Google demite engenheiro autor de manifesto contra diversidade


Em texto divulgado anonimamente, James Damore disse que mulheres não viram líderes por 'razões genéticas'

Por Agências
Serviço. Google promete empenho contra anúncio ofensivo Foto: Reuters

O Google demitiu nesta segunda-feira, 7, um engenheiro que foi centro de um escândalo no Vale do Silício durante a semana passada. De forma anônima, o engenheiro James Damore escreveu um manifesto afirmando que existem causas biológicas por trás das desigualdades de gênero na indústria da tecnologia.

O presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, justificou a demissão aos funcionários. Em nota enviada na segunda-feira, ele disse que partes do texto escrito por Damore "violam nosso código de conduta ao promoverem estereótipos de gênero nocivos em nosso ambiente de trabalho", de acordo com uma cópia da mensagem vista pela Reuters.

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James Damore, o engenheiro que escreveu o memorando, confirmou sua demissão, dizendo em um email enviado na segunda-feira à agência de notícias Reuters que foi demitido por "perpetuar estereótipos de gênero".

Damore disse que estava explorando todas as possíveis soluções jurídicas e que antes de ser demitido ele havia submetido uma reclamação para o Conselho Nacional de Relações de Trabalho (NLRB, na sigla em inglês) acusando seu superior no Google de tentar forçá-lo a se silenciar. "É ilegal retaliar contra uma acusação no NLRB", escreveu no email.

Segundo Damore, os programas do Google para aumentar a presença de minorias – como acampamentos que ensinam código a meninas ou parcerias com universidades onde a presença de negros é massiva – geraram "políticas discriminatórias". 

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O Google disse que não comenta casos individuais de empregados.

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos está investigando se o Google ilegalmente pagou menos a mulheres que a homens. A companhia nega as acusações.

Damore afirmou, no texto de 3 mil palavras que circulou dentro da empresa na semana passada, que a "tendência esquerdista do Google criou uma monocultura do politicamente correto" que impede a discussão honesta da diversidade.

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O engenheiro, que tem um doutorado em sistemas biológicos pela Universidade de Harvard, segundo sua página no Linkedin, atacou a ideia de que diversidade de gênero deveria ser um objetivo.

Repercussão. O texto rapidamente ganhou apoio em instâncias conservadoras da mídia. No Breitbart News, que já foi dirigido por Steve Bannon, hoje estrategista chefe do presidente norte-americano, Donald Trump, comentaristas discutiam sobre um boicote ao Google e troca dos serviços da empresa por produtos da Microsoft, como o buscador Bing. 

Enquanto isso, o polêmico ativista Julian Assange, o homem por trás do Wikileaks, ofereceu uma vaga de emprego a Damore. “Censura é para perdedores", disse o empresário, recluso há cinco anos na Embaixada do Equador em Londres, em sua conta no Twitter. 

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Em outro tuíte, Assange fez uma piada machista envolvendo a disparidade de salários e a diferença de gênero no Google. 

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A vice-presidente de diversidade do Google, Danielle Brown, enviou uma mensagem em resposta à polêmica durante o fim de semana, afirmando que o texto do engenheiro "trouxe presunções incorretas sobre a questão do gênero".

Conheça mulheres na liderança de gigantes da tecnologia

1 | 12

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Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Fiamma Zarife

Foto: Divulgação
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Foto: PayPal
4 | 12

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Foto: NYT
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Marne Levine

Foto: Estadão
6 | 12

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Foto: NYT
7 | 12

Ginni Rometty

Foto: Reuters
8 | 12

Susan Wojcicki

Foto: Reuters
9 | 12

Sheryl Sandberg

Foto: Reuters
10 | 12

Safra Catz

Foto: Reuters
11 | 12

Paula Bellizia

Foto: Estadão
12 | 12

Camila Achutti

Foto: MasterTech
Serviço. Google promete empenho contra anúncio ofensivo Foto: Reuters

O Google demitiu nesta segunda-feira, 7, um engenheiro que foi centro de um escândalo no Vale do Silício durante a semana passada. De forma anônima, o engenheiro James Damore escreveu um manifesto afirmando que existem causas biológicas por trás das desigualdades de gênero na indústria da tecnologia.

O presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, justificou a demissão aos funcionários. Em nota enviada na segunda-feira, ele disse que partes do texto escrito por Damore "violam nosso código de conduta ao promoverem estereótipos de gênero nocivos em nosso ambiente de trabalho", de acordo com uma cópia da mensagem vista pela Reuters.

James Damore, o engenheiro que escreveu o memorando, confirmou sua demissão, dizendo em um email enviado na segunda-feira à agência de notícias Reuters que foi demitido por "perpetuar estereótipos de gênero".

Damore disse que estava explorando todas as possíveis soluções jurídicas e que antes de ser demitido ele havia submetido uma reclamação para o Conselho Nacional de Relações de Trabalho (NLRB, na sigla em inglês) acusando seu superior no Google de tentar forçá-lo a se silenciar. "É ilegal retaliar contra uma acusação no NLRB", escreveu no email.

Segundo Damore, os programas do Google para aumentar a presença de minorias – como acampamentos que ensinam código a meninas ou parcerias com universidades onde a presença de negros é massiva – geraram "políticas discriminatórias". 

O Google disse que não comenta casos individuais de empregados.

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos está investigando se o Google ilegalmente pagou menos a mulheres que a homens. A companhia nega as acusações.

Damore afirmou, no texto de 3 mil palavras que circulou dentro da empresa na semana passada, que a "tendência esquerdista do Google criou uma monocultura do politicamente correto" que impede a discussão honesta da diversidade.

