Quando é a hora de trocar de telefone celular?


Com a temporada de lançamentos, é preciso fazer algumas perguntas antes de cair em empolgação

Por Brian X. Chen
Grande parte do que nos decepciona em nossos telefones tem conserto, então, ajuda estarmos a par das soluções possíveis Foto: Lucy Nicholson/Reuters

A temporada de lançamentos de novos celulares está quase chegando outra vez — aquela época do ano em que empresas de tecnologia como Apple e Samsung nos bombardeiam com reluzentes campanhas de marketing para nos persuadir a trocar de telefone.

Os novos aparelhos trazem algumas novidades, mas a mensagem das propagandas é basicamente a mesma: seu celular já não é bom o suficiente, porque o novo modelo tem uma câmera melhor, a tela mais brilhante e, além disso, é mais rápido. Então, dê seu telefone “antigo” para um parente menos aficcionado por tecnologia ou troque-o por um desconto em um celular novo em folha.

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Esse ciclo mercadológico cria um dilema anual para muitos consumidores: é hora mesmo de trocar de telefone por um modelo mais atual? Todos sabemos que, após alguns anos, nossos celulares passam a não funcionar tão bem. Os aparelhos podem não conseguir executar aplicativos mais recentes, podem ficar lentos. Alguns componentes, como as telas sensíveis ao toque, podem começar a falhar.

Em algum momento, torna-se mais prático comprar um telefone novo — quando muitos defeitos se somam ou o custo de consertar algum componente quebrado fica alto demais. Com frequência, porém, trocar o aparelho por um modelo mais atual pode ser desnecessário, porque alguns problemas com nossos telefones que nos causam frustração podem ser consertados com alguns cuidados.

Em todo caso, deixe sua situação pessoal — e não o encantamento da temporada de celulares — guiá-lo e pense com calma.

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Em geral, precisamos desatrelar a troca de celular sensações do tipo, ‘Olha, saiu um iPhone novo, agora é o momento de pensar nisso’”, afirmou Nick Guy, redator sênior da Wirecutter, uma publicação que testa produtos. “Não há nada de errado em comprar um telefone depois.”

A seguir, algumas perguntas que você deve se fazer — e alguns conselhos práticos — para ajudá-lo a tomar essa decisão.

Estou infeliz com meu telefone?

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O primeiro e mais importante passo é mensurar sua satisfação em relação ao seu celular. Se há elementos que o decepcionam, seja mais específico em relação aos problemas.

Grande parte do que nos decepciona em nossos telefones tem conserto, então, ajuda estarmos a par das soluções possíveis. Aqui vão duas das frustrações mais comuns e seus consertos:

- Se o aparelho está lento ou sua bateria não dura o dia inteiro, uma das soluções mais simples e baratas é substituir a bateria. Lojas autorizadas da Apple substituem baterias de iPhones, e vários técnicos autônomos podem substituir baterias de aparelhos Apple e Android.

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Substituir a bateria prolonga bastante a vida do celular e acelera a velocidade de processamento. Já que as baterias têm vidas finitas, é recomendado substituí-las a cada dois ou três anos, de qualquer maneira, afirmou Kyle Wiens, diretor executivo da iFixit, uma empresa que publica instruções a respeito de reparos em dispositivos eletrônicos.

- Outro problema comum é ficar sem espaço de armazenamento, o que impede as pessoas de tirar fotos ou baixar aplicativos novos. Um remédio rápido é apagar aplicativos que não usamos mais. Nos iPhones, a Apple oferece a ferramenta Armazenamento do iPhone, que mostra uma lista de aplicativos que ocupam mais espaço e a última vez que foram usados. Os dispositivos Android possuem uma ferramenta similar, chamada Files do Google.

Alguns problemas maiores podem não ter solução fácil. Uma tela quebrada pode custar caro para substituir - em alguns casos, o preço chega próximo ao preço de um novo telefone bem decente. Quando o valor do conserto for mais alto que a metade do preço de um celular novo, pode ter chegado a hora de pensar em trocar seu dispositivo baleado por um desconto na compra de um novo aparelho.

