Poder do Facebook vira alvo de escrutínio global


Autoridades veem integração de operações do WhatsApp e do Instagram como uma forma de a empresa se proteger de futura divisão de negócios

Por Mike Isaac
Mark Zuckerberg é presidente executivo do Facebook Foto: REUTERS/Leah Millis

A senadora Elizabeth Warren pediu a quebra de sigilo de grandes empresas como o Facebook. Órgãos reguladores abriram investigações sobre o poder da rede social. Até mesmo um dos fundadores do Facebook pediu explicações sobre a razão de a companhia não ter sido dividida. E a empresa enfrenta o desafio de mudar seu comportamento para enfrentar o escrutínio sobre seu poder.

No ano passado, o Facebook suspendeu negociações com a Houseparty, rede social especializada em vídeos, com medo de levantar preocupações antitruste, segundo duas fontes próximas às discussões. Comprar uma rival quando já se tem tanto domínio sobre o mercado seria arriscado demais.

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O Facebook também deu início a mudanças que visam a dificultar a divisão de seus negócios. A empresa vem unificando seu sistema de mensagens, o Facebook Messenger, o Instagram e o WhatsApp. Executivos também trabalham para modificar o Instagram e o WhatsApp para associá-los mais ostensivamente ao Facebook.

Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook, diz repetidamente que sua companhia enfrenta competição de todos os lados e reluta em aceitar uma atuação fragmentada. Ele não quer perder se separar do Instagram e do WhatsApp, que são enormes e ajudam a alimentar o império de US$ 56 bilhões do Facebook.

“A grande dúvida é se este é um plano de logística comercial”, disse Gene Kimmelman, ex-funcionário antitruste do governo Barack Obama e conselheiro do Public Knowledge, centro de estudos de Washington. “Para uma rede social com enorme crescimento em fotos e mensagens, há provavelmente justificativas comerciais para combinar as unidades.”

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O deputado democrata David Cicilline, presidente da subcomissão antitruste da Câmara, diz que as mudanças do Facebook precisam ser acompanhadas de perto. “A unificação do Facebook, Instagram e WhatsApp na maior plataforma única da história é uma clara tentativa de fugir às leis antitruste”, disse. “Precisamos apertar a tecla de pausa.”

O Facebook repudia a ideia de que suas iniciativas sejam a antecipação de uma potencial fragmentação. Em Washington, a rede social está particularmente atenta à Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), que investiga a empresa por práticas anticompetitivas, disseram duas fontes ligadas à plataforma. A FTC examina violações de privacidade do Facebook desde 2018.

Neste ano, o órgão de competição começou a analisar as diversas aquisições do Facebook, chegando a notificar a empresa sobre o tema. Essa lista inclui não apenas os gigantes WhatsApp e Instagram, mas também negócios menores. A intenção de comprar a Houseparty teria esfriado justamente a partir das investigações da FTC. O negócio acabou nas mãos da Epic Games, produtora do Fortnite. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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Relembre os escândalos do Facebook de 2018

1 | 12

Escândalo Cambridge Analytica

Foto: REUTERS/Leah Millis
2 | 12

Consequências do escândalo

Foto: Simon Dawson/Bloomberg
3 | 12

Depoimento de Mark Zuckerberg

Foto: Tom Branner/NYT
4 | 12

Mudanças após o escândalo

Foto: REUTERS/Thomas Hodel
5 | 12

Impacto nos negócios

Foto: Leah Millis/ Reuters
6 | 12

Falha de segurança

Foto: REUTERS/Dado Ruvic
7 | 12

Revelações do The New York Times

Foto: Bloomberg/ Andrew Harrer
8 | 12

Contratação da Definers

Foto: REUTERS/James Lawler Duggan
9 | 12

WhatsApp na Índia

Foto: REUTERS/Dado Ruvic
10 | 12

Caso Mianmar

Foto: REUTERS/Jon Nazca
11 | 12

Falha expõe fotos privadas de usuários

Foto: Bloomberg photo/ Andrew Harrer
12 | 12

Parcerias com gigantes de tecnologia

Foto: Tom Brenner/The New York Times
Mark Zuckerberg é presidente executivo do Facebook Foto: REUTERS/Leah Millis

A senadora Elizabeth Warren pediu a quebra de sigilo de grandes empresas como o Facebook. Órgãos reguladores abriram investigações sobre o poder da rede social. Até mesmo um dos fundadores do Facebook pediu explicações sobre a razão de a companhia não ter sido dividida. E a empresa enfrenta o desafio de mudar seu comportamento para enfrentar o escrutínio sobre seu poder.

No ano passado, o Facebook suspendeu negociações com a Houseparty, rede social especializada em vídeos, com medo de levantar preocupações antitruste, segundo duas fontes próximas às discussões. Comprar uma rival quando já se tem tanto domínio sobre o mercado seria arriscado demais.

O Facebook também deu início a mudanças que visam a dificultar a divisão de seus negócios. A empresa vem unificando seu sistema de mensagens, o Facebook Messenger, o Instagram e o WhatsApp. Executivos também trabalham para modificar o Instagram e o WhatsApp para associá-los mais ostensivamente ao Facebook.

Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook, diz repetidamente que sua companhia enfrenta competição de todos os lados e reluta em aceitar uma atuação fragmentada. Ele não quer perder se separar do Instagram e do WhatsApp, que são enormes e ajudam a alimentar o império de US$ 56 bilhões do Facebook.