O engenheiro, que tem um doutorado em sistemas biológicos pela Universidade de Harvard, segundo sua página no Linkedin, atacou a ideia de que diversidade de gênero deveria ser um objetivo.

Repercussão. O texto rapidamente ganhou apoio em instâncias conservadoras da mídia. No Breitbart News, que já foi dirigido por Steve Bannon, hoje estrategista chefe do presidente norte-americano, Donald Trump, comentaristas discutiam sobre um boicote ao Google e troca dos serviços da empresa por produtos da Microsoft, como o buscador Bing. 

Enquanto isso, o polêmico ativista Julian Assange, o homem por trás do Wikileaks, ofereceu uma vaga de emprego a Damore. “Censura é para perdedores", disse o empresário, recluso há cinco anos na Embaixada do Equador em Londres, em sua conta no Twitter. 

Em outro tuíte, Assange fez uma piada machista envolvendo a disparidade de salários e a diferença de gênero no Google. 

A vice-presidente de diversidade do Google, Danielle Brown, enviou uma mensagem em resposta à polêmica durante o fim de semana, afirmando que o texto do engenheiro "trouxe presunções incorretas sobre a questão do gênero".

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O Google demitiu nesta segunda-feira, 7, um engenheiro que foi centro de um escândalo no Vale do Silício durante a semana passada. De forma anônima, o engenheiro James Damore escreveu um manifesto afirmando que existem causas biológicas por trás das desigualdades de gênero na indústria da tecnologia.

O presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, justificou a demissão aos funcionários. Em nota enviada na segunda-feira, ele disse que partes do texto escrito por Damore "violam nosso código de conduta ao promoverem estereótipos de gênero nocivos em nosso ambiente de trabalho", de acordo com uma cópia da mensagem vista pela Reuters.

James Damore, o engenheiro que escreveu o memorando, confirmou sua demissão, dizendo em um email enviado na segunda-feira à agência de notícias Reuters que foi demitido por "perpetuar estereótipos de gênero".

Damore disse que estava explorando todas as possíveis soluções jurídicas e que antes de ser demitido ele havia submetido uma reclamação para o Conselho Nacional de Relações de Trabalho (NLRB, na sigla em inglês) acusando seu superior no Google de tentar forçá-lo a se silenciar. "É ilegal retaliar contra uma acusação no NLRB", escreveu no email.

Segundo Damore, os programas do Google para aumentar a presença de minorias – como acampamentos que ensinam código a meninas ou parcerias com universidades onde a presença de negros é massiva – geraram "políticas discriminatórias". 

O Google disse que não comenta casos individuais de empregados.

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos está investigando se o Google ilegalmente pagou menos a mulheres que a homens. A companhia nega as acusações.

Damore afirmou, no texto de 3 mil palavras que circulou dentro da empresa na semana passada, que a "tendência esquerdista do Google criou uma monocultura do politicamente correto" que impede a discussão honesta da diversidade.

O engenheiro, que tem um doutorado em sistemas biológicos pela Universidade de Harvard, segundo sua página no Linkedin, atacou a ideia de que diversidade de gênero deveria ser um objetivo.

Repercussão. O texto rapidamente ganhou apoio em instâncias conservadoras da mídia. No Breitbart News, que já foi dirigido por Steve Bannon, hoje estrategista chefe do presidente norte-americano, Donald Trump, comentaristas discutiam sobre um boicote ao Google e troca dos serviços da empresa por produtos da Microsoft, como o buscador Bing. 

Enquanto isso, o polêmico ativista Julian Assange, o homem por trás do Wikileaks, ofereceu uma vaga de emprego a Damore. “Censura é para perdedores", disse o empresário, recluso há cinco anos na Embaixada do Equador em Londres, em sua conta no Twitter. 

Em outro tuíte, Assange fez uma piada machista envolvendo a disparidade de salários e a diferença de gênero no Google. 

A vice-presidente de diversidade do Google, Danielle Brown, enviou uma mensagem em resposta à polêmica durante o fim de semana, afirmando que o texto do engenheiro "trouxe presunções incorretas sobre a questão do gênero".

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O presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, justificou a demissão aos funcionários. Em nota enviada na segunda-feira, ele disse que partes do texto escrito por Damore "violam nosso código de conduta ao promoverem estereótipos de gênero nocivos em nosso ambiente de trabalho", de acordo com uma cópia da mensagem vista pela Reuters.

James Damore, o engenheiro que escreveu o memorando, confirmou sua demissão, dizendo em um email enviado na segunda-feira à agência de notícias Reuters que foi demitido por "perpetuar estereótipos de gênero".

Damore disse que estava explorando todas as possíveis soluções jurídicas e que antes de ser demitido ele havia submetido uma reclamação para o Conselho Nacional de Relações de Trabalho (NLRB, na sigla em inglês) acusando seu superior no Google de tentar forçá-lo a se silenciar. "É ilegal retaliar contra uma acusação no NLRB", escreveu no email.

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O engenheiro, que tem um doutorado em sistemas biológicos pela Universidade de Harvard, segundo sua página no Linkedin, atacou a ideia de que diversidade de gênero deveria ser um objetivo.

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Enquanto isso, o polêmico ativista Julian Assange, o homem por trás do Wikileaks, ofereceu uma vaga de emprego a Damore. “Censura é para perdedores", disse o empresário, recluso há cinco anos na Embaixada do Equador em Londres, em sua conta no Twitter. 

Em outro tuíte, Assange fez uma piada machista envolvendo a disparidade de salários e a diferença de gênero no Google. 

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