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Posso atualizar o software?

Fabricantes de telefones lançam regularmente atualizações de software que não apenas acrescentam novas funcionalidades, mas também corrigem problemas de segurança, então, é importante ficar atento para instalá-las. É melhor considerar trocar de celular quando o aparelho não suportar mais as atualizações de software.

Telefones da Apple conseguem atualizar o software por até cinco ou seis anos: iOS 15, que chega ainda neste ano, será compatível até com o iPhone 6S, de 2015. Aparelhos Android suportam atualizações de software por menos tempo - cerca de dois ou três anos.

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Apesar de atualizações de segurança serem importantes, pode não ser viável para algumas pessoas trocar de celular quando seus aparelhos atuais não conseguirem mais aceitar software novo, afirmou Sinan Eren, executivo da firma de segurança Barracuda Networks. Em países como a Turquia, produtos eletrônicos são tributados em 100% de seu valor, o que dá um estímulo econômico para que as pessoas mantenham o mesmo telefone por mais de cinco anos.

“A situação é difícil e, por isso, pensar em segurança vira um luxo”, afirmou Eren.

Mas sempre há maneiras de contornar esse problema. Aplicativos de combate a programas mal-intencionados, como Malwarebytes, podem ajudar telefones Android mais antigos a funcionar com mais segurança por mais tempo. Telefones Apple também são capazes de executar aplicativos como 1Blocker, que bloqueia o carregamento de anúncios mal intencionados nos sites.

De que maneira um telefone novo poderia mudar minha vida?

É importante imaginar como seria a sua vida com um telefone novo, afirmou Guy, da Wirecutter. Se um bebê está a caminho e seu telefone só tira fotos borradas, um aparelho com uma câmera melhor provavelmente transformará sua experiência com o celular de maneira notável.

Mas se o uso que você faz do telefone se restringe a funções básicas, como realizar chamadas, enviar mensagens de texto e navegar na internet, um aparelho novo e mais rápido não fará muita diferença, porque os celulares já são rápidos o suficiente há anos.

“Não substitua algo que funciona bem só porque uma versão mais nova e reluzente foi lançada”, afirmou Guy. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

Grande parte do que nos decepciona em nossos telefones tem conserto, então, ajuda estarmos a par das soluções possíveis Foto: Lucy Nicholson/Reuters

A temporada de lançamentos de novos celulares está quase chegando outra vez — aquela época do ano em que empresas de tecnologia como Apple e Samsung nos bombardeiam com reluzentes campanhas de marketing para nos persuadir a trocar de telefone.

Os novos aparelhos trazem algumas novidades, mas a mensagem das propagandas é basicamente a mesma: seu celular já não é bom o suficiente, porque o novo modelo tem uma câmera melhor, a tela mais brilhante e, além disso, é mais rápido. Então, dê seu telefone “antigo” para um parente menos aficcionado por tecnologia ou troque-o por um desconto em um celular novo em folha.

Esse ciclo mercadológico cria um dilema anual para muitos consumidores: é hora mesmo de trocar de telefone por um modelo mais atual? Todos sabemos que, após alguns anos, nossos celulares passam a não funcionar tão bem. Os aparelhos podem não conseguir executar aplicativos mais recentes, podem ficar lentos. Alguns componentes, como as telas sensíveis ao toque, podem começar a falhar.

Em algum momento, torna-se mais prático comprar um telefone novo — quando muitos defeitos se somam ou o custo de consertar algum componente quebrado fica alto demais. Com frequência, porém, trocar o aparelho por um modelo mais atual pode ser desnecessário, porque alguns problemas com nossos telefones que nos causam frustração podem ser consertados com alguns cuidados.

Em todo caso, deixe sua situação pessoal — e não o encantamento da temporada de celulares — guiá-lo e pense com calma.

Em geral, precisamos desatrelar a troca de celular sensações do tipo, ‘Olha, saiu um iPhone novo, agora é o momento de pensar nisso’”, afirmou Nick Guy, redator sênior da Wirecutter, uma publicação que testa produtos. “Não há nada de errado em comprar um telefone depois.”

