Turquia afirma que manterá ofensiva na Síria até que ameaças sejam encerradas


Ancara negou que exista um acordo formal de cessar-fogo com curdos no norte do território sírio e convocou embaixador americano para dar explicações

Por Redação
Atualização:

ISTAMBUL, TURQUIA - A Turquia manterá sua ofensiva no norte da Síria até que todas as ameaças sejam encerradas e a segurança nacional do país esteja garantida, disse nesta quarta-feira, 31, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim.

Os turcos iniciaram uma incursão na Síria há uma semana, dizendo que tinham o objetivo de expulsar o Estado Islâmico (EI) da fronteira e impedir que milícias curdas tomassem mais territórios perto da fronteira.

Primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim Foto: AP Photo/Kayhan Ozer Presidential Press Service
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Confrontos das forças turcas com milícias de linha curda que contam com o apoio dos Estados Unidos provocaram tensão com Washington.

Também nesta quarta-feira, a Turquia negou categoricamente que exista um acordo formal de cessar-fogo com as milícias curdas no norte da Síria, como asseguram diferentes responsáveis em Washington, e chamou o embaixador americano em Ancara para oferecer explicações a respeito.

John Bass, máximo representante dos Estados Unidos na Turquia, foi convocado na terça-feira à noite pelo Ministério das Relações Exteriores turco para dar explicações sobre as informações emitidas pelo Exército e integrantes do governo americano, publicou o jornal Hürriyet em seu site.

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"Reiteramos que essas declarações não são aceitáveis sob nenhum ponto de vista e não condizem com uma relação de aliança", explicou em comunicado o porta-voz das Relações Exteriores turco, Tanju Bilgiç.

O governo turco emitiu a declaração depois que vários nomes do alto escalão do governo americano pediram nos últimos dias que a Turquia deixasse de combater as milícias curdas na Síria. "Os alvos da operação Escudo do Eufrates são conhecidos", afirmou Bilgiç.

O ministro de Assuntos Europeus, Ömer Çelik, também rejeitou a ideia de um acordo com as milícias curdas. "A Turquia é um país independente, um Estado de Direito. Não se pode avaliar como se (a Turquia e o PKK/PYD) fossem iguais e como se houvesse um acordo entre eles", disse o ministro em entrevista à agência de notícias Anadolu.

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Veja abaixo: Biden: nenhum apoio a quem cruzar o rio Eufrates

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Em visita à Turquia, o vice-presidente americano Joe Biden reforçou o aviso para que as forças sírias não cruzem o rio Eufrates. Em mais um capítulo do conflito que envolve turcos, sírios e curdos, Ancara e Washington tentam retomar o controle da zona de fronteira, ameaçada por jihadistas.

Yildirim afirmou que "não importa o que digam (nos Estados Unidos). Está tudo claro. O Partido de União Democrática (PYD, sigla em curdo) e as Unidades de Proteção do Povo (YPG, sigla em curdo) são uma extensão da organização terrorista Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK, sigla em curdo)".

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"Nossa determinação vai continuar. Estes elementos devem recuar para a margem leste do Eufrates, de onde vieram. Os Estados Unidos fizeram uma promessa sobre isso. Não esperamos que mudem", disse Yildirim.

A Turquia invadiu há uma semana o norte da Síria, inicialmente com o objetivo de libertar a cidade de Jarabulus do controle do grupo terrorista Estado Islâmico. No entanto, militares turcos também atacaram as YPG, que vêm lutando com sucesso e com apoio dos americanos contra os jihadistas.

As YPG são o braço armado do PYD, considerado pela Turquia como uma filial síria do PKK. Segundo Hürriyet, o Exército Livre da Síria (ELS), que conta com apoio da Turquia, agora volta suas atenções para conquistar Al Bab, a principal cidade da província de Alepo.

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Analistas turcos consideram que os jihadistas, que entregaram sem resistência Jarabulus ao ELS, se retiraram para Al Bab. "A grande guerra será a de Al Bab", concluiu em uma análise a publicação, na qual acrescentou que as YPG e o ELS estão competindo para ver quem vai chegar primeiro a essa cidade síria.

