‘Unicórnio’ Olist faz 2ª rodada de demissões em massa e aponta ‘mercado árido’ em 2023


Startup afirma que tem ‘certeza de que este vai ser um ano duro’; número de pessoas cortadas não é revelado

Por Guilherme Guerra
Atualização:

A startup Olist, de comércio eletrônico, realizou na manhã desta segunda-feira, 30, uma segunda rodada de demissões em massa - a informação foi confirmada pela empresa ao Estadão. A companhia, que conta com mais de mil funcionários, não revelou o número ou o porcentual de pessoas atingidas.

De acordo com publicações de ex-funcionários no LinkedIn, os cortes atingiram todas as áreas da empresa, incluindo pós-venda e tecnologia, consideradas estratégicas para manter o alto crescimento da companhia. As pessoas demitidas vão receber três meses de plano de saúde e benefícios flexíveis (como vale-refeição e auxílio home-office) adicionais.

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A Olist explica que as demissões se dão pela “certeza de que este vai ser um ano duro”, conta o presidente executivo e fundador da Olist, Tiago Dalvi, em entrevista à reportagem. Segundo ele, os cortes foram realizados pensando no bem-estar financeiro da companhia a longo prazo e no crescimento com rentabilidade.

Além disso, Dalvi aponta que os cortes de 2022 aconteceram em um momento de incerteza para o mundo das startups. Em 2023, no entanto, o cenário se cristalizou: “Hoje, há bastante certeza sobre o mercado árido de 2023″, diz. “Apertar o cinto naquele momento foi responsável”.

O CEO também diz que, apesar das demissões, o negócio da startup está em pleno crescimento: a receita líquida da companhia cresceu 3,5 vezes em 2021 e, no ano passado, o lucro bruto aumentou em 4 vezes.

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Ao Estadão, funcionários dizem que a Olist ainda não equilibrou as receitas e despesas do negócio (break even), o que colocaria a empresa em um momento mais confortável financeiramente. Sobre isso, Dalvi diz: “Temos multiplas unidades de negócios, algumas em estágios mais avançados e operando no break-even e outras unidades ainda em estágio de investimento e, portanto, devem atingir o break-even conforme planejado.”

O executivo ainda afirma que a Olist não tem planos para levantar capital neste ano e que tem caixa para se sustentar sem aporte de investidores. Em dezembro de 2021, a Olist anunciou uma rodada de investimento de US$ 186 milhões, colocando a avaliação da empresa em US$ 1,5 bilhão e, portanto, um “unicórnio”.

Tiago Dalvi é presidente executivo e fundador da Olist, startup "unicórnio" de comércio eletrônico Foto: Denis Ferreira Neto/Estadão
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Mau momento para as startups

Ao contrário do período visto até 2021, as empresas de tecnologia vêm sofrendo pressão com a alta dos juros e o cenário inflacionário, que forçam os negócios de startups a se tornar mais eficientes e rentáveis diante de investidores avessos ao risco. Por isso, com objetivo de enxugar custos, demissões tornaram-se comuns em um mercado conhecido por contratar milhares de pessoas para manter o alto ritmo de crescimento.

Segundo levantamento do Estadão, somente no Brasil, cerca de 4 mil demissões em massa foram realizadas entre startups “unicórnios”, clube de elite do mercado que diz respeito a pequenas empresas de tecnologia de capital fechado com avaliação superior a US$ 1 bilhão. Entre as 24 startups nacionais, 19 realizaram grandes cortes com fins de enxugamento de custos.

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O quadro, porém, também atinge o mercado de startups de modo geral, sem incluir os unicórnios. A healthtech Alice cortou mais de 170 pessoas até dezembro de 2022, enquanto a Buser enxugou em 30% o pessoal, cerca de 165 funcionários, e a Pier dispensou 111 pessoas. Esses números, no entanto, não compõem o levantamento do Estadão.

