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Site incentiva pessoas a responder perguntas sobre temas que conhecem e é das redes sociais mais admirada no Vale do Silício

Por Anna Carolina Papp

Desenvolvido por dois programadores do Facebook, o Quora incentiva as pessoas a responderem perguntas sobre temas que elas conhecem e já é uma das redes sociais mais admiradas do Vale do Silício

SÃO PAULO – Um site para trocar perguntas e respostas sobre os mais variados assuntos: esse é o Quora. Tem alguma dúvida? Publique uma pergunta. Tem conhecimento sobre um assunto que já foi perguntado? Contribua com sua resposta. E se você quiser, segue tópicos, perguntas ou atividades de outros usuários da mesma forma como no Twitter, no Facebook ou outras redes sociais.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+ no Tumblr e no Instagram

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 Foto:

O Quora não é o primeiro serviço que ajuda os usuários a tirar dúvidas sobre perguntas específicas. Outros como o Yahoo Respostas, o Formspring e até a Wikipédia têm modelos parecidos.

O que diferencia o Quora é que ele incentiva as pessoas especializadas a responderem as questões sobre os assuntos que conhecem. Se você fizer uma pergunta sobre o Android, por exemplo, quem pode responder são empregados do Google que trabalham no sistema operacional. Se tiver alguma curiosidade sobre um filme, quem pode ajudar é o próprio diretor. Não está entendendo uma ferramenta do Quora? O fundador em pessoa pode sanar sua dúvida.

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“O que faz o Quora especial é que as pessoas ali mostram expertise real e substancial sobre os mais diversos tópicos”, disse ao Link Mark Bodnick, gerente de marketing de produto da empresa. O objetivo é a partilha de conhecimento, com foco em respostas especializadas em cada área; de tecnologia, empreendedorismo e estratégias de negócio – temas mais recorrentes – a questões sobre alienígenas, programas de TV, viagens a Paris ou comida vegetariana.

Os usuários votam nas melhores respostas, que aparecem primeiro na página. As perguntas são organizadas por assuntos.

Crescimento. A ideia do Quora surgiu de dois programadores que fizeram parte do Facebook: Adam D’Angelo – um dos fundadores da rede social e amigo de adolescência de Mark Zuckerberg –, de 28 anos, e Charlie Cheever, de 31 anos. Em 2008, quando a rede social já contava com quase 150 milhões de usuários e crescia exponencialmente, D’Angelo e Cheever decidiram deixar o site para desenvolver um projeto próprio em 2009: o Quora.

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A página foi ao ar em julho de 2010 e a quantidade de usuários começou a crescer. Em janeiro de 2011, eram cerca de 500 mil. Seis meses depois – após uma mudança de layout para facilitar a navegação –, chegava a 1,5 milhão de visitantes únicos por mês. Segundo a consultoria Comscore, em dezembro do ano passado, foram quase 3,3 milhões de visitantes únicos.

A startup dos dois jovens programadores já recebeu US$ 61 milhões de investidores. Adam D’Angelo também colocou dinheiro do próprio bolso, algo estimado em US$ 20 milhões. A rede social de perguntas não possui anúncios e, segundo o gerente de marketing, pretende continuar dessa forma por enquanto.

Além do Silício. O que fez o Quora ser considerado uma das startups mais promissoras pelo jornal New York Times, junto de Airbnb e o Dropbox, foi o fato de ele cumprir o que se propõe a fazer: viabilizar as melhores e mais completas respostas possíveis sobre certo tema.

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Isso, no entanto, só foi possível por causa da forte presença na “panelinha” do Vale do Silício, bastante ativa entre os usuários. Assim, a plataforma ficou cheia de executivos, CEOs, empreendedores, programadores e cientistas, que dão respostas de qualidade aos usuários.

O cenário, porém, tem mudado aos poucos. Apesar da predominância de assuntos relacionados a negócios e tecnologia, o Quora está mais variado, e hoje tem mais de 300 mil tópicos.

O gerente de marketing do Quora afirma que áreas como política, economia e entretenimento (comida, TV, filmes, esportes, etc.) têm atraído mais seguidores. “Temos mais diversidade do que há dois ou três anos”, diz. “Entre nossos novos usuários, apenas 10% são da Califórnia. E é o que queremos: expandir.”