Os curdos pretendem ampliar o território sob seu controle, enquanto o ELS quer demonstrar que é uma força confiável e que deve ser considerada nos esforços para combater o EI, concluiu o jornal turco. / AFP e EFE

ISTAMBUL, TURQUIA - A Turquia manterá sua ofensiva no norte da Síria até que todas as ameaças sejam encerradas e a segurança nacional do país esteja garantida, disse nesta quarta-feira, 31, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim.

Os turcos iniciaram uma incursão na Síria há uma semana, dizendo que tinham o objetivo de expulsar o Estado Islâmico (EI) da fronteira e impedir que milícias curdas tomassem mais territórios perto da fronteira.

Primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim Foto: AP Photo/Kayhan Ozer Presidential Press Service

Confrontos das forças turcas com milícias de linha curda que contam com o apoio dos Estados Unidos provocaram tensão com Washington.

Também nesta quarta-feira, a Turquia negou categoricamente que exista um acordo formal de cessar-fogo com as milícias curdas no norte da Síria, como asseguram diferentes responsáveis em Washington, e chamou o embaixador americano em Ancara para oferecer explicações a respeito.

John Bass, máximo representante dos Estados Unidos na Turquia, foi convocado na terça-feira à noite pelo Ministério das Relações Exteriores turco para dar explicações sobre as informações emitidas pelo Exército e integrantes do governo americano, publicou o jornal Hürriyet em seu site.

"Reiteramos que essas declarações não são aceitáveis sob nenhum ponto de vista e não condizem com uma relação de aliança", explicou em comunicado o porta-voz das Relações Exteriores turco, Tanju Bilgiç.

O governo turco emitiu a declaração depois que vários nomes do alto escalão do governo americano pediram nos últimos dias que a Turquia deixasse de combater as milícias curdas na Síria. "Os alvos da operação Escudo do Eufrates são conhecidos", afirmou Bilgiç.

O ministro de Assuntos Europeus, Ömer Çelik, também rejeitou a ideia de um acordo com as milícias curdas. "A Turquia é um país independente, um Estado de Direito. Não se pode avaliar como se (a Turquia e o PKK/PYD) fossem iguais e como se houvesse um acordo entre eles", disse o ministro em entrevista à agência de notícias Anadolu.

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Em visita à Turquia, o vice-presidente americano Joe Biden reforçou o aviso para que as forças sírias não cruzem o rio Eufrates. Em mais um capítulo do conflito que envolve turcos, sírios e curdos, Ancara e Washington tentam retomar o controle da zona de fronteira, ameaçada por jihadistas.

Yildirim afirmou que "não importa o que digam (nos Estados Unidos). Está tudo claro. O Partido de União Democrática (PYD, sigla em curdo) e as Unidades de Proteção do Povo (YPG, sigla em curdo) são uma extensão da organização terrorista Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK, sigla em curdo)".

"Nossa determinação vai continuar. Estes elementos devem recuar para a margem leste do Eufrates, de onde vieram. Os Estados Unidos fizeram uma promessa sobre isso. Não esperamos que mudem", disse Yildirim.

A Turquia invadiu há uma semana o norte da Síria, inicialmente com o objetivo de libertar a cidade de Jarabulus do controle do grupo terrorista Estado Islâmico. No entanto, militares turcos também atacaram as YPG, que vêm lutando com sucesso e com apoio dos americanos contra os jihadistas.

As YPG são o braço armado do PYD, considerado pela Turquia como uma filial síria do PKK. Segundo Hürriyet, o Exército Livre da Síria (ELS), que conta com apoio da Turquia, agora volta suas atenções para conquistar Al Bab, a principal cidade da província de Alepo.

Analistas turcos consideram que os jihadistas, que entregaram sem resistência Jarabulus ao ELS, se retiraram para Al Bab. "A grande guerra será a de Al Bab", concluiu em uma análise a publicação, na qual acrescentou que as YPG e o ELS estão competindo para ver quem vai chegar primeiro a essa cidade síria.

