Economia esboroada


Por Redação
Atualização:

A economia brasileira esboroou-se, literalmente, nos últimos anos. Além de ficar emperrada e finalmente afundar na maior recessão em muitas décadas, degradou-se fisicamente e perdeu capacidade de operação. O investimento em máquinas, equipamentos e construções tem sido insuficiente para cobrir a depreciação do capital físico. O primeiro alerta com a indicação de números partiu há poucos meses do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Todos sabiam da redução do investimento, medido pela formação bruta de capital fixo. Os dados já eram assustadores, mas um estudo publicado pelo instituto chamou a atenção para um fato mais grave. O investimento líquido – obtido quando se leva em conta a depreciação de equipamentos, estradas e outras instalações – havia despencado 40% no ano passado. Que a deterioração havia continuado em 2016 todos sabiam. A novidade, agora, é o cálculo, divulgado pelo Tesouro Nacional, de um balanço de operações do governo geral – da União, dos Estados e dos municípios – no primeiro trimestre. Os dados mostram a continuação do desastre no setor público, mas o desempenho do setor privado, nesse quesito, foi com certeza também muito ruim.

De janeiro a março deste ano, o investimento líquido do governo geral ficou negativo em R$ 4,25 bilhões, de acordo com as Estatísticas Fiscais Trimestrais publicadas pela primeira vez pelo Tesouro. Os três níveis de governo aplicaram o total de R$ 19,16 bilhões em ativos fixos, mas a depreciação chegou a R$ 23,41 bilhões. No primeiro trimestre do ano passado, o investimento líquido negativo havia ficado em R$ 1,29 bilhão. Em valores correntes, o desinvestimento aumentou 229,1% em um ano.

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O pior desempenho foi o do governo central, com investimento líquido negativo de R$ 3,03 bilhões nos três primeiros meses deste ano. O valor ficou em R$ 2,28 bilhões no caso dos Estados. A contração foi atenuada pela cifra positiva dos municípios, de R$ 1,06 bilhão.

Mesmo antes da recessão o investimento em capital fixo, no Brasil, ficava muito abaixo do necessário para um crescimento econômico de pelo menos 4% ou 5% ao ano em bases sustentáveis. O valor investido pelos setores público e privado raramente bateu em 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos 15 anos, mesmo quando as condições da economia, interna e externamente, foram favoráveis. Enquanto isso, muitos outros emergentes mantiveram taxas de investimento iguais ou mesmo superiores a 25% do PIB.

Mas o problema brasileiro é mais grave que aquele mostrado pela insuficiência do investimento bruto e, nos últimos tempos, do investimento líquido. Embora muito ruins, esses números ainda mostram um cenário melhor que o real.

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Muito dinheiro aplicado em projetos do setor público foi perdido, em vez de resultar em aumento da capacidade produtiva. Parte do desperdício decorre da superavaliação das obras ou do mero desvio de recursos. Algumas obras, como indicam investigações policiais, nem foram executadas, mas os valores certamente entraram nas estatísticas do investimento. Outra parcela foi desperdiçada porque muitas obras foram paralisadas e algumas, embora utilizáveis, nunca foram aproveitadas.

Cerca de 5 mil obras estão paradas em todo o País, segundo reportagem do Estado publicada no domingo. São investimentos originários de projetos de todos os níveis de governo: obras de saneamento, rodovias, ferrovias, construções habitacionais, entre outros. A reportagem mostra desperdícios em empreendimentos tão variados quanto o Museu da História de São Paulo, paralisado há mais de seis meses, e ferrovias com grandes atrasos na construção. Entregue em 2014, com três anos de atraso, o trecho de 855 quilômetros da Norte-Sul entre Palmas e Anápolis continua sem uso. Só de superfaturamento foram apontados R$ 600 milhões. Muito mais graves que a escassez de dinheiro têm sido a incompetência na elaboração e na gestão de projetos e, naturalmente, a farra com o dinheiro público.

