Estados Unidos usam drone para transportar órgãos doados


Dispositivo tem indicadores para controlar temperatura, pressão barométrica e vibrações do órgão; drone é monitorado por dois pilotos em terra

Por Karen Zraick
Atualização:
'Uber dos órgãos' foi um projeto criado pelaUniversidade de Maryland Foto: Mark Teske/University of Maryland

Um drone feito sob medida levou recentemente um rim para uma mulher em Maryland que esperava havia oito anos por um transplante para salvar sua vida.

Embora o voo de teste tenha sido curto– menos de cinco quilômetros no total –, a equipe da Universidade de Maryland que criou o drone disse que foi um primeiro e crucial passo na tentativa de se acelerar a complexa operação para se fazer chegar órgãos doados aos destinatários.

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O chefe da equipe, Joseph R. Scalea, professor assistente de cirurgia na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, explicou que se empenhou no projeto devido à constante frustração de ver órgãos levando tempo demais para chegar aos pacientes.

Após os órgãos serem retirados de um doador, eles ficam menos saudáveis a cada segundo que passa. Scalea citou um caso ocorrido no Alabama em que um rim doado levou 29 horas para ser entregue no hospital. “Se tivéssemos feito o transplante em até nove horas, o paciente provavelmente teria muitos anos mais de vida”, disse o cirurgião. “Por que ainda não conseguimos melhorar isso?

Parceria

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Para realizar o projeto, a equipe médica de Scalea trabalhou com colegasda engenharia aeronáutica da Universidade, bem como com a Living Legacy Foundation de Maryland, que supervisiona a doação de órgãos. Ele fez o transplante com dois outros cirurgiões do centro médico da Universidade de Maryland, Rolf N. Barth e Talal Al-Quod.  

A mulher que recebeu o rim, Trina Glispy, de 44 anos, uma enfermeira de Baltimore, disse que estava começando a perder a esperança quando recebeu um telefonema em 18 de abril, informando que um doador compatível havia sido encontrado.

Trina, que é mãe de três filhos, descobriu que seus rins estavam falhando em 2011, quando um paciente sob seus cuidados chutou-a acidentalmente e a perna atingida começou a inchar assustadoramente. Ela começou a fazer hemodiálise três vezes por semana em sessões de quatro horas, o que estava roubando sua energia. Ficou cada vez mais difícil fazer seu exigente expediente no Hospital de Veteranos, trabalho que ela adorava.

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Assim, ela ficou ansiosa e esperançosa ao receber o telefonema – concidentemente, durante uma hemodiálise. Onze dias depois da cirurgia, Glispy anunciou que já estava bem. Ela manifestou sua gratidão, lembrando-se de seus grandes temores durante os anos de tratamento.

“Sinto-me afortunada, especialmente depois de ver tanta gente passando por hemodiálise”, disse ela. “Vi muitos morrerem e pensei: ‘Está demorando tanto! Talvez eu também não consiga’.”

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Dispositivo tem indicadores para controlar temperatura, pressão barométrica e vibrações do órgão; drone é monitorado por dois pilotos em terra.

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Como funciona

O drone usado tinha motores e propulsão por hélices, bateria dupla e paraquedas para impedir desastres se um componente passasse por problemas a 120 metros de altura. O voo foi monitorado por dois pilotos em terra, que usaram uma rede sem fio e estavam prontos para interferir no plano automático de voo em caso de emergência. O drone também tinha, entre outros dispositivos, indicadores para controlar temperatura, pressão barométrica e vibrações.

Scalea viu no voo a “prova de que um sistema problemático pode ser inovado”. Ela acrescentou que no atual sistema de transporteos médicos com frequência não conseguem acompanhar como está indo um órgão em trânsito. O drone permite atualizações pontuais do trajeto, do mesmo modo que se pode acompanhar pelo celular a aproximação de um táxi solicitado.   

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“Podemos monitorar tudo em tempo real”, disse Scalea. “É como um Uber para órgãos.”

O drone voou mais de 700 horas em 44 testes de voo antes da missão, informou Scalea. O exercício permitiu à equipe superar obstáculos logísticos e regulatórios envolvidos no transporte de um órgão viável. O foco agora será “transportar cada vez maisrápido e para mais longe”, disse o cirurgião.

