Rumo à política


Em sua primeira visita ao Brasil, Jack Dorsey, cofundador do Twitter, apresenta suas novas aspirações

Por Ligia Aguilhar

Em sua primeira visita ao Brasil, cofundador do Twitter apresenta suas novas aspirações: quer emplacar no País as duas startups que administra até a Copa do Mundo e a Olimpíada, e, no futuro, se candidatar à prefeitura de Nova York

 

FOTO: Daniel Teixeira/ESTADÃO

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SÃO PAULO – Jack Dorsey já foi considerado a personificação do seu negócio mais famoso, o Twitter. Reservado e de poucas palavras, parecia falar também em 140 caracteres. Não foi esse Dorsey, porém, que desembarcou no Brasil na semana passada, em sua primeira visita ao País. Sereno, elegante e seguro, Dorsey, aos 36 anos, está mais maduro e nada tem a ver com o jovem tímido que surgiu como promessa em 2006. Não à toa tem se tornado um nome cada vez mais influente no Vale Silício, por vezes comparado a Steve Jobs.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+ no Tumblr e no Instagram

 
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O fundador do Twitter fez uma passagem relâmpago pelo País. Desembarcou no Rio de Janeiro na quarta-feira, onde jantou com o apresentador Luciano Huck. No dia seguinte, participou de um bate-papo com estudantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo. E, na sexta-feira, voltou à Califórnia pela manhã. Mas ele não veio só para “falar com pessoas e ver o que está acontecendo aqui”, como relatou ao Link.

O Brasil é hoje o segundo país que mais utiliza o Twitter, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a SocialBakers. A companhia está de olho nas oportunidades de negócios em razão dos eventos esportivos que o País vai sediar. Em novembro do ano passado, o Twitter abriu um escritório local para estreitar relações com empresas e agências de publicidade. O seu modelo de negócio – que Dorsey faz questão de frisar, vai muito bem – tem como principal fonte de renda tweets, contas e trending topics pagos.

O empreendedor também quer emplacar por aqui sua nova aposta, o aplicativo Vine, que permite o registro e o compartilhamento de vídeos curtos de até seis segundos. Desde que foi lançado em janeiro, o app se tornou sensação nos Estados Unidos, chegando ao topo da lista de mais baixados da App Store. Dorsey é o maior embaixador da rede e só faz postagens no Twitter com o Vine. “Agora todas as imagens parecem chatas para mim. Com o Vine você escuta e vê o movimento.”

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Ele também veio buscar mais informações sobre o sistema financeiro e, possivelmente, construir bases para trazer outraempreitada sua para o Brasil, o sistema de pagamento móvel Square, que permite a qualquer pessoa aceitar pagamentos no cartão de crédito acoplando um pequeno leitor ao smartphone. O usuário do sistema pode pagar uma conta sem tirar a carteira e o celular do bolso – o comerciante identifica o cliente pelo nome e faz o débito direto da conta.

 

Mapas. Twitter nasceu da paixão de Dorsey na infância por cidades e mapas. Aos 14 anos ele aprendeu a programar e criou um sistema no qual motoristas podiam indicar sua localização em tempo real. A vontade de tornar essa informação acessível e permitir que todos soubessem o que está acontecendo ao redor gerou as bases da rede de microblogs. A ideia foi parar nas mãos de Evan Willians, dono da startup Odeo e antigo chefe de Dorsey, que acabou se associando a ele junto de Biz Stone.

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Em 2008, Dorsey deixou o comando do Twitter. Na época a imprensa noticiou que ele foi convidado a sair – mas ele diz que apenas trocou de lugar com Williams, que se tornou CEO enquanto ele foi para o conselho de administração. A saída, segundo ele, foi “difícil”, mas gerou uma nova oportunidade.

Ao voltar para cidade de St. Louis, onde nasceu, Dorsey ouviu a história que culminaria na criação do Square, quando um amigo relatou a dificuldade de fazer uma venda por não aceitar cartão de crédito. Assim como Jobs criou a Pixar durante seu afastamento da Apple e depois retornou à empresa, Dorsey voltou ao Twitter há dois anos e hoje pode se gabar de um feito que poucos conseguiram: administrar duas startups de sucesso ao mesmo tempo.

