A lentidão no saneamento


Por Redação

Não se pode esperar que décadas de atraso na área de saneamento básico no Brasil sejam superadas em apenas alguns anos. No entanto, a cada nova estatística sobre o assunto, fica claro que o governo não tem feito o suficiente. A presidente Dilma Rousseff já chegou a dizer, entre um e outro anúncio de seus bilionários pacotes de obras, que era "obrigação moral" ampliar o saneamento. Mas uma pesquisa do Instituto Trata Brasil mostra que o ritmo da resolução dos problemas nessa área está diminuindo na gestão petista, colocando o País entre os que menos expandiram sua rede de tratamento de água e esgoto nos últimos 12 anos.O estudo, feito em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, indica que o saneamento no Brasil cresceu 4,1% ao ano nesta década, ante 4,6% na década de 2000. A redução se deu justamente no período em que o governo criou, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um plano específico para impulsionar a cobertura das redes de esgoto, o PAC do Saneamento, há sete anos.Essa situação colocou o Brasil em 112.º lugar no ranking que classifica os países por índice de avanço na cobertura de saneamento básico nos últimos 12 anos. Ou seja, entre 200 países do mundo, o Brasil está entre aqueles que menos expandiram a rede de esgotos no período. Tuvalu e Samoa tiveram índices equivalentes ao brasileiro. Egito (13.º) e Síria (22.º), convulsionados por conflitos civis, estão à frente.É evidente que, em nações desestruturadas ou muito pobres, como algumas das que aparecem bem colocadas na pesquisa, qualquer esforço para melhorar o saneamento representará, nas estatísticas, um porcentual de avanço muito maior do que em países grandes como o Brasil. No entanto, é gritante a lentidão do País para sair da situação de descalabro nesse setor.Em 2006, o governo petista garantiu que até 2024 o saneamento chegaria a todos os brasileiros. No ano passado, a data foi revista: espera-se agora que a meta seja atingida até 2033. Mais realista, o Instituto Trata Brasil acredita que, na melhor das hipóteses, o País terá cobertura sanitária universal apenas em 2050.A principal razão é o atraso das obras do PAC, situação que se repete em quase todas as demais áreas cobertas pelo programa. Entre outras razões, a demora se dá porque muitas prefeituras, responsáveis pela elaboração dos projetos, não têm capacidade técnica para realizar esse trabalho, sendo frequentemente necessário refazê-lo do início. O governo foi lento para reagir a essa situação - que era totalmente previsível, uma vez que a maioria das cidades contempladas era pobre demais para atender às exigências técnicas. Agora, o governo está oferecendo auxílio para a elaboração desses projetos, o que tende a acelerar o processo.Mesmo se todos os municípios estivessem capacitados, porém, o volume de recursos destinados ao programa, embora seja grande, ainda não é suficiente. Ao jornal O Globo o presidente do Trata Brasil, Édison Carlos, disse que, se quisesse de fato atingir sua meta no prazo previsto, o governo deveria destinar o dobro do investimento atual, que está entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões anuais.Os desafios são imensos. Números levantados por uma comissão das Nações Unidas para água e saneamento indicam que há um imenso fosso a separar as regiões mais e menos desenvolvidas do Brasil: enquanto o tratamento de esgoto chega a 93,6% em Sorocaba (SP), ele é de apenas 5,5% em Macapá (AP). No total, mais da metade dos brasileiros (52%) não tem coleta regular de esgotos - na Região Norte, esse porcentual chega a 90% - e só 38% do esgoto recebe tratamento.Ante esse quadro, não se pode falar em sucesso do combate à pobreza, como faz o governo, pois os programas de renda mínima, tidos como esteio dessa luta, são a parte mais fácil. Difícil é pôr mãos à obra para dar aos brasileiros mais necessitados condições sanitárias mínimas, primeiro e incontornável passo para que eles consigam superar definitivamente sua condição de miséria.

