A briga pela terra em Hong Kong: manter clubes de golfe ou construir habitações?


Preços dos imóveis de Hong Kong atingiram os patamares mais elevados do mundo

Por Mary Hui

HONG KONG - O Clube de Golfe de Hong Kong é um enclave privilegiado criado há 129 anos, cujo traçado normal antigamente atendia às necessidades dos governantes da colônia britânica, mas hoje, o seu estacionamento está lotado de Teslas e Porsches de sua elite chinesa.

Mais recentemente, este enorme clube, com 54 buracos, tornou-se o foco de um debate sobre o uso do recurso mais escasso e valioso de Hong Kong: a terra.

“O golfe é um esporte britânico”, disse Ng Cheuk-hang, 23, porta-voz da Land Justive League, um grupo ativista que quer que o terreno seja reurbanizado e destinado à construção de habitações para pessoas de baixa renda. “Não é um esporte do povo, e ele cria enormes injustiças sociais”.

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Yoshihiro Nishi, 51, o presidente da Hong Kong Golf Association, grupo que representa quatro clubes de golfe privados da cidade, acha que os ativistas estão levando a questão para o lado político. 

“Todos os membros do Clube de Golfe de Hong Kong compreendem a necessidade de habitações na cidade”, afirmou Nishi. “Mas não é preciso transformar a questão em uma briga entre os que têm e os que não têm”.

A briga pela terra em Hong Kong: manter clubes de golfe ou construir habitações? Foto: AFP
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Os preços dos imóveis de Hong Kong atingiram os patamares mais elevados do mundo; as famílias de funcionários do setor administrativo e da classe média não têm mais acesso a este mercado. A prefeitura busca lugares para construir - as margens dos parques públicos, algumas fazendas remanescentes, aterros e áreas industriais reurbanizadas, como antigos estacionamentos para contêineres.

Grande parte destes terrenos montanhosos e densamente povoados com mais de sete milhões de habitantes foi tomada por arranha-céus, shopping centers e concreto em geral.

Os campos de golfe e outros clubes de recreação privados - que recebem um tratamento especial desde a época em que a cidade procurava tornar-se um centro atraente para banqueiros e executivos - também enfrentam protestos em que a crise do uso da terra é atribuída a questões mais graves de desigualdade econômica e declínio da mobilidade social. Frequentemente, o aluguel destes imóveis cobrado pelo governo é muito inferior ao do mercado.

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Em março, os manifestantes invadiram o Clube de Golfe de Hong Kong no bairro de Fanling, e aos gritos de “Terra para todos!” e “Queremos habitações populares”, ocuparam um campo. Um mês mais tarde, os manifestantes entraram em confronto com os seguranças, e um golfista foi visto agarrar um manifestante pelo pescoço e jogá-lo no chão.

Um relatório divulgado recentemente pelo governo propôs que o clube de 170 hectares fosse reurbanizado totalmente ou em parte para a construção de habitações e outros usos públicos. Segundo estimativas, no campo poderiam ser construídos prédios com 13,2 mil apartamentos, e a possibilidade de abrigar 37 mil pessoas. O clube é um dos seis campos de golfe e 24 clubes esportivos privados alugados pelo governo que, em conjunto, ocupam uma área de 330 hectares e atendem a 56 mil membros.

Yam Chun, 24, organizadora comunitária para a Concerning Grassroots’ Housing Rights Alliance, disse que viveu toda a sua vida em apartamentos superlotados subdivididos. “Quando minha família e eu ainda estávamos à espera de uma habitação pública, pensei: Será que Hong Kong não tem mesmo terra suficiente?” indagou. “Agora sou uma pessoa adulta, e me dou conta de que o problema real está uma injusta distribuição da terra”.

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No entanto, alguns afirmam que acabar com o campo de golfe seria prejudicial para Hong Kong.

“Não se pode ter uma cidade cercada de muros de concreto”, disse Arnold Wong, 44, o capitão do Clube de Golfe de Hong Kong.

HONG KONG - O Clube de Golfe de Hong Kong é um enclave privilegiado criado há 129 anos, cujo traçado normal antigamente atendia às necessidades dos governantes da colônia britânica, mas hoje, o seu estacionamento está lotado de Teslas e Porsches de sua elite chinesa.

Mais recentemente, este enorme clube, com 54 buracos, tornou-se o foco de um debate sobre o uso do recurso mais escasso e valioso de Hong Kong: a terra.

“O golfe é um esporte britânico”, disse Ng Cheuk-hang, 23, porta-voz da Land Justive League, um grupo ativista que quer que o terreno seja reurbanizado e destinado à construção de habitações para pessoas de baixa renda. “Não é um esporte do povo, e ele cria enormes injustiças sociais”.

Yoshihiro Nishi, 51, o presidente da Hong Kong Golf Association, grupo que representa quatro clubes de golfe privados da cidade, acha que os ativistas estão levando a questão para o lado político. 

“Todos os membros do Clube de Golfe de Hong Kong compreendem a necessidade de habitações na cidade”, afirmou Nishi. “Mas não é preciso transformar a questão em uma briga entre os que têm e os que não têm”.

