A vitória de Kondzilla é reflexo da expansão da internet no País


Desde que criou seu canal, a presença online da classe D e E dobrou

Por Bruno Capelas
Kondzilla, dono do maior canal de YouTube do País Foto: Claudia Tozetto/Estadão

A história de sucesso de Kondzilla não se explica só pelo “milagre” do conteúdo viral ou pelo empenho pessoal de Dantas. É também reflexo dos usuários da internet brasileira: jovens de grandes cidades, acessando redes sociais e vídeos com o celular na mão - como mostram dados da pesquisa TIC Domicílios, feita pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), em 2017.

Hoje, 68% dos brasileiros estão online. Nas cidades, são 72%. Na população mais jovem, entre 10 e 34 anos, a proporção passa de 80%. É gente que se conecta à internet prioritariamente por smartphones. Mais barata, a conexão móvel deu acesso à muita gente: desde que Kondzilla criou seu canal, a presença online da classe D e E dobrou. Em 2011, apenas 19% dessas pessoas tinha usado a web; em 2017, eram 45%.

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Se de um lado havia público, de outro estavam artistas sedentos por espaço. Com produção muitas vezes artesanais e letras ousadas, o funk não tinha vez na mídia tradicional. A internet - representada pelo YouTube - foi o caminho natural.

Antes de Kondzilla, Porta dos Fundos e Whindersson Nunes ocuparam o topo do YouTube no Brasil. Mais que mera mudança de gosto, a transição ajuda a entender a popularização da internet no País. O Porta, formado por atores globais, tem forma e conteúdo de TV, pensado para a classe média. Whindersson, por sua vez, traz vídeos simples e rápidos, com mensagens para os jovens. Mas uma piada contada duas vezes não tem tanta graça. Já um refrão ou uma batida envolvente, como dos clipes de Kondzilla, podem ser executados repetidas vezes.

Pode melhorar, como diz a rapper Tatiana Bispo, do Rimas e Melodias, que gravou um clipe com a produtora. “Hoje, muita gente se priva [de ver vídeo e ouvir música] pra economizar [no plano de dados]. Com internet rápida e barata, nosso crescimento será consequência.” A favela está vencendo.

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Os 20 maiores canais brasileiros no YouTube

1 | 20

3º - Felipe Neto

Foto: Reprodução
2 | 20

4º - Canal Canalha

Foto: Matheus Mans/Estadão
3 | 20

6º - Porta dos Fundos

Foto: Matheus Mans/Estadão
4 | 20

7º - Luccas Neto

Foto: Bruno Capelas/Estadão
5 | 20

9º - GR6 Explode

Foto: Bruno Capelas/Estadão
6 | 20

10º - 5inco Minutos

Foto: Matheus Mans/Estadão
7 | 20

11º - Nostalgia

Foto: Matheus Mans/Estadão
8 | 20

14º - Cia. Daniel Saboya

Foto: Bruno Capelas/Estadão
9 | 20

13º - Parafernalha

Foto: Matheus Mans/Estadão
10 | 20

18º - Galo Frito

Foto: Matheus Mans/Estadão
11 | 20

18º - Eu Fico Loko

Foto: Matheus Mans/Estadão
12 | 20

20º - TazerCraft

Foto: Matheus Mans/Estadão
13 | 20

1º - Kondzilla

Foto: Bruno Capelas/Estadão
14 | 20

2º - Whindersson Nunes

Foto: Matheus Mans/Estadão
15 | 20

5º - RezendeEvil

Foto: Matheus Mans/Estadão
16 | 20

8º - Authentic Games

Foto: Matheus Mans/Estadão
17 | 20

12º - Você Sabia

Foto: Matheus Mans/Estadão
18 | 20

13º - Galinha Pintadinha

Foto: Galinha Pintadinha
19 | 20

16º - Manual Do Mundo

Foto: Matheus Mans/Estadão
20 | 20

17º - Am3nic

Foto: Bruno Capelas/Estadão
Kondzilla, dono do maior canal de YouTube do País Foto: Claudia Tozetto/Estadão

A história de sucesso de Kondzilla não se explica só pelo “milagre” do conteúdo viral ou pelo empenho pessoal de Dantas. É também reflexo dos usuários da internet brasileira: jovens de grandes cidades, acessando redes sociais e vídeos com o celular na mão - como mostram dados da pesquisa TIC Domicílios, feita pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), em 2017.

