No arranque

O desafio do Foursquare é valorizar o que tem de melhor


Novo app dá mais importância às buscas

Por Filipe Serrano

* Publicado no 'Link' em 15/4/2013.

Entrei no Foursquare em 2010, logo que o aplicativo de geolocalização ganhou adeptos no Brasil. Ele já havia chamado a atenção dos participantes do festival South by Southwest no ano anterior e era tratado como um forte candidato a se tornar uma das redes sociais mais influentes, com o foco na localização.

Continua a ser uma promessa. Ao longo dos últimos três anos, o Foursquare ainda se mantém como uma rede social de nicho, para as pessoas que gostam de marcar os lugares aonde foram. Na linguagem do app, faz-se um "check-in" em restaurantes, bares, escritórios, estações de metrô - todo tipo de local cadastrado pelos 33 milhões de usuários.

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A quantidade de participantes ainda é pequena para uma rede que pretende fazer que a localização se torne uma nova camada da internet, como o fundador Dennis Crowley costuma repetir. Mas aqueles que utilizam o app são usuários fiéis que pouco ligam para esse objetivo. Gostam da proposta do Foursquare e fizeram mais de 3,5 bilhões de check-ins ao todo. Além deles, mais de 1,3 milhão de comerciantes também utilizam o aplicativo para acompanhar a clientela conectada e as opiniões sobre o serviço oferecido.

Nunca fui um usuário muito ativo. Em três anos, fiz 264 check-ins, recebi 17 badges (medalhas que são desbloqueadas conforme você participa), escrevi nove dicas e tenho 50 amigos.

Apesar de não participar tanto, gosto do aplicativo. Não porque quero divulgar para todos os seguidores onde eu estou naquele momento. No fundo, marcar onde você está - e ganhar pontos por isso - é a parte mais sem graça. Imagino que outros também sintam isso. O mais interessante, na minha opinião, é ler as avaliações de pessoas que já estiveram nos lugares que planejo visitar, pegar dicas de pratos e bebidas, saber sobre a qualidade do atendimento e se o preço vale o que o lugar oferece.

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Além disso, ele é bom para procurar referências sobre locais diferentes quando estou sem ideias de onde ir. Com um sistema de busca, é possível encontrar, por exemplo, restaurantes de um tipo de comida específico num raio de poucos quilômetros.

O Foursquare já notava a relevância dessa ferramenta de busca incluída dentro do app e, no último ano, investiu em melhorias no sistema que permite descobrir lugares novos. A versão 6.0 do aplicativo, que acaba de ser lançada para iPhone e Android, dá ainda mais importância às buscas. Com um design novo, o app valorizou a posição do campo de buscas, agora logo na tela inicial. Na parte de baixo, fica o botão para fazer os check-ins tradicionais. Além disso, o novo aplicativo agora sabe indicar melhor lugares diferentes para os usuários, baseado nas avaliações.

A novidade foi lançada na quarta-feira, um dia antes de o Foursquare anunciar que recebeu US$ 41 milhões em uma nova rodada de investimentos. Crowley disse em entrevista publicada pelo All Things Digital que um dos focos é usar a base de dados de check-ins para construir novos produtos comerciais para empresas de publicidade, desenvolvedores e comerciantes.

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"Você pode prever onde as pessoas vão estar, o que foi popular duas semanas atrás e o que pode vir a ser popular no futuro", disse ele. "Nós podemos fazer isso e compartilhar não apenas com nossos usuários, mas também com desenvolvedores. As coisas que construímos estão fornecendo ferramentas de localização para toda a próxima geração de serviços de internet."

Com isso, ele e sua equipe agora buscam formas para aumentar a receita da empresa, que no ano passado ficou em US$ 2 milhões, segundo a Business Week. A ideia é contratar mais funcionários para a equipe de vendas e investir em seus produtos comerciais.

É possível que o novo investimento revigore o Foursquare e, enfim, consiga fazer que o app ganhe mais valor para os usuários. Focar na descoberta de lugares novos é um bom começo.