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ADAM D’ANGELO RESPONDE AO QUORA

O fundador do Quora não respondeu aos pedidos de entrevista do Link – a repórter até questionou, em forma de pergunta no site, o porquê. Usuários especularam que os motivos seriam as brigas internas ou falta de interesse. Seja como for, reunimos as perguntas que D’Angelo já havia respondido em seu próprio site:

 Foto:
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Como Adam D’Angelo aprendeu a programar?Alguns amigos meus começaram a programar no ensino fundamental, em QBasic. Um deles aprendeu com uma criança mais velha e mostrou para nós. Durante o intervalo, ficávamos na sala do professor de matemática fazendo games e jogando em vez de descer para lanchonete como todo o resto. (Em 15/4/2010, perguntado por ele mesmo).

Qual foi sua maior contribuição para o Facebook?É difícil dizer qual teve mais impacto, mas uma delas foi criar a “equipe de crescimento” em 2006 – grupo de engenheiros que transformou o produto para torná-lo mais viral e atrair mais usuários. Se eu não tivesse priorizado essa equipe, acredito isso resultaria em uma base atual de usuários menor, além dos efeitos colaterais disso – menos receita, mais dificuldade em atrair funcionários e arrecadar fundos, etc. (Em 30/4/2010, também perguntado por ele mesmo).

No Quora, o que veio primeiro: a ideia ou a tecnologia?A ideia veio antes. Concordamos em fazer um sistema de perguntas e respostas antes de construir a tecnologia – LiveNode. Normalmente, construir um sistema sem uma aplicação não funciona. Ter uma aplicação lhe mantém focado. (15/4/2012, pergunta anônima).

Você se sente confortável com a transição de engenheiro para administrador?Não tenho tanta experiência em programação como as pessoas pensam. Estudei ciência da computação e programei bastante quando era mais novo, mas só fiquei na engenharia no Facebook por seis meses. No Quora, programei por menos de um ano. As pessoas tendem a exagerar as diferenças entre gestão e engenharia, mas a realidade é que há muitas coisas em comum. Ainda me preocupo com dilemas entre simplicidade versus funcionalidade, e qualidade do código versus eficiência. Eles só tomam proporções maiores. (25/11/2012, pergunta anônima).

O que o Quora fará com os US$ 50 milhões que recebeu de financiamento?Faremos o melhor para torná-lo um dos mais importantes produtos da internet. Para isso, precisamos montar a melhor equipe possível, melhorar tecnicamente e focar a longo prazo – pretendemos utilizar parte do investimento como uma ‘almofada’ em caso de mudanças macroeconômicas. (14/5/2012, em resposta a pergunta anônima).

Qual é o status do Charlie Cheever (cofundador do Quora) na empresa?Decidimos que seria melhor para o Charlie sair de suas atividades diárias na empresa. Ele sempre será considerado um fundador do Quora e continuará como conselheiro. Tenho muito respeito pelo Charlie. Não estaríamos onde estamos hoje sem ele. Muitas de suas contribuições continuarão como parte central da história e cultura da empresa. (11/9/2012, em resposta a pergunta anônima).

—-Leia mais:• Rede participativa• Link no papel – 11/02/2013

Desenvolvido por dois programadores do Facebook, o Quora incentiva as pessoas a responderem perguntas sobre temas que elas conhecem e já é uma das redes sociais mais admiradas do Vale do Silício

SÃO PAULO – Um site para trocar perguntas e respostas sobre os mais variados assuntos: esse é o Quora. Tem alguma dúvida? Publique uma pergunta. Tem conhecimento sobre um assunto que já foi perguntado? Contribua com sua resposta. E se você quiser, segue tópicos, perguntas ou atividades de outros usuários da mesma forma como no Twitter, no Facebook ou outras redes sociais.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+ no Tumblr e no Instagram

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O Quora não é o primeiro serviço que ajuda os usuários a tirar dúvidas sobre perguntas específicas. Outros como o Yahoo Respostas, o Formspring e até a Wikipédia têm modelos parecidos.

