LONDRES - A ministra de Interior do Reino Unido, Theresa May, liderou nesta terça-feira, 5, a primeira votação entre os deputados do Partido Conservador para suceder David Cameron à frente da legenda e do governo britânico.
Theresa May recebeu o respaldo de 165 parlamentares, seguida da secretária de Estado de Energia e Mudança Climática, Andrea Leadsom, que reuniu 66 votos, e do ministro da Justiça, Michael Gove, que conseguiu 48 adesões.
A primeira rodada de votações na corrida para liderar o Partido Conservador eliminou o ex-ministro de Defesa, Liam Fox, que recebeu 16 votos, enquanto o titular de Trabalho e Previdência, Stephen Crabb, somou 34. Mais tarde, ele anunciou que estava saindo da disputa.
Nos próximo dias 7 e 12 de julho o processo será repetido, até que restem apenas dois candidatos, que se submeterão a uma votação entre os 150 mil filiados do partido cujo resultado será conhecido no dia 9 de setembro.
A primeira votação para escolher um novo líder conservador confirmou o favoritismo de Theresa May, de 59 anos, que defendeu a permanência na União Europeia (UE) na campanha prévia ao plebiscito de 23 de junho.
A responsável de Interior assinalou que, se for escolhida para ocupar o cargo de primeira-ministra, não pretende iniciar de forma oficial a ruptura com Bruxelas pelo menos até o fim de 2016 e um de seus objetivos será assegurar-se que a imigração ao Reino Unido diminua até um nível "sustentável".
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Andrea, antiga diretora bancária de 53 anos que chegou ao Parlamento como deputada em 2010, afiançou sua posição na corrida para suceder Cameron depois que o ex-prefeito de Londres Boris Johnson expressou apoio a sua candidatura.
A secretária de Estado de Energia e Mudança Climática, que defendeu o "Brexit" antes do plebiscito, conseguiu superar Gove, também do lado contrário à permanência na UE, que partia como um dos melhores posicionados após se recusar a ser o "número dois" de Johnson.
O candidato com maiores possibilidades de ser descartado na próxima votação é Crabb, que apresentou um projeto conjunto com o ministro de Empresas, Sajid Javid. / EFE