Stress tem alimentado ''fúria'' entre japoneses


Casos como o massacre de domingo e índice de suicídios preocupam governo

Por Angela Perez

O massacre de sete pessoas no domingo em Tóquio, por um jovem que advertiu sobre suas intenções na internet e disse "estar farto do mundo", ocorre após uma série de incidentes semelhantes que chocaram o Japão nos últimos meses. Em março, uma pessoa foi esfaqueada diante de uma estação ferroviária no norte de Tóquio e um adolescente empurrou um passageiro para baixo de um trem no oeste do Japão, sob a simples justificativa de que queria matar alguém. Segundo o psicólogo e professor de psicologia da PUC-SP Antonio Carlos Amador Pereira, ao enviar mensagens a um site, o autor da chacina de domingo, Tomohiro Kato, de 25 ans, provavelmente sentia seu descontrole e estava pedindo a alguém que o contivesse. "Casos de violência como esses têm múltiplas motivações e devemos analisar o contexto sociocultural e as tendências agressivas do indivíduo", afirmou Pereira ao Estado. "Mas uma das hipóteses sobre o que teria levado o jovem a cometer o crime pode ter sido um estado de stress constante, que ele não suportou", acrescentou. Para muitos especialistas, a sensação de fracasso numa sociedade tão exigente e o declínio familiar têm provocado o surgimento dos chamados "jovens-problema", que vão a extremos para romper seu isolamento. As pressões econômicas também são apontadas como alguns dos motivos que podem levar alguém numa sociedade com baixíssimos índices de criminalidade como a japonesa a ter "um dia de fúria". Essas também são consideradas as causas do elevado número de suicídios no Japão - um dos mais altos entre os países ricos. Mais de 30 mil japoneses se matam anualmente. Somente neste ano, cerca de 300 pessoas se suicidaram inalando um mortífero gás produzido pela mistura de pesticidas e produtos de limpeza. No ano passado, o governo adotou várias medidas, como um serviço de aconselhamento por telefone e programas nas empresas para diminuir o stress, com o objetivo de reduzir atos de violência e o índice de suicídios - que subiu 20% em nove anos. O governo também publicou um documento com diretrizes para transformar o modo como o suicídio é visto e tratado no Japão. Segundo o estudo, os japoneses precisam saber mais sobre as causas do suicídio e estar mais bem preparados para perceber os sinais de uma tentativa. No ano passado, a polícia salvou 72 potenciais suicidas que haviam postado mensagens na internet. O fenômeno conhecido como "suicídios da web" - no qual vários japoneses (geralmente jovens) se conhecem na internet e combinam um suicídio coletivo - tem recebido grande atenção da mídia, mas especialistas alertam que esse é apenas uma pequena fração do problema. Fatores culturais sempre tiveram grande influência nos suicídios. A sociedade japonesa raramente permite que as pessoas se recuperem do sentimento de vergonha, fracasso ou falência. Uma das razões para o alto índice de suicídios pode ser o fato de que culturalmente ele não é considerado um tabu como no Ocidente e pode até mesmo ser visto como um meio honrado de assumir a responsabilidade por um fracasso. O suicídio é visto como um ato nobre desde a época dos samurais. Mas, pela primeira vez, o Japão está vendo o suicídio como um ato de desespero. "Problemas econômicos, doenças e pessimismo têm seu papel. No entanto, há um abismo cada vez maior separando os indivíduos que têm esperança e perspectivas de futuro e os que simplesmente são negligenciados", disse Kayoko Ueno, professora de sociologia da Universidade Tokushima.