A briga pela terra em Hong Kong: manter clubes de golfe ou construir habitações? Foto: AFP

Os preços dos imóveis de Hong Kong atingiram os patamares mais elevados do mundo; as famílias de funcionários do setor administrativo e da classe média não têm mais acesso a este mercado. A prefeitura busca lugares para construir - as margens dos parques públicos, algumas fazendas remanescentes, aterros e áreas industriais reurbanizadas, como antigos estacionamentos para contêineres.

Grande parte destes terrenos montanhosos e densamente povoados com mais de sete milhões de habitantes foi tomada por arranha-céus, shopping centers e concreto em geral.

Os campos de golfe e outros clubes de recreação privados - que recebem um tratamento especial desde a época em que a cidade procurava tornar-se um centro atraente para banqueiros e executivos - também enfrentam protestos em que a crise do uso da terra é atribuída a questões mais graves de desigualdade econômica e declínio da mobilidade social. Frequentemente, o aluguel destes imóveis cobrado pelo governo é muito inferior ao do mercado.

Em março, os manifestantes invadiram o Clube de Golfe de Hong Kong no bairro de Fanling, e aos gritos de “Terra para todos!” e “Queremos habitações populares”, ocuparam um campo. Um mês mais tarde, os manifestantes entraram em confronto com os seguranças, e um golfista foi visto agarrar um manifestante pelo pescoço e jogá-lo no chão.

Um relatório divulgado recentemente pelo governo propôs que o clube de 170 hectares fosse reurbanizado totalmente ou em parte para a construção de habitações e outros usos públicos. Segundo estimativas, no campo poderiam ser construídos prédios com 13,2 mil apartamentos, e a possibilidade de abrigar 37 mil pessoas. O clube é um dos seis campos de golfe e 24 clubes esportivos privados alugados pelo governo que, em conjunto, ocupam uma área de 330 hectares e atendem a 56 mil membros.

Yam Chun, 24, organizadora comunitária para a Concerning Grassroots’ Housing Rights Alliance, disse que viveu toda a sua vida em apartamentos superlotados subdivididos. “Quando minha família e eu ainda estávamos à espera de uma habitação pública, pensei: Será que Hong Kong não tem mesmo terra suficiente?” indagou. “Agora sou uma pessoa adulta, e me dou conta de que o problema real está uma injusta distribuição da terra”.

No entanto, alguns afirmam que acabar com o campo de golfe seria prejudicial para Hong Kong.

“Não se pode ter uma cidade cercada de muros de concreto”, disse Arnold Wong, 44, o capitão do Clube de Golfe de Hong Kong.

HONG KONG - O Clube de Golfe de Hong Kong é um enclave privilegiado criado há 129 anos, cujo traçado normal antigamente atendia às necessidades dos governantes da colônia britânica, mas hoje, o seu estacionamento está lotado de Teslas e Porsches de sua elite chinesa.

Mais recentemente, este enorme clube, com 54 buracos, tornou-se o foco de um debate sobre o uso do recurso mais escasso e valioso de Hong Kong: a terra.

“O golfe é um esporte britânico”, disse Ng Cheuk-hang, 23, porta-voz da Land Justive League, um grupo ativista que quer que o terreno seja reurbanizado e destinado à construção de habitações para pessoas de baixa renda. “Não é um esporte do povo, e ele cria enormes injustiças sociais”.

Yoshihiro Nishi, 51, o presidente da Hong Kong Golf Association, grupo que representa quatro clubes de golfe privados da cidade, acha que os ativistas estão levando a questão para o lado político. 

“Todos os membros do Clube de Golfe de Hong Kong compreendem a necessidade de habitações na cidade”, afirmou Nishi. “Mas não é preciso transformar a questão em uma briga entre os que têm e os que não têm”.

A briga pela terra em Hong Kong: manter clubes de golfe ou construir habitações? Foto: AFP

Os preços dos imóveis de Hong Kong atingiram os patamares mais elevados do mundo; as famílias de funcionários do setor administrativo e da classe média não têm mais acesso a este mercado. A prefeitura busca lugares para construir - as margens dos parques públicos, algumas fazendas remanescentes, aterros e áreas industriais reurbanizadas, como antigos estacionamentos para contêineres.

Grande parte destes terrenos montanhosos e densamente povoados com mais de sete milhões de habitantes foi tomada por arranha-céus, shopping centers e concreto em geral.

Os campos de golfe e outros clubes de recreação privados - que recebem um tratamento especial desde a época em que a cidade procurava tornar-se um centro atraente para banqueiros e executivos - também enfrentam protestos em que a crise do uso da terra é atribuída a questões mais graves de desigualdade econômica e declínio da mobilidade social. Frequentemente, o aluguel destes imóveis cobrado pelo governo é muito inferior ao do mercado.

Em março, os manifestantes invadiram o Clube de Golfe de Hong Kong no bairro de Fanling, e aos gritos de “Terra para todos!” e “Queremos habitações populares”, ocuparam um campo. Um mês mais tarde, os manifestantes entraram em confronto com os seguranças, e um golfista foi visto agarrar um manifestante pelo pescoço e jogá-lo no chão.

