Os anéis de Saturno são como um sismômetro que revela o núcleo do planeta


Convulsões no interior do planeta são detectadas na região conhecida como anel C e ajudam os cientistas a entenderem o que há lá dentro

Por Robin George Andrews

Os anéis de gelo de Saturno não são apenas maravilhas estéticas. Um deles também registra uma bela trilha sonora planetária.

O interior do planeta, escondido sob uma mortalha de gás hidrogênio em sua maior parte, convulsiona. Isso causa mudanças no campo gravitacional local, que atrai as partículas do expansivo anel C de Saturno e as faz dançar. Esses movimentos idiossincráticos podem assumir a forma de ondas espirais, e conjuntos distintos de ondas revelam as características de particularidades do interior de Saturno.

Saturno visto pela the Cassi em 2017. Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute via The New York Times
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Dizendo de outra forma, Saturno é uma orquestra. Notas diferentes estão aparecendo no anel C, como em partituras. Os cientistas podem ler essas notas, ouvir a música, identificar os instrumentos individuais e músicos que tocam - tudo sem jamais ver a própria orquestra.

Usando dados da missão Cassini que terminou em 2017, os cientistas ouviram e desconstruíram uma variedade de sinfonias no anel C de Saturno ao longo dos anos. Agora, dois pesquisadores do Institute of Technology da Califórnia - Christopher Mankovich, um cientista planetário, e Jim Fuller, um astrofísico teórico - decodificaram o suficiente desta música para ouvir os sons de uma das partes mais intrigantes de Saturno: seu núcleo.

De acordo com seu artigo, publicado em agosto na revista Nature Astronomy, o núcleo é colossal: constitui 60% do raio do planeta e tem 55 vezes a massa da Terra. E, ao contrário do aglomerado sólido ordenado de matéria metálica, rochosa ou gelada encontrada em outros mundos, o núcleo de Saturno é um amálgama caótico de rochas variadas e gelo misturado com uma forma metálica fluida de hidrogênio. As descobertas aproximam os pesquisadores da compreensão de como Saturno - e outros colossos gasosos como ele, incluindo Júpiter - nasceu.

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“É uma história muito bonita”, disse Linda Spilker, cientista do projeto para a missão Cassini no Jet Propulsion Laboratory da NASA, que não estava envolvida com o trabalho.

As entranhas geológicas da Terra, da lua e (mais recentemente) de Marte foram mapeadas com sismômetros, instrumentos que registram as viagens das ondas sísmicas que se movem pelo planeta e se comportam de maneira diferente à medida que atravessam camadas mecanicamente diferentes. Saturno, que não tem uma superfície sólida, torna esse tipo de trabalho de detetive impossível.

A nave espacial em órbita pode, grosso modo, mapear uma estrutura interna da camada do bolo de um planeta gasoso, detectando mudanças sutis na gravidade. Mas o núcleo de Saturno tem um efeito tão fraco no campo gravitacional do planeta que esse truque não pode ser usado para visualizá-lo com precisão.

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Anéis C e D de Saturno. Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute via The New York Times

Felizmente, o movimento do anel C de Saturno revelou o que as técnicas tradicionais não conseguem. Nas últimas três décadas, os cientistas têm observado as estranhas ondas espirais do anel por meio de imagens das missões Voyager e Cassini. E eles concluíram, finalmente, que essas espirais estão sendo causadas por oscilações gigantescas em Saturno.

“São apenas terremotos constantes que existem em todo o planeta”, disse Mankovich.

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É uma técnica conhecida como “cronoseismologia”: “kronos” é a palavra grega para Saturno, e “seismo” relaciona-se aos tremores. Em 2019, ela foi usada para resolver outro quebra-cabeça: Quanto dura um dia em Saturno? (Cerca de 10 1/2 horas terrestres.)

Agora o núcleo de Saturno foi iluminado. Modelos mais antigos retratavam o planeta como se fosse um globo com camadas distintas. A cronoseismologia revelou a confusa verdade. O núcleo é composto não apenas por rocha e gelo, mas também por hidrogênio metálico fluido, que anteriormente era considerado uma camada separada. Há mais rocha e gelo em seu centro, e mais hidrogênio metálico fluido em suas bordas externas - mas, por toda parte, tudo é misturado em um coquetel caótico. Junto com a mudança de transição de fluido para hidrogênio gasoso mais acima, este artigo pinta Saturno como uma grande bola difusa.

Apesar do sucesso contínuo da técnica, os cientistas ainda não sabem o que está fazendo o núcleo oscilar e criar aquelas ondas espirais no anel C. A Terra ressoa como um sino quando é balançada por poderosos tremores tectônicos.

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“Mas Saturno é fluido, então onde estão os terremotos?” perguntou Mark Marley, um cientista planetário da Universidade do Arizona e um dos pioneiros da cronoseismologia que não estava envolvido com o trabalho.

