Cadáveres em série no Rio


Nova operação policial que deixa vários mortos em favela sugere um inaceitável padrão de violência do Estado

Por Notas & Informações

Terminou com pelo menos 19 mortos a mais recente operação policial em favelas do Rio de Janeiro, na última quinta-feira. Desta vez, os tiros e o cenário de guerra tiveram lugar no Complexo do Alemão, na zona norte da cidade. Em maio, outra ação policial já havia resultado em 25 mortes, na Vila Cruzeiro, também na zona norte. Um ano antes, em maio de 2021, a mais letal das incursões policiais de que se tem notícia no Rio tirou a vida de outras 28 pessoas no Jacarezinho, igualmente na zona norte.

As chocantes cenas de violência se repetem: disparos de fuzil para todo lado, moradores (incluindo crianças) apavorados dentro de casa e, ao final, corpos e mais corpos sendo carregados morro abaixo. Em comum, divulgada pela polícia, a informação de que a respectiva operação buscava combater criminosos que estavam em vias de praticar novos delitos.

Ninguém ignora que facções do crime organizado espalham-se pelas grandes cidades do País, em especial pelo Rio de Janeiro, nem que dispõem de armamento pesado, entrincheirando-se em áreas densamente povoadas com o claro intuito de dificultar a atuação das forças policiais. Basta dizer que, na última quinta-feira, no Complexo do Alemão, a polícia informou ter apreendido uma metralhadora .50, arma de guerra capaz de derrubar helicópteros. 

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Ora, uma vez que as autoridades, policiais ou não, estão cientes disso, cabe perguntar: por que as polícias do Rio repetem, a ponto de tornar quase corriqueiro, um modo de atuação que acaba por transformar “suspeitos” em cadáveres e, não raro, tira a vida também de policiais e de moradores inocentes? Não há como ignorar a frequência com que as ações policiais têm resultado em um elevado número de mortes em diferentes favelas do Rio. Então, é preciso que se diga: não é papel das polícias subir o morro e sair matando “suspeitos”. Ainda mais em áreas urbanas onde vivem milhares de pessoas sem relação com os crimes investigados.

Infelizmente, porém, parece haver uma cultura que considera aceitável esse modus operandi − e que ecoa o bordão de que “bandido bom é bandido morto”. Nada mais equivocado. Tal afirmação, tão ou mais criminosa do que os crimes que diz querer combater, aponta como solução algo que não apenas não resolve o problema da falta de segurança, como o agrava. Ninguém se iluda: fora da lei, não há solução para o problema da criminalidade. E o papel das polícias, por óbvio, não é matar bandidos em operações açodadas, e sim garantir que a lei seja cumprida. Nesse sentido, a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro daria um passo à frente se incorporasse o uso de câmeras na farda dos policiais, a exemplo da PM de São Paulo.

As posições defendidas aqui não implicam, de maneira alguma, um milímetro de complacência com criminosos de qualquer espécie nem defesa da impunidade para quem age fora da lei. Pelo contrário. As forças de segurança, no Rio e no País inteiro, têm que atuar com o máximo rigor no combate ao crime, reunindo informações e valendo-se da inteligência policial para dar maior efetividade à sua missão de proteger a sociedade. Com operações que desarticulem quadrilhas e prendam os criminosos. Dentro da lei.

Terminou com pelo menos 19 mortos a mais recente operação policial em favelas do Rio de Janeiro, na última quinta-feira. Desta vez, os tiros e o cenário de guerra tiveram lugar no Complexo do Alemão, na zona norte da cidade. Em maio, outra ação policial já havia resultado em 25 mortes, na Vila Cruzeiro, também na zona norte. Um ano antes, em maio de 2021, a mais letal das incursões policiais de que se tem notícia no Rio tirou a vida de outras 28 pessoas no Jacarezinho, igualmente na zona norte.

As chocantes cenas de violência se repetem: disparos de fuzil para todo lado, moradores (incluindo crianças) apavorados dentro de casa e, ao final, corpos e mais corpos sendo carregados morro abaixo. Em comum, divulgada pela polícia, a informação de que a respectiva operação buscava combater criminosos que estavam em vias de praticar novos delitos.

