Jornalista, escritor e palestrante. Escreve às quintas

Opinião|A crise dos PCs


Vende-se mais celulares num trimestre do que computadores no ano todo

Coitada da Apple, deu azar. Calhou de lançar sua nova linha de notebooks na mesma semana em que a Microsoft anunciou seu incrível Microsoft Surface Studio. Era impossível prever que a empresa de Bill Gates, por tantos anos careta que só, estivesse disposta a colocar no mercado um PC ousado de tão inovador. Justamente num ano em que a Apple enfrenta um bloqueio de criatividade.

Os notebooks anunciados pela Apple, na semana passada, são mais poderosos que os da geração anterior. Nos modelos mais caros, a única (e pequena) novidade. No teclado há uma estreita tela de toque na qual os botões mudam para atalhos específicos de cada aplicativo. É uma ideia simpática. Fora isso, são mais rápidos e pronto. Têm a mesma cara da última geração.

Por décadas, a Apple foi sinônimo de ousadia no desenho de computadores. Do compacto Macintosh de 1984, amigável como só ele em sua tela de 9 polegadas, ao primeiro iMac feito em acrílico azul translúcido, no final do século passado. Faz exatos oito anos que o MacBook Air reinventou o conceito de notebook, mostrando que é possível ser leve, fino e poderoso simultaneamente. A elegância das máquinas não mudou. É só que tudo permanece com a cara dos anos passados.

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Há um motivo para a Apple não investir em mudar sua linha de computadores. O ano em que mais se vendeu PCs na história foi 2011. Agora em 2016, a estimativa da consultoria IDC é de que as vendas caiam 7,3%. Trimestre a trimestre, os indicadores apontam para quedas desde janeiro de 2015. Nunca, desde que os primeiros PCs chegaram ao mercado em meados dos anos 1970, a indústria enfrentou quatro trimestres seguidos em declínio. Quanto mais cinco.

Não é difícil entender o que está ocorrendo. A recessão acompanhada de valorização do dólar, na América Latina, é um dos vilões da indústria. Em nenhum outro continente a queda de vendas é tão acentuada. Mas não é só isso. Há uma mudança de padrão de comportamento. Agora em outubro, pela primeira vez na história, mais sites foram visitados por apetrechos móveis como celulares e tablets do que por computadores.

O digital ficou móvel. E, embora as vendas de smartphones também estejam em queda ligeira, vende-se mais celulares num trimestre do que computadores em todo o ano. A Apple está investindo pouco em inovar seus computadores porque, ora, eles são um negócio menor.

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O mais interessante dentre os lançamentos da Microsoft é o Surface Studio. Com monitores muito finos de 24 ou 27 polegadas e tela de toque, sua principal característica é a flexibilidade. A tela fica na vertical mas pode, também, se inclinar como uma prancheta de arquiteto. É para que designers desenhem direto nela.

O Surface, portanto, já é quase um pós-PC. É como se fosse um tablet gigante mais do que computador. Um investimento da Microsoft justamente no tipo de profissional criativo que sempre esteve entre as prioridades da Apple.

Inovação em design não basta. Para muitos destes profissionais, migrar para uma máquina Windows é um esforço. Embora a nova versão do sistema seja muito melhor do que as anteriores, os Macs são mais conhecidos. Sistema operacional, no fim das contas, é coisa de hábito. No mundo móvel, o Android já oferece mais em tecnologia do que o iOS da Apple. Nos computadores, o Windows não oferece mais do que o OS X dos Macs.

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Mas foi certamente uma semana pior num ano particularmente ruim para a empresa que sente a falta de Steve Jobs. A disrupção que abala velhas indústrias por conta das rápidas mudanças do mundo digital, ora pois, está atingindo também o Vale do Silício.

Coitada da Apple, deu azar. Calhou de lançar sua nova linha de notebooks na mesma semana em que a Microsoft anunciou seu incrível Microsoft Surface Studio. Era impossível prever que a empresa de Bill Gates, por tantos anos careta que só, estivesse disposta a colocar no mercado um PC ousado de tão inovador. Justamente num ano em que a Apple enfrenta um bloqueio de criatividade.

Os notebooks anunciados pela Apple, na semana passada, são mais poderosos que os da geração anterior. Nos modelos mais caros, a única (e pequena) novidade. No teclado há uma estreita tela de toque na qual os botões mudam para atalhos específicos de cada aplicativo. É uma ideia simpática. Fora isso, são mais rápidos e pronto. Têm a mesma cara da última geração.

Por décadas, a Apple foi sinônimo de ousadia no desenho de computadores. Do compacto Macintosh de 1984, amigável como só ele em sua tela de 9 polegadas, ao primeiro iMac feito em acrílico azul translúcido, no final do século passado. Faz exatos oito anos que o MacBook Air reinventou o conceito de notebook, mostrando que é possível ser leve, fino e poderoso simultaneamente. A elegância das máquinas não mudou. É só que tudo permanece com a cara dos anos passados.