Os curdos pretendem ampliar o território sob seu controle, enquanto o ELS quer demonstrar que é uma força confiável e que deve ser considerada nos esforços para combater o EI, concluiu o jornal turco. / AFP e EFE

ISTAMBUL, TURQUIA - A Turquia manterá sua ofensiva no norte da Síria até que todas as ameaças sejam encerradas e a segurança nacional do país esteja garantida, disse nesta quarta-feira, 31, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim.

Os turcos iniciaram uma incursão na Síria há uma semana, dizendo que tinham o objetivo de expulsar o Estado Islâmico (EI) da fronteira e impedir que milícias curdas tomassem mais territórios perto da fronteira.

Primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim Foto: AP Photo/Kayhan Ozer Presidential Press Service

Confrontos das forças turcas com milícias de linha curda que contam com o apoio dos Estados Unidos provocaram tensão com Washington.

Também nesta quarta-feira, a Turquia negou categoricamente que exista um acordo formal de cessar-fogo com as milícias curdas no norte da Síria, como asseguram diferentes responsáveis em Washington, e chamou o embaixador americano em Ancara para oferecer explicações a respeito.

John Bass, máximo representante dos Estados Unidos na Turquia, foi convocado na terça-feira à noite pelo Ministério das Relações Exteriores turco para dar explicações sobre as informações emitidas pelo Exército e integrantes do governo americano, publicou o jornal Hürriyet em seu site.

"Reiteramos que essas declarações não são aceitáveis sob nenhum ponto de vista e não condizem com uma relação de aliança", explicou em comunicado o porta-voz das Relações Exteriores turco, Tanju Bilgiç.

O governo turco emitiu a declaração depois que vários nomes do alto escalão do governo americano pediram nos últimos dias que a Turquia deixasse de combater as milícias curdas na Síria. "Os alvos da operação Escudo do Eufrates são conhecidos", afirmou Bilgiç.

O ministro de Assuntos Europeus, Ömer Çelik, também rejeitou a ideia de um acordo com as milícias curdas. "A Turquia é um país independente, um Estado de Direito. Não se pode avaliar como se (a Turquia e o PKK/PYD) fossem iguais e como se houvesse um acordo entre eles", disse o ministro em entrevista à agência de notícias Anadolu.

Veja abaixo: Biden: nenhum apoio a quem cruzar o rio Eufrates

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Em visita à Turquia, o vice-presidente americano Joe Biden reforçou o aviso para que as forças sírias não cruzem o rio Eufrates. Em mais um capítulo do conflito que envolve turcos, sírios e curdos, Ancara e Washington tentam retomar o controle da zona de fronteira, ameaçada por jihadistas.

Yildirim afirmou que "não importa o que digam (nos Estados Unidos). Está tudo claro. O Partido de União Democrática (PYD, sigla em curdo) e as Unidades de Proteção do Povo (YPG, sigla em curdo) são uma extensão da organização terrorista Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK, sigla em curdo)".

"Nossa determinação vai continuar. Estes elementos devem recuar para a margem leste do Eufrates, de onde vieram. Os Estados Unidos fizeram uma promessa sobre isso. Não esperamos que mudem", disse Yildirim.

A Turquia invadiu há uma semana o norte da Síria, inicialmente com o objetivo de libertar a cidade de Jarabulus do controle do grupo terrorista Estado Islâmico. No entanto, militares turcos também atacaram as YPG, que vêm lutando com sucesso e com apoio dos americanos contra os jihadistas.

As YPG são o braço armado do PYD, considerado pela Turquia como uma filial síria do PKK. Segundo Hürriyet, o Exército Livre da Síria (ELS), que conta com apoio da Turquia, agora volta suas atenções para conquistar Al Bab, a principal cidade da província de Alepo.

Analistas turcos consideram que os jihadistas, que entregaram sem resistência Jarabulus ao ELS, se retiraram para Al Bab. "A grande guerra será a de Al Bab", concluiu em uma análise a publicação, na qual acrescentou que as YPG e o ELS estão competindo para ver quem vai chegar primeiro a essa cidade síria.