Para 2023, especialistas apontam que a tendência de austeridade vista em 2022 deve continuar. Além disso, sem capital necessário para continuar operando, os negócios insustentáveis devem quebrar ou fechar as portas, dizem. /COLABOROU BRUNO ROMANI

A startup Olist, de comércio eletrônico, realizou na manhã desta segunda-feira, 30, uma segunda rodada de demissões em massa - a informação foi confirmada pela empresa ao Estadão. A companhia, que conta com mais de mil funcionários, não revelou o número ou o porcentual de pessoas atingidas.

De acordo com publicações de ex-funcionários no LinkedIn, os cortes atingiram todas as áreas da empresa, incluindo pós-venda e tecnologia, consideradas estratégicas para manter o alto crescimento da companhia. As pessoas demitidas vão receber três meses de plano de saúde e benefícios flexíveis (como vale-refeição e auxílio home-office) adicionais.

A Olist explica que as demissões se dão pela “certeza de que este vai ser um ano duro”, conta o presidente executivo e fundador da Olist, Tiago Dalvi, em entrevista à reportagem. Segundo ele, os cortes foram realizados pensando no bem-estar financeiro da companhia a longo prazo e no crescimento com rentabilidade.

Além disso, Dalvi aponta que os cortes de 2022 aconteceram em um momento de incerteza para o mundo das startups. Em 2023, no entanto, o cenário se cristalizou: “Hoje, há bastante certeza sobre o mercado árido de 2023″, diz. “Apertar o cinto naquele momento foi responsável”.

O CEO também diz que, apesar das demissões, o negócio da startup está em pleno crescimento: a receita líquida da companhia cresceu 3,5 vezes em 2021 e, no ano passado, o lucro bruto aumentou em 4 vezes.

Ao Estadão, funcionários dizem que a Olist ainda não equilibrou as receitas e despesas do negócio (break even), o que colocaria a empresa em um momento mais confortável financeiramente. Sobre isso, Dalvi diz: “Temos multiplas unidades de negócios, algumas em estágios mais avançados e operando no break-even e outras unidades ainda em estágio de investimento e, portanto, devem atingir o break-even conforme planejado.”

O executivo ainda afirma que a Olist não tem planos para levantar capital neste ano e que tem caixa para se sustentar sem aporte de investidores. Em dezembro de 2021, a Olist anunciou uma rodada de investimento de US$ 186 milhões, colocando a avaliação da empresa em US$ 1,5 bilhão e, portanto, um “unicórnio”.

Tiago Dalvi é presidente executivo e fundador da Olist, startup "unicórnio" de comércio eletrônico Foto: Denis Ferreira Neto/Estadão

Mau momento para as startups

Ao contrário do período visto até 2021, as empresas de tecnologia vêm sofrendo pressão com a alta dos juros e o cenário inflacionário, que forçam os negócios de startups a se tornar mais eficientes e rentáveis diante de investidores avessos ao risco. Por isso, com objetivo de enxugar custos, demissões tornaram-se comuns em um mercado conhecido por contratar milhares de pessoas para manter o alto ritmo de crescimento.

Segundo levantamento do Estadão, somente no Brasil, cerca de 4 mil demissões em massa foram realizadas entre startups “unicórnios”, clube de elite do mercado que diz respeito a pequenas empresas de tecnologia de capital fechado com avaliação superior a US$ 1 bilhão. Entre as 24 startups nacionais, 19 realizaram grandes cortes com fins de enxugamento de custos.

O quadro, porém, também atinge o mercado de startups de modo geral, sem incluir os unicórnios. A healthtech Alice cortou mais de 170 pessoas até dezembro de 2022, enquanto a Buser enxugou em 30% o pessoal, cerca de 165 funcionários, e a Pier dispensou 111 pessoas. Esses números, no entanto, não compõem o levantamento do Estadão.

