No caso dos Correios, o padrão do governo


Sem liderança e sem interesse do governo, projeto de privatização está parado; é mais uma promessa que não sai do papel

Por Notas & Informações
Atualização:

A tramitação do projeto de lei de privatização dos Correios, atualmente no Senado, é um retrato perfeito do descompasso entre discurso e ação do governo do presidente Jair Bolsonaro e, em especial, de sua incompetência em praticamente todas as frentes em que precisa atuar. A aprovação do projeto já foi tema urgente; hoje, é assunto praticamente esquecido. Nessa e em outras questões que demandam decisões e trabalho do governo, faltam estudos adequados, falta empenho do presidente – que, quando deputado federal por 27 anos, sempre se mostrou contrário à venda de estatais –, falta articulação política quando esta é indispensável. Nada disso surpreende, pois este é o padrão do governo Bolsonaro – o que ocorre com a privatização dos Correios já foi ou está sendo visto em outras áreas de atuação do governo federal.

A privatização da estatal era tratada pelo governo como símbolo, pois seria a primeira de uma série de ações com as quais, desde a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro e sua equipe diziam ser possível arrecadar até R$ 1 trilhão. Era dinheiro para resolver definitivamente a crise fiscal. A venda de estatais era a face mais brilhante do que o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, dizia ser seu plano de governo. Houve quem acreditasse. Em três anos e três meses, no entanto, a atual gestão criou duas estatais e, até agora, só conseguiu transferir uma (a Companhia Docas do Espírito Santo) para o controle privado.

O projeto de privatização dos Correios foi aprovado em regime de urgência pela Câmara dos Deputados. Parecia que avançaria com rapidez também no Senado, abrindo caminho legal para a venda da empresa para o setor privado. Mas a desarticulação do governo na defesa de projetos de seu interesse no Congresso – dominado pelo Centrão, com a concordância submissa do Executivo – resultou na paralisação do processo no Senado.

continua após a publicidade

Desde dezembro, quando Fernando Bezerra Coelho (MDP-PE) deixou o cargo por ter perdido a eleição para a indicação do Senado ao Tribunal de Contas da União, o governo estava sem líder no Senado. O relator indicado para o projeto dos Correios, Márcio Bittar (União Brasil-AC), chegou a apresentar um relatório pela aprovação do texto anteriormente votado pela Câmara. Enfrentou resistências. Para superá-las, alterou o relatório, mas nem assim conseguiu que o texto fosse votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Isolado, devolveu a relatoria e até agora o presidente da CAE, Otto Alencar (PSD-BA), não escolheu o substituto.

Os prazos previstos pelo governo estão sendo vencidos. Depois da aprovação do projeto pela Câmara, previa-se a aprovação pelo Senado no início de setembro do ano passado. Se isso tivesse ocorrido, o leilão de privatização poderia ser realizado até este mês. Sete meses depois, nada avançou no Senado. Se houver andamento rápido a partir de agora, é possível que haja tempo para a realização do leilão no segundo semestre. Mas haverá condições políticas para isso no período que será fortemente marcado pela campanha eleitoral? 

A tramitação do projeto de lei de privatização dos Correios, atualmente no Senado, é um retrato perfeito do descompasso entre discurso e ação do governo do presidente Jair Bolsonaro e, em especial, de sua incompetência em praticamente todas as frentes em que precisa atuar. A aprovação do projeto já foi tema urgente; hoje, é assunto praticamente esquecido. Nessa e em outras questões que demandam decisões e trabalho do governo, faltam estudos adequados, falta empenho do presidente – que, quando deputado federal por 27 anos, sempre se mostrou contrário à venda de estatais –, falta articulação política quando esta é indispensável. Nada disso surpreende, pois este é o padrão do governo Bolsonaro – o que ocorre com a privatização dos Correios já foi ou está sendo visto em outras áreas de atuação do governo federal.

