Em maio de 2017, o Banco Central dos EUA divulgou o mais recente relatório sobre como as famílias norte-americanas gerenciam o seu dinheiro. Num vasto material de 172 páginas, há algumas indicações que levaram analistas a considerar que a população do país está entre os piores poupadores do primeiro mundo. Por exemplo, 44% dos adultos dizem que não são capazes de cobrir uma despesa emergencial de 400 dólares. Para tal, seria necessário vender algum bem ou tomar dinheiro emprestado.
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Foi com base nisso que o MoneyLion, um aplicativo de gestão financeira pessoal com mais de 1 milhão de clientes nos EUA, lançou o MoneyLionPlus, que combina despesas, crédito e investimentos do usuário com algoritmos baseados em big data e inteligência artificial. O objetivo é aumentar o valor poupado pelos usuários, oferecendo-lhes um guia para gerenciar melhor suas despesas, alternativas de investimentos simples com baixas taxas de administração e acesso a crédito com juros mais baixos. O aplicativo detectou que a maioria dos usuários compromete sua capacidade de poupar quando surge uma despesa inesperada. Neste momento, ele costuma recorrer à primeira opção de crédito que surge, geralmente com juros bem acima do mercado.
O que o aplicativo faz é identificar aqueles usuários que têm maior propensão à ocorrência de uma despesa inesperada e, com base nos seus investimentos, o MoneyLionPlus já reserva uma linha de crédito com um dos bancos parceiros, tendo o valor dos investimentos como garantia. Se a despesa imprevista acontecer, o empréstimo é imediatamente oferecido a uma taxa justa.
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O modelo comercial é bem interessante e inovador. O cliente paga uma assinatura de 29 dólares por mês e recebe um desconto de 1 dólar (limitado a um por dia) a cada vez que acessar o aplicativo. Assim, se acessar diariamente, sai de graça.
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A empresa acaba de receber um aporte de 42 milhões de dólares para expandir a plataforma e conquistar mais usuários. O foco será em clientes que ganham até 100 mil dólares por ano, que é um segmento pouco visado pelas tradicionais instituições financeiras do país. Este é um ótimo exemplo de como Big Data e Inteligência Artificial já começam a fazer diferença no dia a dia das pessoas.