Sem esperança de paz, Israel marca 15 anos da morte de Itzhak Rabin


Ex-premiê foi morto após assinar acordos de paz que ainda não foram aplicados.

Por BBC Brasil

Itzhak Rabin ao lado do então líder dos palestinos, Yasser Arafat Israel relembra nesta terça feira o assassinato do primeiro-ministro Itzhak Rabin, ocorrido há 15 anos. A data é recordada em meio a um clima de desesperança em relação à paz com os palestinos, além do esquecimento em torno da própria morte do premiê. Os eventos em memória de Rabin seguem o calendário hebraico, já que, segundo o calendário internacional, o assassinato ocorreu no dia 4 de novembro de 1995. O então primeiro-ministro foi morto pelo extremista de direita Igal Amir, dois anos depois de ter assinado o acordo de paz com os palestinos, conhecido como Acordo de Oslo. O acordo, que previa o fim do conflito entre israelenses e palestinos até 1998, não foi implementado até hoje. Apesar de ter gerado na época um trauma profundo na sociedade israelense, o assassinato já não é lembrado por muitos cidadãos do país, especialmente os jovens. O jornal "Yediot Ahronot" realizou uma pesquisa entre soldados que servem atualmente no Exército e tinham de três a seis anos de idade quando Rabin foi assassinado. Muitos deles não souberam responder a perguntas básicas relacionadas ao tema. A ignorância mais evidente foi em relação às motivações do assassino. Alguns soldados disseram que Igal Amir assassinou Rabin porque ele "queria fazer um acordo". Outros atribuiram o assassinato a uma "briga de Rabin com religiosos". Houve ainda quem opinasse que Rabin "foi muito mole com o outro povo" e até quem indicasse que o motivo foi "porque Rabin combateu as drogas". Memória "Para os jovens soldados e para 1,5 milhão de alunos no sistema educacional, o assassinato do dia 4 de novembro de 1995 é apenas uma página no livro de História, um incidente em um passado distante e vago, cuja relação com a realidade de suas vidas não está clara", disse a filha do ex-premiê, Dalia Rabin, em uma cerimônia em homenagem a seu pai. O histórico acordo de Oslo, mediado pelos EUA de Bill Clinton O ex-juiz da Suprema Corte de Justiça Eliahu Matza disse à radio estatal israelense que os sistemas de Justiça e de Educação do país "fracassaram " nos esforços de preservar a memória de Rabin e impedir o esquecimento. "Há muitos que tentam minimizar o enorme significado do assassinato e levá-lo ao esquecimento", disse Matza. "Os jovens de hoje não entendem o verdadeiro significado do assassinato." Para o colunista do jornal "Maariv" Aviad Fohoriles, o assassinato foi um "golpe fatal para a democracia israelense". Rabin foi assassinado na Praça dos Reis de Israel, no centro de Tel Aviv, após um grande comicio pela paz com os palestinos, ao qual assistiram centenas de milhares de pessoas. Desde então, o nome do local se chama Praça Rabin e abriga um monumento em memória do premiê assassinado. "Não esquecemos Itzhak por um momento sequer desde aquela noite amarga ", disse Ehud Barak, líder do Partido Trabalhista, de Rabin, e ministro da Defesa no governo de Binyamin Netanyahu. Vozes dissonantes No entanto, há vozes no próprio Partido Trabalhista que tentam diminuir o destaque à imagem de Rabin. A deputada Einat Wilf sugeriu que o retrato do ex-premiê, que se encontra na principal sala de reuniões do partido, seja retirado e substituido pelo retrato do fundador do Estado de Israel, David Ben Gurion. Para Wilf, o destaque à imagem de Rabin transmite uma mensagem de "derrota", enquanto a imagem de Ben Gurion é mais associada ao "êxito da construção do Estado". Quando Rabin foi eleito para o cargo de primeiro-ministro, em 1992, o Partido Trabalhista era dono de 44 cadeiras (entre 120) no Parlamento. Juntamente com os partidos de esquerda e os partidos árabes, a agremiação tinha força parlamentar suficiente para conseguir a aprovação aos acordos de paz. Nas últimas eleições, o partido, que foi o fundador do Estado de Israel, obteve apenas 13 vagas e, segundo as ultimas pesquisas, poderá obter apenas de seis a oito cadeiras nas próximas eleições. