Uribe cobrará coerência de países da Unasul


Presidente quer explicações do Brasil e da Venezuela sobre acordos militares com França, Irã e Rússia

Por Denise Chrispim Marin e BRASÍLIA

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, não terá um comportamento passivo na reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), na sexta-feira. Em uma iniciativa para impedir que os debates se concentrem apenas no acordo de seu país com os EUA, que envolve a presença militar americana em sete bases colombianas, Uribe exigirá explicações sobre o acordo na área de defesa entre o Brasil e a França, assinado em dezembro de 2008, e sobre a cooperação militar vigente há cinco anos entre a Venezuela e o Irã. O recado foi dado no dia 6 ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, quando Uribe se dispôs a explicar o alcance do acordo com Washington. A tentativa de expor, com a transparência exigida pelo Brasil e outros vizinhos, todos os focos de tensão e de desestabilização da América do Sul deverá incendiar o encontro de Bariloche. Nesse terreno neutro, Uribe tentará mostrar à região que o acordo provisório firmado com os EUA não significa a transferência da base aérea de Manta, no Equador, para a Colômbia. Insistirá que as bases serão controladas pela Colômbia - e não pelos EUA - e suas operações estarão ligadas ao combate ao narcotráfico dentro de suas fronteiras. Em suma, ele defenderá que não há necessidade de mais "garantias jurídicas", como exigem Brasil, Venezuela e outros países. Em sua estratégia, Uribe não poupará o Brasil - e muito menos a Venezuela, cuja aliança com o Irã alimenta fortes temores no governo colombiano. Como avisou a Lula, deverá expor suas dúvidas sobre os dois acordos assinados por Brasília com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em dezembro. Resumido por Lula como um tratado capaz de transformar o Brasil em uma "potência militar", o acordo envolveu a aquisição de 50 helicópteros, 36 jatos de combate, quatro submarinos e o apoio francês para a construção do primeiro submarino nuclear do País, em um negócio de US$ 8,3 bilhões. Embora ameace pedir explicações sobre o acerto entre Brasil e França, o foco da Colômbia estará na Venezuela, que vem se aproximando há cinco anos do Irã, especialmente na área da defesa. No início de maio, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o ministro iraniano da Defesa, Mustafá Mohamed Nayar, assinaram um acordo de cooperação. Uribe deverá ainda atacar o acordo militar entre a Venezuela e a Rússia que, nos últimos anos, permitiu a realização de uma operação naval conjunta no Mar do Caribe. MODERAÇÃO No Itamaraty, há convicção de que não é mais possível evitar o acordo EUA-Colômbia, que deve ser posto em prática logo que Washington deixar a base de Manta, no Equador, em setembro. Diante desse cenário, Lula deverá conter seu discurso crítico sem deixar de dar vazão às queixas de seus colegas de Venezuela, Bolívia e Equador. Ontem na Bolívia, onde se reuniu com o presidente Evo Morales, Lula afirmou que o encontro de Bariloche será "a grande oportunidade" para a América do Sul mostrar que está "trabalhando pela paz". Lula deve tentar construir um consenso que possa ser apresentado em uma eventual reunião com o presidente dos EUA, Barack Obama. O objetivo brasileiro é alcançar um compromisso para futuros acertos de parceria militar dos sócios da Unasul com países de fora da região. COM AFP

