Opinião|Sob o manto da estupidez


Quando o dever da verdade se ausenta da consciência do poder, preocupantes nuvens sombrias se erguem no horizonte democrático.

Por Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr.

Os sistemas políticos democráticos têm se defrontado com intrigante questionamento estrutural: por que candidaturas radicais de esquerda e de direita estão se tornando projetos eleitorais majoritários? Terão as sociedades políticas contemporâneas perdido o eixo da razoabilidade e do bom senso? Qual será o motivo da elevação dos extremos? Estaremos condenados a uma época de intransigente radicalismo ferino, ao invés de postulados racionais de entendimento e composição de diferenças? Enfim, por que a estupidez parece governar o mundo?

As perguntas acima ardem em ferro quente, provocando intenso debate na classe intelectual pública e acadêmica. Ilustrativamente, personalidades do quilate de Larry Diamond, Moisés Naím, Yascha Mounk, Daron Acemoglu, Fareed Zakaria, Niall Ferguson, Harry Frankfurt e, naturalmente, a sabedoria poliédrica de Henry Kissinger estão se debruçando sobre tais temas incandescentes. Na busca das melhores respostas, as dúvidas seguem desafiando o pensamento superior.

O fato é que a absoluta hegemonia americana conquistada pós-queda do Muro de Berlim pertence ao passado. O corrente tabuleiro geopolítico pulsa, rompendo a estabilidade proporcionada com o superado cenário hegemônico unilateral. Sem cortinas, os mais de 25 anos capitaneados pelo superpoder Yankee, amparados em premissas de liberdade econômica e segurança jurídica em suas múltiplas facetas, possibilitaram impressionante e inédito desenvolvimento econômico-social à humanidade, com incrementos sensíveis à qualidade de vida e bem-estar das pessoas.

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Paralelamente, o naufrágio da mentira socialista – amplificado em cores nas tragédias soviética, cubana e venezuelana – deixou uma legião de órfãos ideológicos mundo afora. E, como toda ideologia burra é orgulhosa de seus erros, não há espaço para o aprimoramento intelectual em favor de melhores ideias. Assim, o esquerdismo mundial patina entre pó e cadáveres, louvando assassinos como revolucionários e autocratas corruptos como vítimas de perseguições indevidas. Despidos de coragem moral para aceitar a realidade histórica, mentem ostensivamente em praça pública, pois incapazes de conviver com a responsabilidade ética e o dever da verdade.

Por sua vez, apesar de suas autoevidentes vantagens comparativas, cumpre assinalar que o capitalismo não é uma engrenagem perfeita, mas dotada de insuficiências e assimetrias importantes. Mesmo imperfeito, é infinitamente melhor que qualquer moedor socialista arbitrário. Todavia, se realmente queremos aperfeiçoar o sistema, não podemos recair no erro do esquerdismo cego e tacanho, incapaz de qualquer exercício de autocrítica válida.

Ora, alguns resultados indesejáveis estão postos: o achatamento da classe média e o aumento da desigualdade, a falência da escola pública, o alto endividamento familiar, o aumento do custo de vida e, agora, a ameaça inflacionária global. Isso são fatos, e não meras ilusões retóricas. Logo, é preciso endereçá-los com seriedade, olhar com firmeza nos olhos das pessoas e passar confiança de que, com trabalho honesto e união cívica, é possível transpor dificuldades em favor de uma vida em sociedade harmônica e com melhores oportunidades para todos.

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O problema é o déficit de credibilidade das instituições públicas. Infelizmente, a política democrática, por seus graves anacronismos institucionais, vem perdendo força persuasiva, criando dissensões internas e crescente sentimento de insatisfação coletiva. Aos poucos, as dificuldades da vida vão gerando uma sensação de raiva e revolta, abrindo o flanco para lideranças hostis que, sem privilegiar a razão pensante, externam discursos de força, aquecendo, com o manto do radicalismo, o germe das angústias do momento. E a História ensina que o calor radical pode fazer crescer as piores bestialidades humanas.