Para ele, a receita para ser um empreendedor bem-sucedido, é simples: não ter medo de tirar ideias da cabeça. “Se você tem uma ideia, precisa mostrar para outras pessoas. Empreender é assumir um risco financeiro para fazer algo”, diz. Isso não quer dizer que seja fácil. “Em 2001, quando tentei criar o Twitter pela primeira vez, fui a um parque e escrevi o que estava fazendo. Ninguém se importou. Seis anos depois deu certo.”

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O fundador do Twitter continua aficionado por cidades. Faz questão de ir ao trabalho de ônibus todos os dias “para observar os problemas reais” e volta de táxi apenas por uma questão de horário – quando deixa o escritório, geralmente depois das 10 da noite, o último ônibus já passou.

Ele não nega interesse em política. Diz que gostaria de ser prefeito de Nova York, mas que essa é mais uma aspiração do que uma meta. “Antes de me candidatar a qualquer coisa eu preciso mudar para Nova York” diz.Em dez anos, Jack Dorsey estará trabalhando com tecnologia ou administrando a Big Apple?, eu pergunto. “Talvez os dois”, ele responde, entre risos.

—-Leia mais:‘Twitter pode ser mais relevante’Link no papel – 15/04/2013

Em sua primeira visita ao Brasil, cofundador do Twitter apresenta suas novas aspirações: quer emplacar no País as duas startups que administra até a Copa do Mundo e a Olimpíada, e, no futuro, se candidatar à prefeitura de Nova York

 

FOTO: Daniel Teixeira/ESTADÃO

SÃO PAULO – Jack Dorsey já foi considerado a personificação do seu negócio mais famoso, o Twitter. Reservado e de poucas palavras, parecia falar também em 140 caracteres. Não foi esse Dorsey, porém, que desembarcou no Brasil na semana passada, em sua primeira visita ao País. Sereno, elegante e seguro, Dorsey, aos 36 anos, está mais maduro e nada tem a ver com o jovem tímido que surgiu como promessa em 2006. Não à toa tem se tornado um nome cada vez mais influente no Vale Silício, por vezes comparado a Steve Jobs.

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O fundador do Twitter fez uma passagem relâmpago pelo País. Desembarcou no Rio de Janeiro na quarta-feira, onde jantou com o apresentador Luciano Huck. No dia seguinte, participou de um bate-papo com estudantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo. E, na sexta-feira, voltou à Califórnia pela manhã. Mas ele não veio só para “falar com pessoas e ver o que está acontecendo aqui”, como relatou ao Link.

O Brasil é hoje o segundo país que mais utiliza o Twitter, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a SocialBakers. A companhia está de olho nas oportunidades de negócios em razão dos eventos esportivos que o País vai sediar. Em novembro do ano passado, o Twitter abriu um escritório local para estreitar relações com empresas e agências de publicidade. O seu modelo de negócio – que Dorsey faz questão de frisar, vai muito bem – tem como principal fonte de renda tweets, contas e trending topics pagos.

O empreendedor também quer emplacar por aqui sua nova aposta, o aplicativo Vine, que permite o registro e o compartilhamento de vídeos curtos de até seis segundos. Desde que foi lançado em janeiro, o app se tornou sensação nos Estados Unidos, chegando ao topo da lista de mais baixados da App Store. Dorsey é o maior embaixador da rede e só faz postagens no Twitter com o Vine. “Agora todas as imagens parecem chatas para mim. Com o Vine você escuta e vê o movimento.”

Ele também veio buscar mais informações sobre o sistema financeiro e, possivelmente, construir bases para trazer outraempreitada sua para o Brasil, o sistema de pagamento móvel Square, que permite a qualquer pessoa aceitar pagamentos no cartão de crédito acoplando um pequeno leitor ao smartphone. O usuário do sistema pode pagar uma conta sem tirar a carteira e o celular do bolso – o comerciante identifica o cliente pelo nome e faz o débito direto da conta.

 

Mapas. Twitter nasceu da paixão de Dorsey na infância por cidades e mapas. Aos 14 anos ele aprendeu a programar e criou um sistema no qual motoristas podiam indicar sua localização em tempo real. A vontade de tornar essa informação acessível e permitir que todos soubessem o que está acontecendo ao redor gerou as bases da rede de microblogs. A ideia foi parar nas mãos de Evan Willians, dono da startup Odeo e antigo chefe de Dorsey, que acabou se associando a ele junto de Biz Stone.