O que diferencia o Quora é que ele incentiva as pessoas especializadas a responderem as questões sobre os assuntos que conhecem. Se você fizer uma pergunta sobre o Android, por exemplo, quem pode responder são empregados do Google que trabalham no sistema operacional. Se tiver alguma curiosidade sobre um filme, quem pode ajudar é o próprio diretor. Não está entendendo uma ferramenta do Quora? O fundador em pessoa pode sanar sua dúvida.

“O que faz o Quora especial é que as pessoas ali mostram expertise real e substancial sobre os mais diversos tópicos”, disse ao Link Mark Bodnick, gerente de marketing de produto da empresa. O objetivo é a partilha de conhecimento, com foco em respostas especializadas em cada área; de tecnologia, empreendedorismo e estratégias de negócio – temas mais recorrentes – a questões sobre alienígenas, programas de TV, viagens a Paris ou comida vegetariana.

Os usuários votam nas melhores respostas, que aparecem primeiro na página. As perguntas são organizadas por assuntos.

Crescimento. A ideia do Quora surgiu de dois programadores que fizeram parte do Facebook: Adam D’Angelo – um dos fundadores da rede social e amigo de adolescência de Mark Zuckerberg –, de 28 anos, e Charlie Cheever, de 31 anos. Em 2008, quando a rede social já contava com quase 150 milhões de usuários e crescia exponencialmente, D’Angelo e Cheever decidiram deixar o site para desenvolver um projeto próprio em 2009: o Quora.

A página foi ao ar em julho de 2010 e a quantidade de usuários começou a crescer. Em janeiro de 2011, eram cerca de 500 mil. Seis meses depois – após uma mudança de layout para facilitar a navegação –, chegava a 1,5 milhão de visitantes únicos por mês. Segundo a consultoria Comscore, em dezembro do ano passado, foram quase 3,3 milhões de visitantes únicos.

A startup dos dois jovens programadores já recebeu US$ 61 milhões de investidores. Adam D’Angelo também colocou dinheiro do próprio bolso, algo estimado em US$ 20 milhões. A rede social de perguntas não possui anúncios e, segundo o gerente de marketing, pretende continuar dessa forma por enquanto.

Além do Silício. O que fez o Quora ser considerado uma das startups mais promissoras pelo jornal New York Times, junto de Airbnb e o Dropbox, foi o fato de ele cumprir o que se propõe a fazer: viabilizar as melhores e mais completas respostas possíveis sobre certo tema.

Isso, no entanto, só foi possível por causa da forte presença na “panelinha” do Vale do Silício, bastante ativa entre os usuários. Assim, a plataforma ficou cheia de executivos, CEOs, empreendedores, programadores e cientistas, que dão respostas de qualidade aos usuários.

O cenário, porém, tem mudado aos poucos. Apesar da predominância de assuntos relacionados a negócios e tecnologia, o Quora está mais variado, e hoje tem mais de 300 mil tópicos.

O gerente de marketing do Quora afirma que áreas como política, economia e entretenimento (comida, TV, filmes, esportes, etc.) têm atraído mais seguidores. “Temos mais diversidade do que há dois ou três anos”, diz. “Entre nossos novos usuários, apenas 10% são da Califórnia. E é o que queremos: expandir.”

ADAM D’ANGELO RESPONDE AO QUORA

O fundador do Quora não respondeu aos pedidos de entrevista do Link – a repórter até questionou, em forma de pergunta no site, o porquê. Usuários especularam que os motivos seriam as brigas internas ou falta de interesse. Seja como for, reunimos as perguntas que D’Angelo já havia respondido em seu próprio site:

 Foto:

Como Adam D’Angelo aprendeu a programar?Alguns amigos meus começaram a programar no ensino fundamental, em QBasic. Um deles aprendeu com uma criança mais velha e mostrou para nós. Durante o intervalo, ficávamos na sala do professor de matemática fazendo games e jogando em vez de descer para lanchonete como todo o resto. (Em 15/4/2010, perguntado por ele mesmo).

