Saiba o que significa o estado de emergência na França


Ele permite às autoridades, entre outros, 'proibir a circulação de pessoas ou veículos' e instaurar 'zonas de proteção ou de segurança onde a estadia das pessoas está regulamentada'

Por Redação

PARIS - O estado de emergência decretado na sexta-feira na França após os ataques em Paris é um recurso criado em 1955, no início da guerra da independência da Argélia, e ao qual a França recorreu em 2005 durante a onda de distúrbios nos subúrbios da capital.

Ele permite às autoridades "proibir a circulação de pessoas ou veículos", instaurar "zonas de proteção ou de segurança onde a estadia das pessoas está regulamentada" e proíbe a estadia em uma zona geográfica "a toda pessoa que dificulte, da forma que for, a ação dos poderes públicos", segundo prevê a lei de 1955.

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O presidente François Hollande decretou na madrugada deste sábado estado de emergência em ’todo território’ da França e fechou as fronteiras do país, após os ataques simultâneos em Paris, que deixaram pelo menos 100 mortos

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O presidente francês, François Hollande, anunciou o "fechamento das fronteiras", mas o ministro das Relações Exteriores explicou posteriormente que nas fronteiras haverá "controles nas passagens rodoviárias, ferroviárias, marítimas e aeroportuárias". "Os aeroportos continuam funcionando. As conexões aéreas e ferroviárias estão asseguradas", informou a chancelaria.

O estado de emergência permite, ainda, ao ministro do Interior impor a prisão domiciliar a toda pessoa "cuja atividade seja perigosa para a segurança e a ordem pública". As autoridades podem ordenar o fechamento provisório "das salas de espetáculos, bares e lugares de encontro de qualquer natureza" e proibir "as reuniões que possam provocar ou manter a desordem".

Podem, ainda, ordenar "a entrega de armas" aos seus proprietários. O decreto que instaura o estado de emergência permite "revistas a domicílio de dia ou de noite", assim como "medidas para controlar a imprensa" e a mídia em geral.

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As autoridades anunciaram, ainda, o fechamento de todos os estabelecimentos escolares na região da capital, neste sábado, e o cancelamento de todas as viagens escolares de fim de semana na França.

Múltiplos ataques deixam feridos e mortos na França

1 | 34

Múltiplos ataques deixam feridos e mortos na França

Foto: AFP PHOTO / DOMINIQUE FAGET
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Múltiplos ataques deixam feridos e mortos na França

Foto: EFE/EPA/CLAUDIO PERI
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Foto: AFP PHOTO / DOMINIQUE FAGET
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Foto: REUTERS/Christian Hartmann
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Foto: AFP
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Foto: AFP
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Foto: AFP PHOTO / FRANCK FIFE
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Foto: REUTERS/Gonazlo Fuentes
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Foto: REUTERS/Gonazlo Fuentes
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Foto: REUTERS/Benoit Tessier
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Foto: REUTERS/Christian Hartmann
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Foto: AFP PHOTO / FRANCK FIFE
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Foto: AP Photo/Christophe Ena
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Foto: AP Photo/Christophe Ena)
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Múltiplos ataques deixam feridos e mortos na França

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Foto: REUTERS/Philippe Wojazer
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Múltiplos ataques deixam feridos e mortos na França

Foto: AP Photo/Michel Euler
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Foto: REUTERS/Christian Hartmann
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Ataque em Paris

Foto: EFE/EPA/YOAN VALAT
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Ataque em Paris

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Ataque em Paris

Foto: AP Photo/Thibault Camus
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Foto: AP Photo/Thibault Camus
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Ataque em Paris

Foto: AFP PHOTO / KENZO TRIBOUILLARD
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Atentado em Paris

Foto: Thibault Camus /AP
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One World Trade Center

Foto: AP Photo/Kevin Hagen
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CN Tower

Foto: REUTERS/Chris Helgren
32 | 34

Senado

Foto: REUTERS/Tomas Bravo
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O Anjo da Independência

Foto: REUTERS/Tomas Bravo
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Prefeitura de São Francisco

Foto: REUTERS/Stephen Lam

O estado de emergência é declarado por decreto do Conselho de Ministros. Sua prorrogação para além de 12 dias só pode ser autorizada por uma lei votada no Parlamento. A lei que autoriza a extensão do estado de emergência fixa sua duração definitiva.