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Itzhak Rabin ao lado do então líder dos palestinos, Yasser Arafat Israel relembra nesta terça feira o assassinato do primeiro-ministro Itzhak Rabin, ocorrido há 15 anos. A data é recordada em meio a um clima de desesperança em relação à paz com os palestinos, além do esquecimento em torno da própria morte do premiê. Os eventos em memória de Rabin seguem o calendário hebraico, já que, segundo o calendário internacional, o assassinato ocorreu no dia 4 de novembro de 1995. O então primeiro-ministro foi morto pelo extremista de direita Igal Amir, dois anos depois de ter assinado o acordo de paz com os palestinos, conhecido como Acordo de Oslo. O acordo, que previa o fim do conflito entre israelenses e palestinos até 1998, não foi implementado até hoje. Apesar de ter gerado na época um trauma profundo na sociedade israelense, o assassinato já não é lembrado por muitos cidadãos do país, especialmente os jovens. O jornal "Yediot Ahronot" realizou uma pesquisa entre soldados que servem atualmente no Exército e tinham de três a seis anos de idade quando Rabin foi assassinado. Muitos deles não souberam responder a perguntas básicas relacionadas ao tema. A ignorância mais evidente foi em relação às motivações do assassino. Alguns soldados disseram que Igal Amir assassinou Rabin porque ele "queria fazer um acordo". Outros atribuiram o assassinato a uma "briga de Rabin com religiosos". Houve ainda quem opinasse que Rabin "foi muito mole com o outro povo" e até quem indicasse que o motivo foi "porque Rabin combateu as drogas". Memória "Para os jovens soldados e para 1,5 milhão de alunos no sistema educacional, o assassinato do dia 4 de novembro de 1995 é apenas uma página no livro de História, um incidente em um passado distante e vago, cuja relação com a realidade de suas vidas não está clara", disse a filha do ex-premiê, Dalia Rabin, em uma cerimônia em homenagem a seu pai. O histórico acordo de Oslo, mediado pelos EUA de Bill Clinton O ex-juiz da Suprema Corte de Justiça Eliahu Matza disse à radio estatal israelense que os sistemas de Justiça e de Educação do país "fracassaram " nos esforços de preservar a memória de Rabin e impedir o esquecimento. "Há muitos que tentam minimizar o enorme significado do assassinato e levá-lo ao esquecimento", disse Matza. "Os jovens de hoje não entendem o verdadeiro significado do assassinato." Para o colunista do jornal "Maariv" Aviad Fohoriles, o assassinato foi um "golpe fatal para a democracia israelense". Rabin foi assassinado na Praça dos Reis de Israel, no centro de Tel Aviv, após um grande comicio pela paz com os palestinos, ao qual assistiram centenas de milhares de pessoas. Desde então, o nome do local se chama Praça Rabin e abriga um monumento em memória do premiê assassinado. "Não esquecemos Itzhak por um momento sequer desde aquela noite amarga ", disse Ehud Barak, líder do Partido Trabalhista, de Rabin, e ministro da Defesa no governo de Binyamin Netanyahu. Vozes dissonantes No entanto, há vozes no próprio Partido Trabalhista que tentam diminuir o destaque à imagem de Rabin. A deputada Einat Wilf sugeriu que o retrato do ex-premiê, que se encontra na principal sala de reuniões do partido, seja retirado e substituido pelo retrato do fundador do Estado de Israel, David Ben Gurion. Para Wilf, o destaque à imagem de Rabin transmite uma mensagem de "derrota", enquanto a imagem de Ben Gurion é mais associada ao "êxito da construção do Estado". Quando Rabin foi eleito para o cargo de primeiro-ministro, em 1992, o Partido Trabalhista era dono de 44 cadeiras (entre 120) no Parlamento. Juntamente com os partidos de esquerda e os partidos árabes, a agremiação tinha força parlamentar suficiente para conseguir a aprovação aos acordos de paz. Nas últimas eleições, o partido, que foi o fundador do Estado de Israel, obteve apenas 13 vagas e, segundo as ultimas pesquisas, poderá obter apenas de seis a oito cadeiras nas próximas eleições. