Espionagem pode gerar perda de US$ 35 bi


Revelação de escutas ilegais fez empresas de tecnologia dos EUA perderem contratos

Por Ligia Aguilhar

Revelação de escutas ilegais fez empresas de tecnologia dos EUA perderem contratos

Nicole Gaouette BLOOMBERG NEWS

Alex Wong/Getty Images  
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SÃO FRANCISCO – A irritação internacional com a espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) está afetando as vendas globais das companhias americanas de tecnologia e prejudicando os esforços dos EUA na promoção da liberdade da internet.

 

As revelações sobre a espionagem no exterior poderão custar às companhias americanas US$ 35 bilhões em faturamento perdido até o final de 2016, por causa das dúvidas sobre a segurança da informação dos seus sistemas, segundo o grupo de pesquisas Information Technology & Innovation Foundation.

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“As possíveis consequências são enormes, considerando o quanto a nossa economia depende da economia da informação para crescer”, disse Rebecca MacKinnon, pesquisadora sênior do grupo New America Foundation, de Washington. “É ali que se encontra cada vez mais a vantagem para os EUA”.

Qualquer revés da política americana para manter a internet aberta também poderá infligir indiretamente danos a companhias como Apple e Google, que se beneficiam das redes globais com poucas restrições nacionais. Cerca de 40% da população mundial, ou 2,7 bilhões de pessoas, estão conectadas, segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT).

A Cisco Systems, maior fabricante de equipamentos para redes de computadores, disse este mês que as revelações sobre a NSA estão causando alguma hesitação entre os clientes de mercados emergentes.

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Os pedidos da China caíram 18% nos três meses encerrados em 26 de outubro. O país pretende elevar os gastos com TI para US$ 520 bilhões em 2015, para aumentar as velocidades de banda larga urbana e expandir o acesso da internet rural. Em outros países, Robert Lloyd, diretor de desenvolvimento e vendas da Cisco, disse: “Não está havendo um impacto concreto, mas certamente está levando as pessoas a parar e pensar sobre suas decisões”.

As empresas de tecnologia não são as únicas que enfrentam possíveis prejuízos. O mercado de computação em nuvem deverá alcançar US$ 207 bilhões em 2016, de acordo com a Information Technology & Innovation Foundation.

Levantamento da Cloud Security Alliance, concluiu que 10% dos seus membros não americanos cancelaram contratos com provedores de computação em nuvem dos EUA, desde maio. Cerca de 56% deles disseram que provavelmente não usarão um desses provedores.

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Internacional. A revelação da espionagem levou alguns governos a repensar “propostas que limitariam o livre fluxo das informações”, disse Richard Salgado, diretor para assuntos legais e de segurança da informação do Google, num depoimento ao Senado americano em 13 de novembro. “Isto poderá ter graves consequências, como a redução da segurança dos dados, aumento dos custos, queda da competitividade e prejuízo para consumidores”.

Posições como as defendidas pela China e Rússia, que tentam impor mais controles nacionais à internet, estão ganhando terreno. Potências econômicas emergentes, como Índia, México e Coreia do Sul, estão considerando a adoção de novas restrições.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que foi monitorada pelos EUA, pediu nova discussão sobre a governança da internet com o apoio da Alemanha, cuja chanceler, Angela Merkel, também foi alvo da NSA. O Brasil estuda a possibilidade de uma lei exigindo que empresas como o Google utilizem centros de dados ou equipamentos desenvolvidos pelo governo.

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Uma preferência por provedores que não sejam dos EUA poderá prejudicar empresas como a Juniper Networks Incorporated, com sede em Suunyvale, Califórnia, que respondeu por 10% das receita proveniente das operações com roteadores no Brasil no primeiro semestre do ano, ou a Cisco que detém 65%.

Na Alemanha, a empresa Deutsche Telekom, com sede em Bonn, integra uma aliança de companhias que vem promovendo um sistema para manter os e-mails alemães e as buscas na internet dentro do país.

/ TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA E TEREZINHA MARTINO

Revelação de escutas ilegais fez empresas de tecnologia dos EUA perderem contratos

Nicole Gaouette BLOOMBERG NEWS

Alex Wong/Getty Images  

SÃO FRANCISCO – A irritação internacional com a espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) está afetando as vendas globais das companhias americanas de tecnologia e prejudicando os esforços dos EUA na promoção da liberdade da internet.

 

As revelações sobre a espionagem no exterior poderão custar às companhias americanas US$ 35 bilhões em faturamento perdido até o final de 2016, por causa das dúvidas sobre a segurança da informação dos seus sistemas, segundo o grupo de pesquisas Information Technology & Innovation Foundation.

“As possíveis consequências são enormes, considerando o quanto a nossa economia depende da economia da informação para crescer”, disse Rebecca MacKinnon, pesquisadora sênior do grupo New America Foundation, de Washington. “É ali que se encontra cada vez mais a vantagem para os EUA”.

Qualquer revés da política americana para manter a internet aberta também poderá infligir indiretamente danos a companhias como Apple e Google, que se beneficiam das redes globais com poucas restrições nacionais. Cerca de 40% da população mundial, ou 2,7 bilhões de pessoas, estão conectadas, segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT).