Em 2008, Dorsey deixou o comando do Twitter. Na época a imprensa noticiou que ele foi convidado a sair – mas ele diz que apenas trocou de lugar com Williams, que se tornou CEO enquanto ele foi para o conselho de administração. A saída, segundo ele, foi “difícil”, mas gerou uma nova oportunidade.

Ao voltar para cidade de St. Louis, onde nasceu, Dorsey ouviu a história que culminaria na criação do Square, quando um amigo relatou a dificuldade de fazer uma venda por não aceitar cartão de crédito. Assim como Jobs criou a Pixar durante seu afastamento da Apple e depois retornou à empresa, Dorsey voltou ao Twitter há dois anos e hoje pode se gabar de um feito que poucos conseguiram: administrar duas startups de sucesso ao mesmo tempo.

Para ele, a receita para ser um empreendedor bem-sucedido, é simples: não ter medo de tirar ideias da cabeça. “Se você tem uma ideia, precisa mostrar para outras pessoas. Empreender é assumir um risco financeiro para fazer algo”, diz. Isso não quer dizer que seja fácil. “Em 2001, quando tentei criar o Twitter pela primeira vez, fui a um parque e escrevi o que estava fazendo. Ninguém se importou. Seis anos depois deu certo.”

O fundador do Twitter continua aficionado por cidades. Faz questão de ir ao trabalho de ônibus todos os dias “para observar os problemas reais” e volta de táxi apenas por uma questão de horário – quando deixa o escritório, geralmente depois das 10 da noite, o último ônibus já passou.

Ele não nega interesse em política. Diz que gostaria de ser prefeito de Nova York, mas que essa é mais uma aspiração do que uma meta. “Antes de me candidatar a qualquer coisa eu preciso mudar para Nova York” diz.Em dez anos, Jack Dorsey estará trabalhando com tecnologia ou administrando a Big Apple?, eu pergunto. “Talvez os dois”, ele responde, entre risos.

—-Leia mais:‘Twitter pode ser mais relevante’Link no papel – 15/04/2013

Em sua primeira visita ao Brasil, cofundador do Twitter apresenta suas novas aspirações: quer emplacar no País as duas startups que administra até a Copa do Mundo e a Olimpíada, e, no futuro, se candidatar à prefeitura de Nova York

 

FOTO: Daniel Teixeira/ESTADÃO

SÃO PAULO – Jack Dorsey já foi considerado a personificação do seu negócio mais famoso, o Twitter. Reservado e de poucas palavras, parecia falar também em 140 caracteres. Não foi esse Dorsey, porém, que desembarcou no Brasil na semana passada, em sua primeira visita ao País. Sereno, elegante e seguro, Dorsey, aos 36 anos, está mais maduro e nada tem a ver com o jovem tímido que surgiu como promessa em 2006. Não à toa tem se tornado um nome cada vez mais influente no Vale Silício, por vezes comparado a Steve Jobs.

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O fundador do Twitter fez uma passagem relâmpago pelo País. Desembarcou no Rio de Janeiro na quarta-feira, onde jantou com o apresentador Luciano Huck. No dia seguinte, participou de um bate-papo com estudantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo. E, na sexta-feira, voltou à Califórnia pela manhã. Mas ele não veio só para “falar com pessoas e ver o que está acontecendo aqui”, como relatou ao Link.

O Brasil é hoje o segundo país que mais utiliza o Twitter, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a SocialBakers. A companhia está de olho nas oportunidades de negócios em razão dos eventos esportivos que o País vai sediar. Em novembro do ano passado, o Twitter abriu um escritório local para estreitar relações com empresas e agências de publicidade. O seu modelo de negócio – que Dorsey faz questão de frisar, vai muito bem – tem como principal fonte de renda tweets, contas e trending topics pagos.