Hoje, 68% dos brasileiros estão online. Nas cidades, são 72%. Na população mais jovem, entre 10 e 34 anos, a proporção passa de 80%. É gente que se conecta à internet prioritariamente por smartphones. Mais barata, a conexão móvel deu acesso à muita gente: desde que Kondzilla criou seu canal, a presença online da classe D e E dobrou. Em 2011, apenas 19% dessas pessoas tinha usado a web; em 2017, eram 45%.

Se de um lado havia público, de outro estavam artistas sedentos por espaço. Com produção muitas vezes artesanais e letras ousadas, o funk não tinha vez na mídia tradicional. A internet - representada pelo YouTube - foi o caminho natural.

Antes de Kondzilla, Porta dos Fundos e Whindersson Nunes ocuparam o topo do YouTube no Brasil. Mais que mera mudança de gosto, a transição ajuda a entender a popularização da internet no País. O Porta, formado por atores globais, tem forma e conteúdo de TV, pensado para a classe média. Whindersson, por sua vez, traz vídeos simples e rápidos, com mensagens para os jovens. Mas uma piada contada duas vezes não tem tanta graça. Já um refrão ou uma batida envolvente, como dos clipes de Kondzilla, podem ser executados repetidas vezes.

Pode melhorar, como diz a rapper Tatiana Bispo, do Rimas e Melodias, que gravou um clipe com a produtora. “Hoje, muita gente se priva [de ver vídeo e ouvir música] pra economizar [no plano de dados]. Com internet rápida e barata, nosso crescimento será consequência.” A favela está vencendo.

Os 20 maiores canais brasileiros no YouTube

1 | 20

3º - Felipe Neto

Foto: Reprodução
2 | 20

4º - Canal Canalha

Foto: Matheus Mans/Estadão
3 | 20

6º - Porta dos Fundos

Foto: Matheus Mans/Estadão
4 | 20

7º - Luccas Neto

Foto: Bruno Capelas/Estadão
5 | 20

9º - GR6 Explode

Foto: Bruno Capelas/Estadão
6 | 20

10º - 5inco Minutos

Foto: Matheus Mans/Estadão
7 | 20

11º - Nostalgia

Foto: Matheus Mans/Estadão
8 | 20

14º - Cia. Daniel Saboya

Foto: Bruno Capelas/Estadão
9 | 20

13º - Parafernalha

Foto: Matheus Mans/Estadão
10 | 20

18º - Galo Frito

Foto: Matheus Mans/Estadão
11 | 20

18º - Eu Fico Loko

Foto: Matheus Mans/Estadão
12 | 20

20º - TazerCraft

Foto: Matheus Mans/Estadão
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1º - Kondzilla

Foto: Bruno Capelas/Estadão
14 | 20

2º - Whindersson Nunes

Foto: Matheus Mans/Estadão
15 | 20

5º - RezendeEvil

Foto: Matheus Mans/Estadão
16 | 20

8º - Authentic Games

Foto: Matheus Mans/Estadão
17 | 20

12º - Você Sabia

Foto: Matheus Mans/Estadão
18 | 20

13º - Galinha Pintadinha

Foto: Galinha Pintadinha
19 | 20

16º - Manual Do Mundo

Foto: Matheus Mans/Estadão
20 | 20

17º - Am3nic

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Kondzilla, dono do maior canal de YouTube do País Foto: Claudia Tozetto/Estadão

A história de sucesso de Kondzilla não se explica só pelo “milagre” do conteúdo viral ou pelo empenho pessoal de Dantas. É também reflexo dos usuários da internet brasileira: jovens de grandes cidades, acessando redes sociais e vídeos com o celular na mão - como mostram dados da pesquisa TIC Domicílios, feita pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), em 2017.

Hoje, 68% dos brasileiros estão online. Nas cidades, são 72%. Na população mais jovem, entre 10 e 34 anos, a proporção passa de 80%. É gente que se conecta à internet prioritariamente por smartphones. Mais barata, a conexão móvel deu acesso à muita gente: desde que Kondzilla criou seu canal, a presença online da classe D e E dobrou. Em 2011, apenas 19% dessas pessoas tinha usado a web; em 2017, eram 45%.

Se de um lado havia público, de outro estavam artistas sedentos por espaço. Com produção muitas vezes artesanais e letras ousadas, o funk não tinha vez na mídia tradicional. A internet - representada pelo YouTube - foi o caminho natural.

Antes de Kondzilla, Porta dos Fundos e Whindersson Nunes ocuparam o topo do YouTube no Brasil. Mais que mera mudança de gosto, a transição ajuda a entender a popularização da internet no País. O Porta, formado por atores globais, tem forma e conteúdo de TV, pensado para a classe média. Whindersson, por sua vez, traz vídeos simples e rápidos, com mensagens para os jovens. Mas uma piada contada duas vezes não tem tanta graça. Já um refrão ou uma batida envolvente, como dos clipes de Kondzilla, podem ser executados repetidas vezes.