A economia brasileira esboroou-se, literalmente, nos últimos anos. Além de ficar emperrada e finalmente afundar na maior recessão em muitas décadas, degradou-se fisicamente e perdeu capacidade de operação. O investimento em máquinas, equipamentos e construções tem sido insuficiente para cobrir a depreciação do capital físico. O primeiro alerta com a indicação de números partiu há poucos meses do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Todos sabiam da redução do investimento, medido pela formação bruta de capital fixo. Os dados já eram assustadores, mas um estudo publicado pelo instituto chamou a atenção para um fato mais grave. O investimento líquido – obtido quando se leva em conta a depreciação de equipamentos, estradas e outras instalações – havia despencado 40% no ano passado. Que a deterioração havia continuado em 2016 todos sabiam. A novidade, agora, é o cálculo, divulgado pelo Tesouro Nacional, de um balanço de operações do governo geral – da União, dos Estados e dos municípios – no primeiro trimestre. Os dados mostram a continuação do desastre no setor público, mas o desempenho do setor privado, nesse quesito, foi com certeza também muito ruim.

De janeiro a março deste ano, o investimento líquido do governo geral ficou negativo em R$ 4,25 bilhões, de acordo com as Estatísticas Fiscais Trimestrais publicadas pela primeira vez pelo Tesouro. Os três níveis de governo aplicaram o total de R$ 19,16 bilhões em ativos fixos, mas a depreciação chegou a R$ 23,41 bilhões. No primeiro trimestre do ano passado, o investimento líquido negativo havia ficado em R$ 1,29 bilhão. Em valores correntes, o desinvestimento aumentou 229,1% em um ano.

O pior desempenho foi o do governo central, com investimento líquido negativo de R$ 3,03 bilhões nos três primeiros meses deste ano. O valor ficou em R$ 2,28 bilhões no caso dos Estados. A contração foi atenuada pela cifra positiva dos municípios, de R$ 1,06 bilhão.

Mesmo antes da recessão o investimento em capital fixo, no Brasil, ficava muito abaixo do necessário para um crescimento econômico de pelo menos 4% ou 5% ao ano em bases sustentáveis. O valor investido pelos setores público e privado raramente bateu em 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos 15 anos, mesmo quando as condições da economia, interna e externamente, foram favoráveis. Enquanto isso, muitos outros emergentes mantiveram taxas de investimento iguais ou mesmo superiores a 25% do PIB.

Mas o problema brasileiro é mais grave que aquele mostrado pela insuficiência do investimento bruto e, nos últimos tempos, do investimento líquido. Embora muito ruins, esses números ainda mostram um cenário melhor que o real.

Muito dinheiro aplicado em projetos do setor público foi perdido, em vez de resultar em aumento da capacidade produtiva. Parte do desperdício decorre da superavaliação das obras ou do mero desvio de recursos. Algumas obras, como indicam investigações policiais, nem foram executadas, mas os valores certamente entraram nas estatísticas do investimento. Outra parcela foi desperdiçada porque muitas obras foram paralisadas e algumas, embora utilizáveis, nunca foram aproveitadas.

Cerca de 5 mil obras estão paradas em todo o País, segundo reportagem do Estado publicada no domingo. São investimentos originários de projetos de todos os níveis de governo: obras de saneamento, rodovias, ferrovias, construções habitacionais, entre outros. A reportagem mostra desperdícios em empreendimentos tão variados quanto o Museu da História de São Paulo, paralisado há mais de seis meses, e ferrovias com grandes atrasos na construção. Entregue em 2014, com três anos de atraso, o trecho de 855 quilômetros da Norte-Sul entre Palmas e Anápolis continua sem uso. Só de superfaturamento foram apontados R$ 600 milhões. Muito mais graves que a escassez de dinheiro têm sido a incompetência na elaboração e na gestão de projetos e, naturalmente, a farra com o dinheiro público.