A privatização da estatal era tratada pelo governo como símbolo, pois seria a primeira de uma série de ações com as quais, desde a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro e sua equipe diziam ser possível arrecadar até R$ 1 trilhão. Era dinheiro para resolver definitivamente a crise fiscal. A venda de estatais era a face mais brilhante do que o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, dizia ser seu plano de governo. Houve quem acreditasse. Em três anos e três meses, no entanto, a atual gestão criou duas estatais e, até agora, só conseguiu transferir uma (a Companhia Docas do Espírito Santo) para o controle privado.

O projeto de privatização dos Correios foi aprovado em regime de urgência pela Câmara dos Deputados. Parecia que avançaria com rapidez também no Senado, abrindo caminho legal para a venda da empresa para o setor privado. Mas a desarticulação do governo na defesa de projetos de seu interesse no Congresso – dominado pelo Centrão, com a concordância submissa do Executivo – resultou na paralisação do processo no Senado.

Desde dezembro, quando Fernando Bezerra Coelho (MDP-PE) deixou o cargo por ter perdido a eleição para a indicação do Senado ao Tribunal de Contas da União, o governo estava sem líder no Senado. O relator indicado para o projeto dos Correios, Márcio Bittar (União Brasil-AC), chegou a apresentar um relatório pela aprovação do texto anteriormente votado pela Câmara. Enfrentou resistências. Para superá-las, alterou o relatório, mas nem assim conseguiu que o texto fosse votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Isolado, devolveu a relatoria e até agora o presidente da CAE, Otto Alencar (PSD-BA), não escolheu o substituto.

Os prazos previstos pelo governo estão sendo vencidos. Depois da aprovação do projeto pela Câmara, previa-se a aprovação pelo Senado no início de setembro do ano passado. Se isso tivesse ocorrido, o leilão de privatização poderia ser realizado até este mês. Sete meses depois, nada avançou no Senado. Se houver andamento rápido a partir de agora, é possível que haja tempo para a realização do leilão no segundo semestre. Mas haverá condições políticas para isso no período que será fortemente marcado pela campanha eleitoral? 

A tramitação do projeto de lei de privatização dos Correios, atualmente no Senado, é um retrato perfeito do descompasso entre discurso e ação do governo do presidente Jair Bolsonaro e, em especial, de sua incompetência em praticamente todas as frentes em que precisa atuar. A aprovação do projeto já foi tema urgente; hoje, é assunto praticamente esquecido. Nessa e em outras questões que demandam decisões e trabalho do governo, faltam estudos adequados, falta empenho do presidente – que, quando deputado federal por 27 anos, sempre se mostrou contrário à venda de estatais –, falta articulação política quando esta é indispensável. Nada disso surpreende, pois este é o padrão do governo Bolsonaro – o que ocorre com a privatização dos Correios já foi ou está sendo visto em outras áreas de atuação do governo federal.

A privatização da estatal era tratada pelo governo como símbolo, pois seria a primeira de uma série de ações com as quais, desde a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro e sua equipe diziam ser possível arrecadar até R$ 1 trilhão. Era dinheiro para resolver definitivamente a crise fiscal. A venda de estatais era a face mais brilhante do que o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, dizia ser seu plano de governo. Houve quem acreditasse. Em três anos e três meses, no entanto, a atual gestão criou duas estatais e, até agora, só conseguiu transferir uma (a Companhia Docas do Espírito Santo) para o controle privado.

O projeto de privatização dos Correios foi aprovado em regime de urgência pela Câmara dos Deputados. Parecia que avançaria com rapidez também no Senado, abrindo caminho legal para a venda da empresa para o setor privado. Mas a desarticulação do governo na defesa de projetos de seu interesse no Congresso – dominado pelo Centrão, com a concordância submissa do Executivo – resultou na paralisação do processo no Senado.