Ninguém ignora que facções do crime organizado espalham-se pelas grandes cidades do País, em especial pelo Rio de Janeiro, nem que dispõem de armamento pesado, entrincheirando-se em áreas densamente povoadas com o claro intuito de dificultar a atuação das forças policiais. Basta dizer que, na última quinta-feira, no Complexo do Alemão, a polícia informou ter apreendido uma metralhadora .50, arma de guerra capaz de derrubar helicópteros. 

Ora, uma vez que as autoridades, policiais ou não, estão cientes disso, cabe perguntar: por que as polícias do Rio repetem, a ponto de tornar quase corriqueiro, um modo de atuação que acaba por transformar “suspeitos” em cadáveres e, não raro, tira a vida também de policiais e de moradores inocentes? Não há como ignorar a frequência com que as ações policiais têm resultado em um elevado número de mortes em diferentes favelas do Rio. Então, é preciso que se diga: não é papel das polícias subir o morro e sair matando “suspeitos”. Ainda mais em áreas urbanas onde vivem milhares de pessoas sem relação com os crimes investigados.

Infelizmente, porém, parece haver uma cultura que considera aceitável esse modus operandi − e que ecoa o bordão de que “bandido bom é bandido morto”. Nada mais equivocado. Tal afirmação, tão ou mais criminosa do que os crimes que diz querer combater, aponta como solução algo que não apenas não resolve o problema da falta de segurança, como o agrava. Ninguém se iluda: fora da lei, não há solução para o problema da criminalidade. E o papel das polícias, por óbvio, não é matar bandidos em operações açodadas, e sim garantir que a lei seja cumprida. Nesse sentido, a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro daria um passo à frente se incorporasse o uso de câmeras na farda dos policiais, a exemplo da PM de São Paulo.

As posições defendidas aqui não implicam, de maneira alguma, um milímetro de complacência com criminosos de qualquer espécie nem defesa da impunidade para quem age fora da lei. Pelo contrário. As forças de segurança, no Rio e no País inteiro, têm que atuar com o máximo rigor no combate ao crime, reunindo informações e valendo-se da inteligência policial para dar maior efetividade à sua missão de proteger a sociedade. Com operações que desarticulem quadrilhas e prendam os criminosos. Dentro da lei.

Terminou com pelo menos 19 mortos a mais recente operação policial em favelas do Rio de Janeiro, na última quinta-feira. Desta vez, os tiros e o cenário de guerra tiveram lugar no Complexo do Alemão, na zona norte da cidade. Em maio, outra ação policial já havia resultado em 25 mortes, na Vila Cruzeiro, também na zona norte. Um ano antes, em maio de 2021, a mais letal das incursões policiais de que se tem notícia no Rio tirou a vida de outras 28 pessoas no Jacarezinho, igualmente na zona norte.

As chocantes cenas de violência se repetem: disparos de fuzil para todo lado, moradores (incluindo crianças) apavorados dentro de casa e, ao final, corpos e mais corpos sendo carregados morro abaixo. Em comum, divulgada pela polícia, a informação de que a respectiva operação buscava combater criminosos que estavam em vias de praticar novos delitos.

Ninguém ignora que facções do crime organizado espalham-se pelas grandes cidades do País, em especial pelo Rio de Janeiro, nem que dispõem de armamento pesado, entrincheirando-se em áreas densamente povoadas com o claro intuito de dificultar a atuação das forças policiais. Basta dizer que, na última quinta-feira, no Complexo do Alemão, a polícia informou ter apreendido uma metralhadora .50, arma de guerra capaz de derrubar helicópteros. 

Ora, uma vez que as autoridades, policiais ou não, estão cientes disso, cabe perguntar: por que as polícias do Rio repetem, a ponto de tornar quase corriqueiro, um modo de atuação que acaba por transformar “suspeitos” em cadáveres e, não raro, tira a vida também de policiais e de moradores inocentes? Não há como ignorar a frequência com que as ações policiais têm resultado em um elevado número de mortes em diferentes favelas do Rio. Então, é preciso que se diga: não é papel das polícias subir o morro e sair matando “suspeitos”. Ainda mais em áreas urbanas onde vivem milhares de pessoas sem relação com os crimes investigados.