A economia brasileira esboroou-se, literalmente, nos últimos anos. Além de ficar emperrada e finalmente afundar na maior recessão em muitas décadas, degradou-se fisicamente e perdeu capacidade de operação. O investimento em máquinas, equipamentos e construções tem sido insuficiente para cobrir a depreciação do capital físico. O primeiro alerta com a indicação de números partiu há poucos meses do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Todos sabiam da redução do investimento, medido pela formação bruta de capital fixo. Os dados já eram assustadores, mas um estudo publicado pelo instituto chamou a atenção para um fato mais grave. O investimento líquido – obtido quando se leva em conta a depreciação de equipamentos, estradas e outras instalações – havia despencado 40% no ano passado. Que a deterioração havia continuado em 2016 todos sabiam. A novidade, agora, é o cálculo, divulgado pelo Tesouro Nacional, de um balanço de operações do governo geral – da União, dos Estados e dos municípios – no primeiro trimestre. Os dados mostram a continuação do desastre no setor público, mas o desempenho do setor privado, nesse quesito, foi com certeza também muito ruim.

De janeiro a março deste ano, o investimento líquido do governo geral ficou negativo em R$ 4,25 bilhões, de acordo com as Estatísticas Fiscais Trimestrais publicadas pela primeira vez pelo Tesouro. Os três níveis de governo aplicaram o total de R$ 19,16 bilhões em ativos fixos, mas a depreciação chegou a R$ 23,41 bilhões. No primeiro trimestre do ano passado, o investimento líquido negativo havia ficado em R$ 1,29 bilhão. Em valores correntes, o desinvestimento aumentou 229,1% em um ano.

O pior desempenho foi o do governo central, com investimento líquido negativo de R$ 3,03 bilhões nos três primeiros meses deste ano. O valor ficou em R$ 2,28 bilhões no caso dos Estados. A contração foi atenuada pela cifra positiva dos municípios, de R$ 1,06 bilhão.

Mesmo antes da recessão o investimento em capital fixo, no Brasil, ficava muito abaixo do necessário para um crescimento econômico de pelo menos 4% ou 5% ao ano em bases sustentáveis. O valor investido pelos setores público e privado raramente bateu em 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos 15 anos, mesmo quando as condições da economia, interna e externamente, foram favoráveis. Enquanto isso, muitos outros emergentes mantiveram taxas de investimento iguais ou mesmo superiores a 25% do PIB.

Mas o problema brasileiro é mais grave que aquele mostrado pela insuficiência do investimento bruto e, nos últimos tempos, do investimento líquido. Embora muito ruins, esses números ainda mostram um cenário melhor que o real.

Muito dinheiro aplicado em projetos do setor público foi perdido, em vez de resultar em aumento da capacidade produtiva. Parte do desperdício decorre da superavaliação das obras ou do mero desvio de recursos. Algumas obras, como indicam investigações policiais, nem foram executadas, mas os valores certamente entraram nas estatísticas do investimento. Outra parcela foi desperdiçada porque muitas obras foram paralisadas e algumas, embora utilizáveis, nunca foram aproveitadas.

Cerca de 5 mil obras estão paradas em todo o País, segundo reportagem do Estado publicada no domingo. São investimentos originários de projetos de todos os níveis de governo: obras de saneamento, rodovias, ferrovias, construções habitacionais, entre outros. A reportagem mostra desperdícios em empreendimentos tão variados quanto o Museu da História de São Paulo, paralisado há mais de seis meses, e ferrovias com grandes atrasos na construção. Entregue em 2014, com três anos de atraso, o trecho de 855 quilômetros da Norte-Sul entre Palmas e Anápolis continua sem uso. Só de superfaturamento foram apontados R$ 600 milhões. Muito mais graves que a escassez de dinheiro têm sido a incompetência na elaboração e na gestão de projetos e, naturalmente, a farra com o dinheiro público.