A seguir, algumas perguntas que você deve se fazer — e alguns conselhos práticos — para ajudá-lo a tomar essa decisão.

Estou infeliz com meu telefone?

O primeiro e mais importante passo é mensurar sua satisfação em relação ao seu celular. Se há elementos que o decepcionam, seja mais específico em relação aos problemas.

Grande parte do que nos decepciona em nossos telefones tem conserto, então, ajuda estarmos a par das soluções possíveis. Aqui vão duas das frustrações mais comuns e seus consertos:

- Se o aparelho está lento ou sua bateria não dura o dia inteiro, uma das soluções mais simples e baratas é substituir a bateria. Lojas autorizadas da Apple substituem baterias de iPhones, e vários técnicos autônomos podem substituir baterias de aparelhos Apple e Android.

Substituir a bateria prolonga bastante a vida do celular e acelera a velocidade de processamento. Já que as baterias têm vidas finitas, é recomendado substituí-las a cada dois ou três anos, de qualquer maneira, afirmou Kyle Wiens, diretor executivo da iFixit, uma empresa que publica instruções a respeito de reparos em dispositivos eletrônicos.

- Outro problema comum é ficar sem espaço de armazenamento, o que impede as pessoas de tirar fotos ou baixar aplicativos novos. Um remédio rápido é apagar aplicativos que não usamos mais. Nos iPhones, a Apple oferece a ferramenta Armazenamento do iPhone, que mostra uma lista de aplicativos que ocupam mais espaço e a última vez que foram usados. Os dispositivos Android possuem uma ferramenta similar, chamada Files do Google.

Alguns problemas maiores podem não ter solução fácil. Uma tela quebrada pode custar caro para substituir - em alguns casos, o preço chega próximo ao preço de um novo telefone bem decente. Quando o valor do conserto for mais alto que a metade do preço de um celular novo, pode ter chegado a hora de pensar em trocar seu dispositivo baleado por um desconto na compra de um novo aparelho.

Posso atualizar o software?

Fabricantes de telefones lançam regularmente atualizações de software que não apenas acrescentam novas funcionalidades, mas também corrigem problemas de segurança, então, é importante ficar atento para instalá-las. É melhor considerar trocar de celular quando o aparelho não suportar mais as atualizações de software.

Telefones da Apple conseguem atualizar o software por até cinco ou seis anos: iOS 15, que chega ainda neste ano, será compatível até com o iPhone 6S, de 2015. Aparelhos Android suportam atualizações de software por menos tempo - cerca de dois ou três anos.

Apesar de atualizações de segurança serem importantes, pode não ser viável para algumas pessoas trocar de celular quando seus aparelhos atuais não conseguirem mais aceitar software novo, afirmou Sinan Eren, executivo da firma de segurança Barracuda Networks. Em países como a Turquia, produtos eletrônicos são tributados em 100% de seu valor, o que dá um estímulo econômico para que as pessoas mantenham o mesmo telefone por mais de cinco anos.

“A situação é difícil e, por isso, pensar em segurança vira um luxo”, afirmou Eren.

Mas sempre há maneiras de contornar esse problema. Aplicativos de combate a programas mal-intencionados, como Malwarebytes, podem ajudar telefones Android mais antigos a funcionar com mais segurança por mais tempo. Telefones Apple também são capazes de executar aplicativos como 1Blocker, que bloqueia o carregamento de anúncios mal intencionados nos sites.

De que maneira um telefone novo poderia mudar minha vida?

É importante imaginar como seria a sua vida com um telefone novo, afirmou Guy, da Wirecutter. Se um bebê está a caminho e seu telefone só tira fotos borradas, um aparelho com uma câmera melhor provavelmente transformará sua experiência com o celular de maneira notável.

Mas se o uso que você faz do telefone se restringe a funções básicas, como realizar chamadas, enviar mensagens de texto e navegar na internet, um aparelho novo e mais rápido não fará muita diferença, porque os celulares já são rápidos o suficiente há anos.