Qual foi sua maior contribuição para o Facebook?É difícil dizer qual teve mais impacto, mas uma delas foi criar a “equipe de crescimento” em 2006 – grupo de engenheiros que transformou o produto para torná-lo mais viral e atrair mais usuários. Se eu não tivesse priorizado essa equipe, acredito isso resultaria em uma base atual de usuários menor, além dos efeitos colaterais disso – menos receita, mais dificuldade em atrair funcionários e arrecadar fundos, etc. (Em 30/4/2010, também perguntado por ele mesmo).

No Quora, o que veio primeiro: a ideia ou a tecnologia?A ideia veio antes. Concordamos em fazer um sistema de perguntas e respostas antes de construir a tecnologia – LiveNode. Normalmente, construir um sistema sem uma aplicação não funciona. Ter uma aplicação lhe mantém focado. (15/4/2012, pergunta anônima).

Você se sente confortável com a transição de engenheiro para administrador?Não tenho tanta experiência em programação como as pessoas pensam. Estudei ciência da computação e programei bastante quando era mais novo, mas só fiquei na engenharia no Facebook por seis meses. No Quora, programei por menos de um ano. As pessoas tendem a exagerar as diferenças entre gestão e engenharia, mas a realidade é que há muitas coisas em comum. Ainda me preocupo com dilemas entre simplicidade versus funcionalidade, e qualidade do código versus eficiência. Eles só tomam proporções maiores. (25/11/2012, pergunta anônima).

O que o Quora fará com os US$ 50 milhões que recebeu de financiamento?Faremos o melhor para torná-lo um dos mais importantes produtos da internet. Para isso, precisamos montar a melhor equipe possível, melhorar tecnicamente e focar a longo prazo – pretendemos utilizar parte do investimento como uma ‘almofada’ em caso de mudanças macroeconômicas. (14/5/2012, em resposta a pergunta anônima).

Qual é o status do Charlie Cheever (cofundador do Quora) na empresa?Decidimos que seria melhor para o Charlie sair de suas atividades diárias na empresa. Ele sempre será considerado um fundador do Quora e continuará como conselheiro. Tenho muito respeito pelo Charlie. Não estaríamos onde estamos hoje sem ele. Muitas de suas contribuições continuarão como parte central da história e cultura da empresa. (11/9/2012, em resposta a pergunta anônima).

—-Leia mais:• Rede participativa• Link no papel – 11/02/2013

Desenvolvido por dois programadores do Facebook, o Quora incentiva as pessoas a responderem perguntas sobre temas que elas conhecem e já é uma das redes sociais mais admiradas do Vale do Silício

SÃO PAULO – Um site para trocar perguntas e respostas sobre os mais variados assuntos: esse é o Quora. Tem alguma dúvida? Publique uma pergunta. Tem conhecimento sobre um assunto que já foi perguntado? Contribua com sua resposta. E se você quiser, segue tópicos, perguntas ou atividades de outros usuários da mesma forma como no Twitter, no Facebook ou outras redes sociais.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+ no Tumblr e no Instagram

 Foto:

O Quora não é o primeiro serviço que ajuda os usuários a tirar dúvidas sobre perguntas específicas. Outros como o Yahoo Respostas, o Formspring e até a Wikipédia têm modelos parecidos.

O que diferencia o Quora é que ele incentiva as pessoas especializadas a responderem as questões sobre os assuntos que conhecem. Se você fizer uma pergunta sobre o Android, por exemplo, quem pode responder são empregados do Google que trabalham no sistema operacional. Se tiver alguma curiosidade sobre um filme, quem pode ajudar é o próprio diretor. Não está entendendo uma ferramenta do Quora? O fundador em pessoa pode sanar sua dúvida.

“O que faz o Quora especial é que as pessoas ali mostram expertise real e substancial sobre os mais diversos tópicos”, disse ao Link Mark Bodnick, gerente de marketing de produto da empresa. O objetivo é a partilha de conhecimento, com foco em respostas especializadas em cada área; de tecnologia, empreendedorismo e estratégias de negócio – temas mais recorrentes – a questões sobre alienígenas, programas de TV, viagens a Paris ou comida vegetariana.

Os usuários votam nas melhores respostas, que aparecem primeiro na página. As perguntas são organizadas por assuntos.