Aqui chegando, muitos afirmam, em tom alarmante, que a democracia está em risco. Tal risco, todavia, é inerente à estrutura do poder democrático com seus cambiantes arranjos de composição de forças. Por assim ser, entrechoques institucionais – mesmo agudos e frontais – fazem parte do jogo e são traço de relevo das atuais sociedades em redes. Desta forma, a questão nodal não está na conflitividade política, mas no abuso da mentira e do consequente apagar de referenciais éticos limitadores do poder. As seguintes ilustrações pintam o cenário febril: dizer que se defende a Constituição para promover injustiças; ser corrupto e se apresentar como candidato à Presidência da República; prometer em campanha romper com o pântano da política e, uma vez no poder, se unir umbilicalmente àquilo antes criticado. A lista é longa, mas por hoje basta.

No apagar das luzes, a estupidez – seja ela corrupta ou hostil – sempre precisa da mentira para governar. E, quando o dever da verdade se ausenta da consciência do poder, preocupantes nuvens sombrias se erguem no horizonte democrático.

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ADVOGADO, É CONSELHEIRO DO INSTITUTO MILLENIUM

Os sistemas políticos democráticos têm se defrontado com intrigante questionamento estrutural: por que candidaturas radicais de esquerda e de direita estão se tornando projetos eleitorais majoritários? Terão as sociedades políticas contemporâneas perdido o eixo da razoabilidade e do bom senso? Qual será o motivo da elevação dos extremos? Estaremos condenados a uma época de intransigente radicalismo ferino, ao invés de postulados racionais de entendimento e composição de diferenças? Enfim, por que a estupidez parece governar o mundo?

As perguntas acima ardem em ferro quente, provocando intenso debate na classe intelectual pública e acadêmica. Ilustrativamente, personalidades do quilate de Larry Diamond, Moisés Naím, Yascha Mounk, Daron Acemoglu, Fareed Zakaria, Niall Ferguson, Harry Frankfurt e, naturalmente, a sabedoria poliédrica de Henry Kissinger estão se debruçando sobre tais temas incandescentes. Na busca das melhores respostas, as dúvidas seguem desafiando o pensamento superior.

O fato é que a absoluta hegemonia americana conquistada pós-queda do Muro de Berlim pertence ao passado. O corrente tabuleiro geopolítico pulsa, rompendo a estabilidade proporcionada com o superado cenário hegemônico unilateral. Sem cortinas, os mais de 25 anos capitaneados pelo superpoder Yankee, amparados em premissas de liberdade econômica e segurança jurídica em suas múltiplas facetas, possibilitaram impressionante e inédito desenvolvimento econômico-social à humanidade, com incrementos sensíveis à qualidade de vida e bem-estar das pessoas.

Paralelamente, o naufrágio da mentira socialista – amplificado em cores nas tragédias soviética, cubana e venezuelana – deixou uma legião de órfãos ideológicos mundo afora. E, como toda ideologia burra é orgulhosa de seus erros, não há espaço para o aprimoramento intelectual em favor de melhores ideias. Assim, o esquerdismo mundial patina entre pó e cadáveres, louvando assassinos como revolucionários e autocratas corruptos como vítimas de perseguições indevidas. Despidos de coragem moral para aceitar a realidade histórica, mentem ostensivamente em praça pública, pois incapazes de conviver com a responsabilidade ética e o dever da verdade.

Por sua vez, apesar de suas autoevidentes vantagens comparativas, cumpre assinalar que o capitalismo não é uma engrenagem perfeita, mas dotada de insuficiências e assimetrias importantes. Mesmo imperfeito, é infinitamente melhor que qualquer moedor socialista arbitrário. Todavia, se realmente queremos aperfeiçoar o sistema, não podemos recair no erro do esquerdismo cego e tacanho, incapaz de qualquer exercício de autocrítica válida.

