Assim não se irá muito longe


Por Redação

Tirando as esperadas manifestações - de autoridades e dos mais diversos setores da sociedade - de condenação da violência dos black blocs que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade, as demais reações a esse trágico episódio não são animadoras. Ou o alvo principal não é perfeitamente identificado ou algumas das medidas propostas são equivocadas e, por outro lado, o bando de criminosos que insiste em se disfarçar de manifestantes não dá nenhuma demonstração de estar disposto a rever seu comportamento. Ao contrário, mostra-se tão ou mais aguerrido do que antes. Embora pelo Twitter e não por meio de uma manifestação formal, a presidente Dilma Rousseff fez bem ao lembrar que "a liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem depredar patrimônio público ou privado". E determinou à Polícia Federal que ajude as investigações no que for possível, embora no caso ela não tenha muito o que fazer. Em termos práticos, contudo, o que o governo anunciou por meio do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, não é muito animador. Disse ele, segundo o jornal Valor, que estão sendo mandados "companheiros" para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo "para conversar com todos os grupos que têm questões contra" esse evento. Eles explicarão que "os investimentos em logística, ainda que não fiquem prontos para o evento, são um avanço para o País, e que a Copa traz frutos como a geração de empregos". O governo teria pesquisas mostrando que é forte na população a ideia de que só estão adiantadas as obras dos estádios. As de mobilidade urbana, que interessam diretamente a ela, não teriam recebido a mesma atenção, o que aliás qualquer observador isento pode constatar.É compreensível que o governo - qualquer outro no seu lugar faria o mesmo - se preocupe com possíveis manifestações violentas durante a Copa e tente evitá-las. Elas não fazem bem para o País, nem aqui nem para sua imagem lá fora. Mas o caminho por ele escolhido para isso não parece ser o melhor. O problema não é tanto as manifestações, mas a sua apropriação e desvirtuamento pelos black blocs. É a violência destes, que não parece ter limites, que semeia o medo e cria a ameaça de perda do controle da situação pela polícia. E isso assusta os estrangeiros.Não se ouviu, porém, ao menos até agora, uma declaração firme e incisiva do ministro Carvalho sobre os black blocs. Cheio de dedos - a esta altura, depois de tudo que aconteceu, é difícil saber por que - para tratar do assunto, ele procurou colocar em pé de igualdade polícia e black blocs: "Esse episódio deveria fazer o País refletir que só a paz é o caminho e que a violência, seja dos policiais ou dos manifestantes, só leva à destruição". Ora, o que está na ordem do dia é a determinação ou não de reprimir com dureza as ações criminosas dos black blocs, não eventuais excessos da polícia, que evidentemente têm de ser evitados. É possível mesmo dizer que é o tamanho do receio dos governadores, por razões eleitorais, de que a polícia cometa excessos que tem estimulado a audácia dos black blocs.O atrevimento e a insensibilidade desse bando ficaram mais uma vez evidentes no episódio do assassínio do cinegrafista por dois de seus integrantes. No Facebook, o Black Bloc RJ lamenta a morte de Santiago Andrade, que classifica de "acidental", para afirmar em seguida que "nunca aconteceu tanta investigação por um caso como do cinegrafista". Esse bando, se não receber da polícia o tratamento de criminoso que merece, continuará a fazer das suas.Esse é o único caminho para a solução do problema. Proposta como a do presidente do Senado, Renan Calheiros, de votar rapidamente projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo e nele incluir ações como as dos black blocs só vai confundir as coisas. Essas ações nada têm a ver com terrorismo e seus autores não passam de bandidos comuns, como está claro desde que começou seu vandalismo, que culminou agora na morte de Santiago Andrade.

