A Lyft, serviço de transporte privado nos moldes do Uber, anunciou que deve lançar em breve sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Segundo o comunicado da empresa, ela entrou com o processo para iniciar as vendas junto à Securities and Exchange Comission (SEC, na sigla em inglês), órgão regulador americano para bolsa de valores do país. Tão logo o processo seja concluído, as vendas devem ser iniciadas - o que deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2019.
Avaliada em cerca de US$ 15 bilhões, a Lyft deve largar na frente do Uber na comercialização de ações. A concorrente tem IPO esperado apenas para o segundo semestre do ano que vem. O documento da empresa não diz quantas ações serão disponibilizadas, nem quanto ela espera levantar com o IPO - alguns especialistas estimam que a cifra pode chegar a US$ 30 bilhões.
A Lyft tem um negócio menos complexo que o Uber. Ela opera apenas em cidades dos EUA e Canadá e não tem serviços de entregas, como o Uber Eats. Estima-se que o Uber pode levantar até US$ 120 bilhões num IPO. Porém, analistas acreditam que largar na frente do Uber em termos de IPO pode ser benéfico para a Lyft.
Durante um certo período, a companhia poderia se posicionar como a única opção para os investidores interessados em apps de transporte privado - isso sem contar o barulho em torno da marca nos dia que antecedem e precedem o IPO.
Quem deve ganhar com o IPO deve ser a GM. A montadora tem uma participação de 9% na Lyft, que foi comprada em 2016 por US$ 500 milhões. A Lyft foi fundada em 2012, três anos depois do Uber. O IPO da empresa também deve abrir em 2019 uma fila de unicórnios, empresas com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão. Entre eles estão o Airbnb e o Slack.