Há um motivo para a Apple não investir em mudar sua linha de computadores. O ano em que mais se vendeu PCs na história foi 2011. Agora em 2016, a estimativa da consultoria IDC é de que as vendas caiam 7,3%. Trimestre a trimestre, os indicadores apontam para quedas desde janeiro de 2015. Nunca, desde que os primeiros PCs chegaram ao mercado em meados dos anos 1970, a indústria enfrentou quatro trimestres seguidos em declínio. Quanto mais cinco.

Não é difícil entender o que está ocorrendo. A recessão acompanhada de valorização do dólar, na América Latina, é um dos vilões da indústria. Em nenhum outro continente a queda de vendas é tão acentuada. Mas não é só isso. Há uma mudança de padrão de comportamento. Agora em outubro, pela primeira vez na história, mais sites foram visitados por apetrechos móveis como celulares e tablets do que por computadores.

O digital ficou móvel. E, embora as vendas de smartphones também estejam em queda ligeira, vende-se mais celulares num trimestre do que computadores em todo o ano. A Apple está investindo pouco em inovar seus computadores porque, ora, eles são um negócio menor.

O mais interessante dentre os lançamentos da Microsoft é o Surface Studio. Com monitores muito finos de 24 ou 27 polegadas e tela de toque, sua principal característica é a flexibilidade. A tela fica na vertical mas pode, também, se inclinar como uma prancheta de arquiteto. É para que designers desenhem direto nela.

O Surface, portanto, já é quase um pós-PC. É como se fosse um tablet gigante mais do que computador. Um investimento da Microsoft justamente no tipo de profissional criativo que sempre esteve entre as prioridades da Apple.

Inovação em design não basta. Para muitos destes profissionais, migrar para uma máquina Windows é um esforço. Embora a nova versão do sistema seja muito melhor do que as anteriores, os Macs são mais conhecidos. Sistema operacional, no fim das contas, é coisa de hábito. No mundo móvel, o Android já oferece mais em tecnologia do que o iOS da Apple. Nos computadores, o Windows não oferece mais do que o OS X dos Macs.

Mas foi certamente uma semana pior num ano particularmente ruim para a empresa que sente a falta de Steve Jobs. A disrupção que abala velhas indústrias por conta das rápidas mudanças do mundo digital, ora pois, está atingindo também o Vale do Silício.

Coitada da Apple, deu azar. Calhou de lançar sua nova linha de notebooks na mesma semana em que a Microsoft anunciou seu incrível Microsoft Surface Studio. Era impossível prever que a empresa de Bill Gates, por tantos anos careta que só, estivesse disposta a colocar no mercado um PC ousado de tão inovador. Justamente num ano em que a Apple enfrenta um bloqueio de criatividade.

Os notebooks anunciados pela Apple, na semana passada, são mais poderosos que os da geração anterior. Nos modelos mais caros, a única (e pequena) novidade. No teclado há uma estreita tela de toque na qual os botões mudam para atalhos específicos de cada aplicativo. É uma ideia simpática. Fora isso, são mais rápidos e pronto. Têm a mesma cara da última geração.

Por décadas, a Apple foi sinônimo de ousadia no desenho de computadores. Do compacto Macintosh de 1984, amigável como só ele em sua tela de 9 polegadas, ao primeiro iMac feito em acrílico azul translúcido, no final do século passado. Faz exatos oito anos que o MacBook Air reinventou o conceito de notebook, mostrando que é possível ser leve, fino e poderoso simultaneamente. A elegância das máquinas não mudou. É só que tudo permanece com a cara dos anos passados.

Há um motivo para a Apple não investir em mudar sua linha de computadores. O ano em que mais se vendeu PCs na história foi 2011. Agora em 2016, a estimativa da consultoria IDC é de que as vendas caiam 7,3%. Trimestre a trimestre, os indicadores apontam para quedas desde janeiro de 2015. Nunca, desde que os primeiros PCs chegaram ao mercado em meados dos anos 1970, a indústria enfrentou quatro trimestres seguidos em declínio. Quanto mais cinco.

Não é difícil entender o que está ocorrendo. A recessão acompanhada de valorização do dólar, na América Latina, é um dos vilões da indústria. Em nenhum outro continente a queda de vendas é tão acentuada. Mas não é só isso. Há uma mudança de padrão de comportamento. Agora em outubro, pela primeira vez na história, mais sites foram visitados por apetrechos móveis como celulares e tablets do que por computadores.

O digital ficou móvel. E, embora as vendas de smartphones também estejam em queda ligeira, vende-se mais celulares num trimestre do que computadores em todo o ano. A Apple está investindo pouco em inovar seus computadores porque, ora, eles são um negócio menor.

