Violência preocupa antes da posse de Préval


Porta-voz diz que um grande problema do Haiti são as gangues, "elas não são muitas, mas têm capacidade e armas suficiente para parar Porto Príncipe"

Por Agencia Estado

A cinco dias da posse do presidente eleito do Haiti, René Préval, neste domingo, haitianos temem a volta da violência que assolava o país até a sua eleição. Para o porta-voz do partido Fusão Haitiana dos Social-democratas do Haiti, Michael Gaillard, a situação "melhorou muito" em relação ao período anterior à eleição presidencial, mas ainda "há medo do retorno das gangues". "Ainda não há atmosfera de estabilidade no país e existem dúvidas sobre o papel das gangues depois da posse de Préval", disse Gaillard. Préval foi eleito em fevereiro com o apoio da população e das gangues que têm esperança que ele abra caminho para a volta do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, derrocado em 2004. Apoio a Préval Em entrevista à BBC Brasil, Gaillard, conhecido como ?Micha?, e o ex-primeiro-ministro do governo anterior de Préval, Rosny Smarth, afirmaram que o "sentimento geral" dos haitianos é de apoiar a nova gestão. "Todos querem que funcione, que dê certo. Mas isso não significa que não estaremos vigilantes", disse Smarth. Smarth (1996-1997) renunciou ao cargo, em meio a disputas com o então presidente Preval. Na ocasião, o Haiti viveu 17 meses de parlamentarismo sem um primeiro-ministro. Para Smarth, o sucesso do novo governo dependerá da capacidade de Préval de provar que vai administrar sem a influência de Aristide. "Ninguém pode descartar que a sombra de Aristide não tenha força no Haiti para provocar certos desequilíbrios e alguns obstáculos para o governo", disse Smarth. "Bases aristidianas voltaram a dizer estes dias que vão se mobilizar para exigir o retorno do ex-presidente. E isso é preocupante." Para o ex-premiê, o Haiti está numa encruzilhada e a volta de Aristide dependerá do sucesso ou fracasso do novo governo. Normalidade Smarth, Gaillard e outros representantes políticos vão sugerir a Préval "um governo de coalizão com a participação de ministros de diferentes partidos, para que reforce a governabilidade". Mas ainda existem dúvidas, como afirmaram, sobre quem será o primeiro-ministro, quanto tempo as forças de paz das Nações Unidas permanecerão no país e quanto tempo será necessário para a conquista completa da normalidade. "Préval era unha e carne com Aristide. Eu também fui aristidiano, como 80% da população, mas depois percebi que ele não atendia às expectativas e promessas", disse Smarth. Exilado durante 11 anos no Chile, por ter sido perseguido pela ditadura de Jean Claude Devalier (1971-1986), Smarth diz que o fato de Préval e Aristide terem sido tão próximos no passado gera dúvidas sobre a capacidade de independência do ex-poderoso. "Mas é preciso dar uma chance a Préval para que faça um bom governo. Até porque a população não vai aceitar uma oposição forte." Tradição O Haiti, que foi colonizado pelos franceses e tem população de cerca de sete milhões de habitantes, não possui Forças Armadas - desmanteladas por Aristide. Segundo Gaillard, muitos haitianos já questionam a presença dos militares da Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti), liderada pelo Brasil, nas ruas da capital, Porto Príncipe. "Nós sabemos que o país não estaria em pé, que a revolução não terminaria sem os militares (estrangeiros). Mas apesar da simpatia dos haitianos pelos brasileiros, muitos perguntam até quando será necessária a presença deles." Gaillard e Smarth participaram em Santo Domingo, capital da República Dominicana, vizinha do Haiti, de um encontro para aproximar os dois países, que têm históricas diferenças e disputas políticas, econômicas e sociais. Eles afirmam que os três partidos que disputaram as eleições com Préval vão oferecer total apoio no Parlamento. Na opinião de Smarth, que recentemente voltou a falar com Préval, a expectativa é que o novo governo seja pragmático, voltado para obras e com tendência a uma economia liberal, sem abandonar, "de forma alguma", o drama social do país mais pobre da América Latina. "Um dos braços fortes deste drama são as gangues. Eles não são muitos, mas têm capacidade e armas suficientes para parar Porto Príncipe", destacou Gaillard. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

