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Os artistas contra o copyright


Tolstói, Godard e outros artistas que não acreditavam em propriedade intelectual

Por Tatiana Mello Dias

Tolstói, Godard e outros artistas que não acreditavam em propriedade intelectual

Os artistas e criadores de conteúdo são os maiores interessados em proteger os direitos autorais sobre suas obras, certo?

Nem sempre.

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Começando com um poema francês do século 19, o site Owni.eu listou alguns dos artistas que são a favor do livre compartilhamento. E o poema, escrito por Henri-Frederic Amiel em 1880, explica o porquê:

 Foto: Estadão

Você diz: 'esse pensamento é meu'. Não, meu irmão, Está em você, nada é seu Todos tiveram ou terão isso. Capturador imprudente, Longe de removê-lo do domínio comum, Ofereça-o como um depósito: compartilhar é tão doce!

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Aimel viveu muito antes de conceitos como remix aparecerem, mas, sem querer, acaba tocando no que artistas atuais defendem: por que não compartilhar, permitindo que seu trabalho circule, e utilizar e recriar obras alheias?

Como nota o site, a expressão "domínio comum" refere-se tanto ao domínio público quanto aos bens comuns, as duas categorias que se referem ao compartilhamento e à construção coletiva de conhecimento da sociedade hoje. As obras em domínio público (quando expira o prazo de proteção de direitos autorais) viram bens comuns. Também estão nesta categoria as obras cujo autor abriu mão dos direitos, como as licenciadas em Creative Commons.

Conheça alguns artistas que acreditam nestes valores:

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Leon Tolstói O autor de "Guerra e Paz" era contra o copyright por motivos religiosos e também para denunciar os núveis de pobreza da Rússia em seu tempo. Cada volume de suas obras publicadas entre 1928 e 1951 tem uma nota afirmando que a reprodução é livre.

Pôsteres de Maio de 1968 O movimento libertário de maio de 1968 em Paris chegou também aos direitos autorais. Criados na Beaux Arts in Paris, muitos dos pôsteres foram feitos por famosos, como Gérard Fromanger, mas os artistas optaram por abrir mão da autoria para identificar os cartazes como 'coletivos' e sem proprietários.

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Jean-Luc Godard O diretor francês disse não reconhecer a priopriedade intelectual. No seu Film socialisme, de 2010, Godard usou diversos trechos de outras obras sem permissão. "Na literatura, você pode citar extensivamente. Nas ciências, nenhum cientista paga uma taxa para usar uma fórmula estabelecida por uma conferência. Um autor não tem direitos. Eu não tenho direito. Eu só tenho obrigações", disse ele.

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Jean-Luc Godard, sur les droits d'auteurs. from kassandre on Vimeo.

reference

Só que falar não garante que as obras sejam realmente livres de direitos autorais - ou sejam usadas para o bem comum. Os filmes de Godard, por exemplo, são protegidos - os direitos ainda pertencem aos produtores. Os pôsteres de maio de 1968 tiveram um problema oposto: uma rede de supermercados francesa aproveitou a livre distribuição e se apropriou de algumas obras.

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SAIBA MAIS: Respeitável público

Tolstói, Godard e outros artistas que não acreditavam em propriedade intelectual

Os artistas e criadores de conteúdo são os maiores interessados em proteger os direitos autorais sobre suas obras, certo?

Nem sempre.

Começando com um poema francês do século 19, o site Owni.eu listou alguns dos artistas que são a favor do livre compartilhamento. E o poema, escrito por Henri-Frederic Amiel em 1880, explica o porquê:

 Foto: Estadão

Você diz: 'esse pensamento é meu'. Não, meu irmão, Está em você, nada é seu Todos tiveram ou terão isso. Capturador imprudente, Longe de removê-lo do domínio comum, Ofereça-o como um depósito: compartilhar é tão doce!

Aimel viveu muito antes de conceitos como remix aparecerem, mas, sem querer, acaba tocando no que artistas atuais defendem: por que não compartilhar, permitindo que seu trabalho circule, e utilizar e recriar obras alheias?