“Não substitua algo que funciona bem só porque uma versão mais nova e reluzente foi lançada”, afirmou Guy. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

Grande parte do que nos decepciona em nossos telefones tem conserto, então, ajuda estarmos a par das soluções possíveis Foto: Lucy Nicholson/Reuters

A temporada de lançamentos de novos celulares está quase chegando outra vez — aquela época do ano em que empresas de tecnologia como Apple e Samsung nos bombardeiam com reluzentes campanhas de marketing para nos persuadir a trocar de telefone.

Os novos aparelhos trazem algumas novidades, mas a mensagem das propagandas é basicamente a mesma: seu celular já não é bom o suficiente, porque o novo modelo tem uma câmera melhor, a tela mais brilhante e, além disso, é mais rápido. Então, dê seu telefone “antigo” para um parente menos aficcionado por tecnologia ou troque-o por um desconto em um celular novo em folha.

Esse ciclo mercadológico cria um dilema anual para muitos consumidores: é hora mesmo de trocar de telefone por um modelo mais atual? Todos sabemos que, após alguns anos, nossos celulares passam a não funcionar tão bem. Os aparelhos podem não conseguir executar aplicativos mais recentes, podem ficar lentos. Alguns componentes, como as telas sensíveis ao toque, podem começar a falhar.

Em algum momento, torna-se mais prático comprar um telefone novo — quando muitos defeitos se somam ou o custo de consertar algum componente quebrado fica alto demais. Com frequência, porém, trocar o aparelho por um modelo mais atual pode ser desnecessário, porque alguns problemas com nossos telefones que nos causam frustração podem ser consertados com alguns cuidados.

Em todo caso, deixe sua situação pessoal — e não o encantamento da temporada de celulares — guiá-lo e pense com calma.

Em geral, precisamos desatrelar a troca de celular sensações do tipo, ‘Olha, saiu um iPhone novo, agora é o momento de pensar nisso’”, afirmou Nick Guy, redator sênior da Wirecutter, uma publicação que testa produtos. “Não há nada de errado em comprar um telefone depois.”

A seguir, algumas perguntas que você deve se fazer — e alguns conselhos práticos — para ajudá-lo a tomar essa decisão.

Estou infeliz com meu telefone?

O primeiro e mais importante passo é mensurar sua satisfação em relação ao seu celular. Se há elementos que o decepcionam, seja mais específico em relação aos problemas.

Grande parte do que nos decepciona em nossos telefones tem conserto, então, ajuda estarmos a par das soluções possíveis. Aqui vão duas das frustrações mais comuns e seus consertos:

- Se o aparelho está lento ou sua bateria não dura o dia inteiro, uma das soluções mais simples e baratas é substituir a bateria. Lojas autorizadas da Apple substituem baterias de iPhones, e vários técnicos autônomos podem substituir baterias de aparelhos Apple e Android.

Substituir a bateria prolonga bastante a vida do celular e acelera a velocidade de processamento. Já que as baterias têm vidas finitas, é recomendado substituí-las a cada dois ou três anos, de qualquer maneira, afirmou Kyle Wiens, diretor executivo da iFixit, uma empresa que publica instruções a respeito de reparos em dispositivos eletrônicos.

- Outro problema comum é ficar sem espaço de armazenamento, o que impede as pessoas de tirar fotos ou baixar aplicativos novos. Um remédio rápido é apagar aplicativos que não usamos mais. Nos iPhones, a Apple oferece a ferramenta Armazenamento do iPhone, que mostra uma lista de aplicativos que ocupam mais espaço e a última vez que foram usados. Os dispositivos Android possuem uma ferramenta similar, chamada Files do Google.

Alguns problemas maiores podem não ter solução fácil. Uma tela quebrada pode custar caro para substituir - em alguns casos, o preço chega próximo ao preço de um novo telefone bem decente. Quando o valor do conserto for mais alto que a metade do preço de um celular novo, pode ter chegado a hora de pensar em trocar seu dispositivo baleado por um desconto na compra de um novo aparelho.

Posso atualizar o software?