Pode melhorar, como diz a rapper Tatiana Bispo, do Rimas e Melodias, que gravou um clipe com a produtora. “Hoje, muita gente se priva [de ver vídeo e ouvir música] pra economizar [no plano de dados]. Com internet rápida e barata, nosso crescimento será consequência.” A favela está vencendo.

Os 20 maiores canais brasileiros no YouTube

1 | 20

3º - Felipe Neto

Foto: Reprodução
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4º - Canal Canalha

Foto: Matheus Mans/Estadão
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6º - Porta dos Fundos

Foto: Matheus Mans/Estadão
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7º - Luccas Neto

Foto: Bruno Capelas/Estadão
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Foto: Matheus Mans/Estadão
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14º - Cia. Daniel Saboya

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13º - Parafernalha

Foto: Matheus Mans/Estadão
10 | 20

18º - Galo Frito

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18º - Eu Fico Loko

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12 | 20

20º - TazerCraft

Foto: Matheus Mans/Estadão
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1º - Kondzilla

Foto: Bruno Capelas/Estadão
14 | 20

2º - Whindersson Nunes

Foto: Matheus Mans/Estadão
15 | 20

5º - RezendeEvil

Foto: Matheus Mans/Estadão
16 | 20

8º - Authentic Games

Foto: Matheus Mans/Estadão
17 | 20

12º - Você Sabia

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18 | 20

13º - Galinha Pintadinha

Foto: Galinha Pintadinha
19 | 20

16º - Manual Do Mundo

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20 | 20

17º - Am3nic

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Kondzilla, dono do maior canal de YouTube do País Foto: Claudia Tozetto/Estadão

A história de sucesso de Kondzilla não se explica só pelo “milagre” do conteúdo viral ou pelo empenho pessoal de Dantas. É também reflexo dos usuários da internet brasileira: jovens de grandes cidades, acessando redes sociais e vídeos com o celular na mão - como mostram dados da pesquisa TIC Domicílios, feita pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), em 2017.

Hoje, 68% dos brasileiros estão online. Nas cidades, são 72%. Na população mais jovem, entre 10 e 34 anos, a proporção passa de 80%. É gente que se conecta à internet prioritariamente por smartphones. Mais barata, a conexão móvel deu acesso à muita gente: desde que Kondzilla criou seu canal, a presença online da classe D e E dobrou. Em 2011, apenas 19% dessas pessoas tinha usado a web; em 2017, eram 45%.

Se de um lado havia público, de outro estavam artistas sedentos por espaço. Com produção muitas vezes artesanais e letras ousadas, o funk não tinha vez na mídia tradicional. A internet - representada pelo YouTube - foi o caminho natural.

Antes de Kondzilla, Porta dos Fundos e Whindersson Nunes ocuparam o topo do YouTube no Brasil. Mais que mera mudança de gosto, a transição ajuda a entender a popularização da internet no País. O Porta, formado por atores globais, tem forma e conteúdo de TV, pensado para a classe média. Whindersson, por sua vez, traz vídeos simples e rápidos, com mensagens para os jovens. Mas uma piada contada duas vezes não tem tanta graça. Já um refrão ou uma batida envolvente, como dos clipes de Kondzilla, podem ser executados repetidas vezes.

Pode melhorar, como diz a rapper Tatiana Bispo, do Rimas e Melodias, que gravou um clipe com a produtora. “Hoje, muita gente se priva [de ver vídeo e ouvir música] pra economizar [no plano de dados]. Com internet rápida e barata, nosso crescimento será consequência.” A favela está vencendo.

Os 20 maiores canais brasileiros no YouTube

1 | 20

3º - Felipe Neto

Foto: Reprodução
2 | 20

4º - Canal Canalha

Foto: Matheus Mans/Estadão
3 | 20

6º - Porta dos Fundos

Foto: Matheus Mans/Estadão
4 | 20

7º - Luccas Neto

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5 | 20

9º - GR6 Explode

Foto: Bruno Capelas/Estadão
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10º - 5inco Minutos

Foto: Matheus Mans/Estadão
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13º - Parafernalha

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10 | 20

18º - Galo Frito

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11 | 20

18º - Eu Fico Loko

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12 | 20

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1º - Kondzilla

Foto: Bruno Capelas/Estadão
14 | 20

2º - Whindersson Nunes

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15 | 20

5º - RezendeEvil

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8º - Authentic Games

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