Como nota o site, a expressão "domínio comum" refere-se tanto ao domínio público quanto aos bens comuns, as duas categorias que se referem ao compartilhamento e à construção coletiva de conhecimento da sociedade hoje. As obras em domínio público (quando expira o prazo de proteção de direitos autorais) viram bens comuns. Também estão nesta categoria as obras cujo autor abriu mão dos direitos, como as licenciadas em Creative Commons.

Conheça alguns artistas que acreditam nestes valores:

Leon Tolstói O autor de "Guerra e Paz" era contra o copyright por motivos religiosos e também para denunciar os núveis de pobreza da Rússia em seu tempo. Cada volume de suas obras publicadas entre 1928 e 1951 tem uma nota afirmando que a reprodução é livre.

Pôsteres de Maio de 1968 O movimento libertário de maio de 1968 em Paris chegou também aos direitos autorais. Criados na Beaux Arts in Paris, muitos dos pôsteres foram feitos por famosos, como Gérard Fromanger, mas os artistas optaram por abrir mão da autoria para identificar os cartazes como 'coletivos' e sem proprietários.

Jean-Luc Godard O diretor francês disse não reconhecer a priopriedade intelectual. No seu Film socialisme, de 2010, Godard usou diversos trechos de outras obras sem permissão. "Na literatura, você pode citar extensivamente. Nas ciências, nenhum cientista paga uma taxa para usar uma fórmula estabelecida por uma conferência. Um autor não tem direitos. Eu não tenho direito. Eu só tenho obrigações", disse ele.

Jean-Luc Godard, sur les droits d'auteurs. from kassandre on Vimeo.

reference

Só que falar não garante que as obras sejam realmente livres de direitos autorais - ou sejam usadas para o bem comum. Os filmes de Godard, por exemplo, são protegidos - os direitos ainda pertencem aos produtores. Os pôsteres de maio de 1968 tiveram um problema oposto: uma rede de supermercados francesa aproveitou a livre distribuição e se apropriou de algumas obras.

SAIBA MAIS: Respeitável público

Tolstói, Godard e outros artistas que não acreditavam em propriedade intelectual

Os artistas e criadores de conteúdo são os maiores interessados em proteger os direitos autorais sobre suas obras, certo?

Nem sempre.

Começando com um poema francês do século 19, o site Owni.eu listou alguns dos artistas que são a favor do livre compartilhamento. E o poema, escrito por Henri-Frederic Amiel em 1880, explica o porquê:

 Foto: Estadão

Você diz: 'esse pensamento é meu'. Não, meu irmão, Está em você, nada é seu Todos tiveram ou terão isso. Capturador imprudente, Longe de removê-lo do domínio comum, Ofereça-o como um depósito: compartilhar é tão doce!

Aimel viveu muito antes de conceitos como remix aparecerem, mas, sem querer, acaba tocando no que artistas atuais defendem: por que não compartilhar, permitindo que seu trabalho circule, e utilizar e recriar obras alheias?

Como nota o site, a expressão "domínio comum" refere-se tanto ao domínio público quanto aos bens comuns, as duas categorias que se referem ao compartilhamento e à construção coletiva de conhecimento da sociedade hoje. As obras em domínio público (quando expira o prazo de proteção de direitos autorais) viram bens comuns. Também estão nesta categoria as obras cujo autor abriu mão dos direitos, como as licenciadas em Creative Commons.

Conheça alguns artistas que acreditam nestes valores:

Leon Tolstói O autor de "Guerra e Paz" era contra o copyright por motivos religiosos e também para denunciar os núveis de pobreza da Rússia em seu tempo. Cada volume de suas obras publicadas entre 1928 e 1951 tem uma nota afirmando que a reprodução é livre.

Pôsteres de Maio de 1968 O movimento libertário de maio de 1968 em Paris chegou também aos direitos autorais. Criados na Beaux Arts in Paris, muitos dos pôsteres foram feitos por famosos, como Gérard Fromanger, mas os artistas optaram por abrir mão da autoria para identificar os cartazes como 'coletivos' e sem proprietários.

