BEIRUTE - O governo da Síria disse que o aviso dos EUA para que Damasco não conduzisse um novo ataque com armas químicas não tem fundamento e faz parte de uma estratégia para justificar uma nova ofensiva contra o país, de acordo com a emissora estatal.
Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores disse, segundo a televisão estatal síria, que as alegações de Washington sobre um suposto plano de ataque eram não somente enganosas, mas também "desprovidas de qualquer verdade e com base em nenhum fato".
A Casa Branca advertiu o presidente da síria, Bashar Assad, na segunda-feira 26 que ele e seu Exército "pagariam um preço alto" se conduzissem um ataque com armas químicas, e disse que os EUA tinham motivos para acreditar que preparações para uma ação do tipo estavam em andamento.
Washington explicou que os preparativos pelo governo da Síria seriam semelhantes aos realizados antes do ataque com armas químicas no dia 4 de abril, que matou dezenas de civis e fez com que o presidente americano, Donald Trump, ordenasse o lançamento de um míssil em uma base aérea da Síria.
Apoiado pela Rússia, Assad nega as acusações de que suas forças tenham utilizado armas químicas contra a cidade rebelde de Khan Shikhoun, em Idlib. O presidente assegura que seu regime entregou, em 2013, todas as armas químicas que tinha em seu poder com base no acordo negociado com a Rússia, para evitar a ameaça de um ataque dos EUA. O pacto foi posteriormente referendado pelo Conselho de Segurança da ONU. / REUTERS