A Cisco Systems, maior fabricante de equipamentos para redes de computadores, disse este mês que as revelações sobre a NSA estão causando alguma hesitação entre os clientes de mercados emergentes.

Os pedidos da China caíram 18% nos três meses encerrados em 26 de outubro. O país pretende elevar os gastos com TI para US$ 520 bilhões em 2015, para aumentar as velocidades de banda larga urbana e expandir o acesso da internet rural. Em outros países, Robert Lloyd, diretor de desenvolvimento e vendas da Cisco, disse: “Não está havendo um impacto concreto, mas certamente está levando as pessoas a parar e pensar sobre suas decisões”.

As empresas de tecnologia não são as únicas que enfrentam possíveis prejuízos. O mercado de computação em nuvem deverá alcançar US$ 207 bilhões em 2016, de acordo com a Information Technology & Innovation Foundation.

Levantamento da Cloud Security Alliance, concluiu que 10% dos seus membros não americanos cancelaram contratos com provedores de computação em nuvem dos EUA, desde maio. Cerca de 56% deles disseram que provavelmente não usarão um desses provedores.

Internacional. A revelação da espionagem levou alguns governos a repensar “propostas que limitariam o livre fluxo das informações”, disse Richard Salgado, diretor para assuntos legais e de segurança da informação do Google, num depoimento ao Senado americano em 13 de novembro. “Isto poderá ter graves consequências, como a redução da segurança dos dados, aumento dos custos, queda da competitividade e prejuízo para consumidores”.

Posições como as defendidas pela China e Rússia, que tentam impor mais controles nacionais à internet, estão ganhando terreno. Potências econômicas emergentes, como Índia, México e Coreia do Sul, estão considerando a adoção de novas restrições.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que foi monitorada pelos EUA, pediu nova discussão sobre a governança da internet com o apoio da Alemanha, cuja chanceler, Angela Merkel, também foi alvo da NSA. O Brasil estuda a possibilidade de uma lei exigindo que empresas como o Google utilizem centros de dados ou equipamentos desenvolvidos pelo governo.

Uma preferência por provedores que não sejam dos EUA poderá prejudicar empresas como a Juniper Networks Incorporated, com sede em Suunyvale, Califórnia, que respondeu por 10% das receita proveniente das operações com roteadores no Brasil no primeiro semestre do ano, ou a Cisco que detém 65%.

Na Alemanha, a empresa Deutsche Telekom, com sede em Bonn, integra uma aliança de companhias que vem promovendo um sistema para manter os e-mails alemães e as buscas na internet dentro do país.

/ TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA E TEREZINHA MARTINO

Revelação de escutas ilegais fez empresas de tecnologia dos EUA perderem contratos

Nicole Gaouette BLOOMBERG NEWS

Alex Wong/Getty Images  

SÃO FRANCISCO – A irritação internacional com a espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) está afetando as vendas globais das companhias americanas de tecnologia e prejudicando os esforços dos EUA na promoção da liberdade da internet.

 

As revelações sobre a espionagem no exterior poderão custar às companhias americanas US$ 35 bilhões em faturamento perdido até o final de 2016, por causa das dúvidas sobre a segurança da informação dos seus sistemas, segundo o grupo de pesquisas Information Technology & Innovation Foundation.

“As possíveis consequências são enormes, considerando o quanto a nossa economia depende da economia da informação para crescer”, disse Rebecca MacKinnon, pesquisadora sênior do grupo New America Foundation, de Washington. “É ali que se encontra cada vez mais a vantagem para os EUA”.

Qualquer revés da política americana para manter a internet aberta também poderá infligir indiretamente danos a companhias como Apple e Google, que se beneficiam das redes globais com poucas restrições nacionais. Cerca de 40% da população mundial, ou 2,7 bilhões de pessoas, estão conectadas, segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT).

A Cisco Systems, maior fabricante de equipamentos para redes de computadores, disse este mês que as revelações sobre a NSA estão causando alguma hesitação entre os clientes de mercados emergentes.

Os pedidos da China caíram 18% nos três meses encerrados em 26 de outubro. O país pretende elevar os gastos com TI para US$ 520 bilhões em 2015, para aumentar as velocidades de banda larga urbana e expandir o acesso da internet rural. Em outros países, Robert Lloyd, diretor de desenvolvimento e vendas da Cisco, disse: “Não está havendo um impacto concreto, mas certamente está levando as pessoas a parar e pensar sobre suas decisões”.

As empresas de tecnologia não são as únicas que enfrentam possíveis prejuízos. O mercado de computação em nuvem deverá alcançar US$ 207 bilhões em 2016, de acordo com a Information Technology & Innovation Foundation.

Levantamento da Cloud Security Alliance, concluiu que 10% dos seus membros não americanos cancelaram contratos com provedores de computação em nuvem dos EUA, desde maio. Cerca de 56% deles disseram que provavelmente não usarão um desses provedores.