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Implementado várias vezes durante a guerra da Argélia, o estado de emergência só tinha sido decretado em duas oportunidades desde então: em 1985 na Nova Caledônia, durante enfrentamentos com os separatistas ocorridos neste arquipélago do Pacífico, e em 2005 durante os distúrbios nos subúrbios.

Nesta última ocasião, as medidas que autorizam o estado de emergência foram muito pouco implementadas: sete prefeitos decretaram toque de recolher e em 23 departamentos (estados) foi proibida a venda no varejo de recipientes transportáveis de combustível e materiais inflamáveis. / AFP 

PARIS - O estado de emergência decretado na sexta-feira na França após os ataques em Paris é um recurso criado em 1955, no início da guerra da independência da Argélia, e ao qual a França recorreu em 2005 durante a onda de distúrbios nos subúrbios da capital.

Ele permite às autoridades "proibir a circulação de pessoas ou veículos", instaurar "zonas de proteção ou de segurança onde a estadia das pessoas está regulamentada" e proíbe a estadia em uma zona geográfica "a toda pessoa que dificulte, da forma que for, a ação dos poderes públicos", segundo prevê a lei de 1955.

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O presidente François Hollande decretou na madrugada deste sábado estado de emergência em ’todo território’ da França e fechou as fronteiras do país, após os ataques simultâneos em Paris, que deixaram pelo menos 100 mortos

O presidente francês, François Hollande, anunciou o "fechamento das fronteiras", mas o ministro das Relações Exteriores explicou posteriormente que nas fronteiras haverá "controles nas passagens rodoviárias, ferroviárias, marítimas e aeroportuárias". "Os aeroportos continuam funcionando. As conexões aéreas e ferroviárias estão asseguradas", informou a chancelaria.

O estado de emergência permite, ainda, ao ministro do Interior impor a prisão domiciliar a toda pessoa "cuja atividade seja perigosa para a segurança e a ordem pública". As autoridades podem ordenar o fechamento provisório "das salas de espetáculos, bares e lugares de encontro de qualquer natureza" e proibir "as reuniões que possam provocar ou manter a desordem".

Podem, ainda, ordenar "a entrega de armas" aos seus proprietários. O decreto que instaura o estado de emergência permite "revistas a domicílio de dia ou de noite", assim como "medidas para controlar a imprensa" e a mídia em geral.

As autoridades anunciaram, ainda, o fechamento de todos os estabelecimentos escolares na região da capital, neste sábado, e o cancelamento de todas as viagens escolares de fim de semana na França.

Múltiplos ataques deixam feridos e mortos na França

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Foto: AFP PHOTO / DOMINIQUE FAGET
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Ataque em Paris

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Prefeitura de São Francisco

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O estado de emergência é declarado por decreto do Conselho de Ministros. Sua prorrogação para além de 12 dias só pode ser autorizada por uma lei votada no Parlamento. A lei que autoriza a extensão do estado de emergência fixa sua duração definitiva.

Implementado várias vezes durante a guerra da Argélia, o estado de emergência só tinha sido decretado em duas oportunidades desde então: em 1985 na Nova Caledônia, durante enfrentamentos com os separatistas ocorridos neste arquipélago do Pacífico, e em 2005 durante os distúrbios nos subúrbios.

Nesta última ocasião, as medidas que autorizam o estado de emergência foram muito pouco implementadas: sete prefeitos decretaram toque de recolher e em 23 departamentos (estados) foi proibida a venda no varejo de recipientes transportáveis de combustível e materiais inflamáveis. / AFP 

PARIS - O estado de emergência decretado na sexta-feira na França após os ataques em Paris é um recurso criado em 1955, no início da guerra da independência da Argélia, e ao qual a França recorreu em 2005 durante a onda de distúrbios nos subúrbios da capital.

Ele permite às autoridades "proibir a circulação de pessoas ou veículos", instaurar "zonas de proteção ou de segurança onde a estadia das pessoas está regulamentada" e proíbe a estadia em uma zona geográfica "a toda pessoa que dificulte, da forma que for, a ação dos poderes públicos", segundo prevê a lei de 1955.

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O presidente François Hollande decretou na madrugada deste sábado estado de emergência em ’todo território’ da França e fechou as fronteiras do país, após os ataques simultâneos em Paris, que deixaram pelo menos 100 mortos

O presidente francês, François Hollande, anunciou o "fechamento das fronteiras", mas o ministro das Relações Exteriores explicou posteriormente que nas fronteiras haverá "controles nas passagens rodoviárias, ferroviárias, marítimas e aeroportuárias". "Os aeroportos continuam funcionando. As conexões aéreas e ferroviárias estão asseguradas", informou a chancelaria.