Desde dezembro, quando Fernando Bezerra Coelho (MDP-PE) deixou o cargo por ter perdido a eleição para a indicação do Senado ao Tribunal de Contas da União, o governo estava sem líder no Senado. O relator indicado para o projeto dos Correios, Márcio Bittar (União Brasil-AC), chegou a apresentar um relatório pela aprovação do texto anteriormente votado pela Câmara. Enfrentou resistências. Para superá-las, alterou o relatório, mas nem assim conseguiu que o texto fosse votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Isolado, devolveu a relatoria e até agora o presidente da CAE, Otto Alencar (PSD-BA), não escolheu o substituto.

Os prazos previstos pelo governo estão sendo vencidos. Depois da aprovação do projeto pela Câmara, previa-se a aprovação pelo Senado no início de setembro do ano passado. Se isso tivesse ocorrido, o leilão de privatização poderia ser realizado até este mês. Sete meses depois, nada avançou no Senado. Se houver andamento rápido a partir de agora, é possível que haja tempo para a realização do leilão no segundo semestre. Mas haverá condições políticas para isso no período que será fortemente marcado pela campanha eleitoral? 

A tramitação do projeto de lei de privatização dos Correios, atualmente no Senado, é um retrato perfeito do descompasso entre discurso e ação do governo do presidente Jair Bolsonaro e, em especial, de sua incompetência em praticamente todas as frentes em que precisa atuar. A aprovação do projeto já foi tema urgente; hoje, é assunto praticamente esquecido. Nessa e em outras questões que demandam decisões e trabalho do governo, faltam estudos adequados, falta empenho do presidente – que, quando deputado federal por 27 anos, sempre se mostrou contrário à venda de estatais –, falta articulação política quando esta é indispensável. Nada disso surpreende, pois este é o padrão do governo Bolsonaro – o que ocorre com a privatização dos Correios já foi ou está sendo visto em outras áreas de atuação do governo federal.

A privatização da estatal era tratada pelo governo como símbolo, pois seria a primeira de uma série de ações com as quais, desde a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro e sua equipe diziam ser possível arrecadar até R$ 1 trilhão. Era dinheiro para resolver definitivamente a crise fiscal. A venda de estatais era a face mais brilhante do que o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, dizia ser seu plano de governo. Houve quem acreditasse. Em três anos e três meses, no entanto, a atual gestão criou duas estatais e, até agora, só conseguiu transferir uma (a Companhia Docas do Espírito Santo) para o controle privado.

O projeto de privatização dos Correios foi aprovado em regime de urgência pela Câmara dos Deputados. Parecia que avançaria com rapidez também no Senado, abrindo caminho legal para a venda da empresa para o setor privado. Mas a desarticulação do governo na defesa de projetos de seu interesse no Congresso – dominado pelo Centrão, com a concordância submissa do Executivo – resultou na paralisação do processo no Senado.

Desde dezembro, quando Fernando Bezerra Coelho (MDP-PE) deixou o cargo por ter perdido a eleição para a indicação do Senado ao Tribunal de Contas da União, o governo estava sem líder no Senado. O relator indicado para o projeto dos Correios, Márcio Bittar (União Brasil-AC), chegou a apresentar um relatório pela aprovação do texto anteriormente votado pela Câmara. Enfrentou resistências. Para superá-las, alterou o relatório, mas nem assim conseguiu que o texto fosse votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Isolado, devolveu a relatoria e até agora o presidente da CAE, Otto Alencar (PSD-BA), não escolheu o substituto.

Os prazos previstos pelo governo estão sendo vencidos. Depois da aprovação do projeto pela Câmara, previa-se a aprovação pelo Senado no início de setembro do ano passado. Se isso tivesse ocorrido, o leilão de privatização poderia ser realizado até este mês. Sete meses depois, nada avançou no Senado. Se houver andamento rápido a partir de agora, é possível que haja tempo para a realização do leilão no segundo semestre. Mas haverá condições políticas para isso no período que será fortemente marcado pela campanha eleitoral? 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.