Internacional. A revelação da espionagem levou alguns governos a repensar “propostas que limitariam o livre fluxo das informações”, disse Richard Salgado, diretor para assuntos legais e de segurança da informação do Google, num depoimento ao Senado americano em 13 de novembro. “Isto poderá ter graves consequências, como a redução da segurança dos dados, aumento dos custos, queda da competitividade e prejuízo para consumidores”.

Posições como as defendidas pela China e Rússia, que tentam impor mais controles nacionais à internet, estão ganhando terreno. Potências econômicas emergentes, como Índia, México e Coreia do Sul, estão considerando a adoção de novas restrições.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que foi monitorada pelos EUA, pediu nova discussão sobre a governança da internet com o apoio da Alemanha, cuja chanceler, Angela Merkel, também foi alvo da NSA. O Brasil estuda a possibilidade de uma lei exigindo que empresas como o Google utilizem centros de dados ou equipamentos desenvolvidos pelo governo.

Uma preferência por provedores que não sejam dos EUA poderá prejudicar empresas como a Juniper Networks Incorporated, com sede em Suunyvale, Califórnia, que respondeu por 10% das receita proveniente das operações com roteadores no Brasil no primeiro semestre do ano, ou a Cisco que detém 65%.

Na Alemanha, a empresa Deutsche Telekom, com sede em Bonn, integra uma aliança de companhias que vem promovendo um sistema para manter os e-mails alemães e as buscas na internet dentro do país.

/ TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA E TEREZINHA MARTINO

Revelação de escutas ilegais fez empresas de tecnologia dos EUA perderem contratos

Nicole Gaouette BLOOMBERG NEWS

Alex Wong/Getty Images  

SÃO FRANCISCO – A irritação internacional com a espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) está afetando as vendas globais das companhias americanas de tecnologia e prejudicando os esforços dos EUA na promoção da liberdade da internet.

 

As revelações sobre a espionagem no exterior poderão custar às companhias americanas US$ 35 bilhões em faturamento perdido até o final de 2016, por causa das dúvidas sobre a segurança da informação dos seus sistemas, segundo o grupo de pesquisas Information Technology & Innovation Foundation.

“As possíveis consequências são enormes, considerando o quanto a nossa economia depende da economia da informação para crescer”, disse Rebecca MacKinnon, pesquisadora sênior do grupo New America Foundation, de Washington. “É ali que se encontra cada vez mais a vantagem para os EUA”.

Qualquer revés da política americana para manter a internet aberta também poderá infligir indiretamente danos a companhias como Apple e Google, que se beneficiam das redes globais com poucas restrições nacionais. Cerca de 40% da população mundial, ou 2,7 bilhões de pessoas, estão conectadas, segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT).

A Cisco Systems, maior fabricante de equipamentos para redes de computadores, disse este mês que as revelações sobre a NSA estão causando alguma hesitação entre os clientes de mercados emergentes.

Os pedidos da China caíram 18% nos três meses encerrados em 26 de outubro. O país pretende elevar os gastos com TI para US$ 520 bilhões em 2015, para aumentar as velocidades de banda larga urbana e expandir o acesso da internet rural. Em outros países, Robert Lloyd, diretor de desenvolvimento e vendas da Cisco, disse: “Não está havendo um impacto concreto, mas certamente está levando as pessoas a parar e pensar sobre suas decisões”.

As empresas de tecnologia não são as únicas que enfrentam possíveis prejuízos. O mercado de computação em nuvem deverá alcançar US$ 207 bilhões em 2016, de acordo com a Information Technology & Innovation Foundation.

Levantamento da Cloud Security Alliance, concluiu que 10% dos seus membros não americanos cancelaram contratos com provedores de computação em nuvem dos EUA, desde maio. Cerca de 56% deles disseram que provavelmente não usarão um desses provedores.

Internacional. A revelação da espionagem levou alguns governos a repensar “propostas que limitariam o livre fluxo das informações”, disse Richard Salgado, diretor para assuntos legais e de segurança da informação do Google, num depoimento ao Senado americano em 13 de novembro. “Isto poderá ter graves consequências, como a redução da segurança dos dados, aumento dos custos, queda da competitividade e prejuízo para consumidores”.

Posições como as defendidas pela China e Rússia, que tentam impor mais controles nacionais à internet, estão ganhando terreno. Potências econômicas emergentes, como Índia, México e Coreia do Sul, estão considerando a adoção de novas restrições.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que foi monitorada pelos EUA, pediu nova discussão sobre a governança da internet com o apoio da Alemanha, cuja chanceler, Angela Merkel, também foi alvo da NSA. O Brasil estuda a possibilidade de uma lei exigindo que empresas como o Google utilizem centros de dados ou equipamentos desenvolvidos pelo governo.

Uma preferência por provedores que não sejam dos EUA poderá prejudicar empresas como a Juniper Networks Incorporated, com sede em Suunyvale, Califórnia, que respondeu por 10% das receita proveniente das operações com roteadores no Brasil no primeiro semestre do ano, ou a Cisco que detém 65%.

Na Alemanha, a empresa Deutsche Telekom, com sede em Bonn, integra uma aliança de companhias que vem promovendo um sistema para manter os e-mails alemães e as buscas na internet dentro do país.

/ TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA E TEREZINHA MARTINO

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