Christopher Marsh, diretor do programa de transplantes do Scripps Green Hospital em La Jolla, Califórnia, e membro da Sociedade Americana de Transplantes, disse que ainda é muito cedo para atestar a confiabilidade do transporte de órgãos por drone. Mas adiantou que os cirurgiões vão acompanhar de perto os avanços na experiência. “Estamos entrando em um novo mundo”, afirmou. “As coisas mudam e devemosestar abertos para isso.” / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

'Uber dos órgãos' foi um projeto criado pelaUniversidade de Maryland Foto: Mark Teske/University of Maryland

Um drone feito sob medida levou recentemente um rim para uma mulher em Maryland que esperava havia oito anos por um transplante para salvar sua vida.

Embora o voo de teste tenha sido curto– menos de cinco quilômetros no total –, a equipe da Universidade de Maryland que criou o drone disse que foi um primeiro e crucial passo na tentativa de se acelerar a complexa operação para se fazer chegar órgãos doados aos destinatários.

O chefe da equipe, Joseph R. Scalea, professor assistente de cirurgia na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, explicou que se empenhou no projeto devido à constante frustração de ver órgãos levando tempo demais para chegar aos pacientes.

Após os órgãos serem retirados de um doador, eles ficam menos saudáveis a cada segundo que passa. Scalea citou um caso ocorrido no Alabama em que um rim doado levou 29 horas para ser entregue no hospital. “Se tivéssemos feito o transplante em até nove horas, o paciente provavelmente teria muitos anos mais de vida”, disse o cirurgião. “Por que ainda não conseguimos melhorar isso?

Parceria

Para realizar o projeto, a equipe médica de Scalea trabalhou com colegasda engenharia aeronáutica da Universidade, bem como com a Living Legacy Foundation de Maryland, que supervisiona a doação de órgãos. Ele fez o transplante com dois outros cirurgiões do centro médico da Universidade de Maryland, Rolf N. Barth e Talal Al-Quod.  

A mulher que recebeu o rim, Trina Glispy, de 44 anos, uma enfermeira de Baltimore, disse que estava começando a perder a esperança quando recebeu um telefonema em 18 de abril, informando que um doador compatível havia sido encontrado.

Trina, que é mãe de três filhos, descobriu que seus rins estavam falhando em 2011, quando um paciente sob seus cuidados chutou-a acidentalmente e a perna atingida começou a inchar assustadoramente. Ela começou a fazer hemodiálise três vezes por semana em sessões de quatro horas, o que estava roubando sua energia. Ficou cada vez mais difícil fazer seu exigente expediente no Hospital de Veteranos, trabalho que ela adorava.

Assim, ela ficou ansiosa e esperançosa ao receber o telefonema – concidentemente, durante uma hemodiálise. Onze dias depois da cirurgia, Glispy anunciou que já estava bem. Ela manifestou sua gratidão, lembrando-se de seus grandes temores durante os anos de tratamento.

“Sinto-me afortunada, especialmente depois de ver tanta gente passando por hemodiálise”, disse ela. “Vi muitos morrerem e pensei: ‘Está demorando tanto! Talvez eu também não consiga’.”

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Dispositivo tem indicadores para controlar temperatura, pressão barométrica e vibrações do órgão; drone é monitorado por dois pilotos em terra.

Como funciona

O drone usado tinha motores e propulsão por hélices, bateria dupla e paraquedas para impedir desastres se um componente passasse por problemas a 120 metros de altura. O voo foi monitorado por dois pilotos em terra, que usaram uma rede sem fio e estavam prontos para interferir no plano automático de voo em caso de emergência. O drone também tinha, entre outros dispositivos, indicadores para controlar temperatura, pressão barométrica e vibrações.

Scalea viu no voo a “prova de que um sistema problemático pode ser inovado”. Ela acrescentou que no atual sistema de transporteos médicos com frequência não conseguem acompanhar como está indo um órgão em trânsito. O drone permite atualizações pontuais do trajeto, do mesmo modo que se pode acompanhar pelo celular a aproximação de um táxi solicitado.   

“Podemos monitorar tudo em tempo real”, disse Scalea. “É como um Uber para órgãos.”

O drone voou mais de 700 horas em 44 testes de voo antes da missão, informou Scalea. O exercício permitiu à equipe superar obstáculos logísticos e regulatórios envolvidos no transporte de um órgão viável. O foco agora será “transportar cada vez maisrápido e para mais longe”, disse o cirurgião.

Christopher Marsh, diretor do programa de transplantes do Scripps Green Hospital em La Jolla, Califórnia, e membro da Sociedade Americana de Transplantes, disse que ainda é muito cedo para atestar a confiabilidade do transporte de órgãos por drone. Mas adiantou que os cirurgiões vão acompanhar de perto os avanços na experiência. “Estamos entrando em um novo mundo”, afirmou. “As coisas mudam e devemosestar abertos para isso.” / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

'Uber dos órgãos' foi um projeto criado pelaUniversidade de Maryland Foto: Mark Teske/University of Maryland

Um drone feito sob medida levou recentemente um rim para uma mulher em Maryland que esperava havia oito anos por um transplante para salvar sua vida.