Podemos finalmente conhecer os músicos da orquestra, mas a busca por seu esquivo maestro continua. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

The New York Times Licensing Group - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times

Os anéis de gelo de Saturno não são apenas maravilhas estéticas. Um deles também registra uma bela trilha sonora planetária.

O interior do planeta, escondido sob uma mortalha de gás hidrogênio em sua maior parte, convulsiona. Isso causa mudanças no campo gravitacional local, que atrai as partículas do expansivo anel C de Saturno e as faz dançar. Esses movimentos idiossincráticos podem assumir a forma de ondas espirais, e conjuntos distintos de ondas revelam as características de particularidades do interior de Saturno.

Saturno visto pela the Cassi em 2017. Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute via The New York Times

Dizendo de outra forma, Saturno é uma orquestra. Notas diferentes estão aparecendo no anel C, como em partituras. Os cientistas podem ler essas notas, ouvir a música, identificar os instrumentos individuais e músicos que tocam - tudo sem jamais ver a própria orquestra.

Usando dados da missão Cassini que terminou em 2017, os cientistas ouviram e desconstruíram uma variedade de sinfonias no anel C de Saturno ao longo dos anos. Agora, dois pesquisadores do Institute of Technology da Califórnia - Christopher Mankovich, um cientista planetário, e Jim Fuller, um astrofísico teórico - decodificaram o suficiente desta música para ouvir os sons de uma das partes mais intrigantes de Saturno: seu núcleo.

De acordo com seu artigo, publicado em agosto na revista Nature Astronomy, o núcleo é colossal: constitui 60% do raio do planeta e tem 55 vezes a massa da Terra. E, ao contrário do aglomerado sólido ordenado de matéria metálica, rochosa ou gelada encontrada em outros mundos, o núcleo de Saturno é um amálgama caótico de rochas variadas e gelo misturado com uma forma metálica fluida de hidrogênio. As descobertas aproximam os pesquisadores da compreensão de como Saturno - e outros colossos gasosos como ele, incluindo Júpiter - nasceu.

“É uma história muito bonita”, disse Linda Spilker, cientista do projeto para a missão Cassini no Jet Propulsion Laboratory da NASA, que não estava envolvida com o trabalho.

As entranhas geológicas da Terra, da lua e (mais recentemente) de Marte foram mapeadas com sismômetros, instrumentos que registram as viagens das ondas sísmicas que se movem pelo planeta e se comportam de maneira diferente à medida que atravessam camadas mecanicamente diferentes. Saturno, que não tem uma superfície sólida, torna esse tipo de trabalho de detetive impossível.

A nave espacial em órbita pode, grosso modo, mapear uma estrutura interna da camada do bolo de um planeta gasoso, detectando mudanças sutis na gravidade. Mas o núcleo de Saturno tem um efeito tão fraco no campo gravitacional do planeta que esse truque não pode ser usado para visualizá-lo com precisão.

Anéis C e D de Saturno. Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute via The New York Times

Felizmente, o movimento do anel C de Saturno revelou o que as técnicas tradicionais não conseguem. Nas últimas três décadas, os cientistas têm observado as estranhas ondas espirais do anel por meio de imagens das missões Voyager e Cassini. E eles concluíram, finalmente, que essas espirais estão sendo causadas por oscilações gigantescas em Saturno.

“São apenas terremotos constantes que existem em todo o planeta”, disse Mankovich.

É uma técnica conhecida como “cronoseismologia”: “kronos” é a palavra grega para Saturno, e “seismo” relaciona-se aos tremores. Em 2019, ela foi usada para resolver outro quebra-cabeça: Quanto dura um dia em Saturno? (Cerca de 10 1/2 horas terrestres.)

Agora o núcleo de Saturno foi iluminado. Modelos mais antigos retratavam o planeta como se fosse um globo com camadas distintas. A cronoseismologia revelou a confusa verdade. O núcleo é composto não apenas por rocha e gelo, mas também por hidrogênio metálico fluido, que anteriormente era considerado uma camada separada. Há mais rocha e gelo em seu centro, e mais hidrogênio metálico fluido em suas bordas externas - mas, por toda parte, tudo é misturado em um coquetel caótico. Junto com a mudança de transição de fluido para hidrogênio gasoso mais acima, este artigo pinta Saturno como uma grande bola difusa.

Apesar do sucesso contínuo da técnica, os cientistas ainda não sabem o que está fazendo o núcleo oscilar e criar aquelas ondas espirais no anel C. A Terra ressoa como um sino quando é balançada por poderosos tremores tectônicos.

“Mas Saturno é fluido, então onde estão os terremotos?” perguntou Mark Marley, um cientista planetário da Universidade do Arizona e um dos pioneiros da cronoseismologia que não estava envolvido com o trabalho.