Crescimento. A ideia do Quora surgiu de dois programadores que fizeram parte do Facebook: Adam D’Angelo – um dos fundadores da rede social e amigo de adolescência de Mark Zuckerberg –, de 28 anos, e Charlie Cheever, de 31 anos. Em 2008, quando a rede social já contava com quase 150 milhões de usuários e crescia exponencialmente, D’Angelo e Cheever decidiram deixar o site para desenvolver um projeto próprio em 2009: o Quora.

A página foi ao ar em julho de 2010 e a quantidade de usuários começou a crescer. Em janeiro de 2011, eram cerca de 500 mil. Seis meses depois – após uma mudança de layout para facilitar a navegação –, chegava a 1,5 milhão de visitantes únicos por mês. Segundo a consultoria Comscore, em dezembro do ano passado, foram quase 3,3 milhões de visitantes únicos.

A startup dos dois jovens programadores já recebeu US$ 61 milhões de investidores. Adam D’Angelo também colocou dinheiro do próprio bolso, algo estimado em US$ 20 milhões. A rede social de perguntas não possui anúncios e, segundo o gerente de marketing, pretende continuar dessa forma por enquanto.

Além do Silício. O que fez o Quora ser considerado uma das startups mais promissoras pelo jornal New York Times, junto de Airbnb e o Dropbox, foi o fato de ele cumprir o que se propõe a fazer: viabilizar as melhores e mais completas respostas possíveis sobre certo tema.

Isso, no entanto, só foi possível por causa da forte presença na “panelinha” do Vale do Silício, bastante ativa entre os usuários. Assim, a plataforma ficou cheia de executivos, CEOs, empreendedores, programadores e cientistas, que dão respostas de qualidade aos usuários.

O cenário, porém, tem mudado aos poucos. Apesar da predominância de assuntos relacionados a negócios e tecnologia, o Quora está mais variado, e hoje tem mais de 300 mil tópicos.

O gerente de marketing do Quora afirma que áreas como política, economia e entretenimento (comida, TV, filmes, esportes, etc.) têm atraído mais seguidores. “Temos mais diversidade do que há dois ou três anos”, diz. “Entre nossos novos usuários, apenas 10% são da Califórnia. E é o que queremos: expandir.”

ADAM D’ANGELO RESPONDE AO QUORA

O fundador do Quora não respondeu aos pedidos de entrevista do Link – a repórter até questionou, em forma de pergunta no site, o porquê. Usuários especularam que os motivos seriam as brigas internas ou falta de interesse. Seja como for, reunimos as perguntas que D’Angelo já havia respondido em seu próprio site:

 Foto:

Como Adam D’Angelo aprendeu a programar?Alguns amigos meus começaram a programar no ensino fundamental, em QBasic. Um deles aprendeu com uma criança mais velha e mostrou para nós. Durante o intervalo, ficávamos na sala do professor de matemática fazendo games e jogando em vez de descer para lanchonete como todo o resto. (Em 15/4/2010, perguntado por ele mesmo).

Qual foi sua maior contribuição para o Facebook?É difícil dizer qual teve mais impacto, mas uma delas foi criar a “equipe de crescimento” em 2006 – grupo de engenheiros que transformou o produto para torná-lo mais viral e atrair mais usuários. Se eu não tivesse priorizado essa equipe, acredito isso resultaria em uma base atual de usuários menor, além dos efeitos colaterais disso – menos receita, mais dificuldade em atrair funcionários e arrecadar fundos, etc. (Em 30/4/2010, também perguntado por ele mesmo).

No Quora, o que veio primeiro: a ideia ou a tecnologia?A ideia veio antes. Concordamos em fazer um sistema de perguntas e respostas antes de construir a tecnologia – LiveNode. Normalmente, construir um sistema sem uma aplicação não funciona. Ter uma aplicação lhe mantém focado. (15/4/2012, pergunta anônima).

Você se sente confortável com a transição de engenheiro para administrador?Não tenho tanta experiência em programação como as pessoas pensam. Estudei ciência da computação e programei bastante quando era mais novo, mas só fiquei na engenharia no Facebook por seis meses. No Quora, programei por menos de um ano. As pessoas tendem a exagerar as diferenças entre gestão e engenharia, mas a realidade é que há muitas coisas em comum. Ainda me preocupo com dilemas entre simplicidade versus funcionalidade, e qualidade do código versus eficiência. Eles só tomam proporções maiores. (25/11/2012, pergunta anônima).