Não se pode esperar que décadas de atraso na área de saneamento básico no Brasil sejam superadas em apenas alguns anos. No entanto, a cada nova estatística sobre o assunto, fica claro que o governo não tem feito o suficiente. A presidente Dilma Rousseff já chegou a dizer, entre um e outro anúncio de seus bilionários pacotes de obras, que era "obrigação moral" ampliar o saneamento. Mas uma pesquisa do Instituto Trata Brasil mostra que o ritmo da resolução dos problemas nessa área está diminuindo na gestão petista, colocando o País entre os que menos expandiram sua rede de tratamento de água e esgoto nos últimos 12 anos.O estudo, feito em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, indica que o saneamento no Brasil cresceu 4,1% ao ano nesta década, ante 4,6% na década de 2000. A redução se deu justamente no período em que o governo criou, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um plano específico para impulsionar a cobertura das redes de esgoto, o PAC do Saneamento, há sete anos.Essa situação colocou o Brasil em 112.º lugar no ranking que classifica os países por índice de avanço na cobertura de saneamento básico nos últimos 12 anos. Ou seja, entre 200 países do mundo, o Brasil está entre aqueles que menos expandiram a rede de esgotos no período. Tuvalu e Samoa tiveram índices equivalentes ao brasileiro. Egito (13.º) e Síria (22.º), convulsionados por conflitos civis, estão à frente.É evidente que, em nações desestruturadas ou muito pobres, como algumas das que aparecem bem colocadas na pesquisa, qualquer esforço para melhorar o saneamento representará, nas estatísticas, um porcentual de avanço muito maior do que em países grandes como o Brasil. No entanto, é gritante a lentidão do País para sair da situação de descalabro nesse setor.Em 2006, o governo petista garantiu que até 2024 o saneamento chegaria a todos os brasileiros. No ano passado, a data foi revista: espera-se agora que a meta seja atingida até 2033. Mais realista, o Instituto Trata Brasil acredita que, na melhor das hipóteses, o País terá cobertura sanitária universal apenas em 2050.A principal razão é o atraso das obras do PAC, situação que se repete em quase todas as demais áreas cobertas pelo programa. Entre outras razões, a demora se dá porque muitas prefeituras, responsáveis pela elaboração dos projetos, não têm capacidade técnica para realizar esse trabalho, sendo frequentemente necessário refazê-lo do início. O governo foi lento para reagir a essa situação - que era totalmente previsível, uma vez que a maioria das cidades contempladas era pobre demais para atender às exigências técnicas. Agora, o governo está oferecendo auxílio para a elaboração desses projetos, o que tende a acelerar o processo.Mesmo se todos os municípios estivessem capacitados, porém, o volume de recursos destinados ao programa, embora seja grande, ainda não é suficiente. Ao jornal O Globo o presidente do Trata Brasil, Édison Carlos, disse que, se quisesse de fato atingir sua meta no prazo previsto, o governo deveria destinar o dobro do investimento atual, que está entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões anuais.Os desafios são imensos. Números levantados por uma comissão das Nações Unidas para água e saneamento indicam que há um imenso fosso a separar as regiões mais e menos desenvolvidas do Brasil: enquanto o tratamento de esgoto chega a 93,6% em Sorocaba (SP), ele é de apenas 5,5% em Macapá (AP). No total, mais da metade dos brasileiros (52%) não tem coleta regular de esgotos - na Região Norte, esse porcentual chega a 90% - e só 38% do esgoto recebe tratamento.Ante esse quadro, não se pode falar em sucesso do combate à pobreza, como faz o governo, pois os programas de renda mínima, tidos como esteio dessa luta, são a parte mais fácil. Difícil é pôr mãos à obra para dar aos brasileiros mais necessitados condições sanitárias mínimas, primeiro e incontornável passo para que eles consigam superar definitivamente sua condição de miséria.

Não se pode esperar que décadas de atraso na área de saneamento básico no Brasil sejam superadas em apenas alguns anos. No entanto, a cada nova estatística sobre o assunto, fica claro que o governo não tem feito o suficiente. A presidente Dilma Rousseff já chegou a dizer, entre um e outro anúncio de seus bilionários pacotes de obras, que era "obrigação moral" ampliar o saneamento. Mas uma pesquisa do Instituto Trata Brasil mostra que o ritmo da resolução dos problemas nessa área está diminuindo na gestão petista, colocando o País entre os que menos expandiram sua rede de tratamento de água e esgoto nos últimos 12 anos.O estudo, feito em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, indica que o saneamento no Brasil cresceu 4,1% ao ano nesta década, ante 4,6% na década de 2000. A redução se deu justamente no período em que o governo criou, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um plano específico para impulsionar a cobertura das redes de esgoto, o PAC do Saneamento, há sete anos.Essa situação colocou o Brasil em 112.º lugar no ranking que classifica os países por índice de avanço na cobertura de saneamento básico nos últimos 12 anos. Ou seja, entre 200 países do mundo, o Brasil está entre aqueles que menos expandiram a rede de esgotos no período. Tuvalu e Samoa tiveram índices equivalentes ao brasileiro. Egito (13.º) e Síria (22.º), convulsionados por conflitos civis, estão à frente.É evidente que, em nações desestruturadas ou muito pobres, como algumas das que aparecem bem colocadas na pesquisa, qualquer esforço para melhorar o saneamento representará, nas estatísticas, um porcentual de avanço muito maior do que em países grandes como o Brasil. No entanto, é gritante a lentidão do País para sair da situação de descalabro nesse setor.Em 2006, o governo petista garantiu que até 2024 o saneamento chegaria a todos os brasileiros. No ano passado, a data foi revista: espera-se agora que a meta seja atingida até 2033. Mais realista, o Instituto Trata Brasil acredita que, na melhor das hipóteses, o País terá cobertura sanitária universal apenas em 2050.A principal razão é o atraso das obras do PAC, situação que se repete em quase todas as demais áreas cobertas pelo programa. Entre outras razões, a demora se dá porque muitas prefeituras, responsáveis pela elaboração dos projetos, não têm capacidade técnica para realizar esse trabalho, sendo frequentemente necessário refazê-lo do início. O governo foi lento para reagir a essa situação - que era totalmente previsível, uma vez que a maioria das cidades contempladas era pobre demais para atender às exigências técnicas. Agora, o governo está oferecendo auxílio para a elaboração desses projetos, o que tende a acelerar o processo.Mesmo se todos os municípios estivessem capacitados, porém, o volume de recursos destinados ao programa, embora seja grande, ainda não é suficiente. Ao jornal O Globo o presidente do Trata Brasil, Édison Carlos, disse que, se quisesse de fato atingir sua meta no prazo previsto, o governo deveria destinar o dobro do investimento atual, que está entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões anuais.Os desafios são imensos. Números levantados por uma comissão das Nações Unidas para água e saneamento indicam que há um imenso fosso a separar as regiões mais e menos desenvolvidas do Brasil: enquanto o tratamento de esgoto chega a 93,6% em Sorocaba (SP), ele é de apenas 5,5% em Macapá (AP). No total, mais da metade dos brasileiros (52%) não tem coleta regular de esgotos - na Região Norte, esse porcentual chega a 90% - e só 38% do esgoto recebe tratamento.Ante esse quadro, não se pode falar em sucesso do combate à pobreza, como faz o governo, pois os programas de renda mínima, tidos como esteio dessa luta, são a parte mais fácil. Difícil é pôr mãos à obra para dar aos brasileiros mais necessitados condições sanitárias mínimas, primeiro e incontornável passo para que eles consigam superar definitivamente sua condição de miséria.