A cinco dias da posse do presidente eleito do Haiti, René Préval, neste domingo, haitianos temem a volta da violência que assolava o país até a sua eleição. Para o porta-voz do partido Fusão Haitiana dos Social-democratas do Haiti, Michael Gaillard, a situação "melhorou muito" em relação ao período anterior à eleição presidencial, mas ainda "há medo do retorno das gangues". "Ainda não há atmosfera de estabilidade no país e existem dúvidas sobre o papel das gangues depois da posse de Préval", disse Gaillard. Préval foi eleito em fevereiro com o apoio da população e das gangues que têm esperança que ele abra caminho para a volta do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, derrocado em 2004. Apoio a Préval Em entrevista à BBC Brasil, Gaillard, conhecido como ?Micha?, e o ex-primeiro-ministro do governo anterior de Préval, Rosny Smarth, afirmaram que o "sentimento geral" dos haitianos é de apoiar a nova gestão. "Todos querem que funcione, que dê certo. Mas isso não significa que não estaremos vigilantes", disse Smarth. Smarth (1996-1997) renunciou ao cargo, em meio a disputas com o então presidente Preval. Na ocasião, o Haiti viveu 17 meses de parlamentarismo sem um primeiro-ministro. Para Smarth, o sucesso do novo governo dependerá da capacidade de Préval de provar que vai administrar sem a influência de Aristide. "Ninguém pode descartar que a sombra de Aristide não tenha força no Haiti para provocar certos desequilíbrios e alguns obstáculos para o governo", disse Smarth. "Bases aristidianas voltaram a dizer estes dias que vão se mobilizar para exigir o retorno do ex-presidente. E isso é preocupante." Para o ex-premiê, o Haiti está numa encruzilhada e a volta de Aristide dependerá do sucesso ou fracasso do novo governo. Normalidade Smarth, Gaillard e outros representantes políticos vão sugerir a Préval "um governo de coalizão com a participação de ministros de diferentes partidos, para que reforce a governabilidade". Mas ainda existem dúvidas, como afirmaram, sobre quem será o primeiro-ministro, quanto tempo as forças de paz das Nações Unidas permanecerão no país e quanto tempo será necessário para a conquista completa da normalidade. "Préval era unha e carne com Aristide. Eu também fui aristidiano, como 80% da população, mas depois percebi que ele não atendia às expectativas e promessas", disse Smarth. Exilado durante 11 anos no Chile, por ter sido perseguido pela ditadura de Jean Claude Devalier (1971-1986), Smarth diz que o fato de Préval e Aristide terem sido tão próximos no passado gera dúvidas sobre a capacidade de independência do ex-poderoso. "Mas é preciso dar uma chance a Préval para que faça um bom governo. Até porque a população não vai aceitar uma oposição forte." Tradição O Haiti, que foi colonizado pelos franceses e tem população de cerca de sete milhões de habitantes, não possui Forças Armadas - desmanteladas por Aristide. Segundo Gaillard, muitos haitianos já questionam a presença dos militares da Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti), liderada pelo Brasil, nas ruas da capital, Porto Príncipe. "Nós sabemos que o país não estaria em pé, que a revolução não terminaria sem os militares (estrangeiros). Mas apesar da simpatia dos haitianos pelos brasileiros, muitos perguntam até quando será necessária a presença deles." Gaillard e Smarth participaram em Santo Domingo, capital da República Dominicana, vizinha do Haiti, de um encontro para aproximar os dois países, que têm históricas diferenças e disputas políticas, econômicas e sociais. Eles afirmam que os três partidos que disputaram as eleições com Préval vão oferecer total apoio no Parlamento. Na opinião de Smarth, que recentemente voltou a falar com Préval, a expectativa é que o novo governo seja pragmático, voltado para obras e com tendência a uma economia liberal, sem abandonar, "de forma alguma", o drama social do país mais pobre da América Latina. "Um dos braços fortes deste drama são as gangues. Eles não são muitos, mas têm capacidade e armas suficientes para parar Porto Príncipe", destacou Gaillard. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