O que o Quora fará com os US$ 50 milhões que recebeu de financiamento?Faremos o melhor para torná-lo um dos mais importantes produtos da internet. Para isso, precisamos montar a melhor equipe possível, melhorar tecnicamente e focar a longo prazo – pretendemos utilizar parte do investimento como uma ‘almofada’ em caso de mudanças macroeconômicas. (14/5/2012, em resposta a pergunta anônima).

Qual é o status do Charlie Cheever (cofundador do Quora) na empresa?Decidimos que seria melhor para o Charlie sair de suas atividades diárias na empresa. Ele sempre será considerado um fundador do Quora e continuará como conselheiro. Tenho muito respeito pelo Charlie. Não estaríamos onde estamos hoje sem ele. Muitas de suas contribuições continuarão como parte central da história e cultura da empresa. (11/9/2012, em resposta a pergunta anônima).

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Desenvolvido por dois programadores do Facebook, o Quora incentiva as pessoas a responderem perguntas sobre temas que elas conhecem e já é uma das redes sociais mais admiradas do Vale do Silício

SÃO PAULO – Um site para trocar perguntas e respostas sobre os mais variados assuntos: esse é o Quora. Tem alguma dúvida? Publique uma pergunta. Tem conhecimento sobre um assunto que já foi perguntado? Contribua com sua resposta. E se você quiser, segue tópicos, perguntas ou atividades de outros usuários da mesma forma como no Twitter, no Facebook ou outras redes sociais.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+ no Tumblr e no Instagram

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O Quora não é o primeiro serviço que ajuda os usuários a tirar dúvidas sobre perguntas específicas. Outros como o Yahoo Respostas, o Formspring e até a Wikipédia têm modelos parecidos.

O que diferencia o Quora é que ele incentiva as pessoas especializadas a responderem as questões sobre os assuntos que conhecem. Se você fizer uma pergunta sobre o Android, por exemplo, quem pode responder são empregados do Google que trabalham no sistema operacional. Se tiver alguma curiosidade sobre um filme, quem pode ajudar é o próprio diretor. Não está entendendo uma ferramenta do Quora? O fundador em pessoa pode sanar sua dúvida.

“O que faz o Quora especial é que as pessoas ali mostram expertise real e substancial sobre os mais diversos tópicos”, disse ao Link Mark Bodnick, gerente de marketing de produto da empresa. O objetivo é a partilha de conhecimento, com foco em respostas especializadas em cada área; de tecnologia, empreendedorismo e estratégias de negócio – temas mais recorrentes – a questões sobre alienígenas, programas de TV, viagens a Paris ou comida vegetariana.

Os usuários votam nas melhores respostas, que aparecem primeiro na página. As perguntas são organizadas por assuntos.

Crescimento. A ideia do Quora surgiu de dois programadores que fizeram parte do Facebook: Adam D’Angelo – um dos fundadores da rede social e amigo de adolescência de Mark Zuckerberg –, de 28 anos, e Charlie Cheever, de 31 anos. Em 2008, quando a rede social já contava com quase 150 milhões de usuários e crescia exponencialmente, D’Angelo e Cheever decidiram deixar o site para desenvolver um projeto próprio em 2009: o Quora.

A página foi ao ar em julho de 2010 e a quantidade de usuários começou a crescer. Em janeiro de 2011, eram cerca de 500 mil. Seis meses depois – após uma mudança de layout para facilitar a navegação –, chegava a 1,5 milhão de visitantes únicos por mês. Segundo a consultoria Comscore, em dezembro do ano passado, foram quase 3,3 milhões de visitantes únicos.

A startup dos dois jovens programadores já recebeu US$ 61 milhões de investidores. Adam D’Angelo também colocou dinheiro do próprio bolso, algo estimado em US$ 20 milhões. A rede social de perguntas não possui anúncios e, segundo o gerente de marketing, pretende continuar dessa forma por enquanto.