Jean-Luc Godard O diretor francês disse não reconhecer a priopriedade intelectual. No seu Film socialisme, de 2010, Godard usou diversos trechos de outras obras sem permissão. "Na literatura, você pode citar extensivamente. Nas ciências, nenhum cientista paga uma taxa para usar uma fórmula estabelecida por uma conferência. Um autor não tem direitos. Eu não tenho direito. Eu só tenho obrigações", disse ele.

Jean-Luc Godard, sur les droits d'auteurs. from kassandre on Vimeo.

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Só que falar não garante que as obras sejam realmente livres de direitos autorais - ou sejam usadas para o bem comum. Os filmes de Godard, por exemplo, são protegidos - os direitos ainda pertencem aos produtores. Os pôsteres de maio de 1968 tiveram um problema oposto: uma rede de supermercados francesa aproveitou a livre distribuição e se apropriou de algumas obras.

SAIBA MAIS: Respeitável público

Tolstói, Godard e outros artistas que não acreditavam em propriedade intelectual

Os artistas e criadores de conteúdo são os maiores interessados em proteger os direitos autorais sobre suas obras, certo?

Nem sempre.

Começando com um poema francês do século 19, o site Owni.eu listou alguns dos artistas que são a favor do livre compartilhamento. E o poema, escrito por Henri-Frederic Amiel em 1880, explica o porquê:

 Foto: Estadão

Você diz: 'esse pensamento é meu'. Não, meu irmão, Está em você, nada é seu Todos tiveram ou terão isso. Capturador imprudente, Longe de removê-lo do domínio comum, Ofereça-o como um depósito: compartilhar é tão doce!

Aimel viveu muito antes de conceitos como remix aparecerem, mas, sem querer, acaba tocando no que artistas atuais defendem: por que não compartilhar, permitindo que seu trabalho circule, e utilizar e recriar obras alheias?

Como nota o site, a expressão "domínio comum" refere-se tanto ao domínio público quanto aos bens comuns, as duas categorias que se referem ao compartilhamento e à construção coletiva de conhecimento da sociedade hoje. As obras em domínio público (quando expira o prazo de proteção de direitos autorais) viram bens comuns. Também estão nesta categoria as obras cujo autor abriu mão dos direitos, como as licenciadas em Creative Commons.

Conheça alguns artistas que acreditam nestes valores:

Leon Tolstói O autor de "Guerra e Paz" era contra o copyright por motivos religiosos e também para denunciar os núveis de pobreza da Rússia em seu tempo. Cada volume de suas obras publicadas entre 1928 e 1951 tem uma nota afirmando que a reprodução é livre.

Pôsteres de Maio de 1968 O movimento libertário de maio de 1968 em Paris chegou também aos direitos autorais. Criados na Beaux Arts in Paris, muitos dos pôsteres foram feitos por famosos, como Gérard Fromanger, mas os artistas optaram por abrir mão da autoria para identificar os cartazes como 'coletivos' e sem proprietários.

Jean-Luc Godard O diretor francês disse não reconhecer a priopriedade intelectual. No seu Film socialisme, de 2010, Godard usou diversos trechos de outras obras sem permissão. "Na literatura, você pode citar extensivamente. Nas ciências, nenhum cientista paga uma taxa para usar uma fórmula estabelecida por uma conferência. Um autor não tem direitos. Eu não tenho direito. Eu só tenho obrigações", disse ele.

Jean-Luc Godard, sur les droits d'auteurs. from kassandre on Vimeo.

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Só que falar não garante que as obras sejam realmente livres de direitos autorais - ou sejam usadas para o bem comum. Os filmes de Godard, por exemplo, são protegidos - os direitos ainda pertencem aos produtores. Os pôsteres de maio de 1968 tiveram um problema oposto: uma rede de supermercados francesa aproveitou a livre distribuição e se apropriou de algumas obras.

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