Não se pode esperar que décadas de atraso na área de saneamento básico no Brasil sejam superadas em apenas alguns anos. No entanto, a cada nova estatística sobre o assunto, fica claro que o governo não tem feito o suficiente. A presidente Dilma Rousseff já chegou a dizer, entre um e outro anúncio de seus bilionários pacotes de obras, que era "obrigação moral" ampliar o saneamento. Mas uma pesquisa do Instituto Trata Brasil mostra que o ritmo da resolução dos problemas nessa área está diminuindo na gestão petista, colocando o País entre os que menos expandiram sua rede de tratamento de água e esgoto nos últimos 12 anos.O estudo, feito em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, indica que o saneamento no Brasil cresceu 4,1% ao ano nesta década, ante 4,6% na década de 2000. A redução se deu justamente no período em que o governo criou, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um plano específico para impulsionar a cobertura das redes de esgoto, o PAC do Saneamento, há sete anos.Essa situação colocou o Brasil em 112.º lugar no ranking que classifica os países por índice de avanço na cobertura de saneamento básico nos últimos 12 anos. Ou seja, entre 200 países do mundo, o Brasil está entre aqueles que menos expandiram a rede de esgotos no período. Tuvalu e Samoa tiveram índices equivalentes ao brasileiro. Egito (13.º) e Síria (22.º), convulsionados por conflitos civis, estão à frente.É evidente que, em nações desestruturadas ou muito pobres, como algumas das que aparecem bem colocadas na pesquisa, qualquer esforço para melhorar o saneamento representará, nas estatísticas, um porcentual de avanço muito maior do que em países grandes como o Brasil. No entanto, é gritante a lentidão do País para sair da situação de descalabro nesse setor.Em 2006, o governo petista garantiu que até 2024 o saneamento chegaria a todos os brasileiros. No ano passado, a data foi revista: espera-se agora que a meta seja atingida até 2033. Mais realista, o Instituto Trata Brasil acredita que, na melhor das hipóteses, o País terá cobertura sanitária universal apenas em 2050.A principal razão é o atraso das obras do PAC, situação que se repete em quase todas as demais áreas cobertas pelo programa. Entre outras razões, a demora se dá porque muitas prefeituras, responsáveis pela elaboração dos projetos, não têm capacidade técnica para realizar esse trabalho, sendo frequentemente necessário refazê-lo do início. O governo foi lento para reagir a essa situação - que era totalmente previsível, uma vez que a maioria das cidades contempladas era pobre demais para atender às exigências técnicas. Agora, o governo está oferecendo auxílio para a elaboração desses projetos, o que tende a acelerar o processo.Mesmo se todos os municípios estivessem capacitados, porém, o volume de recursos destinados ao programa, embora seja grande, ainda não é suficiente. Ao jornal O Globo o presidente do Trata Brasil, Édison Carlos, disse que, se quisesse de fato atingir sua meta no prazo previsto, o governo deveria destinar o dobro do investimento atual, que está entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões anuais.Os desafios são imensos. Números levantados por uma comissão das Nações Unidas para água e saneamento indicam que há um imenso fosso a separar as regiões mais e menos desenvolvidas do Brasil: enquanto o tratamento de esgoto chega a 93,6% em Sorocaba (SP), ele é de apenas 5,5% em Macapá (AP). No total, mais da metade dos brasileiros (52%) não tem coleta regular de esgotos - na Região Norte, esse porcentual chega a 90% - e só 38% do esgoto recebe tratamento.Ante esse quadro, não se pode falar em sucesso do combate à pobreza, como faz o governo, pois os programas de renda mínima, tidos como esteio dessa luta, são a parte mais fácil. Difícil é pôr mãos à obra para dar aos brasileiros mais necessitados condições sanitárias mínimas, primeiro e incontornável passo para que eles consigam superar definitivamente sua condição de miséria.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.