes riscos preocupam os países vizinhos", disse à BBC o presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping. Por via aérea As forças armadas francesas afirmam ter largado, no início do mês, por meio de aviões, armas para combatentes tribais nas montanhas a sudoeste da capital libia, Trípoli. Lavrov afirma que a Rússia pediu formalmente informações à França sobre a decisão, para checar se ela "corresponde com a realidade". Moscou se absteve de votar na resolução 1973 do Conselho de Segurança, em março, que autorizou bombardeios em território líbio com a justificativa de "proteger civis". Tanto a Rússia quanto a China criticaram recentemente as operações internacionais na Líbia, comandadas pela Otan, afirmando que elas estão extrapolando a resolução 1973. No entanto, autoridades americanas e britânicas afirmam que a resolução pode autorizar o suprimento de armas para os insurgentes líbios que tentam derrubar Kadafi do poder. Defesa de civis Autoridades francesas alegam que a entrega de armas aos rebeldes tinha o objetivo de proteger os civis ameaçados pelas forças pró-Kadafi. O embaixador da França na ONU afirmou que o armamento deixado com os insurgentes era formado apenas de "armas para defesa própria". Já o porta-voz das forças armadas francesas, Thierry Burkhard, disse que, em certas zonas da Líbia, a situação de segurança parecia "extremamente tensa para a população indefesa". Ele afirmou que o suprimento entregue aos insurgentes se limitou a armas leves e munição, o que inclui lança-foguetes e metralhadoras. No entanto, ele negou informação do jornal Le Figaro que mísseis antitanque tenham sido largados de aviões para os rebeldes. Relatos da mídia francesa afirmam, no entanto, que, além destes armamentos, veículos blindados leves também teriam sido entregues pela França aos insurgentes. Os franceses não informaram seus aliados a respeito da medida.

 

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A Rússia e a União Africana criticaram nesta quinta-feira, 30, a decisão da França de entregar 40 toneladas de armas diretamente aos rebeldes líbios que combatem as forças leais ao regime do coronel Muamar Kadafi no país.

 

Veja também:França admite ter lançado 40 toneladas de armas O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, afirmou que, caso a informação sobre a entrega de armas seja verdadeira, isto seria uma violação da resolução 1970 do Conselho de Segurança da ONU, que impôs um embargo de venda de armas à Líbia. Já o bloco de países africanos afirmou que a entrega de armas aos insurgentes traz riscos de criar na Líbia uma situação semelhante à da Somália, país devastado por uma guerra civil. "O risco de guerra civil, o risco da partilha do país, o risco da 'somalização' do país, o risco de ter armas em todo o lugar (...) com o terrorismo. Estes riscos preocupam os países vizinhos", disse à BBC o presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping. Por via aérea As forças armadas francesas afirmam ter largado, no início do mês, por meio de aviões, armas para combatentes tribais nas montanhas a sudoeste da capital libia, Trípoli. Lavrov afirma que a Rússia pediu formalmente informações à França sobre a decisão, para checar se ela "corresponde com a realidade". Moscou se absteve de votar na resolução 1973 do Conselho de Segurança, em março, que autorizou bombardeios em território líbio com a justificativa de "proteger civis". Tanto a Rússia quanto a China criticaram recentemente as operações internacionais na Líbia, comandadas pela Otan, afirmando que elas estão extrapolando a resolução 1973. No entanto, autoridades americanas e britânicas afirmam que a resolução pode autorizar o suprimento de armas para os insurgentes líbios que tentam derrubar Kadafi do poder. Defesa de civis Autoridades francesas alegam que a entrega de armas aos rebeldes tinha o objetivo de proteger os civis ameaçados pelas forças pró-Kadafi. O embaixador da França na ONU afirmou que o armamento deixado com os insurgentes era formado apenas de "armas para defesa própria". Já o porta-voz das forças armadas francesas, Thierry Burkhard, disse que, em certas zonas da Líbia, a situação de segurança parecia "extremamente tensa para a população indefesa". Ele afirmou que o suprimento entregue aos insurgentes se limitou a armas leves e munição, o que inclui lança-foguetes e metralhadoras. No entanto, ele negou informação do jornal Le Figaro que mísseis antitanque tenham sido largados de aviões para os rebeldes. Relatos da mídia francesa afirmam, no entanto, que, além destes armamentos, veículos blindados leves também teriam sido entregues pela França aos insurgentes. Os franceses não informaram seus aliados a respeito da medida.

 

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A Rússia e a União Africana criticaram nesta quinta-feira, 30, a decisão da França de entregar 40 toneladas de armas diretamente aos rebeldes líbios que combatem as forças leais ao regime do coronel Muamar Kadafi no país.

 

Veja também:França admite ter lançado 40 toneladas de armas O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, afirmou que, caso a informação sobre a entrega de armas seja verdadeira, isto seria uma violação da resolução 1970 do Conselho de Segurança da ONU, que impôs um embargo de venda de armas à Líbia. Já o bloco de países africanos afirmou que a entrega de armas aos insurgentes traz riscos de criar na Líbia uma situação semelhante à da Somália, país devastado por uma guerra civil. "O risco de guerra civil, o risco da partilha do país, o risco da 'somalização' do país, o risco de ter armas em todo o lugar (...) com o terrorismo. Estes riscos preocupam os países vizinhos", disse à BBC o presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping. Por via aérea As forças armadas francesas afirmam ter largado, no início do mês, por meio de aviões, armas para combatentes tribais nas montanhas a sudoeste da capital libia, Trípoli. Lavrov afirma que a Rússia pediu formalmente informações à França sobre a decisão, para checar se ela "corresponde com a realidade". Moscou se absteve de votar na resolução 1973 do Conselho de Segurança, em março, que autorizou bombardeios em território líbio com a justificativa de "proteger civis". Tanto a Rússia quanto a China criticaram recentemente as operações internacionais na Líbia, comandadas pela Otan, afirmando que elas estão extrapolando a resolução 1973. No entanto, autoridades americanas e britânicas afirmam que a resolução pode autorizar o suprimento de armas para os insurgentes líbios que tentam derrubar Kadafi do poder. Defesa de civis Autoridades francesas alegam que a entrega de armas aos rebeldes tinha o objetivo de proteger os civis ameaçados pelas forças pró-Kadafi. O embaixador da França na ONU afirmou que o armamento deixado com os insurgentes era formado apenas de "armas para defesa própria". Já o porta-voz das forças armadas francesas, Thierry Burkhard, disse que, em certas zonas da Líbia, a situação de segurança parecia "extremamente tensa para a população indefesa". Ele afirmou que o suprimento entregue aos insurgentes se limitou a armas leves e munição, o que inclui lança-foguetes e metralhadoras. No entanto, ele negou informação do jornal Le Figaro que mísseis antitanque tenham sido largados de aviões para os rebeldes. Relatos da mídia francesa afirmam, no entanto, que, além destes armamentos, veículos blindados leves também teriam sido entregues pela França aos insurgentes. Os franceses não informaram seus aliados a respeito da medida.

 

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