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***

As colunas No Arranque e P2P (de Tatiana de Mello dias) migram para o site do Link a partir da semana que vem, em formato de blog.

Coluna anterior 1/4/2013O benefício da internet supera os seus efeitos negativos 

* Publicado no 'Link' em 15/4/2013.

Entrei no Foursquare em 2010, logo que o aplicativo de geolocalização ganhou adeptos no Brasil. Ele já havia chamado a atenção dos participantes do festival South by Southwest no ano anterior e era tratado como um forte candidato a se tornar uma das redes sociais mais influentes, com o foco na localização.

Continua a ser uma promessa. Ao longo dos últimos três anos, o Foursquare ainda se mantém como uma rede social de nicho, para as pessoas que gostam de marcar os lugares aonde foram. Na linguagem do app, faz-se um "check-in" em restaurantes, bares, escritórios, estações de metrô - todo tipo de local cadastrado pelos 33 milhões de usuários.

A quantidade de participantes ainda é pequena para uma rede que pretende fazer que a localização se torne uma nova camada da internet, como o fundador Dennis Crowley costuma repetir. Mas aqueles que utilizam o app são usuários fiéis que pouco ligam para esse objetivo. Gostam da proposta do Foursquare e fizeram mais de 3,5 bilhões de check-ins ao todo. Além deles, mais de 1,3 milhão de comerciantes também utilizam o aplicativo para acompanhar a clientela conectada e as opiniões sobre o serviço oferecido.

Nunca fui um usuário muito ativo. Em três anos, fiz 264 check-ins, recebi 17 badges (medalhas que são desbloqueadas conforme você participa), escrevi nove dicas e tenho 50 amigos.

Apesar de não participar tanto, gosto do aplicativo. Não porque quero divulgar para todos os seguidores onde eu estou naquele momento. No fundo, marcar onde você está - e ganhar pontos por isso - é a parte mais sem graça. Imagino que outros também sintam isso. O mais interessante, na minha opinião, é ler as avaliações de pessoas que já estiveram nos lugares que planejo visitar, pegar dicas de pratos e bebidas, saber sobre a qualidade do atendimento e se o preço vale o que o lugar oferece.

Além disso, ele é bom para procurar referências sobre locais diferentes quando estou sem ideias de onde ir. Com um sistema de busca, é possível encontrar, por exemplo, restaurantes de um tipo de comida específico num raio de poucos quilômetros.

O Foursquare já notava a relevância dessa ferramenta de busca incluída dentro do app e, no último ano, investiu em melhorias no sistema que permite descobrir lugares novos. A versão 6.0 do aplicativo, que acaba de ser lançada para iPhone e Android, dá ainda mais importância às buscas. Com um design novo, o app valorizou a posição do campo de buscas, agora logo na tela inicial. Na parte de baixo, fica o botão para fazer os check-ins tradicionais. Além disso, o novo aplicativo agora sabe indicar melhor lugares diferentes para os usuários, baseado nas avaliações.

A novidade foi lançada na quarta-feira, um dia antes de o Foursquare anunciar que recebeu US$ 41 milhões em uma nova rodada de investimentos. Crowley disse em entrevista publicada pelo All Things Digital que um dos focos é usar a base de dados de check-ins para construir novos produtos comerciais para empresas de publicidade, desenvolvedores e comerciantes.

"Você pode prever onde as pessoas vão estar, o que foi popular duas semanas atrás e o que pode vir a ser popular no futuro", disse ele. "Nós podemos fazer isso e compartilhar não apenas com nossos usuários, mas também com desenvolvedores. As coisas que construímos estão fornecendo ferramentas de localização para toda a próxima geração de serviços de internet."

Com isso, ele e sua equipe agora buscam formas para aumentar a receita da empresa, que no ano passado ficou em US$ 2 milhões, segundo a Business Week. A ideia é contratar mais funcionários para a equipe de vendas e investir em seus produtos comerciais.