O estado de emergência permite, ainda, ao ministro do Interior impor a prisão domiciliar a toda pessoa "cuja atividade seja perigosa para a segurança e a ordem pública". As autoridades podem ordenar o fechamento provisório "das salas de espetáculos, bares e lugares de encontro de qualquer natureza" e proibir "as reuniões que possam provocar ou manter a desordem".

Podem, ainda, ordenar "a entrega de armas" aos seus proprietários. O decreto que instaura o estado de emergência permite "revistas a domicílio de dia ou de noite", assim como "medidas para controlar a imprensa" e a mídia em geral.

As autoridades anunciaram, ainda, o fechamento de todos os estabelecimentos escolares na região da capital, neste sábado, e o cancelamento de todas as viagens escolares de fim de semana na França.

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O estado de emergência é declarado por decreto do Conselho de Ministros. Sua prorrogação para além de 12 dias só pode ser autorizada por uma lei votada no Parlamento. A lei que autoriza a extensão do estado de emergência fixa sua duração definitiva.

Implementado várias vezes durante a guerra da Argélia, o estado de emergência só tinha sido decretado em duas oportunidades desde então: em 1985 na Nova Caledônia, durante enfrentamentos com os separatistas ocorridos neste arquipélago do Pacífico, e em 2005 durante os distúrbios nos subúrbios.

Nesta última ocasião, as medidas que autorizam o estado de emergência foram muito pouco implementadas: sete prefeitos decretaram toque de recolher e em 23 departamentos (estados) foi proibida a venda no varejo de recipientes transportáveis de combustível e materiais inflamáveis. / AFP 

PARIS - O estado de emergência decretado na sexta-feira na França após os ataques em Paris é um recurso criado em 1955, no início da guerra da independência da Argélia, e ao qual a França recorreu em 2005 durante a onda de distúrbios nos subúrbios da capital.

Ele permite às autoridades "proibir a circulação de pessoas ou veículos", instaurar "zonas de proteção ou de segurança onde a estadia das pessoas está regulamentada" e proíbe a estadia em uma zona geográfica "a toda pessoa que dificulte, da forma que for, a ação dos poderes públicos", segundo prevê a lei de 1955.

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O presidente François Hollande decretou na madrugada deste sábado estado de emergência em ’todo território’ da França e fechou as fronteiras do país, após os ataques simultâneos em Paris, que deixaram pelo menos 100 mortos

O presidente francês, François Hollande, anunciou o "fechamento das fronteiras", mas o ministro das Relações Exteriores explicou posteriormente que nas fronteiras haverá "controles nas passagens rodoviárias, ferroviárias, marítimas e aeroportuárias". "Os aeroportos continuam funcionando. As conexões aéreas e ferroviárias estão asseguradas", informou a chancelaria.

O estado de emergência permite, ainda, ao ministro do Interior impor a prisão domiciliar a toda pessoa "cuja atividade seja perigosa para a segurança e a ordem pública". As autoridades podem ordenar o fechamento provisório "das salas de espetáculos, bares e lugares de encontro de qualquer natureza" e proibir "as reuniões que possam provocar ou manter a desordem".

Podem, ainda, ordenar "a entrega de armas" aos seus proprietários. O decreto que instaura o estado de emergência permite "revistas a domicílio de dia ou de noite", assim como "medidas para controlar a imprensa" e a mídia em geral.

As autoridades anunciaram, ainda, o fechamento de todos os estabelecimentos escolares na região da capital, neste sábado, e o cancelamento de todas as viagens escolares de fim de semana na França.

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O estado de emergência é declarado por decreto do Conselho de Ministros. Sua prorrogação para além de 12 dias só pode ser autorizada por uma lei votada no Parlamento. A lei que autoriza a extensão do estado de emergência fixa sua duração definitiva.

Implementado várias vezes durante a guerra da Argélia, o estado de emergência só tinha sido decretado em duas oportunidades desde então: em 1985 na Nova Caledônia, durante enfrentamentos com os separatistas ocorridos neste arquipélago do Pacífico, e em 2005 durante os distúrbios nos subúrbios.

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