Um relatório divulgado recentemente pelo governo propôs que o clube de 170 hectares fosse reurbanizado totalmente ou em parte para a construção de habitações e outros usos públicos. Segundo estimativas, no campo poderiam ser construídos prédios com 13,2 mil apartamentos, e a possibilidade de abrigar 37 mil pessoas. O clube é um dos seis campos de golfe e 24 clubes esportivos privados alugados pelo governo que, em conjunto, ocupam uma área de 330 hectares e atendem a 56 mil membros.

Yam Chun, 24, organizadora comunitária para a Concerning Grassroots’ Housing Rights Alliance, disse que viveu toda a sua vida em apartamentos superlotados subdivididos. “Quando minha família e eu ainda estávamos à espera de uma habitação pública, pensei: Será que Hong Kong não tem mesmo terra suficiente?” indagou. “Agora sou uma pessoa adulta, e me dou conta de que o problema real está uma injusta distribuição da terra”.

No entanto, alguns afirmam que acabar com o campo de golfe seria prejudicial para Hong Kong.

“Não se pode ter uma cidade cercada de muros de concreto”, disse Arnold Wong, 44, o capitão do Clube de Golfe de Hong Kong.

HONG KONG - O Clube de Golfe de Hong Kong é um enclave privilegiado criado há 129 anos, cujo traçado normal antigamente atendia às necessidades dos governantes da colônia britânica, mas hoje, o seu estacionamento está lotado de Teslas e Porsches de sua elite chinesa.

Mais recentemente, este enorme clube, com 54 buracos, tornou-se o foco de um debate sobre o uso do recurso mais escasso e valioso de Hong Kong: a terra.

“O golfe é um esporte britânico”, disse Ng Cheuk-hang, 23, porta-voz da Land Justive League, um grupo ativista que quer que o terreno seja reurbanizado e destinado à construção de habitações para pessoas de baixa renda. “Não é um esporte do povo, e ele cria enormes injustiças sociais”.

Yoshihiro Nishi, 51, o presidente da Hong Kong Golf Association, grupo que representa quatro clubes de golfe privados da cidade, acha que os ativistas estão levando a questão para o lado político. 

“Todos os membros do Clube de Golfe de Hong Kong compreendem a necessidade de habitações na cidade”, afirmou Nishi. “Mas não é preciso transformar a questão em uma briga entre os que têm e os que não têm”.

A briga pela terra em Hong Kong: manter clubes de golfe ou construir habitações? Foto: AFP

Os preços dos imóveis de Hong Kong atingiram os patamares mais elevados do mundo; as famílias de funcionários do setor administrativo e da classe média não têm mais acesso a este mercado. A prefeitura busca lugares para construir - as margens dos parques públicos, algumas fazendas remanescentes, aterros e áreas industriais reurbanizadas, como antigos estacionamentos para contêineres.

Grande parte destes terrenos montanhosos e densamente povoados com mais de sete milhões de habitantes foi tomada por arranha-céus, shopping centers e concreto em geral.

Os campos de golfe e outros clubes de recreação privados - que recebem um tratamento especial desde a época em que a cidade procurava tornar-se um centro atraente para banqueiros e executivos - também enfrentam protestos em que a crise do uso da terra é atribuída a questões mais graves de desigualdade econômica e declínio da mobilidade social. Frequentemente, o aluguel destes imóveis cobrado pelo governo é muito inferior ao do mercado.

Em março, os manifestantes invadiram o Clube de Golfe de Hong Kong no bairro de Fanling, e aos gritos de “Terra para todos!” e “Queremos habitações populares”, ocuparam um campo. Um mês mais tarde, os manifestantes entraram em confronto com os seguranças, e um golfista foi visto agarrar um manifestante pelo pescoço e jogá-lo no chão.

Um relatório divulgado recentemente pelo governo propôs que o clube de 170 hectares fosse reurbanizado totalmente ou em parte para a construção de habitações e outros usos públicos. Segundo estimativas, no campo poderiam ser construídos prédios com 13,2 mil apartamentos, e a possibilidade de abrigar 37 mil pessoas. O clube é um dos seis campos de golfe e 24 clubes esportivos privados alugados pelo governo que, em conjunto, ocupam uma área de 330 hectares e atendem a 56 mil membros.

Yam Chun, 24, organizadora comunitária para a Concerning Grassroots’ Housing Rights Alliance, disse que viveu toda a sua vida em apartamentos superlotados subdivididos. “Quando minha família e eu ainda estávamos à espera de uma habitação pública, pensei: Será que Hong Kong não tem mesmo terra suficiente?” indagou. “Agora sou uma pessoa adulta, e me dou conta de que o problema real está uma injusta distribuição da terra”.

No entanto, alguns afirmam que acabar com o campo de golfe seria prejudicial para Hong Kong.

“Não se pode ter uma cidade cercada de muros de concreto”, disse Arnold Wong, 44, o capitão do Clube de Golfe de Hong Kong.

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