É possível que o novo investimento revigore o Foursquare e, enfim, consiga fazer que o app ganhe mais valor para os usuários. Focar na descoberta de lugares novos é um bom começo.

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Entrei no Foursquare em 2010, logo que o aplicativo de geolocalização ganhou adeptos no Brasil. Ele já havia chamado a atenção dos participantes do festival South by Southwest no ano anterior e era tratado como um forte candidato a se tornar uma das redes sociais mais influentes, com o foco na localização.

Continua a ser uma promessa. Ao longo dos últimos três anos, o Foursquare ainda se mantém como uma rede social de nicho, para as pessoas que gostam de marcar os lugares aonde foram. Na linguagem do app, faz-se um "check-in" em restaurantes, bares, escritórios, estações de metrô - todo tipo de local cadastrado pelos 33 milhões de usuários.

A quantidade de participantes ainda é pequena para uma rede que pretende fazer que a localização se torne uma nova camada da internet, como o fundador Dennis Crowley costuma repetir. Mas aqueles que utilizam o app são usuários fiéis que pouco ligam para esse objetivo. Gostam da proposta do Foursquare e fizeram mais de 3,5 bilhões de check-ins ao todo. Além deles, mais de 1,3 milhão de comerciantes também utilizam o aplicativo para acompanhar a clientela conectada e as opiniões sobre o serviço oferecido.

Nunca fui um usuário muito ativo. Em três anos, fiz 264 check-ins, recebi 17 badges (medalhas que são desbloqueadas conforme você participa), escrevi nove dicas e tenho 50 amigos.

Apesar de não participar tanto, gosto do aplicativo. Não porque quero divulgar para todos os seguidores onde eu estou naquele momento. No fundo, marcar onde você está - e ganhar pontos por isso - é a parte mais sem graça. Imagino que outros também sintam isso. O mais interessante, na minha opinião, é ler as avaliações de pessoas que já estiveram nos lugares que planejo visitar, pegar dicas de pratos e bebidas, saber sobre a qualidade do atendimento e se o preço vale o que o lugar oferece.

Além disso, ele é bom para procurar referências sobre locais diferentes quando estou sem ideias de onde ir. Com um sistema de busca, é possível encontrar, por exemplo, restaurantes de um tipo de comida específico num raio de poucos quilômetros.

O Foursquare já notava a relevância dessa ferramenta de busca incluída dentro do app e, no último ano, investiu em melhorias no sistema que permite descobrir lugares novos. A versão 6.0 do aplicativo, que acaba de ser lançada para iPhone e Android, dá ainda mais importância às buscas. Com um design novo, o app valorizou a posição do campo de buscas, agora logo na tela inicial. Na parte de baixo, fica o botão para fazer os check-ins tradicionais. Além disso, o novo aplicativo agora sabe indicar melhor lugares diferentes para os usuários, baseado nas avaliações.

A novidade foi lançada na quarta-feira, um dia antes de o Foursquare anunciar que recebeu US$ 41 milhões em uma nova rodada de investimentos. Crowley disse em entrevista publicada pelo All Things Digital que um dos focos é usar a base de dados de check-ins para construir novos produtos comerciais para empresas de publicidade, desenvolvedores e comerciantes.

"Você pode prever onde as pessoas vão estar, o que foi popular duas semanas atrás e o que pode vir a ser popular no futuro", disse ele. "Nós podemos fazer isso e compartilhar não apenas com nossos usuários, mas também com desenvolvedores. As coisas que construímos estão fornecendo ferramentas de localização para toda a próxima geração de serviços de internet."

Com isso, ele e sua equipe agora buscam formas para aumentar a receita da empresa, que no ano passado ficou em US$ 2 milhões, segundo a Business Week. A ideia é contratar mais funcionários para a equipe de vendas e investir em seus produtos comerciais.

É possível que o novo investimento revigore o Foursquare e, enfim, consiga fazer que o app ganhe mais valor para os usuários. Focar na descoberta de lugares novos é um bom começo.