Fabricantes de telefones lançam regularmente atualizações de software que não apenas acrescentam novas funcionalidades, mas também corrigem problemas de segurança, então, é importante ficar atento para instalá-las. É melhor considerar trocar de celular quando o aparelho não suportar mais as atualizações de software.

Telefones da Apple conseguem atualizar o software por até cinco ou seis anos: iOS 15, que chega ainda neste ano, será compatível até com o iPhone 6S, de 2015. Aparelhos Android suportam atualizações de software por menos tempo - cerca de dois ou três anos.

Apesar de atualizações de segurança serem importantes, pode não ser viável para algumas pessoas trocar de celular quando seus aparelhos atuais não conseguirem mais aceitar software novo, afirmou Sinan Eren, executivo da firma de segurança Barracuda Networks. Em países como a Turquia, produtos eletrônicos são tributados em 100% de seu valor, o que dá um estímulo econômico para que as pessoas mantenham o mesmo telefone por mais de cinco anos.

“A situação é difícil e, por isso, pensar em segurança vira um luxo”, afirmou Eren.

Mas sempre há maneiras de contornar esse problema. Aplicativos de combate a programas mal-intencionados, como Malwarebytes, podem ajudar telefones Android mais antigos a funcionar com mais segurança por mais tempo. Telefones Apple também são capazes de executar aplicativos como 1Blocker, que bloqueia o carregamento de anúncios mal intencionados nos sites.

De que maneira um telefone novo poderia mudar minha vida?

É importante imaginar como seria a sua vida com um telefone novo, afirmou Guy, da Wirecutter. Se um bebê está a caminho e seu telefone só tira fotos borradas, um aparelho com uma câmera melhor provavelmente transformará sua experiência com o celular de maneira notável.

Mas se o uso que você faz do telefone se restringe a funções básicas, como realizar chamadas, enviar mensagens de texto e navegar na internet, um aparelho novo e mais rápido não fará muita diferença, porque os celulares já são rápidos o suficiente há anos.

“Não substitua algo que funciona bem só porque uma versão mais nova e reluzente foi lançada”, afirmou Guy. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

Grande parte do que nos decepciona em nossos telefones tem conserto, então, ajuda estarmos a par das soluções possíveis Foto: Lucy Nicholson/Reuters

A temporada de lançamentos de novos celulares está quase chegando outra vez — aquela época do ano em que empresas de tecnologia como Apple e Samsung nos bombardeiam com reluzentes campanhas de marketing para nos persuadir a trocar de telefone.

Os novos aparelhos trazem algumas novidades, mas a mensagem das propagandas é basicamente a mesma: seu celular já não é bom o suficiente, porque o novo modelo tem uma câmera melhor, a tela mais brilhante e, além disso, é mais rápido. Então, dê seu telefone “antigo” para um parente menos aficcionado por tecnologia ou troque-o por um desconto em um celular novo em folha.

Esse ciclo mercadológico cria um dilema anual para muitos consumidores: é hora mesmo de trocar de telefone por um modelo mais atual? Todos sabemos que, após alguns anos, nossos celulares passam a não funcionar tão bem. Os aparelhos podem não conseguir executar aplicativos mais recentes, podem ficar lentos. Alguns componentes, como as telas sensíveis ao toque, podem começar a falhar.

Em algum momento, torna-se mais prático comprar um telefone novo — quando muitos defeitos se somam ou o custo de consertar algum componente quebrado fica alto demais. Com frequência, porém, trocar o aparelho por um modelo mais atual pode ser desnecessário, porque alguns problemas com nossos telefones que nos causam frustração podem ser consertados com alguns cuidados.

Em todo caso, deixe sua situação pessoal — e não o encantamento da temporada de celulares — guiá-lo e pense com calma.

Em geral, precisamos desatrelar a troca de celular sensações do tipo, ‘Olha, saiu um iPhone novo, agora é o momento de pensar nisso’”, afirmou Nick Guy, redator sênior da Wirecutter, uma publicação que testa produtos. “Não há nada de errado em comprar um telefone depois.”

