PENACOVA - A chegada da chuva e de ventos menos violentos ajudaram, nesta terça-feira, 17, os bombeiros a controlarem os incêndios florestais que deixaram ao menos 41 mortos em Portugal e quatro na Espanha. A Defesa Civil registrou também 71 feridos, 16 deles em estado grave.
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Portugal foi duramente afetado por incêndios pela segunda vez em quatro meses. Quase três mil bombeiros continuavam mobilizados para evitar que alguns focos fossem reativados, mas a Defesa Civil não indicou nenhum incêndio ativo "importante" desde o amanhecer. Os bombeiros foram ajudados pela chuva que caiu durante a noite.
Na Galícia, o balanço nesta terça era de quatro mortos. Esta região no nordeste da Espanha também foi muito afetada pelos incêndios florestais que começaram no domingo, alimentados pelos ventos durante a passagem da tempestade tropical Ophelia diante das costas da península Ibérica.
Na terça de manhã, os serviços de emergência declararam o nível 2 de alerta, ativado quando o fogo ameaça casas. Nos povoados dos arredores de Penacova, 230 km ao norte de Lisboa, os moradores tentavam recuperar a vida normal.
Portugal e Espanha sofrem com incêndios florestais
Contexto. Em meados de junho, Portugal vivenciou o incêndio florestal mais trágico da sua história, com um balanço de 64 mortos e 250 feridos, perto de Pedrógão Grande (centro). O drama voltou a surpreender, no domingo, outras regiões arborizadas no centro e norte do país.
Três dias de luto nacional foram decretados em Portugal a partir desta terça. Desde o início de 2017, mais de 350.000 hectares de vegetação foram devastados pelas chamas no país, número quatro vezes mais do que a média dos últimos dez anos, de acordo com o sistema europeu de informação de incêndios florestais. / AFP