Para 2023, especialistas apontam que a tendência de austeridade vista em 2022 deve continuar. Além disso, sem capital necessário para continuar operando, os negócios insustentáveis devem quebrar ou fechar as portas, dizem. /COLABOROU BRUNO ROMANI

A startup Olist, de comércio eletrônico, realizou na manhã desta segunda-feira, 30, uma segunda rodada de demissões em massa - a informação foi confirmada pela empresa ao Estadão. A companhia, que conta com mais de mil funcionários, não revelou o número ou o porcentual de pessoas atingidas.

De acordo com publicações de ex-funcionários no LinkedIn, os cortes atingiram todas as áreas da empresa, incluindo pós-venda e tecnologia, consideradas estratégicas para manter o alto crescimento da companhia. As pessoas demitidas vão receber três meses de plano de saúde e benefícios flexíveis (como vale-refeição e auxílio home-office) adicionais.

A Olist explica que as demissões se dão pela “certeza de que este vai ser um ano duro”, conta o presidente executivo e fundador da Olist, Tiago Dalvi, em entrevista à reportagem. Segundo ele, os cortes foram realizados pensando no bem-estar financeiro da companhia a longo prazo e no crescimento com rentabilidade.

Além disso, Dalvi aponta que os cortes de 2022 aconteceram em um momento de incerteza para o mundo das startups. Em 2023, no entanto, o cenário se cristalizou: “Hoje, há bastante certeza sobre o mercado árido de 2023″, diz. “Apertar o cinto naquele momento foi responsável”.

O CEO também diz que, apesar das demissões, o negócio da startup está em pleno crescimento: a receita líquida da companhia cresceu 3,5 vezes em 2021 e, no ano passado, o lucro bruto aumentou em 4 vezes.

Ao Estadão, funcionários dizem que a Olist ainda não equilibrou as receitas e despesas do negócio (break even), o que colocaria a empresa em um momento mais confortável financeiramente. Sobre isso, Dalvi diz: “Temos multiplas unidades de negócios, algumas em estágios mais avançados e operando no break-even e outras unidades ainda em estágio de investimento e, portanto, devem atingir o break-even conforme planejado.”

O executivo ainda afirma que a Olist não tem planos para levantar capital neste ano e que tem caixa para se sustentar sem aporte de investidores. Em dezembro de 2021, a Olist anunciou uma rodada de investimento de US$ 186 milhões, colocando a avaliação da empresa em US$ 1,5 bilhão e, portanto, um “unicórnio”.

Tiago Dalvi é presidente executivo e fundador da Olist, startup "unicórnio" de comércio eletrônico Foto: Denis Ferreira Neto/Estadão

Mau momento para as startups

Ao contrário do período visto até 2021, as empresas de tecnologia vêm sofrendo pressão com a alta dos juros e o cenário inflacionário, que forçam os negócios de startups a se tornar mais eficientes e rentáveis diante de investidores avessos ao risco. Por isso, com objetivo de enxugar custos, demissões tornaram-se comuns em um mercado conhecido por contratar milhares de pessoas para manter o alto ritmo de crescimento.

Segundo levantamento do Estadão, somente no Brasil, cerca de 4 mil demissões em massa foram realizadas entre startups “unicórnios”, clube de elite do mercado que diz respeito a pequenas empresas de tecnologia de capital fechado com avaliação superior a US$ 1 bilhão. Entre as 24 startups nacionais, 19 realizaram grandes cortes com fins de enxugamento de custos.

O quadro, porém, também atinge o mercado de startups de modo geral, sem incluir os unicórnios. A healthtech Alice cortou mais de 170 pessoas até dezembro de 2022, enquanto a Buser enxugou em 30% o pessoal, cerca de 165 funcionários, e a Pier dispensou 111 pessoas. Esses números, no entanto, não compõem o levantamento do Estadão.