Podemos finalmente conhecer os músicos da orquestra, mas a busca por seu esquivo maestro continua. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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Os anéis de gelo de Saturno não são apenas maravilhas estéticas. Um deles também registra uma bela trilha sonora planetária.

O interior do planeta, escondido sob uma mortalha de gás hidrogênio em sua maior parte, convulsiona. Isso causa mudanças no campo gravitacional local, que atrai as partículas do expansivo anel C de Saturno e as faz dançar. Esses movimentos idiossincráticos podem assumir a forma de ondas espirais, e conjuntos distintos de ondas revelam as características de particularidades do interior de Saturno.

Saturno visto pela the Cassi em 2017. Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute via The New York Times

Dizendo de outra forma, Saturno é uma orquestra. Notas diferentes estão aparecendo no anel C, como em partituras. Os cientistas podem ler essas notas, ouvir a música, identificar os instrumentos individuais e músicos que tocam - tudo sem jamais ver a própria orquestra.

Usando dados da missão Cassini que terminou em 2017, os cientistas ouviram e desconstruíram uma variedade de sinfonias no anel C de Saturno ao longo dos anos. Agora, dois pesquisadores do Institute of Technology da Califórnia - Christopher Mankovich, um cientista planetário, e Jim Fuller, um astrofísico teórico - decodificaram o suficiente desta música para ouvir os sons de uma das partes mais intrigantes de Saturno: seu núcleo.

De acordo com seu artigo, publicado em agosto na revista Nature Astronomy, o núcleo é colossal: constitui 60% do raio do planeta e tem 55 vezes a massa da Terra. E, ao contrário do aglomerado sólido ordenado de matéria metálica, rochosa ou gelada encontrada em outros mundos, o núcleo de Saturno é um amálgama caótico de rochas variadas e gelo misturado com uma forma metálica fluida de hidrogênio. As descobertas aproximam os pesquisadores da compreensão de como Saturno - e outros colossos gasosos como ele, incluindo Júpiter - nasceu.

“É uma história muito bonita”, disse Linda Spilker, cientista do projeto para a missão Cassini no Jet Propulsion Laboratory da NASA, que não estava envolvida com o trabalho.

As entranhas geológicas da Terra, da lua e (mais recentemente) de Marte foram mapeadas com sismômetros, instrumentos que registram as viagens das ondas sísmicas que se movem pelo planeta e se comportam de maneira diferente à medida que atravessam camadas mecanicamente diferentes. Saturno, que não tem uma superfície sólida, torna esse tipo de trabalho de detetive impossível.

A nave espacial em órbita pode, grosso modo, mapear uma estrutura interna da camada do bolo de um planeta gasoso, detectando mudanças sutis na gravidade. Mas o núcleo de Saturno tem um efeito tão fraco no campo gravitacional do planeta que esse truque não pode ser usado para visualizá-lo com precisão.

Anéis C e D de Saturno. Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute via The New York Times

Felizmente, o movimento do anel C de Saturno revelou o que as técnicas tradicionais não conseguem. Nas últimas três décadas, os cientistas têm observado as estranhas ondas espirais do anel por meio de imagens das missões Voyager e Cassini. E eles concluíram, finalmente, que essas espirais estão sendo causadas por oscilações gigantescas em Saturno.

“São apenas terremotos constantes que existem em todo o planeta”, disse Mankovich.

É uma técnica conhecida como “cronoseismologia”: “kronos” é a palavra grega para Saturno, e “seismo” relaciona-se aos tremores. Em 2019, ela foi usada para resolver outro quebra-cabeça: Quanto dura um dia em Saturno? (Cerca de 10 1/2 horas terrestres.)

Agora o núcleo de Saturno foi iluminado. Modelos mais antigos retratavam o planeta como se fosse um globo com camadas distintas. A cronoseismologia revelou a confusa verdade. O núcleo é composto não apenas por rocha e gelo, mas também por hidrogênio metálico fluido, que anteriormente era considerado uma camada separada. Há mais rocha e gelo em seu centro, e mais hidrogênio metálico fluido em suas bordas externas - mas, por toda parte, tudo é misturado em um coquetel caótico. Junto com a mudança de transição de fluido para hidrogênio gasoso mais acima, este artigo pinta Saturno como uma grande bola difusa.

Apesar do sucesso contínuo da técnica, os cientistas ainda não sabem o que está fazendo o núcleo oscilar e criar aquelas ondas espirais no anel C. A Terra ressoa como um sino quando é balançada por poderosos tremores tectônicos.

“Mas Saturno é fluido, então onde estão os terremotos?” perguntou Mark Marley, um cientista planetário da Universidade do Arizona e um dos pioneiros da cronoseismologia que não estava envolvido com o trabalho.