O empreendedor também quer emplacar por aqui sua nova aposta, o aplicativo Vine, que permite o registro e o compartilhamento de vídeos curtos de até seis segundos. Desde que foi lançado em janeiro, o app se tornou sensação nos Estados Unidos, chegando ao topo da lista de mais baixados da App Store. Dorsey é o maior embaixador da rede e só faz postagens no Twitter com o Vine. “Agora todas as imagens parecem chatas para mim. Com o Vine você escuta e vê o movimento.”

Ele também veio buscar mais informações sobre o sistema financeiro e, possivelmente, construir bases para trazer outraempreitada sua para o Brasil, o sistema de pagamento móvel Square, que permite a qualquer pessoa aceitar pagamentos no cartão de crédito acoplando um pequeno leitor ao smartphone. O usuário do sistema pode pagar uma conta sem tirar a carteira e o celular do bolso – o comerciante identifica o cliente pelo nome e faz o débito direto da conta.

 

Mapas. Twitter nasceu da paixão de Dorsey na infância por cidades e mapas. Aos 14 anos ele aprendeu a programar e criou um sistema no qual motoristas podiam indicar sua localização em tempo real. A vontade de tornar essa informação acessível e permitir que todos soubessem o que está acontecendo ao redor gerou as bases da rede de microblogs. A ideia foi parar nas mãos de Evan Willians, dono da startup Odeo e antigo chefe de Dorsey, que acabou se associando a ele junto de Biz Stone.

Em 2008, Dorsey deixou o comando do Twitter. Na época a imprensa noticiou que ele foi convidado a sair – mas ele diz que apenas trocou de lugar com Williams, que se tornou CEO enquanto ele foi para o conselho de administração. A saída, segundo ele, foi “difícil”, mas gerou uma nova oportunidade.

Ao voltar para cidade de St. Louis, onde nasceu, Dorsey ouviu a história que culminaria na criação do Square, quando um amigo relatou a dificuldade de fazer uma venda por não aceitar cartão de crédito. Assim como Jobs criou a Pixar durante seu afastamento da Apple e depois retornou à empresa, Dorsey voltou ao Twitter há dois anos e hoje pode se gabar de um feito que poucos conseguiram: administrar duas startups de sucesso ao mesmo tempo.

Para ele, a receita para ser um empreendedor bem-sucedido, é simples: não ter medo de tirar ideias da cabeça. “Se você tem uma ideia, precisa mostrar para outras pessoas. Empreender é assumir um risco financeiro para fazer algo”, diz. Isso não quer dizer que seja fácil. “Em 2001, quando tentei criar o Twitter pela primeira vez, fui a um parque e escrevi o que estava fazendo. Ninguém se importou. Seis anos depois deu certo.”

O fundador do Twitter continua aficionado por cidades. Faz questão de ir ao trabalho de ônibus todos os dias “para observar os problemas reais” e volta de táxi apenas por uma questão de horário – quando deixa o escritório, geralmente depois das 10 da noite, o último ônibus já passou.

Ele não nega interesse em política. Diz que gostaria de ser prefeito de Nova York, mas que essa é mais uma aspiração do que uma meta. “Antes de me candidatar a qualquer coisa eu preciso mudar para Nova York” diz.Em dez anos, Jack Dorsey estará trabalhando com tecnologia ou administrando a Big Apple?, eu pergunto. “Talvez os dois”, ele responde, entre risos.

—-Leia mais:‘Twitter pode ser mais relevante’Link no papel – 15/04/2013

Em sua primeira visita ao Brasil, cofundador do Twitter apresenta suas novas aspirações: quer emplacar no País as duas startups que administra até a Copa do Mundo e a Olimpíada, e, no futuro, se candidatar à prefeitura de Nova York

 

FOTO: Daniel Teixeira/ESTADÃO

SÃO PAULO – Jack Dorsey já foi considerado a personificação do seu negócio mais famoso, o Twitter. Reservado e de poucas palavras, parecia falar também em 140 caracteres. Não foi esse Dorsey, porém, que desembarcou no Brasil na semana passada, em sua primeira visita ao País. Sereno, elegante e seguro, Dorsey, aos 36 anos, está mais maduro e nada tem a ver com o jovem tímido que surgiu como promessa em 2006. Não à toa tem se tornado um nome cada vez mais influente no Vale Silício, por vezes comparado a Steve Jobs.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+ no Tumblr e no Instagram

 

O fundador do Twitter fez uma passagem relâmpago pelo País. Desembarcou no Rio de Janeiro na quarta-feira, onde jantou com o apresentador Luciano Huck. No dia seguinte, participou de um bate-papo com estudantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo. E, na sexta-feira, voltou à Califórnia pela manhã. Mas ele não veio só para “falar com pessoas e ver o que está acontecendo aqui”, como relatou ao Link.