Ora, alguns resultados indesejáveis estão postos: o achatamento da classe média e o aumento da desigualdade, a falência da escola pública, o alto endividamento familiar, o aumento do custo de vida e, agora, a ameaça inflacionária global. Isso são fatos, e não meras ilusões retóricas. Logo, é preciso endereçá-los com seriedade, olhar com firmeza nos olhos das pessoas e passar confiança de que, com trabalho honesto e união cívica, é possível transpor dificuldades em favor de uma vida em sociedade harmônica e com melhores oportunidades para todos.

O problema é o déficit de credibilidade das instituições públicas. Infelizmente, a política democrática, por seus graves anacronismos institucionais, vem perdendo força persuasiva, criando dissensões internas e crescente sentimento de insatisfação coletiva. Aos poucos, as dificuldades da vida vão gerando uma sensação de raiva e revolta, abrindo o flanco para lideranças hostis que, sem privilegiar a razão pensante, externam discursos de força, aquecendo, com o manto do radicalismo, o germe das angústias do momento. E a História ensina que o calor radical pode fazer crescer as piores bestialidades humanas.

Aqui chegando, muitos afirmam, em tom alarmante, que a democracia está em risco. Tal risco, todavia, é inerente à estrutura do poder democrático com seus cambiantes arranjos de composição de forças. Por assim ser, entrechoques institucionais – mesmo agudos e frontais – fazem parte do jogo e são traço de relevo das atuais sociedades em redes. Desta forma, a questão nodal não está na conflitividade política, mas no abuso da mentira e do consequente apagar de referenciais éticos limitadores do poder. As seguintes ilustrações pintam o cenário febril: dizer que se defende a Constituição para promover injustiças; ser corrupto e se apresentar como candidato à Presidência da República; prometer em campanha romper com o pântano da política e, uma vez no poder, se unir umbilicalmente àquilo antes criticado. A lista é longa, mas por hoje basta.

No apagar das luzes, a estupidez – seja ela corrupta ou hostil – sempre precisa da mentira para governar. E, quando o dever da verdade se ausenta da consciência do poder, preocupantes nuvens sombrias se erguem no horizonte democrático.

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ADVOGADO, É CONSELHEIRO DO INSTITUTO MILLENIUM

Os sistemas políticos democráticos têm se defrontado com intrigante questionamento estrutural: por que candidaturas radicais de esquerda e de direita estão se tornando projetos eleitorais majoritários? Terão as sociedades políticas contemporâneas perdido o eixo da razoabilidade e do bom senso? Qual será o motivo da elevação dos extremos? Estaremos condenados a uma época de intransigente radicalismo ferino, ao invés de postulados racionais de entendimento e composição de diferenças? Enfim, por que a estupidez parece governar o mundo?

As perguntas acima ardem em ferro quente, provocando intenso debate na classe intelectual pública e acadêmica. Ilustrativamente, personalidades do quilate de Larry Diamond, Moisés Naím, Yascha Mounk, Daron Acemoglu, Fareed Zakaria, Niall Ferguson, Harry Frankfurt e, naturalmente, a sabedoria poliédrica de Henry Kissinger estão se debruçando sobre tais temas incandescentes. Na busca das melhores respostas, as dúvidas seguem desafiando o pensamento superior.

O fato é que a absoluta hegemonia americana conquistada pós-queda do Muro de Berlim pertence ao passado. O corrente tabuleiro geopolítico pulsa, rompendo a estabilidade proporcionada com o superado cenário hegemônico unilateral. Sem cortinas, os mais de 25 anos capitaneados pelo superpoder Yankee, amparados em premissas de liberdade econômica e segurança jurídica em suas múltiplas facetas, possibilitaram impressionante e inédito desenvolvimento econômico-social à humanidade, com incrementos sensíveis à qualidade de vida e bem-estar das pessoas.