Podemos finalmente conhecer os músicos da orquestra, mas a busca por seu esquivo maestro continua. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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Os anéis de gelo de Saturno não são apenas maravilhas estéticas. Um deles também registra uma bela trilha sonora planetária.

O interior do planeta, escondido sob uma mortalha de gás hidrogênio em sua maior parte, convulsiona. Isso causa mudanças no campo gravitacional local, que atrai as partículas do expansivo anel C de Saturno e as faz dançar. Esses movimentos idiossincráticos podem assumir a forma de ondas espirais, e conjuntos distintos de ondas revelam as características de particularidades do interior de Saturno.

Saturno visto pela the Cassi em 2017. Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute via The New York Times

Dizendo de outra forma, Saturno é uma orquestra. Notas diferentes estão aparecendo no anel C, como em partituras. Os cientistas podem ler essas notas, ouvir a música, identificar os instrumentos individuais e músicos que tocam - tudo sem jamais ver a própria orquestra.

Usando dados da missão Cassini que terminou em 2017, os cientistas ouviram e desconstruíram uma variedade de sinfonias no anel C de Saturno ao longo dos anos. Agora, dois pesquisadores do Institute of Technology da Califórnia - Christopher Mankovich, um cientista planetário, e Jim Fuller, um astrofísico teórico - decodificaram o suficiente desta música para ouvir os sons de uma das partes mais intrigantes de Saturno: seu núcleo.

De acordo com seu artigo, publicado em agosto na revista Nature Astronomy, o núcleo é colossal: constitui 60% do raio do planeta e tem 55 vezes a massa da Terra. E, ao contrário do aglomerado sólido ordenado de matéria metálica, rochosa ou gelada encontrada em outros mundos, o núcleo de Saturno é um amálgama caótico de rochas variadas e gelo misturado com uma forma metálica fluida de hidrogênio. As descobertas aproximam os pesquisadores da compreensão de como Saturno - e outros colossos gasosos como ele, incluindo Júpiter - nasceu.

“É uma história muito bonita”, disse Linda Spilker, cientista do projeto para a missão Cassini no Jet Propulsion Laboratory da NASA, que não estava envolvida com o trabalho.

As entranhas geológicas da Terra, da lua e (mais recentemente) de Marte foram mapeadas com sismômetros, instrumentos que registram as viagens das ondas sísmicas que se movem pelo planeta e se comportam de maneira diferente à medida que atravessam camadas mecanicamente diferentes. Saturno, que não tem uma superfície sólida, torna esse tipo de trabalho de detetive impossível.

A nave espacial em órbita pode, grosso modo, mapear uma estrutura interna da camada do bolo de um planeta gasoso, detectando mudanças sutis na gravidade. Mas o núcleo de Saturno tem um efeito tão fraco no campo gravitacional do planeta que esse truque não pode ser usado para visualizá-lo com precisão.

Anéis C e D de Saturno. Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute via The New York Times

Felizmente, o movimento do anel C de Saturno revelou o que as técnicas tradicionais não conseguem. Nas últimas três décadas, os cientistas têm observado as estranhas ondas espirais do anel por meio de imagens das missões Voyager e Cassini. E eles concluíram, finalmente, que essas espirais estão sendo causadas por oscilações gigantescas em Saturno.

“São apenas terremotos constantes que existem em todo o planeta”, disse Mankovich.

É uma técnica conhecida como “cronoseismologia”: “kronos” é a palavra grega para Saturno, e “seismo” relaciona-se aos tremores. Em 2019, ela foi usada para resolver outro quebra-cabeça: Quanto dura um dia em Saturno? (Cerca de 10 1/2 horas terrestres.)

Agora o núcleo de Saturno foi iluminado. Modelos mais antigos retratavam o planeta como se fosse um globo com camadas distintas. A cronoseismologia revelou a confusa verdade. O núcleo é composto não apenas por rocha e gelo, mas também por hidrogênio metálico fluido, que anteriormente era considerado uma camada separada. Há mais rocha e gelo em seu centro, e mais hidrogênio metálico fluido em suas bordas externas - mas, por toda parte, tudo é misturado em um coquetel caótico. Junto com a mudança de transição de fluido para hidrogênio gasoso mais acima, este artigo pinta Saturno como uma grande bola difusa.

Apesar do sucesso contínuo da técnica, os cientistas ainda não sabem o que está fazendo o núcleo oscilar e criar aquelas ondas espirais no anel C. A Terra ressoa como um sino quando é balançada por poderosos tremores tectônicos.

“Mas Saturno é fluido, então onde estão os terremotos?” perguntou Mark Marley, um cientista planetário da Universidade do Arizona e um dos pioneiros da cronoseismologia que não estava envolvido com o trabalho.

Podemos finalmente conhecer os músicos da orquestra, mas a busca por seu esquivo maestro continua. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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