O porta-voz do presidente boliviano, Evo Morales, disse nesta terça-feira que, caso os movimentos sociais pedirem que o líder concorra às eleições presidenciais em 2008 em busca da reeleição, ele deve entrar na disputa. No entanto, Evo já havia declarado na última segunda-feira, 19, que não pensa em tentar a reeleição no pleito antecipado para o próximo ano, embora tenha assumido a Presidência há pouco mais de um ano. Além disso, ele já é o presidente mais popular da Bolívia em pelo menos quatro décadas. "Se as organizações sociais pedirem que Evo se candidate, ele vai aceitar", disse o porta-voz do presidente Alex Contreras. O assossor completou dizendo que Evo não pode ser considerado ainda um candidato. "Depende muito das organizações sociais", disse. O presidente fez a declaração sobre a possibilidade de não concorrer à reeleição na cidade de Sucre, no sul do país, apenas três dias depois de surpreender o país com seu anúncio de antecipar as eleições gerais. O presidente justificou a medida como conseqüência da entrada em vigor da nova Constituição. "Aqui ninguém está pensando em reeleição, mas que temos que ser responsáveis com o povo; eu pessoalmente sinto que já cumpri com a minha pequena parte da mudança", disse Evo a jornalistas de rádio e televisão. Ele assumiu a presidência do país em janeiro de 2005, por um período de cinco anos, mas a possibilidade de uma alteração no calendário eleitoral, como conseqüência da nova Constituição, tem sido mencionada insistentemente nos meios políticos nos últimos meses.
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