Tirando as esperadas manifestações - de autoridades e dos mais diversos setores da sociedade - de condenação da violência dos black blocs que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade, as demais reações a esse trágico episódio não são animadoras. Ou o alvo principal não é perfeitamente identificado ou algumas das medidas propostas são equivocadas e, por outro lado, o bando de criminosos que insiste em se disfarçar de manifestantes não dá nenhuma demonstração de estar disposto a rever seu comportamento. Ao contrário, mostra-se tão ou mais aguerrido do que antes. Embora pelo Twitter e não por meio de uma manifestação formal, a presidente Dilma Rousseff fez bem ao lembrar que "a liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem depredar patrimônio público ou privado". E determinou à Polícia Federal que ajude as investigações no que for possível, embora no caso ela não tenha muito o que fazer. Em termos práticos, contudo, o que o governo anunciou por meio do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, não é muito animador. Disse ele, segundo o jornal Valor, que estão sendo mandados "companheiros" para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo "para conversar com todos os grupos que têm questões contra" esse evento. Eles explicarão que "os investimentos em logística, ainda que não fiquem prontos para o evento, são um avanço para o País, e que a Copa traz frutos como a geração de empregos". O governo teria pesquisas mostrando que é forte na população a ideia de que só estão adiantadas as obras dos estádios. As de mobilidade urbana, que interessam diretamente a ela, não teriam recebido a mesma atenção, o que aliás qualquer observador isento pode constatar.É compreensível que o governo - qualquer outro no seu lugar faria o mesmo - se preocupe com possíveis manifestações violentas durante a Copa e tente evitá-las. Elas não fazem bem para o País, nem aqui nem para sua imagem lá fora. Mas o caminho por ele escolhido para isso não parece ser o melhor. O problema não é tanto as manifestações, mas a sua apropriação e desvirtuamento pelos black blocs. É a violência destes, que não parece ter limites, que semeia o medo e cria a ameaça de perda do controle da situação pela polícia. E isso assusta os estrangeiros.Não se ouviu, porém, ao menos até agora, uma declaração firme e incisiva do ministro Carvalho sobre os black blocs. Cheio de dedos - a esta altura, depois de tudo que aconteceu, é difícil saber por que - para tratar do assunto, ele procurou colocar em pé de igualdade polícia e black blocs: "Esse episódio deveria fazer o País refletir que só a paz é o caminho e que a violência, seja dos policiais ou dos manifestantes, só leva à destruição". Ora, o que está na ordem do dia é a determinação ou não de reprimir com dureza as ações criminosas dos black blocs, não eventuais excessos da polícia, que evidentemente têm de ser evitados. É possível mesmo dizer que é o tamanho do receio dos governadores, por razões eleitorais, de que a polícia cometa excessos que tem estimulado a audácia dos black blocs.O atrevimento e a insensibilidade desse bando ficaram mais uma vez evidentes no episódio do assassínio do cinegrafista por dois de seus integrantes. No Facebook, o Black Bloc RJ lamenta a morte de Santiago Andrade, que classifica de "acidental", para afirmar em seguida que "nunca aconteceu tanta investigação por um caso como do cinegrafista". Esse bando, se não receber da polícia o tratamento de criminoso que merece, continuará a fazer das suas.Esse é o único caminho para a solução do problema. Proposta como a do presidente do Senado, Renan Calheiros, de votar rapidamente projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo e nele incluir ações como as dos black blocs só vai confundir as coisas. Essas ações nada têm a ver com terrorismo e seus autores não passam de bandidos comuns, como está claro desde que começou seu vandalismo, que culminou agora na morte de Santiago Andrade.

Tirando as esperadas manifestações - de autoridades e dos mais diversos setores da sociedade - de condenação da violência dos black blocs que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade, as demais reações a esse trágico episódio não são animadoras. Ou o alvo principal não é perfeitamente identificado ou algumas das medidas propostas são equivocadas e, por outro lado, o bando de criminosos que insiste em se disfarçar de manifestantes não dá nenhuma demonstração de estar disposto a rever seu comportamento. Ao contrário, mostra-se tão ou mais aguerrido do que antes. Embora pelo Twitter e não por meio de uma manifestação formal, a presidente Dilma Rousseff fez bem ao lembrar que "a liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem depredar patrimônio público ou privado". E determinou à Polícia Federal que ajude as investigações no que for possível, embora no caso ela não tenha muito o que fazer. Em termos práticos, contudo, o que o governo anunciou por meio do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, não é muito animador. Disse ele, segundo o jornal Valor, que estão sendo mandados "companheiros" para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo "para conversar com todos os grupos que têm questões contra" esse evento. Eles explicarão que "os investimentos em logística, ainda que não fiquem prontos para o evento, são um avanço para o País, e que a Copa traz frutos como a geração de empregos". O governo teria pesquisas mostrando que é forte na população a ideia de que só estão adiantadas as obras dos estádios. As de mobilidade urbana, que interessam diretamente a ela, não teriam recebido a mesma atenção, o que aliás qualquer observador isento pode constatar.É compreensível que o governo - qualquer outro no seu lugar faria o mesmo - se preocupe com possíveis manifestações violentas durante a Copa e tente evitá-las. Elas não fazem bem para o País, nem aqui nem para sua imagem lá fora. Mas o caminho por ele escolhido para isso não parece ser o melhor. O problema não é tanto as manifestações, mas a sua apropriação e desvirtuamento pelos black blocs. É a violência destes, que não parece ter limites, que semeia o medo e cria a ameaça de perda do controle da situação pela polícia. E isso assusta os estrangeiros.Não se ouviu, porém, ao menos até agora, uma declaração firme e incisiva do ministro Carvalho sobre os black blocs. Cheio de dedos - a esta altura, depois de tudo que aconteceu, é difícil saber por que - para tratar do assunto, ele procurou colocar em pé de igualdade polícia e black blocs: "Esse episódio deveria fazer o País refletir que só a paz é o caminho e que a violência, seja dos policiais ou dos manifestantes, só leva à destruição". Ora, o que está na ordem do dia é a determinação ou não de reprimir com dureza as ações criminosas dos black blocs, não eventuais excessos da polícia, que evidentemente têm de ser evitados. É possível mesmo dizer que é o tamanho do receio dos governadores, por razões eleitorais, de que a polícia cometa excessos que tem estimulado a audácia dos black blocs.O atrevimento e a insensibilidade desse bando ficaram mais uma vez evidentes no episódio do assassínio do cinegrafista por dois de seus integrantes. No Facebook, o Black Bloc RJ lamenta a morte de Santiago Andrade, que classifica de "acidental", para afirmar em seguida que "nunca aconteceu tanta investigação por um caso como do cinegrafista". Esse bando, se não receber da polícia o tratamento de criminoso que merece, continuará a fazer das suas.Esse é o único caminho para a solução do problema. Proposta como a do presidente do Senado, Renan Calheiros, de votar rapidamente projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo e nele incluir ações como as dos black blocs só vai confundir as coisas. Essas ações nada têm a ver com terrorismo e seus autores não passam de bandidos comuns, como está claro desde que começou seu vandalismo, que culminou agora na morte de Santiago Andrade.