Os curdos pretendem ampliar o território sob seu controle, enquanto o ELS quer demonstrar que é uma força confiável e que deve ser considerada nos esforços para combater o EI, concluiu o jornal turco. / AFP e EFE

ISTAMBUL, TURQUIA - A Turquia manterá sua ofensiva no norte da Síria até que todas as ameaças sejam encerradas e a segurança nacional do país esteja garantida, disse nesta quarta-feira, 31, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim.

Os turcos iniciaram uma incursão na Síria há uma semana, dizendo que tinham o objetivo de expulsar o Estado Islâmico (EI) da fronteira e impedir que milícias curdas tomassem mais territórios perto da fronteira.

Primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim Foto: AP Photo/Kayhan Ozer Presidential Press Service

Confrontos das forças turcas com milícias de linha curda que contam com o apoio dos Estados Unidos provocaram tensão com Washington.

Também nesta quarta-feira, a Turquia negou categoricamente que exista um acordo formal de cessar-fogo com as milícias curdas no norte da Síria, como asseguram diferentes responsáveis em Washington, e chamou o embaixador americano em Ancara para oferecer explicações a respeito.

John Bass, máximo representante dos Estados Unidos na Turquia, foi convocado na terça-feira à noite pelo Ministério das Relações Exteriores turco para dar explicações sobre as informações emitidas pelo Exército e integrantes do governo americano, publicou o jornal Hürriyet em seu site.

"Reiteramos que essas declarações não são aceitáveis sob nenhum ponto de vista e não condizem com uma relação de aliança", explicou em comunicado o porta-voz das Relações Exteriores turco, Tanju Bilgiç.

O governo turco emitiu a declaração depois que vários nomes do alto escalão do governo americano pediram nos últimos dias que a Turquia deixasse de combater as milícias curdas na Síria. "Os alvos da operação Escudo do Eufrates são conhecidos", afirmou Bilgiç.

O ministro de Assuntos Europeus, Ömer Çelik, também rejeitou a ideia de um acordo com as milícias curdas. "A Turquia é um país independente, um Estado de Direito. Não se pode avaliar como se (a Turquia e o PKK/PYD) fossem iguais e como se houvesse um acordo entre eles", disse o ministro em entrevista à agência de notícias Anadolu.

Veja abaixo: Biden: nenhum apoio a quem cruzar o rio Eufrates

Seu navegador não suporta esse video.

Em visita à Turquia, o vice-presidente americano Joe Biden reforçou o aviso para que as forças sírias não cruzem o rio Eufrates. Em mais um capítulo do conflito que envolve turcos, sírios e curdos, Ancara e Washington tentam retomar o controle da zona de fronteira, ameaçada por jihadistas.

Yildirim afirmou que "não importa o que digam (nos Estados Unidos). Está tudo claro. O Partido de União Democrática (PYD, sigla em curdo) e as Unidades de Proteção do Povo (YPG, sigla em curdo) são uma extensão da organização terrorista Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK, sigla em curdo)".

"Nossa determinação vai continuar. Estes elementos devem recuar para a margem leste do Eufrates, de onde vieram. Os Estados Unidos fizeram uma promessa sobre isso. Não esperamos que mudem", disse Yildirim.

A Turquia invadiu há uma semana o norte da Síria, inicialmente com o objetivo de libertar a cidade de Jarabulus do controle do grupo terrorista Estado Islâmico. No entanto, militares turcos também atacaram as YPG, que vêm lutando com sucesso e com apoio dos americanos contra os jihadistas.

As YPG são o braço armado do PYD, considerado pela Turquia como uma filial síria do PKK. Segundo Hürriyet, o Exército Livre da Síria (ELS), que conta com apoio da Turquia, agora volta suas atenções para conquistar Al Bab, a principal cidade da província de Alepo.

Analistas turcos consideram que os jihadistas, que entregaram sem resistência Jarabulus ao ELS, se retiraram para Al Bab. "A grande guerra será a de Al Bab", concluiu em uma análise a publicação, na qual acrescentou que as YPG e o ELS estão competindo para ver quem vai chegar primeiro a essa cidade síria.

Os curdos pretendem ampliar o território sob seu controle, enquanto o ELS quer demonstrar que é uma força confiável e que deve ser considerada nos esforços para combater o EI, concluiu o jornal turco. / AFP e EFE

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