Embora o voo de teste tenha sido curto– menos de cinco quilômetros no total –, a equipe da Universidade de Maryland que criou o drone disse que foi um primeiro e crucial passo na tentativa de se acelerar a complexa operação para se fazer chegar órgãos doados aos destinatários.

O chefe da equipe, Joseph R. Scalea, professor assistente de cirurgia na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, explicou que se empenhou no projeto devido à constante frustração de ver órgãos levando tempo demais para chegar aos pacientes.

Após os órgãos serem retirados de um doador, eles ficam menos saudáveis a cada segundo que passa. Scalea citou um caso ocorrido no Alabama em que um rim doado levou 29 horas para ser entregue no hospital. “Se tivéssemos feito o transplante em até nove horas, o paciente provavelmente teria muitos anos mais de vida”, disse o cirurgião. “Por que ainda não conseguimos melhorar isso?

Parceria

Para realizar o projeto, a equipe médica de Scalea trabalhou com colegasda engenharia aeronáutica da Universidade, bem como com a Living Legacy Foundation de Maryland, que supervisiona a doação de órgãos. Ele fez o transplante com dois outros cirurgiões do centro médico da Universidade de Maryland, Rolf N. Barth e Talal Al-Quod.  

A mulher que recebeu o rim, Trina Glispy, de 44 anos, uma enfermeira de Baltimore, disse que estava começando a perder a esperança quando recebeu um telefonema em 18 de abril, informando que um doador compatível havia sido encontrado.

Trina, que é mãe de três filhos, descobriu que seus rins estavam falhando em 2011, quando um paciente sob seus cuidados chutou-a acidentalmente e a perna atingida começou a inchar assustadoramente. Ela começou a fazer hemodiálise três vezes por semana em sessões de quatro horas, o que estava roubando sua energia. Ficou cada vez mais difícil fazer seu exigente expediente no Hospital de Veteranos, trabalho que ela adorava.

Assim, ela ficou ansiosa e esperançosa ao receber o telefonema – concidentemente, durante uma hemodiálise. Onze dias depois da cirurgia, Glispy anunciou que já estava bem. Ela manifestou sua gratidão, lembrando-se de seus grandes temores durante os anos de tratamento.

“Sinto-me afortunada, especialmente depois de ver tanta gente passando por hemodiálise”, disse ela. “Vi muitos morrerem e pensei: ‘Está demorando tanto! Talvez eu também não consiga’.”

Seu navegador não suporta esse video.

Dispositivo tem indicadores para controlar temperatura, pressão barométrica e vibrações do órgão; drone é monitorado por dois pilotos em terra.

Como funciona

O drone usado tinha motores e propulsão por hélices, bateria dupla e paraquedas para impedir desastres se um componente passasse por problemas a 120 metros de altura. O voo foi monitorado por dois pilotos em terra, que usaram uma rede sem fio e estavam prontos para interferir no plano automático de voo em caso de emergência. O drone também tinha, entre outros dispositivos, indicadores para controlar temperatura, pressão barométrica e vibrações.

Scalea viu no voo a “prova de que um sistema problemático pode ser inovado”. Ela acrescentou que no atual sistema de transporteos médicos com frequência não conseguem acompanhar como está indo um órgão em trânsito. O drone permite atualizações pontuais do trajeto, do mesmo modo que se pode acompanhar pelo celular a aproximação de um táxi solicitado.   

“Podemos monitorar tudo em tempo real”, disse Scalea. “É como um Uber para órgãos.”

O drone voou mais de 700 horas em 44 testes de voo antes da missão, informou Scalea. O exercício permitiu à equipe superar obstáculos logísticos e regulatórios envolvidos no transporte de um órgão viável. O foco agora será “transportar cada vez maisrápido e para mais longe”, disse o cirurgião.

Christopher Marsh, diretor do programa de transplantes do Scripps Green Hospital em La Jolla, Califórnia, e membro da Sociedade Americana de Transplantes, disse que ainda é muito cedo para atestar a confiabilidade do transporte de órgãos por drone. Mas adiantou que os cirurgiões vão acompanhar de perto os avanços na experiência. “Estamos entrando em um novo mundo”, afirmou. “As coisas mudam e devemosestar abertos para isso.” / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

'Uber dos órgãos' foi um projeto criado pelaUniversidade de Maryland Foto: Mark Teske/University of Maryland

Um drone feito sob medida levou recentemente um rim para uma mulher em Maryland que esperava havia oito anos por um transplante para salvar sua vida.

