BUENOS AIRES - Em seu último contato, o chefe de operações do submarino ARA San Juan transmitiu a intenção de "ir a 40 metros de profundidade para entrar no tanque de baterias, avaliar os danos e ampliar a informação", o que levou muitas pessoas a se questionar se essa decisão não teria sido um passo prévio à explosão.
Segundo um relatório do Escritório de Inteligência Naval dos EUA, que analisou o sinal acústico detectado no dia 15 de novembro pela Organização do Tratado de Testes Nucleares,o submarino sofreu um colapso letal, que liberou uma energia similar a uma explosão de 5,7 mil quilos de dinamite, a 380 metros de profundidade.
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O documento, ao qual o jornal argentino La Nación teve acesso, foi elaborado pelo analista acústico Bruce Rule, para quem os 44 tripulantes morreram de forma instantânea, provavelmente sem saber o que tinha ocorrido.
O relatório conclui que o ARA San Juan afundou verticalmente, a uma velociade de 18 a 24 km/h. "Apesar de a tripulação saber que o colapso era iminente, nunca soube o que estava ocorrendo. Não se afogaram nem sentiram dor. A morte foi instantânea", disse o especialista.
A conclusão coincide com a declaração dada na semana passada pelo ministro da Defesa, Oscar Aguad, ao advertir que os tripulantes estavam mortos.