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Itzhak Rabin ao lado do então líder dos palestinos, Yasser Arafat Israel relembra nesta terça feira o assassinato do primeiro-ministro Itzhak Rabin, ocorrido há 15 anos. A data é recordada em meio a um clima de desesperança em relação à paz com os palestinos, além do esquecimento em torno da própria morte do premiê. Os eventos em memória de Rabin seguem o calendário hebraico, já que, segundo o calendário internacional, o assassinato ocorreu no dia 4 de novembro de 1995. O então primeiro-ministro foi morto pelo extremista de direita Igal Amir, dois anos depois de ter assinado o acordo de paz com os palestinos, conhecido como Acordo de Oslo. O acordo, que previa o fim do conflito entre israelenses e palestinos até 1998, não foi implementado até hoje. Apesar de ter gerado na época um trauma profundo na sociedade israelense, o assassinato já não é lembrado por muitos cidadãos do país, especialmente os jovens. O jornal "Yediot Ahronot" realizou uma pesquisa entre soldados que servem atualmente no Exército e tinham de três a seis anos de idade quando Rabin foi assassinado. Muitos deles não souberam responder a perguntas básicas relacionadas ao tema. A ignorância mais evidente foi em relação às motivações do assassino. Alguns soldados disseram que Igal Amir assassinou Rabin porque ele "queria fazer um acordo". Outros atribuiram o assassinato a uma "briga de Rabin com religiosos". Houve ainda quem opinasse que Rabin "foi muito mole com o outro povo" e até quem indicasse que o motivo foi "porque Rabin combateu as drogas". Memória "Para os jovens soldados e para 1,5 milhão de alunos no sistema educacional, o assassinato do dia 4 de novembro de 1995 é apenas uma página no livro de História, um incidente em um passado distante e vago, cuja relação com a realidade de suas vidas não está clara", disse a filha do ex-premiê, Dalia Rabin, em uma cerimônia em homenagem a seu pai. O histórico acordo de Oslo, mediado pelos EUA de Bill Clinton O ex-juiz da Suprema Corte de Justiça Eliahu Matza disse à radio estatal israelense que os sistemas de Justiça e de Educação do país "fracassaram " nos esforços de preservar a memória de Rabin e impedir o esquecimento. "Há muitos que tentam minimizar o enorme significado do assassinato e levá-lo ao esquecimento", disse Matza. "Os jovens de hoje não entendem o verdadeiro significado do assassinato." Para o colunista do jornal "Maariv" Aviad Fohoriles, o assassinato foi um "golpe fatal para a democracia israelense". Rabin foi assassinado na Praça dos Reis de Israel, no centro de Tel Aviv, após um grande comicio pela paz com os palestinos, ao qual assistiram centenas de milhares de pessoas. Desde então, o nome do local se chama Praça Rabin e abriga um monumento em memória do premiê assassinado. "Não esquecemos Itzhak por um momento sequer desde aquela noite amarga ", disse Ehud Barak, líder do Partido Trabalhista, de Rabin, e ministro da Defesa no governo de Binyamin Netanyahu. Vozes dissonantes No entanto, há vozes no próprio Partido Trabalhista que tentam diminuir o destaque à imagem de Rabin. A deputada Einat Wilf sugeriu que o retrato do ex-premiê, que se encontra na principal sala de reuniões do partido, seja retirado e substituido pelo retrato do fundador do Estado de Israel, David Ben Gurion. Para Wilf, o destaque à imagem de Rabin transmite uma mensagem de "derrota", enquanto a imagem de Ben Gurion é mais associada ao "êxito da construção do Estado". Quando Rabin foi eleito para o cargo de primeiro-ministro, em 1992, o Partido Trabalhista era dono de 44 cadeiras (entre 120) no Parlamento. Juntamente com os partidos de esquerda e os partidos árabes, a agremiação tinha força parlamentar suficiente para conseguir a aprovação aos acordos de paz. Nas últimas eleições, o partido, que foi o fundador do Estado de Israel, obteve apenas 13 vagas e, segundo as ultimas pesquisas, poderá obter apenas de seis a oito cadeiras nas próximas eleições. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Itzhak Rabin ao lado do então líder dos palestinos, Yasser Arafat Israel relembra nesta terça feira o assassinato do primeiro-ministro Itzhak Rabin, ocorrido há 15 anos. A data é recordada em meio a um clima de desesperança em relação à paz com os palestinos, além do esquecimento em torno da própria morte do premiê. Os eventos em memória de Rabin seguem o calendário hebraico, já que, segundo o calendário internacional, o assassinato ocorreu no dia 4 de novembro de 1995. O então primeiro-ministro foi morto pelo extremista de direita Igal Amir, dois anos depois de ter assinado o acordo de paz com os palestinos, conhecido como Acordo de Oslo. O acordo, que previa o fim do conflito entre israelenses e palestinos até 1998, não foi implementado até hoje. Apesar de ter gerado na época um trauma profundo na sociedade israelense, o assassinato já não é lembrado por muitos cidadãos do país, especialmente os jovens. O jornal "Yediot Ahronot" realizou uma pesquisa entre soldados que servem atualmente no Exército e tinham de três a seis anos de idade quando Rabin foi assassinado. Muitos deles não souberam responder a perguntas básicas relacionadas ao tema. A ignorância mais evidente foi em relação às motivações do assassino. Alguns soldados disseram que Igal Amir assassinou Rabin porque ele "queria fazer um acordo". Outros atribuiram o assassinato a uma "briga de Rabin com religiosos". Houve ainda quem opinasse que Rabin "foi muito mole com o outro povo" e até quem indicasse que o motivo foi "porque Rabin combateu as drogas". Memória "Para os jovens soldados e para 1,5 milhão de alunos no sistema educacional, o assassinato do dia 4 de novembro de 1995 é apenas uma página no livro de História, um incidente em um passado distante e vago, cuja relação com a realidade de suas vidas não está clara", disse a filha do ex-premiê, Dalia Rabin, em uma cerimônia em homenagem a seu pai. O histórico acordo de Oslo, mediado pelos EUA de Bill Clinton O ex-juiz da Suprema Corte de Justiça Eliahu Matza disse à radio estatal israelense que os sistemas de Justiça e de Educação do país "fracassaram " nos esforços de preservar a memória de Rabin e impedir o esquecimento. "Há muitos que tentam minimizar o enorme significado do assassinato e levá-lo ao esquecimento", disse Matza. "Os jovens de hoje não entendem o verdadeiro significado do assassinato." Para o colunista do jornal "Maariv" Aviad Fohoriles, o assassinato foi um "golpe fatal para a democracia israelense". Rabin foi assassinado na Praça dos Reis de Israel, no centro de Tel Aviv, após um grande comicio pela paz com os palestinos, ao qual assistiram centenas de milhares de pessoas. Desde então, o nome do local se chama Praça Rabin e abriga um monumento em memória do premiê assassinado. "Não esquecemos Itzhak por um momento sequer desde aquela noite amarga ", disse Ehud Barak, líder do Partido Trabalhista, de Rabin, e ministro da Defesa no governo de Binyamin Netanyahu. Vozes dissonantes No entanto, há vozes no próprio Partido Trabalhista que tentam diminuir o destaque à imagem de Rabin. A deputada Einat Wilf sugeriu que o retrato do ex-premiê, que se encontra na principal sala de reuniões do partido, seja retirado e substituido pelo retrato do fundador do Estado de Israel, David Ben Gurion. Para Wilf, o destaque à imagem de Rabin transmite uma mensagem de "derrota", enquanto a imagem de Ben Gurion é mais associada ao "êxito da construção do Estado". Quando Rabin foi eleito para o cargo de primeiro-ministro, em 1992, o Partido Trabalhista era dono de 44 cadeiras (entre 120) no Parlamento. Juntamente com os partidos de esquerda e os partidos árabes, a agremiação tinha força parlamentar suficiente para conseguir a aprovação aos acordos de paz. Nas últimas eleições, o partido, que foi o fundador do Estado de Israel, obteve apenas 13 vagas e, segundo as ultimas pesquisas, poderá obter apenas de seis a oito cadeiras nas próximas eleições. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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