O mais interessante dentre os lançamentos da Microsoft é o Surface Studio. Com monitores muito finos de 24 ou 27 polegadas e tela de toque, sua principal característica é a flexibilidade. A tela fica na vertical mas pode, também, se inclinar como uma prancheta de arquiteto. É para que designers desenhem direto nela.

O Surface, portanto, já é quase um pós-PC. É como se fosse um tablet gigante mais do que computador. Um investimento da Microsoft justamente no tipo de profissional criativo que sempre esteve entre as prioridades da Apple.

Inovação em design não basta. Para muitos destes profissionais, migrar para uma máquina Windows é um esforço. Embora a nova versão do sistema seja muito melhor do que as anteriores, os Macs são mais conhecidos. Sistema operacional, no fim das contas, é coisa de hábito. No mundo móvel, o Android já oferece mais em tecnologia do que o iOS da Apple. Nos computadores, o Windows não oferece mais do que o OS X dos Macs.

Mas foi certamente uma semana pior num ano particularmente ruim para a empresa que sente a falta de Steve Jobs. A disrupção que abala velhas indústrias por conta das rápidas mudanças do mundo digital, ora pois, está atingindo também o Vale do Silício.

Coitada da Apple, deu azar. Calhou de lançar sua nova linha de notebooks na mesma semana em que a Microsoft anunciou seu incrível Microsoft Surface Studio. Era impossível prever que a empresa de Bill Gates, por tantos anos careta que só, estivesse disposta a colocar no mercado um PC ousado de tão inovador. Justamente num ano em que a Apple enfrenta um bloqueio de criatividade.

Os notebooks anunciados pela Apple, na semana passada, são mais poderosos que os da geração anterior. Nos modelos mais caros, a única (e pequena) novidade. No teclado há uma estreita tela de toque na qual os botões mudam para atalhos específicos de cada aplicativo. É uma ideia simpática. Fora isso, são mais rápidos e pronto. Têm a mesma cara da última geração.

Por décadas, a Apple foi sinônimo de ousadia no desenho de computadores. Do compacto Macintosh de 1984, amigável como só ele em sua tela de 9 polegadas, ao primeiro iMac feito em acrílico azul translúcido, no final do século passado. Faz exatos oito anos que o MacBook Air reinventou o conceito de notebook, mostrando que é possível ser leve, fino e poderoso simultaneamente. A elegância das máquinas não mudou. É só que tudo permanece com a cara dos anos passados.

Há um motivo para a Apple não investir em mudar sua linha de computadores. O ano em que mais se vendeu PCs na história foi 2011. Agora em 2016, a estimativa da consultoria IDC é de que as vendas caiam 7,3%. Trimestre a trimestre, os indicadores apontam para quedas desde janeiro de 2015. Nunca, desde que os primeiros PCs chegaram ao mercado em meados dos anos 1970, a indústria enfrentou quatro trimestres seguidos em declínio. Quanto mais cinco.

Não é difícil entender o que está ocorrendo. A recessão acompanhada de valorização do dólar, na América Latina, é um dos vilões da indústria. Em nenhum outro continente a queda de vendas é tão acentuada. Mas não é só isso. Há uma mudança de padrão de comportamento. Agora em outubro, pela primeira vez na história, mais sites foram visitados por apetrechos móveis como celulares e tablets do que por computadores.

O digital ficou móvel. E, embora as vendas de smartphones também estejam em queda ligeira, vende-se mais celulares num trimestre do que computadores em todo o ano. A Apple está investindo pouco em inovar seus computadores porque, ora, eles são um negócio menor.

O mais interessante dentre os lançamentos da Microsoft é o Surface Studio. Com monitores muito finos de 24 ou 27 polegadas e tela de toque, sua principal característica é a flexibilidade. A tela fica na vertical mas pode, também, se inclinar como uma prancheta de arquiteto. É para que designers desenhem direto nela.

O Surface, portanto, já é quase um pós-PC. É como se fosse um tablet gigante mais do que computador. Um investimento da Microsoft justamente no tipo de profissional criativo que sempre esteve entre as prioridades da Apple.

Inovação em design não basta. Para muitos destes profissionais, migrar para uma máquina Windows é um esforço. Embora a nova versão do sistema seja muito melhor do que as anteriores, os Macs são mais conhecidos. Sistema operacional, no fim das contas, é coisa de hábito. No mundo móvel, o Android já oferece mais em tecnologia do que o iOS da Apple. Nos computadores, o Windows não oferece mais do que o OS X dos Macs.

Mas foi certamente uma semana pior num ano particularmente ruim para a empresa que sente a falta de Steve Jobs. A disrupção que abala velhas indústrias por conta das rápidas mudanças do mundo digital, ora pois, está atingindo também o Vale do Silício.

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