Infelizmente, porém, parece haver uma cultura que considera aceitável esse modus operandi − e que ecoa o bordão de que “bandido bom é bandido morto”. Nada mais equivocado. Tal afirmação, tão ou mais criminosa do que os crimes que diz querer combater, aponta como solução algo que não apenas não resolve o problema da falta de segurança, como o agrava. Ninguém se iluda: fora da lei, não há solução para o problema da criminalidade. E o papel das polícias, por óbvio, não é matar bandidos em operações açodadas, e sim garantir que a lei seja cumprida. Nesse sentido, a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro daria um passo à frente se incorporasse o uso de câmeras na farda dos policiais, a exemplo da PM de São Paulo.

As posições defendidas aqui não implicam, de maneira alguma, um milímetro de complacência com criminosos de qualquer espécie nem defesa da impunidade para quem age fora da lei. Pelo contrário. As forças de segurança, no Rio e no País inteiro, têm que atuar com o máximo rigor no combate ao crime, reunindo informações e valendo-se da inteligência policial para dar maior efetividade à sua missão de proteger a sociedade. Com operações que desarticulem quadrilhas e prendam os criminosos. Dentro da lei.

Terminou com pelo menos 19 mortos a mais recente operação policial em favelas do Rio de Janeiro, na última quinta-feira. Desta vez, os tiros e o cenário de guerra tiveram lugar no Complexo do Alemão, na zona norte da cidade. Em maio, outra ação policial já havia resultado em 25 mortes, na Vila Cruzeiro, também na zona norte. Um ano antes, em maio de 2021, a mais letal das incursões policiais de que se tem notícia no Rio tirou a vida de outras 28 pessoas no Jacarezinho, igualmente na zona norte.

As chocantes cenas de violência se repetem: disparos de fuzil para todo lado, moradores (incluindo crianças) apavorados dentro de casa e, ao final, corpos e mais corpos sendo carregados morro abaixo. Em comum, divulgada pela polícia, a informação de que a respectiva operação buscava combater criminosos que estavam em vias de praticar novos delitos.

Ninguém ignora que facções do crime organizado espalham-se pelas grandes cidades do País, em especial pelo Rio de Janeiro, nem que dispõem de armamento pesado, entrincheirando-se em áreas densamente povoadas com o claro intuito de dificultar a atuação das forças policiais. Basta dizer que, na última quinta-feira, no Complexo do Alemão, a polícia informou ter apreendido uma metralhadora .50, arma de guerra capaz de derrubar helicópteros. 

Ora, uma vez que as autoridades, policiais ou não, estão cientes disso, cabe perguntar: por que as polícias do Rio repetem, a ponto de tornar quase corriqueiro, um modo de atuação que acaba por transformar “suspeitos” em cadáveres e, não raro, tira a vida também de policiais e de moradores inocentes? Não há como ignorar a frequência com que as ações policiais têm resultado em um elevado número de mortes em diferentes favelas do Rio. Então, é preciso que se diga: não é papel das polícias subir o morro e sair matando “suspeitos”. Ainda mais em áreas urbanas onde vivem milhares de pessoas sem relação com os crimes investigados.

Infelizmente, porém, parece haver uma cultura que considera aceitável esse modus operandi − e que ecoa o bordão de que “bandido bom é bandido morto”. Nada mais equivocado. Tal afirmação, tão ou mais criminosa do que os crimes que diz querer combater, aponta como solução algo que não apenas não resolve o problema da falta de segurança, como o agrava. Ninguém se iluda: fora da lei, não há solução para o problema da criminalidade. E o papel das polícias, por óbvio, não é matar bandidos em operações açodadas, e sim garantir que a lei seja cumprida. Nesse sentido, a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro daria um passo à frente se incorporasse o uso de câmeras na farda dos policiais, a exemplo da PM de São Paulo.

As posições defendidas aqui não implicam, de maneira alguma, um milímetro de complacência com criminosos de qualquer espécie nem defesa da impunidade para quem age fora da lei. Pelo contrário. As forças de segurança, no Rio e no País inteiro, têm que atuar com o máximo rigor no combate ao crime, reunindo informações e valendo-se da inteligência policial para dar maior efetividade à sua missão de proteger a sociedade. Com operações que desarticulem quadrilhas e prendam os criminosos. Dentro da lei.

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