Embora o voo de teste tenha sido curto– menos de cinco quilômetros no total –, a equipe da Universidade de Maryland que criou o drone disse que foi um primeiro e crucial passo na tentativa de se acelerar a complexa operação para se fazer chegar órgãos doados aos destinatários.

O chefe da equipe, Joseph R. Scalea, professor assistente de cirurgia na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, explicou que se empenhou no projeto devido à constante frustração de ver órgãos levando tempo demais para chegar aos pacientes.

Após os órgãos serem retirados de um doador, eles ficam menos saudáveis a cada segundo que passa. Scalea citou um caso ocorrido no Alabama em que um rim doado levou 29 horas para ser entregue no hospital. “Se tivéssemos feito o transplante em até nove horas, o paciente provavelmente teria muitos anos mais de vida”, disse o cirurgião. “Por que ainda não conseguimos melhorar isso?

Parceria

Para realizar o projeto, a equipe médica de Scalea trabalhou com colegasda engenharia aeronáutica da Universidade, bem como com a Living Legacy Foundation de Maryland, que supervisiona a doação de órgãos. Ele fez o transplante com dois outros cirurgiões do centro médico da Universidade de Maryland, Rolf N. Barth e Talal Al-Quod.  

A mulher que recebeu o rim, Trina Glispy, de 44 anos, uma enfermeira de Baltimore, disse que estava começando a perder a esperança quando recebeu um telefonema em 18 de abril, informando que um doador compatível havia sido encontrado.

Trina, que é mãe de três filhos, descobriu que seus rins estavam falhando em 2011, quando um paciente sob seus cuidados chutou-a acidentalmente e a perna atingida começou a inchar assustadoramente. Ela começou a fazer hemodiálise três vezes por semana em sessões de quatro horas, o que estava roubando sua energia. Ficou cada vez mais difícil fazer seu exigente expediente no Hospital de Veteranos, trabalho que ela adorava.

Assim, ela ficou ansiosa e esperançosa ao receber o telefonema – concidentemente, durante uma hemodiálise. Onze dias depois da cirurgia, Glispy anunciou que já estava bem. Ela manifestou sua gratidão, lembrando-se de seus grandes temores durante os anos de tratamento.

“Sinto-me afortunada, especialmente depois de ver tanta gente passando por hemodiálise”, disse ela. “Vi muitos morrerem e pensei: ‘Está demorando tanto! Talvez eu também não consiga’.”

Seu navegador não suporta esse video.

Dispositivo tem indicadores para controlar temperatura, pressão barométrica e vibrações do órgão; drone é monitorado por dois pilotos em terra.

Como funciona

O drone usado tinha motores e propulsão por hélices, bateria dupla e paraquedas para impedir desastres se um componente passasse por problemas a 120 metros de altura. O voo foi monitorado por dois pilotos em terra, que usaram uma rede sem fio e estavam prontos para interferir no plano automático de voo em caso de emergência. O drone também tinha, entre outros dispositivos, indicadores para controlar temperatura, pressão barométrica e vibrações.

Scalea viu no voo a “prova de que um sistema problemático pode ser inovado”. Ela acrescentou que no atual sistema de transporteos médicos com frequência não conseguem acompanhar como está indo um órgão em trânsito. O drone permite atualizações pontuais do trajeto, do mesmo modo que se pode acompanhar pelo celular a aproximação de um táxi solicitado.   

“Podemos monitorar tudo em tempo real”, disse Scalea. “É como um Uber para órgãos.”

O drone voou mais de 700 horas em 44 testes de voo antes da missão, informou Scalea. O exercício permitiu à equipe superar obstáculos logísticos e regulatórios envolvidos no transporte de um órgão viável. O foco agora será “transportar cada vez maisrápido e para mais longe”, disse o cirurgião.

Christopher Marsh, diretor do programa de transplantes do Scripps Green Hospital em La Jolla, Califórnia, e membro da Sociedade Americana de Transplantes, disse que ainda é muito cedo para atestar a confiabilidade do transporte de órgãos por drone. Mas adiantou que os cirurgiões vão acompanhar de perto os avanços na experiência. “Estamos entrando em um novo mundo”, afirmou. “As coisas mudam e devemosestar abertos para isso.” / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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