O massacre de sete pessoas no domingo em Tóquio, por um jovem que advertiu sobre suas intenções na internet e disse "estar farto do mundo", ocorre após uma série de incidentes semelhantes que chocaram o Japão nos últimos meses. Em março, uma pessoa foi esfaqueada diante de uma estação ferroviária no norte de Tóquio e um adolescente empurrou um passageiro para baixo de um trem no oeste do Japão, sob a simples justificativa de que queria matar alguém. Segundo o psicólogo e professor de psicologia da PUC-SP Antonio Carlos Amador Pereira, ao enviar mensagens a um site, o autor da chacina de domingo, Tomohiro Kato, de 25 ans, provavelmente sentia seu descontrole e estava pedindo a alguém que o contivesse. "Casos de violência como esses têm múltiplas motivações e devemos analisar o contexto sociocultural e as tendências agressivas do indivíduo", afirmou Pereira ao Estado. "Mas uma das hipóteses sobre o que teria levado o jovem a cometer o crime pode ter sido um estado de stress constante, que ele não suportou", acrescentou. Para muitos especialistas, a sensação de fracasso numa sociedade tão exigente e o declínio familiar têm provocado o surgimento dos chamados "jovens-problema", que vão a extremos para romper seu isolamento. As pressões econômicas também são apontadas como alguns dos motivos que podem levar alguém numa sociedade com baixíssimos índices de criminalidade como a japonesa a ter "um dia de fúria". Essas também são consideradas as causas do elevado número de suicídios no Japão - um dos mais altos entre os países ricos. Mais de 30 mil japoneses se matam anualmente. Somente neste ano, cerca de 300 pessoas se suicidaram inalando um mortífero gás produzido pela mistura de pesticidas e produtos de limpeza. No ano passado, o governo adotou várias medidas, como um serviço de aconselhamento por telefone e programas nas empresas para diminuir o stress, com o objetivo de reduzir atos de violência e o índice de suicídios - que subiu 20% em nove anos. O governo também publicou um documento com diretrizes para transformar o modo como o suicídio é visto e tratado no Japão. Segundo o estudo, os japoneses precisam saber mais sobre as causas do suicídio e estar mais bem preparados para perceber os sinais de uma tentativa. No ano passado, a polícia salvou 72 potenciais suicidas que haviam postado mensagens na internet. O fenômeno conhecido como "suicídios da web" - no qual vários japoneses (geralmente jovens) se conhecem na internet e combinam um suicídio coletivo - tem recebido grande atenção da mídia, mas especialistas alertam que esse é apenas uma pequena fração do problema. Fatores culturais sempre tiveram grande influência nos suicídios. A sociedade japonesa raramente permite que as pessoas se recuperem do sentimento de vergonha, fracasso ou falência. Uma das razões para o alto índice de suicídios pode ser o fato de que culturalmente ele não é considerado um tabu como no Ocidente e pode até mesmo ser visto como um meio honrado de assumir a responsabilidade por um fracasso. O suicídio é visto como um ato nobre desde a época dos samurais. Mas, pela primeira vez, o Japão está vendo o suicídio como um ato de desespero. "Problemas econômicos, doenças e pessimismo têm seu papel. No entanto, há um abismo cada vez maior separando os indivíduos que têm esperança e perspectivas de futuro e os que simplesmente são negligenciados", disse Kayoko Ueno, professora de sociologia da Universidade Tokushima.

O massacre de sete pessoas no domingo em Tóquio, por um jovem que advertiu sobre suas intenções na internet e disse "estar farto do mundo", ocorre após uma série de incidentes semelhantes que chocaram o Japão nos últimos meses. Em março, uma pessoa foi esfaqueada diante de uma estação ferroviária no norte de Tóquio e um adolescente empurrou um passageiro para baixo de um trem no oeste do Japão, sob a simples justificativa de que queria matar alguém. Segundo o psicólogo e professor de psicologia da PUC-SP Antonio Carlos Amador Pereira, ao enviar mensagens a um site, o autor da chacina de domingo, Tomohiro Kato, de 25 ans, provavelmente sentia seu descontrole e estava pedindo a alguém que o contivesse. "Casos de violência como esses têm múltiplas motivações e devemos analisar o contexto sociocultural e as tendências agressivas do indivíduo", afirmou Pereira ao Estado. "Mas uma das hipóteses sobre o que teria levado o jovem a cometer o crime pode ter sido um estado de stress constante, que ele não suportou", acrescentou. Para muitos especialistas, a sensação de fracasso numa sociedade tão exigente e o declínio familiar têm provocado o surgimento dos chamados "jovens-problema", que vão a extremos para romper seu isolamento. As pressões econômicas também são apontadas como alguns dos motivos que podem levar alguém numa sociedade com baixíssimos índices de criminalidade como a japonesa a ter "um dia de fúria". Essas também são consideradas as causas do elevado número de suicídios no Japão - um dos mais altos entre os países ricos. Mais de 30 mil japoneses se matam anualmente. Somente neste ano, cerca de 300 pessoas se suicidaram inalando um mortífero gás produzido pela mistura de pesticidas e produtos de limpeza. No ano passado, o governo adotou várias medidas, como um serviço de aconselhamento por telefone e programas nas empresas para diminuir o stress, com o objetivo de reduzir atos de violência e o índice de suicídios - que subiu 20% em nove anos. O governo também publicou um documento com diretrizes para transformar o modo como o suicídio é visto e tratado no Japão. Segundo o estudo, os japoneses precisam saber mais sobre as causas do suicídio e estar mais bem preparados para perceber os sinais de uma tentativa. No ano passado, a polícia salvou 72 potenciais suicidas que haviam postado mensagens na internet. O fenômeno conhecido como "suicídios da web" - no qual vários japoneses (geralmente jovens) se conhecem na internet e combinam um suicídio coletivo - tem recebido grande atenção da mídia, mas especialistas alertam que esse é apenas uma pequena fração do problema. Fatores culturais sempre tiveram grande influência nos suicídios. A sociedade japonesa raramente permite que as pessoas se recuperem do sentimento de vergonha, fracasso ou falência. Uma das razões para o alto índice de suicídios pode ser o fato de que culturalmente ele não é considerado um tabu como no Ocidente e pode até mesmo ser visto como um meio honrado de assumir a responsabilidade por um fracasso. O suicídio é visto como um ato nobre desde a época dos samurais. Mas, pela primeira vez, o Japão está vendo o suicídio como um ato de desespero. "Problemas econômicos, doenças e pessimismo têm seu papel. No entanto, há um abismo cada vez maior separando os indivíduos que têm esperança e perspectivas de futuro e os que simplesmente são negligenciados", disse Kayoko Ueno, professora de sociologia da Universidade Tokushima.