O Brasil é hoje o segundo país que mais utiliza o Twitter, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a SocialBakers. A companhia está de olho nas oportunidades de negócios em razão dos eventos esportivos que o País vai sediar. Em novembro do ano passado, o Twitter abriu um escritório local para estreitar relações com empresas e agências de publicidade. O seu modelo de negócio – que Dorsey faz questão de frisar, vai muito bem – tem como principal fonte de renda tweets, contas e trending topics pagos.

O empreendedor também quer emplacar por aqui sua nova aposta, o aplicativo Vine, que permite o registro e o compartilhamento de vídeos curtos de até seis segundos. Desde que foi lançado em janeiro, o app se tornou sensação nos Estados Unidos, chegando ao topo da lista de mais baixados da App Store. Dorsey é o maior embaixador da rede e só faz postagens no Twitter com o Vine. “Agora todas as imagens parecem chatas para mim. Com o Vine você escuta e vê o movimento.”

Ele também veio buscar mais informações sobre o sistema financeiro e, possivelmente, construir bases para trazer outraempreitada sua para o Brasil, o sistema de pagamento móvel Square, que permite a qualquer pessoa aceitar pagamentos no cartão de crédito acoplando um pequeno leitor ao smartphone. O usuário do sistema pode pagar uma conta sem tirar a carteira e o celular do bolso – o comerciante identifica o cliente pelo nome e faz o débito direto da conta.

 

Mapas. Twitter nasceu da paixão de Dorsey na infância por cidades e mapas. Aos 14 anos ele aprendeu a programar e criou um sistema no qual motoristas podiam indicar sua localização em tempo real. A vontade de tornar essa informação acessível e permitir que todos soubessem o que está acontecendo ao redor gerou as bases da rede de microblogs. A ideia foi parar nas mãos de Evan Willians, dono da startup Odeo e antigo chefe de Dorsey, que acabou se associando a ele junto de Biz Stone.

Em 2008, Dorsey deixou o comando do Twitter. Na época a imprensa noticiou que ele foi convidado a sair – mas ele diz que apenas trocou de lugar com Williams, que se tornou CEO enquanto ele foi para o conselho de administração. A saída, segundo ele, foi “difícil”, mas gerou uma nova oportunidade.

Ao voltar para cidade de St. Louis, onde nasceu, Dorsey ouviu a história que culminaria na criação do Square, quando um amigo relatou a dificuldade de fazer uma venda por não aceitar cartão de crédito. Assim como Jobs criou a Pixar durante seu afastamento da Apple e depois retornou à empresa, Dorsey voltou ao Twitter há dois anos e hoje pode se gabar de um feito que poucos conseguiram: administrar duas startups de sucesso ao mesmo tempo.

Para ele, a receita para ser um empreendedor bem-sucedido, é simples: não ter medo de tirar ideias da cabeça. “Se você tem uma ideia, precisa mostrar para outras pessoas. Empreender é assumir um risco financeiro para fazer algo”, diz. Isso não quer dizer que seja fácil. “Em 2001, quando tentei criar o Twitter pela primeira vez, fui a um parque e escrevi o que estava fazendo. Ninguém se importou. Seis anos depois deu certo.”

O fundador do Twitter continua aficionado por cidades. Faz questão de ir ao trabalho de ônibus todos os dias “para observar os problemas reais” e volta de táxi apenas por uma questão de horário – quando deixa o escritório, geralmente depois das 10 da noite, o último ônibus já passou.

Ele não nega interesse em política. Diz que gostaria de ser prefeito de Nova York, mas que essa é mais uma aspiração do que uma meta. “Antes de me candidatar a qualquer coisa eu preciso mudar para Nova York” diz.Em dez anos, Jack Dorsey estará trabalhando com tecnologia ou administrando a Big Apple?, eu pergunto. “Talvez os dois”, ele responde, entre risos.

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