A Kaspersky, empresa russa de antivírus, foi acusada por ex-funcionários de criar e espalhar uma ameaça por 10 anos com o objetivo de prejudicar os concorrentes do mercado. A denúncia — realizada pelos profissionais para a Reuters — já causou a manifestação do CEO da companhia, acusado de estar envolvido no esquema.
Segundo os relatos dos ex-funcionários, a Kaspersky inseria pedaços de código para enganar os softwares das empresas de antivírus rivais. Assim, eles interpretariam arquivos inofensivos como maliciosos. Microsoft, Avast e AVG seriam os principais alvos.
E a denúncia só piora: alguns dos ataques seriam ordenados por Eugene Kaspersky, CEO e fundador da empresa. Tudo isso teria sido uma vingança contra softwares menores e de menor estrutura que supostamente copiavam o antivírus criado por ele.
Em comunicado enviado à Reuters, Kaspersky negou as acusações. ”Nossa empresa nunca realizou qualquer campanha para enganar os concorrentes para prejudicar a sua posição no mercado. Tais ações são antiéticas, desonestas e sua legalidade é, no mínimo, questionável .”
No Twitter, Kaspersky disse ainda que a história é “besteira completa”. Além disso, em outro tuíte, o CEO faz piada com Joseph Menn — repórter autor da matéria — chamando-o de alienígena.
A Kaspersky é uma das principais e maiores empresas de antivírus do mundo e atende cerca de 400 milhões de usuários e 270 mil empresas.