A cinco dias da posse do presidente eleito do Haiti, René Préval, neste domingo, haitianos temem a volta da violência que assolava o país até a sua eleição. Para o porta-voz do partido Fusão Haitiana dos Social-democratas do Haiti, Michael Gaillard, a situação "melhorou muito" em relação ao período anterior à eleição presidencial, mas ainda "há medo do retorno das gangues". "Ainda não há atmosfera de estabilidade no país e existem dúvidas sobre o papel das gangues depois da posse de Préval", disse Gaillard. Préval foi eleito em fevereiro com o apoio da população e das gangues que têm esperança que ele abra caminho para a volta do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, derrocado em 2004. Apoio a Préval Em entrevista à BBC Brasil, Gaillard, conhecido como ?Micha?, e o ex-primeiro-ministro do governo anterior de Préval, Rosny Smarth, afirmaram que o "sentimento geral" dos haitianos é de apoiar a nova gestão. "Todos querem que funcione, que dê certo. Mas isso não significa que não estaremos vigilantes", disse Smarth. Smarth (1996-1997) renunciou ao cargo, em meio a disputas com o então presidente Preval. Na ocasião, o Haiti viveu 17 meses de parlamentarismo sem um primeiro-ministro. Para Smarth, o sucesso do novo governo dependerá da capacidade de Préval de provar que vai administrar sem a influência de Aristide. "Ninguém pode descartar que a sombra de Aristide não tenha força no Haiti para provocar certos desequilíbrios e alguns obstáculos para o governo", disse Smarth. "Bases aristidianas voltaram a dizer estes dias que vão se mobilizar para exigir o retorno do ex-presidente. E isso é preocupante." Para o ex-premiê, o Haiti está numa encruzilhada e a volta de Aristide dependerá do sucesso ou fracasso do novo governo. Normalidade Smarth, Gaillard e outros representantes políticos vão sugerir a Préval "um governo de coalizão com a participação de ministros de diferentes partidos, para que reforce a governabilidade". Mas ainda existem dúvidas, como afirmaram, sobre quem será o primeiro-ministro, quanto tempo as forças de paz das Nações Unidas permanecerão no país e quanto tempo será necessário para a conquista completa da normalidade. "Préval era unha e carne com Aristide. Eu também fui aristidiano, como 80% da população, mas depois percebi que ele não atendia às expectativas e promessas", disse Smarth. Exilado durante 11 anos no Chile, por ter sido perseguido pela ditadura de Jean Claude Devalier (1971-1986), Smarth diz que o fato de Préval e Aristide terem sido tão próximos no passado gera dúvidas sobre a capacidade de independência do ex-poderoso. "Mas é preciso dar uma chance a Préval para que faça um bom governo. Até porque a população não vai aceitar uma oposição forte." Tradição O Haiti, que foi colonizado pelos franceses e tem população de cerca de sete milhões de habitantes, não possui Forças Armadas - desmanteladas por Aristide. Segundo Gaillard, muitos haitianos já questionam a presença dos militares da Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti), liderada pelo Brasil, nas ruas da capital, Porto Príncipe. "Nós sabemos que o país não estaria em pé, que a revolução não terminaria sem os militares (estrangeiros). Mas apesar da simpatia dos haitianos pelos brasileiros, muitos perguntam até quando será necessária a presença deles." Gaillard e Smarth participaram em Santo Domingo, capital da República Dominicana, vizinha do Haiti, de um encontro para aproximar os dois países, que têm históricas diferenças e disputas políticas, econômicas e sociais. Eles afirmam que os três partidos que disputaram as eleições com Préval vão oferecer total apoio no Parlamento. Na opinião de Smarth, que recentemente voltou a falar com Préval, a expectativa é que o novo governo seja pragmático, voltado para obras e com tendência a uma economia liberal, sem abandonar, "de forma alguma", o drama social do país mais pobre da América Latina. "Um dos braços fortes deste drama são as gangues. Eles não são muitos, mas têm capacidade e armas suficientes para parar Porto Príncipe", destacou Gaillard. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

