Anunciado sob o codinome “Project Scorpio” em 2016, o Xbox One X foi o xodó da Microsoft durante esta edição da E3. A empresa passou um bom tempo de sua coletiva de imprensa abordando processamento, teraflops e gigabytes – um discurso que faz os nerds vibrarem, mas emociona pouco quem não sabe a diferença entre os pedaços de silício transformados em chips que são os “motores” dos consoles de videogame.
É aí que mora o problema: o hardware poderoso poderia servir para dar impulso à Microsoft, que há anos corre atrás da liderança do PlayStation no mercado. Mas faltam jogos: nos últimos anos, a empresa “gastou” seus grandes jogos, como Halo e Gears of War, e não há um título de destaque sequer para capitanear o lançamento do Xbox One X. Para ele decolar, é preciso um título forte que faça o console vender.
Há, no máximo, algumas tentativas – como o game de tiro Crackdown 3 e Forza Motorsport 7, nova versão da série de corrida da empresa. Este último foi demonstrado em Los Angeles no Xbox One X: como sempre, os gráficos do game de corrida estavam impressionantes – mas sem uma versão “básica” do console do lado, não era possível notar a diferença em relação ao anterior. Ver um jogo rodando a 60 quadros por segundo – o dobro do usual – é bonito, mas o jogador pode se sentir meio esquisito.