O massacre de sete pessoas no domingo em Tóquio, por um jovem que advertiu sobre suas intenções na internet e disse "estar farto do mundo", ocorre após uma série de incidentes semelhantes que chocaram o Japão nos últimos meses. Em março, uma pessoa foi esfaqueada diante de uma estação ferroviária no norte de Tóquio e um adolescente empurrou um passageiro para baixo de um trem no oeste do Japão, sob a simples justificativa de que queria matar alguém. Segundo o psicólogo e professor de psicologia da PUC-SP Antonio Carlos Amador Pereira, ao enviar mensagens a um site, o autor da chacina de domingo, Tomohiro Kato, de 25 ans, provavelmente sentia seu descontrole e estava pedindo a alguém que o contivesse. "Casos de violência como esses têm múltiplas motivações e devemos analisar o contexto sociocultural e as tendências agressivas do indivíduo", afirmou Pereira ao Estado. "Mas uma das hipóteses sobre o que teria levado o jovem a cometer o crime pode ter sido um estado de stress constante, que ele não suportou", acrescentou. Para muitos especialistas, a sensação de fracasso numa sociedade tão exigente e o declínio familiar têm provocado o surgimento dos chamados "jovens-problema", que vão a extremos para romper seu isolamento. As pressões econômicas também são apontadas como alguns dos motivos que podem levar alguém numa sociedade com baixíssimos índices de criminalidade como a japonesa a ter "um dia de fúria". Essas também são consideradas as causas do elevado número de suicídios no Japão - um dos mais altos entre os países ricos. Mais de 30 mil japoneses se matam anualmente. Somente neste ano, cerca de 300 pessoas se suicidaram inalando um mortífero gás produzido pela mistura de pesticidas e produtos de limpeza. No ano passado, o governo adotou várias medidas, como um serviço de aconselhamento por telefone e programas nas empresas para diminuir o stress, com o objetivo de reduzir atos de violência e o índice de suicídios - que subiu 20% em nove anos. O governo também publicou um documento com diretrizes para transformar o modo como o suicídio é visto e tratado no Japão. Segundo o estudo, os japoneses precisam saber mais sobre as causas do suicídio e estar mais bem preparados para perceber os sinais de uma tentativa. No ano passado, a polícia salvou 72 potenciais suicidas que haviam postado mensagens na internet. O fenômeno conhecido como "suicídios da web" - no qual vários japoneses (geralmente jovens) se conhecem na internet e combinam um suicídio coletivo - tem recebido grande atenção da mídia, mas especialistas alertam que esse é apenas uma pequena fração do problema. Fatores culturais sempre tiveram grande influência nos suicídios. A sociedade japonesa raramente permite que as pessoas se recuperem do sentimento de vergonha, fracasso ou falência. Uma das razões para o alto índice de suicídios pode ser o fato de que culturalmente ele não é considerado um tabu como no Ocidente e pode até mesmo ser visto como um meio honrado de assumir a responsabilidade por um fracasso. O suicídio é visto como um ato nobre desde a época dos samurais. Mas, pela primeira vez, o Japão está vendo o suicídio como um ato de desespero. "Problemas econômicos, doenças e pessimismo têm seu papel. No entanto, há um abismo cada vez maior separando os indivíduos que têm esperança e perspectivas de futuro e os que simplesmente são negligenciados", disse Kayoko Ueno, professora de sociologia da Universidade Tokushima.

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