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, não terá um comportamento passivo na reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), na sexta-feira. Em uma iniciativa para impedir que os debates se concentrem apenas no acordo de seu país com os EUA, que envolve a presença militar americana em sete bases colombianas, Uribe exigirá explicações sobre o acordo na área de defesa entre o Brasil e a França, assinado em dezembro de 2008, e sobre a cooperação militar vigente há cinco anos entre a Venezuela e o Irã. O recado foi dado no dia 6 ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, quando Uribe se dispôs a explicar o alcance do acordo com Washington. A tentativa de expor, com a transparência exigida pelo Brasil e outros vizinhos, todos os focos de tensão e de desestabilização da América do Sul deverá incendiar o encontro de Bariloche. Nesse terreno neutro, Uribe tentará mostrar à região que o acordo provisório firmado com os EUA não significa a transferência da base aérea de Manta, no Equador, para a Colômbia. Insistirá que as bases serão controladas pela Colômbia - e não pelos EUA - e suas operações estarão ligadas ao combate ao narcotráfico dentro de suas fronteiras. Em suma, ele defenderá que não há necessidade de mais "garantias jurídicas", como exigem Brasil, Venezuela e outros países. Em sua estratégia, Uribe não poupará o Brasil - e muito menos a Venezuela, cuja aliança com o Irã alimenta fortes temores no governo colombiano. Como avisou a Lula, deverá expor suas dúvidas sobre os dois acordos assinados por Brasília com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em dezembro. Resumido por Lula como um tratado capaz de transformar o Brasil em uma "potência militar", o acordo envolveu a aquisição de 50 helicópteros, 36 jatos de combate, quatro submarinos e o apoio francês para a construção do primeiro submarino nuclear do País, em um negócio de US$ 8,3 bilhões. Embora ameace pedir explicações sobre o acerto entre Brasil e França, o foco da Colômbia estará na Venezuela, que vem se aproximando há cinco anos do Irã, especialmente na área da defesa. No início de maio, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o ministro iraniano da Defesa, Mustafá Mohamed Nayar, assinaram um acordo de cooperação. Uribe deverá ainda atacar o acordo militar entre a Venezuela e a Rússia que, nos últimos anos, permitiu a realização de uma operação naval conjunta no Mar do Caribe. MODERAÇÃO No Itamaraty, há convicção de que não é mais possível evitar o acordo EUA-Colômbia, que deve ser posto em prática logo que Washington deixar a base de Manta, no Equador, em setembro. Diante desse cenário, Lula deverá conter seu discurso crítico sem deixar de dar vazão às queixas de seus colegas de Venezuela, Bolívia e Equador. Ontem na Bolívia, onde se reuniu com o presidente Evo Morales, Lula afirmou que o encontro de Bariloche será "a grande oportunidade" para a América do Sul mostrar que está "trabalhando pela paz". Lula deve tentar construir um consenso que possa ser apresentado em uma eventual reunião com o presidente dos EUA, Barack Obama. O objetivo brasileiro é alcançar um compromisso para futuros acertos de parceria militar dos sócios da Unasul com países de fora da região. COM AFP

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, não terá um comportamento passivo na reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), na sexta-feira. Em uma iniciativa para impedir que os debates se concentrem apenas no acordo de seu país com os EUA, que envolve a presença militar americana em sete bases colombianas, Uribe exigirá explicações sobre o acordo na área de defesa entre o Brasil e a França, assinado em dezembro de 2008, e sobre a cooperação militar vigente há cinco anos entre a Venezuela e o Irã. O recado foi dado no dia 6 ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, quando Uribe se dispôs a explicar o alcance do acordo com Washington. A tentativa de expor, com a transparência exigida pelo Brasil e outros vizinhos, todos os focos de tensão e de desestabilização da América do Sul deverá incendiar o encontro de Bariloche. Nesse terreno neutro, Uribe tentará mostrar à região que o acordo provisório firmado com os EUA não significa a transferência da base aérea de Manta, no Equador, para a Colômbia. Insistirá que as bases serão controladas pela Colômbia - e não pelos EUA - e suas operações estarão ligadas ao combate ao narcotráfico dentro de suas fronteiras. Em suma, ele defenderá que não há necessidade de mais "garantias jurídicas", como exigem Brasil, Venezuela e outros países. Em sua estratégia, Uribe não poupará o Brasil - e muito menos a Venezuela, cuja aliança com o Irã alimenta fortes temores no governo colombiano. Como avisou a Lula, deverá expor suas dúvidas sobre os dois acordos assinados por Brasília com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em dezembro. Resumido por Lula como um tratado capaz de transformar o Brasil em uma "potência militar", o acordo envolveu a aquisição de 50 helicópteros, 36 jatos de combate, quatro submarinos e o apoio francês para a construção do primeiro submarino nuclear do País, em um negócio de US$ 8,3 bilhões. Embora ameace pedir explicações sobre o acerto entre Brasil e França, o foco da Colômbia estará na Venezuela, que vem se aproximando há cinco anos do Irã, especialmente na área da defesa. No início de maio, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o ministro iraniano da Defesa, Mustafá Mohamed Nayar, assinaram um acordo de cooperação. Uribe deverá ainda atacar o acordo militar entre a Venezuela e a Rússia que, nos últimos anos, permitiu a realização de uma operação naval conjunta no Mar do Caribe. MODERAÇÃO No Itamaraty, há convicção de que não é mais possível evitar o acordo EUA-Colômbia, que deve ser posto em prática logo que Washington deixar a base de Manta, no Equador, em setembro. Diante desse cenário, Lula deverá conter seu discurso crítico sem deixar de dar vazão às queixas de seus colegas de Venezuela, Bolívia e Equador. Ontem na Bolívia, onde se reuniu com o presidente Evo Morales, Lula afirmou que o encontro de Bariloche será "a grande oportunidade" para a América do Sul mostrar que está "trabalhando pela paz". Lula deve tentar construir um consenso que possa ser apresentado em uma eventual reunião com o presidente dos EUA, Barack Obama. O objetivo brasileiro é alcançar um compromisso para futuros acertos de parceria militar dos sócios da Unasul com países de fora da região. COM AFP