Além do Silício. O que fez o Quora ser considerado uma das startups mais promissoras pelo jornal New York Times, junto de Airbnb e o Dropbox, foi o fato de ele cumprir o que se propõe a fazer: viabilizar as melhores e mais completas respostas possíveis sobre certo tema.

Isso, no entanto, só foi possível por causa da forte presença na “panelinha” do Vale do Silício, bastante ativa entre os usuários. Assim, a plataforma ficou cheia de executivos, CEOs, empreendedores, programadores e cientistas, que dão respostas de qualidade aos usuários.

O cenário, porém, tem mudado aos poucos. Apesar da predominância de assuntos relacionados a negócios e tecnologia, o Quora está mais variado, e hoje tem mais de 300 mil tópicos.

O gerente de marketing do Quora afirma que áreas como política, economia e entretenimento (comida, TV, filmes, esportes, etc.) têm atraído mais seguidores. “Temos mais diversidade do que há dois ou três anos”, diz. “Entre nossos novos usuários, apenas 10% são da Califórnia. E é o que queremos: expandir.”

ADAM D’ANGELO RESPONDE AO QUORA

O fundador do Quora não respondeu aos pedidos de entrevista do Link – a repórter até questionou, em forma de pergunta no site, o porquê. Usuários especularam que os motivos seriam as brigas internas ou falta de interesse. Seja como for, reunimos as perguntas que D’Angelo já havia respondido em seu próprio site:

 Foto:

Como Adam D’Angelo aprendeu a programar?Alguns amigos meus começaram a programar no ensino fundamental, em QBasic. Um deles aprendeu com uma criança mais velha e mostrou para nós. Durante o intervalo, ficávamos na sala do professor de matemática fazendo games e jogando em vez de descer para lanchonete como todo o resto. (Em 15/4/2010, perguntado por ele mesmo).

Qual foi sua maior contribuição para o Facebook?É difícil dizer qual teve mais impacto, mas uma delas foi criar a “equipe de crescimento” em 2006 – grupo de engenheiros que transformou o produto para torná-lo mais viral e atrair mais usuários. Se eu não tivesse priorizado essa equipe, acredito isso resultaria em uma base atual de usuários menor, além dos efeitos colaterais disso – menos receita, mais dificuldade em atrair funcionários e arrecadar fundos, etc. (Em 30/4/2010, também perguntado por ele mesmo).

No Quora, o que veio primeiro: a ideia ou a tecnologia?A ideia veio antes. Concordamos em fazer um sistema de perguntas e respostas antes de construir a tecnologia – LiveNode. Normalmente, construir um sistema sem uma aplicação não funciona. Ter uma aplicação lhe mantém focado. (15/4/2012, pergunta anônima).

Você se sente confortável com a transição de engenheiro para administrador?Não tenho tanta experiência em programação como as pessoas pensam. Estudei ciência da computação e programei bastante quando era mais novo, mas só fiquei na engenharia no Facebook por seis meses. No Quora, programei por menos de um ano. As pessoas tendem a exagerar as diferenças entre gestão e engenharia, mas a realidade é que há muitas coisas em comum. Ainda me preocupo com dilemas entre simplicidade versus funcionalidade, e qualidade do código versus eficiência. Eles só tomam proporções maiores. (25/11/2012, pergunta anônima).

O que o Quora fará com os US$ 50 milhões que recebeu de financiamento?Faremos o melhor para torná-lo um dos mais importantes produtos da internet. Para isso, precisamos montar a melhor equipe possível, melhorar tecnicamente e focar a longo prazo – pretendemos utilizar parte do investimento como uma ‘almofada’ em caso de mudanças macroeconômicas. (14/5/2012, em resposta a pergunta anônima).

Qual é o status do Charlie Cheever (cofundador do Quora) na empresa?Decidimos que seria melhor para o Charlie sair de suas atividades diárias na empresa. Ele sempre será considerado um fundador do Quora e continuará como conselheiro. Tenho muito respeito pelo Charlie. Não estaríamos onde estamos hoje sem ele. Muitas de suas contribuições continuarão como parte central da história e cultura da empresa. (11/9/2012, em resposta a pergunta anônima).

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