Para 2023, especialistas apontam que a tendência de austeridade vista em 2022 deve continuar. Além disso, sem capital necessário para continuar operando, os negócios insustentáveis devem quebrar ou fechar as portas, dizem. /COLABOROU BRUNO ROMANI

A startup Olist, de comércio eletrônico, realizou na manhã desta segunda-feira, 30, uma segunda rodada de demissões em massa - a informação foi confirmada pela empresa ao Estadão. A companhia, que conta com mais de mil funcionários, não revelou o número ou o porcentual de pessoas atingidas.

De acordo com publicações de ex-funcionários no LinkedIn, os cortes atingiram todas as áreas da empresa, incluindo pós-venda e tecnologia, consideradas estratégicas para manter o alto crescimento da companhia. As pessoas demitidas vão receber três meses de plano de saúde e benefícios flexíveis (como vale-refeição e auxílio home-office) adicionais.

A Olist explica que as demissões se dão pela “certeza de que este vai ser um ano duro”, conta o presidente executivo e fundador da Olist, Tiago Dalvi, em entrevista à reportagem. Segundo ele, os cortes foram realizados pensando no bem-estar financeiro da companhia a longo prazo e no crescimento com rentabilidade.

Além disso, Dalvi aponta que os cortes de 2022 aconteceram em um momento de incerteza para o mundo das startups. Em 2023, no entanto, o cenário se cristalizou: “Hoje, há bastante certeza sobre o mercado árido de 2023″, diz. “Apertar o cinto naquele momento foi responsável”.

O CEO também diz que, apesar das demissões, o negócio da startup está em pleno crescimento: a receita líquida da companhia cresceu 3,5 vezes em 2021 e, no ano passado, o lucro bruto aumentou em 4 vezes.

Ao Estadão, funcionários dizem que a Olist ainda não equilibrou as receitas e despesas do negócio (break even), o que colocaria a empresa em um momento mais confortável financeiramente. Sobre isso, Dalvi diz: “Temos multiplas unidades de negócios, algumas em estágios mais avançados e operando no break-even e outras unidades ainda em estágio de investimento e, portanto, devem atingir o break-even conforme planejado.”

O executivo ainda afirma que a Olist não tem planos para levantar capital neste ano e que tem caixa para se sustentar sem aporte de investidores. Em dezembro de 2021, a Olist anunciou uma rodada de investimento de US$ 186 milhões, colocando a avaliação da empresa em US$ 1,5 bilhão e, portanto, um “unicórnio”.

Tiago Dalvi é presidente executivo e fundador da Olist, startup "unicórnio" de comércio eletrônico Foto: Denis Ferreira Neto/Estadão

Mau momento para as startups

Ao contrário do período visto até 2021, as empresas de tecnologia vêm sofrendo pressão com a alta dos juros e o cenário inflacionário, que forçam os negócios de startups a se tornar mais eficientes e rentáveis diante de investidores avessos ao risco. Por isso, com objetivo de enxugar custos, demissões tornaram-se comuns em um mercado conhecido por contratar milhares de pessoas para manter o alto ritmo de crescimento.

Segundo levantamento do Estadão, somente no Brasil, cerca de 4 mil demissões em massa foram realizadas entre startups “unicórnios”, clube de elite do mercado que diz respeito a pequenas empresas de tecnologia de capital fechado com avaliação superior a US$ 1 bilhão. Entre as 24 startups nacionais, 19 realizaram grandes cortes com fins de enxugamento de custos.

O quadro, porém, também atinge o mercado de startups de modo geral, sem incluir os unicórnios. A healthtech Alice cortou mais de 170 pessoas até dezembro de 2022, enquanto a Buser enxugou em 30% o pessoal, cerca de 165 funcionários, e a Pier dispensou 111 pessoas. Esses números, no entanto, não compõem o levantamento do Estadão.

Para 2023, especialistas apontam que a tendência de austeridade vista em 2022 deve continuar. Além disso, sem capital necessário para continuar operando, os negócios insustentáveis devem quebrar ou fechar as portas, dizem. /COLABOROU BRUNO ROMANI

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