Paralelamente, o naufrágio da mentira socialista – amplificado em cores nas tragédias soviética, cubana e venezuelana – deixou uma legião de órfãos ideológicos mundo afora. E, como toda ideologia burra é orgulhosa de seus erros, não há espaço para o aprimoramento intelectual em favor de melhores ideias. Assim, o esquerdismo mundial patina entre pó e cadáveres, louvando assassinos como revolucionários e autocratas corruptos como vítimas de perseguições indevidas. Despidos de coragem moral para aceitar a realidade histórica, mentem ostensivamente em praça pública, pois incapazes de conviver com a responsabilidade ética e o dever da verdade.

Por sua vez, apesar de suas autoevidentes vantagens comparativas, cumpre assinalar que o capitalismo não é uma engrenagem perfeita, mas dotada de insuficiências e assimetrias importantes. Mesmo imperfeito, é infinitamente melhor que qualquer moedor socialista arbitrário. Todavia, se realmente queremos aperfeiçoar o sistema, não podemos recair no erro do esquerdismo cego e tacanho, incapaz de qualquer exercício de autocrítica válida.

Ora, alguns resultados indesejáveis estão postos: o achatamento da classe média e o aumento da desigualdade, a falência da escola pública, o alto endividamento familiar, o aumento do custo de vida e, agora, a ameaça inflacionária global. Isso são fatos, e não meras ilusões retóricas. Logo, é preciso endereçá-los com seriedade, olhar com firmeza nos olhos das pessoas e passar confiança de que, com trabalho honesto e união cívica, é possível transpor dificuldades em favor de uma vida em sociedade harmônica e com melhores oportunidades para todos.

O problema é o déficit de credibilidade das instituições públicas. Infelizmente, a política democrática, por seus graves anacronismos institucionais, vem perdendo força persuasiva, criando dissensões internas e crescente sentimento de insatisfação coletiva. Aos poucos, as dificuldades da vida vão gerando uma sensação de raiva e revolta, abrindo o flanco para lideranças hostis que, sem privilegiar a razão pensante, externam discursos de força, aquecendo, com o manto do radicalismo, o germe das angústias do momento. E a História ensina que o calor radical pode fazer crescer as piores bestialidades humanas.

Aqui chegando, muitos afirmam, em tom alarmante, que a democracia está em risco. Tal risco, todavia, é inerente à estrutura do poder democrático com seus cambiantes arranjos de composição de forças. Por assim ser, entrechoques institucionais – mesmo agudos e frontais – fazem parte do jogo e são traço de relevo das atuais sociedades em redes. Desta forma, a questão nodal não está na conflitividade política, mas no abuso da mentira e do consequente apagar de referenciais éticos limitadores do poder. As seguintes ilustrações pintam o cenário febril: dizer que se defende a Constituição para promover injustiças; ser corrupto e se apresentar como candidato à Presidência da República; prometer em campanha romper com o pântano da política e, uma vez no poder, se unir umbilicalmente àquilo antes criticado. A lista é longa, mas por hoje basta.

No apagar das luzes, a estupidez – seja ela corrupta ou hostil – sempre precisa da mentira para governar. E, quando o dever da verdade se ausenta da consciência do poder, preocupantes nuvens sombrias se erguem no horizonte democrático.

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Os sistemas políticos democráticos têm se defrontado com intrigante questionamento estrutural: por que candidaturas radicais de esquerda e de direita estão se tornando projetos eleitorais majoritários? Terão as sociedades políticas contemporâneas perdido o eixo da razoabilidade e do bom senso? Qual será o motivo da elevação dos extremos? Estaremos condenados a uma época de intransigente radicalismo ferino, ao invés de postulados racionais de entendimento e composição de diferenças? Enfim, por que a estupidez parece governar o mundo?

As perguntas acima ardem em ferro quente, provocando intenso debate na classe intelectual pública e acadêmica. Ilustrativamente, personalidades do quilate de Larry Diamond, Moisés Naím, Yascha Mounk, Daron Acemoglu, Fareed Zakaria, Niall Ferguson, Harry Frankfurt e, naturalmente, a sabedoria poliédrica de Henry Kissinger estão se debruçando sobre tais temas incandescentes. Na busca das melhores respostas, as dúvidas seguem desafiando o pensamento superior.