A seguir, algumas perguntas que você deve se fazer — e alguns conselhos práticos — para ajudá-lo a tomar essa decisão.

Estou infeliz com meu telefone?

O primeiro e mais importante passo é mensurar sua satisfação em relação ao seu celular. Se há elementos que o decepcionam, seja mais específico em relação aos problemas.

Grande parte do que nos decepciona em nossos telefones tem conserto, então, ajuda estarmos a par das soluções possíveis. Aqui vão duas das frustrações mais comuns e seus consertos:

- Se o aparelho está lento ou sua bateria não dura o dia inteiro, uma das soluções mais simples e baratas é substituir a bateria. Lojas autorizadas da Apple substituem baterias de iPhones, e vários técnicos autônomos podem substituir baterias de aparelhos Apple e Android.

Substituir a bateria prolonga bastante a vida do celular e acelera a velocidade de processamento. Já que as baterias têm vidas finitas, é recomendado substituí-las a cada dois ou três anos, de qualquer maneira, afirmou Kyle Wiens, diretor executivo da iFixit, uma empresa que publica instruções a respeito de reparos em dispositivos eletrônicos.

- Outro problema comum é ficar sem espaço de armazenamento, o que impede as pessoas de tirar fotos ou baixar aplicativos novos. Um remédio rápido é apagar aplicativos que não usamos mais. Nos iPhones, a Apple oferece a ferramenta Armazenamento do iPhone, que mostra uma lista de aplicativos que ocupam mais espaço e a última vez que foram usados. Os dispositivos Android possuem uma ferramenta similar, chamada Files do Google.

Alguns problemas maiores podem não ter solução fácil. Uma tela quebrada pode custar caro para substituir - em alguns casos, o preço chega próximo ao preço de um novo telefone bem decente. Quando o valor do conserto for mais alto que a metade do preço de um celular novo, pode ter chegado a hora de pensar em trocar seu dispositivo baleado por um desconto na compra de um novo aparelho.

Posso atualizar o software?

Fabricantes de telefones lançam regularmente atualizações de software que não apenas acrescentam novas funcionalidades, mas também corrigem problemas de segurança, então, é importante ficar atento para instalá-las. É melhor considerar trocar de celular quando o aparelho não suportar mais as atualizações de software.

Telefones da Apple conseguem atualizar o software por até cinco ou seis anos: iOS 15, que chega ainda neste ano, será compatível até com o iPhone 6S, de 2015. Aparelhos Android suportam atualizações de software por menos tempo - cerca de dois ou três anos.

Apesar de atualizações de segurança serem importantes, pode não ser viável para algumas pessoas trocar de celular quando seus aparelhos atuais não conseguirem mais aceitar software novo, afirmou Sinan Eren, executivo da firma de segurança Barracuda Networks. Em países como a Turquia, produtos eletrônicos são tributados em 100% de seu valor, o que dá um estímulo econômico para que as pessoas mantenham o mesmo telefone por mais de cinco anos.

“A situação é difícil e, por isso, pensar em segurança vira um luxo”, afirmou Eren.

Mas sempre há maneiras de contornar esse problema. Aplicativos de combate a programas mal-intencionados, como Malwarebytes, podem ajudar telefones Android mais antigos a funcionar com mais segurança por mais tempo. Telefones Apple também são capazes de executar aplicativos como 1Blocker, que bloqueia o carregamento de anúncios mal intencionados nos sites.

De que maneira um telefone novo poderia mudar minha vida?

É importante imaginar como seria a sua vida com um telefone novo, afirmou Guy, da Wirecutter. Se um bebê está a caminho e seu telefone só tira fotos borradas, um aparelho com uma câmera melhor provavelmente transformará sua experiência com o celular de maneira notável.

Mas se o uso que você faz do telefone se restringe a funções básicas, como realizar chamadas, enviar mensagens de texto e navegar na internet, um aparelho novo e mais rápido não fará muita diferença, porque os celulares já são rápidos o suficiente há anos.

“Não substitua algo que funciona bem só porque uma versão mais nova e reluzente foi lançada”, afirmou Guy. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

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