A cinco dias da posse do presidente eleito do Haiti, René Préval, neste domingo, haitianos temem a volta da violência que assolava o país até a sua eleição. Para o porta-voz do partido Fusão Haitiana dos Social-democratas do Haiti, Michael Gaillard, a situação "melhorou muito" em relação ao período anterior à eleição presidencial, mas ainda "há medo do retorno das gangues". "Ainda não há atmosfera de estabilidade no país e existem dúvidas sobre o papel das gangues depois da posse de Préval", disse Gaillard. Préval foi eleito em fevereiro com o apoio da população e das gangues que têm esperança que ele abra caminho para a volta do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, derrocado em 2004. Apoio a Préval Em entrevista à BBC Brasil, Gaillard, conhecido como ?Micha?, e o ex-primeiro-ministro do governo anterior de Préval, Rosny Smarth, afirmaram que o "sentimento geral" dos haitianos é de apoiar a nova gestão. "Todos querem que funcione, que dê certo. Mas isso não significa que não estaremos vigilantes", disse Smarth. Smarth (1996-1997) renunciou ao cargo, em meio a disputas com o então presidente Preval. Na ocasião, o Haiti viveu 17 meses de parlamentarismo sem um primeiro-ministro. Para Smarth, o sucesso do novo governo dependerá da capacidade de Préval de provar que vai administrar sem a influência de Aristide. "Ninguém pode descartar que a sombra de Aristide não tenha força no Haiti para provocar certos desequilíbrios e alguns obstáculos para o governo", disse Smarth. "Bases aristidianas voltaram a dizer estes dias que vão se mobilizar para exigir o retorno do ex-presidente. E isso é preocupante." Para o ex-premiê, o Haiti está numa encruzilhada e a volta de Aristide dependerá do sucesso ou fracasso do novo governo. Normalidade Smarth, Gaillard e outros representantes políticos vão sugerir a Préval "um governo de coalizão com a participação de ministros de diferentes partidos, para que reforce a governabilidade". Mas ainda existem dúvidas, como afirmaram, sobre quem será o primeiro-ministro, quanto tempo as forças de paz das Nações Unidas permanecerão no país e quanto tempo será necessário para a conquista completa da normalidade. "Préval era unha e carne com Aristide. Eu também fui aristidiano, como 80% da população, mas depois percebi que ele não atendia às expectativas e promessas", disse Smarth. Exilado durante 11 anos no Chile, por ter sido perseguido pela ditadura de Jean Claude Devalier (1971-1986), Smarth diz que o fato de Préval e Aristide terem sido tão próximos no passado gera dúvidas sobre a capacidade de independência do ex-poderoso. "Mas é preciso dar uma chance a Préval para que faça um bom governo. Até porque a população não vai aceitar uma oposição forte." Tradição O Haiti, que foi colonizado pelos franceses e tem população de cerca de sete milhões de habitantes, não possui Forças Armadas - desmanteladas por Aristide. Segundo Gaillard, muitos haitianos já questionam a presença dos militares da Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti), liderada pelo Brasil, nas ruas da capital, Porto Príncipe. "Nós sabemos que o país não estaria em pé, que a revolução não terminaria sem os militares (estrangeiros). Mas apesar da simpatia dos haitianos pelos brasileiros, muitos perguntam até quando será necessária a presença deles." Gaillard e Smarth participaram em Santo Domingo, capital da República Dominicana, vizinha do Haiti, de um encontro para aproximar os dois países, que têm históricas diferenças e disputas políticas, econômicas e sociais. Eles afirmam que os três partidos que disputaram as eleições com Préval vão oferecer total apoio no Parlamento. Na opinião de Smarth, que recentemente voltou a falar com Préval, a expectativa é que o novo governo seja pragmático, voltado para obras e com tendência a uma economia liberal, sem abandonar, "de forma alguma", o drama social do país mais pobre da América Latina. "Um dos braços fortes deste drama são as gangues. Eles não são muitos, mas têm capacidade e armas suficientes para parar Porto Príncipe", destacou Gaillard. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.