O fato é que a absoluta hegemonia americana conquistada pós-queda do Muro de Berlim pertence ao passado. O corrente tabuleiro geopolítico pulsa, rompendo a estabilidade proporcionada com o superado cenário hegemônico unilateral. Sem cortinas, os mais de 25 anos capitaneados pelo superpoder Yankee, amparados em premissas de liberdade econômica e segurança jurídica em suas múltiplas facetas, possibilitaram impressionante e inédito desenvolvimento econômico-social à humanidade, com incrementos sensíveis à qualidade de vida e bem-estar das pessoas.

Paralelamente, o naufrágio da mentira socialista – amplificado em cores nas tragédias soviética, cubana e venezuelana – deixou uma legião de órfãos ideológicos mundo afora. E, como toda ideologia burra é orgulhosa de seus erros, não há espaço para o aprimoramento intelectual em favor de melhores ideias. Assim, o esquerdismo mundial patina entre pó e cadáveres, louvando assassinos como revolucionários e autocratas corruptos como vítimas de perseguições indevidas. Despidos de coragem moral para aceitar a realidade histórica, mentem ostensivamente em praça pública, pois incapazes de conviver com a responsabilidade ética e o dever da verdade.

Por sua vez, apesar de suas autoevidentes vantagens comparativas, cumpre assinalar que o capitalismo não é uma engrenagem perfeita, mas dotada de insuficiências e assimetrias importantes. Mesmo imperfeito, é infinitamente melhor que qualquer moedor socialista arbitrário. Todavia, se realmente queremos aperfeiçoar o sistema, não podemos recair no erro do esquerdismo cego e tacanho, incapaz de qualquer exercício de autocrítica válida.

Ora, alguns resultados indesejáveis estão postos: o achatamento da classe média e o aumento da desigualdade, a falência da escola pública, o alto endividamento familiar, o aumento do custo de vida e, agora, a ameaça inflacionária global. Isso são fatos, e não meras ilusões retóricas. Logo, é preciso endereçá-los com seriedade, olhar com firmeza nos olhos das pessoas e passar confiança de que, com trabalho honesto e união cívica, é possível transpor dificuldades em favor de uma vida em sociedade harmônica e com melhores oportunidades para todos.

O problema é o déficit de credibilidade das instituições públicas. Infelizmente, a política democrática, por seus graves anacronismos institucionais, vem perdendo força persuasiva, criando dissensões internas e crescente sentimento de insatisfação coletiva. Aos poucos, as dificuldades da vida vão gerando uma sensação de raiva e revolta, abrindo o flanco para lideranças hostis que, sem privilegiar a razão pensante, externam discursos de força, aquecendo, com o manto do radicalismo, o germe das angústias do momento. E a História ensina que o calor radical pode fazer crescer as piores bestialidades humanas.

Aqui chegando, muitos afirmam, em tom alarmante, que a democracia está em risco. Tal risco, todavia, é inerente à estrutura do poder democrático com seus cambiantes arranjos de composição de forças. Por assim ser, entrechoques institucionais – mesmo agudos e frontais – fazem parte do jogo e são traço de relevo das atuais sociedades em redes. Desta forma, a questão nodal não está na conflitividade política, mas no abuso da mentira e do consequente apagar de referenciais éticos limitadores do poder. As seguintes ilustrações pintam o cenário febril: dizer que se defende a Constituição para promover injustiças; ser corrupto e se apresentar como candidato à Presidência da República; prometer em campanha romper com o pântano da política e, uma vez no poder, se unir umbilicalmente àquilo antes criticado. A lista é longa, mas por hoje basta.

No apagar das luzes, a estupidez – seja ela corrupta ou hostil – sempre precisa da mentira para governar. E, quando o dever da verdade se ausenta da consciência do poder, preocupantes nuvens sombrias se erguem no horizonte democrático.

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