As ações da Embratel dispararam ontem na Bovespa, após notícias de que o bilionário mexicano Carlos Slim Helú planeja unir a empresa à Claro, também controlada por ele. No México, Slim promoveu uma reestruturação societária de suas empresas, fazendo com que a América Móvil, dona da Claro, passasse a controlar também a Telmex, operadora fixa.
Ontem, as ações ordinárias da Embratel subiram 13,6% na bolsa de São Paulo, cotadas a R$ 10,76, e os papéis sem direito a voto avançaram 21,9%, para R$ 11,93. O jornal Folha de S. Paulo noticiou ontem que Slim planeja unir a Embratel e a Claro e que José Formoso Martínez, presidente da Embratel, será o responsável pela nova empresa.
A Claro e a Embratel preferiram não comentar o assunto. A América Móvil divulgou um comunicado dizendo que "não tem estudado nenhuma mudança na gestão da administração da Claro nem da Embratel". Segundo a empresa mexicana, a Claro continua a ser dirigida por João Cox no Brasil e a Embratel por José Formoso.
Apesar de ter negado mudança de dirigentes, o comunicado da América Móvil não nega a possibilidade de unir as companhias. "Olhando para o mercado, é natural que os serviços sejam convergentes", disse Luís Minoru, diretor de consultoria da PromonLogicalis, sobre a possibilidade de união de operações fixas e móveis. "Desse ponto de vista, faz sentido."
Mais informações no Estado de hoje ("Ação da Embratel sobe com notícia de fusão", p. B12).