Dançar como Michael Jackson, pegar um ovo sem quebrar, dobrar roupas ou cumprir tarefas que uma pessoa pediu são algumas das funções dos robôs de última geração apresentados nesta terça-feira, 29, em uma conferência internacional em Zaragoza (nordeste da Espanha).
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A conferência “Robotics: Science and Systems”, o mais importante encontro internacional da área, reúne cerca de 300 pesquisadores de 25 países, de empresas como Google, Microsoft e instituições como a NASA, para apresentar e analisar os últimos trabalhos nesta área, como explicou o professor José Neira, presidente do comitê local da reunião, em uma coletiva de imprensa.
Apesar de ser difícil prever o futuro da robótica, Neira admitiu que o cinema e televisão, em muitos aspectos, decidem como será esta evolução. Ele citou o exemplo da série de TV Knight Rider, que inspira um carro ultra-moderno que aVolkswagen está projetando para 2025, ou a série Guerra nas Estrelas, que em uma das passagens mostra uma prótese de mão controlada pela mente sendo implantada em uma pessoa — ideia que está sendo desenvolvida por pesquisadores.
No entanto, hoje as principais aplicações dos robôs humanóides — dotados de sensores para ver, escutar, tocar e se mover — são facilitar a vida cotidiana, ajudar as pessoas com mobilidade reduzida ou realizar trabalhos perigosos demais para as pessoas, como foi possível comprovar na feira.
Assim, pela primeira vez na Europa, foi apresentado o robô PR2, da empresa norte-americana Willow Garage, o mais avançado andróide do mundo na categoria de robôs pessoais — para ajudar pessoas nos trabalhos domésticos. Ele é capaz de dobrar uma pilha de roupas e organizá-la.
Outro robô, o ‘Nao’ de 58 centímetros, criado pela empresa francesa Aldebaran Robotics, é capaz de dançar a música “Thriller” de Michael Jackson, além de se levantar sozinho quando cai e até de contar histórias. Ele foi criado como uma plataforma educacional.
O pequeno robô já tem um sucessor , o ‘Romeo’, cujo protótipo de um metro e meio, que deve ficar pronto em 2011, poderá ajudar pessoas com deficiências físicas.
Também foi exposta a mão robótica mais avançada do mundo (da norte-americana Barret Technology), que pode segurar um ovo sem quebrá-lo. E a empresa espanhola Robotnik apresentou o ‘Summit’, seu mais recente modelo que tem um controle de movimentos mais sofisticado do que aqueles empregados em robôs que desativam explosivos, explicou Roberto Gúzman, do departamento de engenharia da empresa.
A universidade de Zaragoza, que organiza a conferência, apresentou um projeto para controlar com a mente os movimentos de um robô. Assim, dois jovens voluntários, com um gorro repleto de eletrodos na cabeça, se concentraram nos movimentos que queriam realizar. O robô recebia os sinais mentais por uma rede sem fios processadas por um computador.
(EFE)