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, não terá um comportamento passivo na reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), na sexta-feira. Em uma iniciativa para impedir que os debates se concentrem apenas no acordo de seu país com os EUA, que envolve a presença militar americana em sete bases colombianas, Uribe exigirá explicações sobre o acordo na área de defesa entre o Brasil e a França, assinado em dezembro de 2008, e sobre a cooperação militar vigente há cinco anos entre a Venezuela e o Irã. O recado foi dado no dia 6 ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, quando Uribe se dispôs a explicar o alcance do acordo com Washington. A tentativa de expor, com a transparência exigida pelo Brasil e outros vizinhos, todos os focos de tensão e de desestabilização da América do Sul deverá incendiar o encontro de Bariloche. Nesse terreno neutro, Uribe tentará mostrar à região que o acordo provisório firmado com os EUA não significa a transferência da base aérea de Manta, no Equador, para a Colômbia. Insistirá que as bases serão controladas pela Colômbia - e não pelos EUA - e suas operações estarão ligadas ao combate ao narcotráfico dentro de suas fronteiras. Em suma, ele defenderá que não há necessidade de mais "garantias jurídicas", como exigem Brasil, Venezuela e outros países. Em sua estratégia, Uribe não poupará o Brasil - e muito menos a Venezuela, cuja aliança com o Irã alimenta fortes temores no governo colombiano. Como avisou a Lula, deverá expor suas dúvidas sobre os dois acordos assinados por Brasília com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em dezembro. Resumido por Lula como um tratado capaz de transformar o Brasil em uma "potência militar", o acordo envolveu a aquisição de 50 helicópteros, 36 jatos de combate, quatro submarinos e o apoio francês para a construção do primeiro submarino nuclear do País, em um negócio de US$ 8,3 bilhões. Embora ameace pedir explicações sobre o acerto entre Brasil e França, o foco da Colômbia estará na Venezuela, que vem se aproximando há cinco anos do Irã, especialmente na área da defesa. No início de maio, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o ministro iraniano da Defesa, Mustafá Mohamed Nayar, assinaram um acordo de cooperação. Uribe deverá ainda atacar o acordo militar entre a Venezuela e a Rússia que, nos últimos anos, permitiu a realização de uma operação naval conjunta no Mar do Caribe. MODERAÇÃO No Itamaraty, há convicção de que não é mais possível evitar o acordo EUA-Colômbia, que deve ser posto em prática logo que Washington deixar a base de Manta, no Equador, em setembro. Diante desse cenário, Lula deverá conter seu discurso crítico sem deixar de dar vazão às queixas de seus colegas de Venezuela, Bolívia e Equador. Ontem na Bolívia, onde se reuniu com o presidente Evo Morales, Lula afirmou que o encontro de Bariloche será "a grande oportunidade" para a América do Sul mostrar que está "trabalhando pela paz". Lula deve tentar construir um consenso que possa ser apresentado em uma eventual reunião com o presidente dos EUA, Barack Obama. O objetivo brasileiro é alcançar um compromisso para futuros acertos de parceria militar dos sócios da Unasul com países de fora da região. COM AFP

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