Tirando as esperadas manifestações - de autoridades e dos mais diversos setores da sociedade - de condenação da violência dos black blocs que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade, as demais reações a esse trágico episódio não são animadoras. Ou o alvo principal não é perfeitamente identificado ou algumas das medidas propostas são equivocadas e, por outro lado, o bando de criminosos que insiste em se disfarçar de manifestantes não dá nenhuma demonstração de estar disposto a rever seu comportamento. Ao contrário, mostra-se tão ou mais aguerrido do que antes. Embora pelo Twitter e não por meio de uma manifestação formal, a presidente Dilma Rousseff fez bem ao lembrar que "a liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem depredar patrimônio público ou privado". E determinou à Polícia Federal que ajude as investigações no que for possível, embora no caso ela não tenha muito o que fazer. Em termos práticos, contudo, o que o governo anunciou por meio do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, não é muito animador. Disse ele, segundo o jornal Valor, que estão sendo mandados "companheiros" para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo "para conversar com todos os grupos que têm questões contra" esse evento. Eles explicarão que "os investimentos em logística, ainda que não fiquem prontos para o evento, são um avanço para o País, e que a Copa traz frutos como a geração de empregos". O governo teria pesquisas mostrando que é forte na população a ideia de que só estão adiantadas as obras dos estádios. As de mobilidade urbana, que interessam diretamente a ela, não teriam recebido a mesma atenção, o que aliás qualquer observador isento pode constatar.É compreensível que o governo - qualquer outro no seu lugar faria o mesmo - se preocupe com possíveis manifestações violentas durante a Copa e tente evitá-las. Elas não fazem bem para o País, nem aqui nem para sua imagem lá fora. Mas o caminho por ele escolhido para isso não parece ser o melhor. O problema não é tanto as manifestações, mas a sua apropriação e desvirtuamento pelos black blocs. É a violência destes, que não parece ter limites, que semeia o medo e cria a ameaça de perda do controle da situação pela polícia. E isso assusta os estrangeiros.Não se ouviu, porém, ao menos até agora, uma declaração firme e incisiva do ministro Carvalho sobre os black blocs. Cheio de dedos - a esta altura, depois de tudo que aconteceu, é difícil saber por que - para tratar do assunto, ele procurou colocar em pé de igualdade polícia e black blocs: "Esse episódio deveria fazer o País refletir que só a paz é o caminho e que a violência, seja dos policiais ou dos manifestantes, só leva à destruição". Ora, o que está na ordem do dia é a determinação ou não de reprimir com dureza as ações criminosas dos black blocs, não eventuais excessos da polícia, que evidentemente têm de ser evitados. É possível mesmo dizer que é o tamanho do receio dos governadores, por razões eleitorais, de que a polícia cometa excessos que tem estimulado a audácia dos black blocs.O atrevimento e a insensibilidade desse bando ficaram mais uma vez evidentes no episódio do assassínio do cinegrafista por dois de seus integrantes. No Facebook, o Black Bloc RJ lamenta a morte de Santiago Andrade, que classifica de "acidental", para afirmar em seguida que "nunca aconteceu tanta investigação por um caso como do cinegrafista". Esse bando, se não receber da polícia o tratamento de criminoso que merece, continuará a fazer das suas.Esse é o único caminho para a solução do problema. Proposta como a do presidente do Senado, Renan Calheiros, de votar rapidamente projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo e nele incluir ações como as dos black blocs só vai confundir as coisas. Essas ações nada têm a ver com terrorismo e seus autores não passam de bandidos comuns, como está claro desde que começou seu vandalismo, que culminou agora na morte de Santiago Andrade.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.