A economia brasileira esboroou-se, literalmente, nos últimos anos. Além de ficar emperrada e finalmente afundar na maior recessão em muitas décadas, degradou-se fisicamente e perdeu capacidade de operação. O investimento em máquinas, equipamentos e construções tem sido insuficiente para cobrir a depreciação do capital físico. O primeiro alerta com a indicação de números partiu há poucos meses do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Todos sabiam da redução do investimento, medido pela formação bruta de capital fixo. Os dados já eram assustadores, mas um estudo publicado pelo instituto chamou a atenção para um fato mais grave. O investimento líquido – obtido quando se leva em conta a depreciação de equipamentos, estradas e outras instalações – havia despencado 40% no ano passado. Que a deterioração havia continuado em 2016 todos sabiam. A novidade, agora, é o cálculo, divulgado pelo Tesouro Nacional, de um balanço de operações do governo geral – da União, dos Estados e dos municípios – no primeiro trimestre. Os dados mostram a continuação do desastre no setor público, mas o desempenho do setor privado, nesse quesito, foi com certeza também muito ruim.

De janeiro a março deste ano, o investimento líquido do governo geral ficou negativo em R$ 4,25 bilhões, de acordo com as Estatísticas Fiscais Trimestrais publicadas pela primeira vez pelo Tesouro. Os três níveis de governo aplicaram o total de R$ 19,16 bilhões em ativos fixos, mas a depreciação chegou a R$ 23,41 bilhões. No primeiro trimestre do ano passado, o investimento líquido negativo havia ficado em R$ 1,29 bilhão. Em valores correntes, o desinvestimento aumentou 229,1% em um ano.

O pior desempenho foi o do governo central, com investimento líquido negativo de R$ 3,03 bilhões nos três primeiros meses deste ano. O valor ficou em R$ 2,28 bilhões no caso dos Estados. A contração foi atenuada pela cifra positiva dos municípios, de R$ 1,06 bilhão.

Mesmo antes da recessão o investimento em capital fixo, no Brasil, ficava muito abaixo do necessário para um crescimento econômico de pelo menos 4% ou 5% ao ano em bases sustentáveis. O valor investido pelos setores público e privado raramente bateu em 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos 15 anos, mesmo quando as condições da economia, interna e externamente, foram favoráveis. Enquanto isso, muitos outros emergentes mantiveram taxas de investimento iguais ou mesmo superiores a 25% do PIB.

Mas o problema brasileiro é mais grave que aquele mostrado pela insuficiência do investimento bruto e, nos últimos tempos, do investimento líquido. Embora muito ruins, esses números ainda mostram um cenário melhor que o real.

Muito dinheiro aplicado em projetos do setor público foi perdido, em vez de resultar em aumento da capacidade produtiva. Parte do desperdício decorre da superavaliação das obras ou do mero desvio de recursos. Algumas obras, como indicam investigações policiais, nem foram executadas, mas os valores certamente entraram nas estatísticas do investimento. Outra parcela foi desperdiçada porque muitas obras foram paralisadas e algumas, embora utilizáveis, nunca foram aproveitadas.

Cerca de 5 mil obras estão paradas em todo o País, segundo reportagem do Estado publicada no domingo. São investimentos originários de projetos de todos os níveis de governo: obras de saneamento, rodovias, ferrovias, construções habitacionais, entre outros. A reportagem mostra desperdícios em empreendimentos tão variados quanto o Museu da História de São Paulo, paralisado há mais de seis meses, e ferrovias com grandes atrasos na construção. Entregue em 2014, com três anos de atraso, o trecho de 855 quilômetros da Norte-Sul entre Palmas e Anápolis continua sem uso. Só de superfaturamento foram apontados R$ 600 milhões. Muito mais graves que a escassez de dinheiro têm sido a incompetência na elaboração e na gestão de projetos e, naturalmente, a farra com o dinheiro público.

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