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As colunas No Arranque e P2P (de Tatiana de Mello dias) migram para o site do Link a partir da semana que vem, em formato de blog.

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* Publicado no 'Link' em 15/4/2013.

Entrei no Foursquare em 2010, logo que o aplicativo de geolocalização ganhou adeptos no Brasil. Ele já havia chamado a atenção dos participantes do festival South by Southwest no ano anterior e era tratado como um forte candidato a se tornar uma das redes sociais mais influentes, com o foco na localização.

Continua a ser uma promessa. Ao longo dos últimos três anos, o Foursquare ainda se mantém como uma rede social de nicho, para as pessoas que gostam de marcar os lugares aonde foram. Na linguagem do app, faz-se um "check-in" em restaurantes, bares, escritórios, estações de metrô - todo tipo de local cadastrado pelos 33 milhões de usuários.

A quantidade de participantes ainda é pequena para uma rede que pretende fazer que a localização se torne uma nova camada da internet, como o fundador Dennis Crowley costuma repetir. Mas aqueles que utilizam o app são usuários fiéis que pouco ligam para esse objetivo. Gostam da proposta do Foursquare e fizeram mais de 3,5 bilhões de check-ins ao todo. Além deles, mais de 1,3 milhão de comerciantes também utilizam o aplicativo para acompanhar a clientela conectada e as opiniões sobre o serviço oferecido.

Nunca fui um usuário muito ativo. Em três anos, fiz 264 check-ins, recebi 17 badges (medalhas que são desbloqueadas conforme você participa), escrevi nove dicas e tenho 50 amigos.

Apesar de não participar tanto, gosto do aplicativo. Não porque quero divulgar para todos os seguidores onde eu estou naquele momento. No fundo, marcar onde você está - e ganhar pontos por isso - é a parte mais sem graça. Imagino que outros também sintam isso. O mais interessante, na minha opinião, é ler as avaliações de pessoas que já estiveram nos lugares que planejo visitar, pegar dicas de pratos e bebidas, saber sobre a qualidade do atendimento e se o preço vale o que o lugar oferece.

Além disso, ele é bom para procurar referências sobre locais diferentes quando estou sem ideias de onde ir. Com um sistema de busca, é possível encontrar, por exemplo, restaurantes de um tipo de comida específico num raio de poucos quilômetros.

O Foursquare já notava a relevância dessa ferramenta de busca incluída dentro do app e, no último ano, investiu em melhorias no sistema que permite descobrir lugares novos. A versão 6.0 do aplicativo, que acaba de ser lançada para iPhone e Android, dá ainda mais importância às buscas. Com um design novo, o app valorizou a posição do campo de buscas, agora logo na tela inicial. Na parte de baixo, fica o botão para fazer os check-ins tradicionais. Além disso, o novo aplicativo agora sabe indicar melhor lugares diferentes para os usuários, baseado nas avaliações.

A novidade foi lançada na quarta-feira, um dia antes de o Foursquare anunciar que recebeu US$ 41 milhões em uma nova rodada de investimentos. Crowley disse em entrevista publicada pelo All Things Digital que um dos focos é usar a base de dados de check-ins para construir novos produtos comerciais para empresas de publicidade, desenvolvedores e comerciantes.

"Você pode prever onde as pessoas vão estar, o que foi popular duas semanas atrás e o que pode vir a ser popular no futuro", disse ele. "Nós podemos fazer isso e compartilhar não apenas com nossos usuários, mas também com desenvolvedores. As coisas que construímos estão fornecendo ferramentas de localização para toda a próxima geração de serviços de internet."

Com isso, ele e sua equipe agora buscam formas para aumentar a receita da empresa, que no ano passado ficou em US$ 2 milhões, segundo a Business Week. A ideia é contratar mais funcionários para a equipe de vendas e investir em seus produtos comerciais.

É possível que o novo investimento revigore o Foursquare e, enfim, consiga fazer que o app ganhe mais valor para os usuários. Focar na descoberta de lugares novos é um bom começo.

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