“A grande dúvida é se este é um plano de logística comercial”, disse Gene Kimmelman, ex-funcionário antitruste do governo Barack Obama e conselheiro do Public Knowledge, centro de estudos de Washington. “Para uma rede social com enorme crescimento em fotos e mensagens, há provavelmente justificativas comerciais para combinar as unidades.”

O deputado democrata David Cicilline, presidente da subcomissão antitruste da Câmara, diz que as mudanças do Facebook precisam ser acompanhadas de perto. “A unificação do Facebook, Instagram e WhatsApp na maior plataforma única da história é uma clara tentativa de fugir às leis antitruste”, disse. “Precisamos apertar a tecla de pausa.”

O Facebook repudia a ideia de que suas iniciativas sejam a antecipação de uma potencial fragmentação. Em Washington, a rede social está particularmente atenta à Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), que investiga a empresa por práticas anticompetitivas, disseram duas fontes ligadas à plataforma. A FTC examina violações de privacidade do Facebook desde 2018.

Neste ano, o órgão de competição começou a analisar as diversas aquisições do Facebook, chegando a notificar a empresa sobre o tema. Essa lista inclui não apenas os gigantes WhatsApp e Instagram, mas também negócios menores. A intenção de comprar a Houseparty teria esfriado justamente a partir das investigações da FTC. O negócio acabou nas mãos da Epic Games, produtora do Fortnite. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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Foto: Bloomberg photo/ Andrew Harrer
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No ano passado, o Facebook suspendeu negociações com a Houseparty, rede social especializada em vídeos, com medo de levantar preocupações antitruste, segundo duas fontes próximas às discussões. Comprar uma rival quando já se tem tanto domínio sobre o mercado seria arriscado demais.

O Facebook também deu início a mudanças que visam a dificultar a divisão de seus negócios. A empresa vem unificando seu sistema de mensagens, o Facebook Messenger, o Instagram e o WhatsApp. Executivos também trabalham para modificar o Instagram e o WhatsApp para associá-los mais ostensivamente ao Facebook.

Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook, diz repetidamente que sua companhia enfrenta competição de todos os lados e reluta em aceitar uma atuação fragmentada. Ele não quer perder se separar do Instagram e do WhatsApp, que são enormes e ajudam a alimentar o império de US$ 56 bilhões do Facebook.

“A grande dúvida é se este é um plano de logística comercial”, disse Gene Kimmelman, ex-funcionário antitruste do governo Barack Obama e conselheiro do Public Knowledge, centro de estudos de Washington. “Para uma rede social com enorme crescimento em fotos e mensagens, há provavelmente justificativas comerciais para combinar as unidades.”

O deputado democrata David Cicilline, presidente da subcomissão antitruste da Câmara, diz que as mudanças do Facebook precisam ser acompanhadas de perto. “A unificação do Facebook, Instagram e WhatsApp na maior plataforma única da história é uma clara tentativa de fugir às leis antitruste”, disse. “Precisamos apertar a tecla de pausa.”

O Facebook repudia a ideia de que suas iniciativas sejam a antecipação de uma potencial fragmentação. Em Washington, a rede social está particularmente atenta à Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), que investiga a empresa por práticas anticompetitivas, disseram duas fontes ligadas à plataforma. A FTC examina violações de privacidade do Facebook desde 2018.

Neste ano, o órgão de competição começou a analisar as diversas aquisições do Facebook, chegando a notificar a empresa sobre o tema. Essa lista inclui não apenas os gigantes WhatsApp e Instagram, mas também negócios menores. A intenção de comprar a Houseparty teria esfriado justamente a partir das investigações da FTC. O negócio acabou nas mãos da Epic Games, produtora do Fortnite. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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No ano passado, o Facebook suspendeu negociações com a Houseparty, rede social especializada em vídeos, com medo de levantar preocupações antitruste, segundo duas fontes próximas às discussões. Comprar uma rival quando já se tem tanto domínio sobre o mercado seria arriscado demais.

O Facebook também deu início a mudanças que visam a dificultar a divisão de seus negócios. A empresa vem unificando seu sistema de mensagens, o Facebook Messenger, o Instagram e o WhatsApp. Executivos também trabalham para modificar o Instagram e o WhatsApp para associá-los mais ostensivamente ao Facebook.

Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook, diz repetidamente que sua companhia enfrenta competição de todos os lados e reluta em aceitar uma atuação fragmentada. Ele não quer perder se separar do Instagram e do WhatsApp, que são enormes e ajudam a alimentar o império de US$ 56 bilhões do Facebook.

“A grande dúvida é se este é um plano de logística comercial”, disse Gene Kimmelman, ex-funcionário antitruste do governo Barack Obama e conselheiro do Public Knowledge, centro de estudos de Washington. “Para uma rede social com enorme crescimento em fotos e mensagens, há provavelmente justificativas comerciais para combinar as unidades.”

O deputado democrata David Cicilline, presidente da subcomissão antitruste da Câmara, diz que as mudanças do Facebook precisam ser acompanhadas de perto. “A unificação do Facebook, Instagram e WhatsApp na maior plataforma única da história é uma clara tentativa de fugir às leis antitruste”, disse. “Precisamos apertar a tecla de pausa.”

O Facebook repudia a ideia de que suas iniciativas sejam a antecipação de uma potencial fragmentação. Em Washington, a rede social está particularmente atenta à Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), que investiga a empresa por práticas anticompetitivas, disseram duas fontes ligadas à plataforma. A FTC examina violações de privacidade do Facebook desde 2018.

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